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Prova Escrita de Português, 9.

º ano (Para)Textos

Prova Escrita de Português


9.º ano
Duração da Prova: 90 minutos Maio de 2019

Nome: ______________________________________________ n.º: ____ 9.º _____


Classificação: _______________________________ Professor: ______________
Encarregado de Educação: ____________________________________________

GRUPO I

Lê, atentamente, as questões que te são colocadas. Para responderes aos itens
que se seguem, irás ouvir duas vezes o excerto de um texto intitulado “Dia Mundial da
Poesia assinalado em Cascais a 21 e 22 de março”1.
1
in https://www.cascais.pt/noticia/dia-mundial-da-poesia-assinalado-em-cascais-21-e-22-de-marco-exposicao-
musica-e-poesia (consultado em 28-04-2019)

1. Seleciona a opção que completa cada uma das frases, de acordo com o sentido do
texto.

1.1. No programa das comemorações do Dia Mundial da Poesia, em Cascais, surge a


exposição de poemas “Versos & Companhia”, dado que
(A) a poesia está muito afastada do quotidiano.
(B) a poesia está unicamente presente nos ambientes e realidades do público
juvenil.
(C) a poesia é omnipresente e acessível a todos.
(D) os jovens, detentores de um olhar atento, são mais sensíveis ao que os rodeia.

1.2. Na exposição “Versos & Companhia”, os poemas são de


(A) escritores internacionais e neles os animais são os protagonistas.
(B) escritores nacionais e neles os animais são os protagonistas.
(C) escritores internacionais e neles as personagens são autores portugueses.
(D) escritores nacionais e neles as personagens são autores portugueses.

1.3. A apresentação do livro Ousadias do Meu Fado


(A) foi organizada propositadamente para este dia comemorativo.
(B) terá um momento de declamação e outro musical.
(C) estará cargo de Maria Luísa Baptista, a autora.
(D) está subordinada ao tema da poesia e da música.

1.4. O projeto “o Poema A(corda)” explora


(A) as potencialidades da conjugação entre a música e a poesia.
(B) a poesia como resposta para os grandes desafios da atualidade.
(C) a poesia como resposta exclusiva para as batalhas da atualidade.
(D) a poesia e a música como motivadoras da participação dos jovens.

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Prova Escrita de Português, 9.º ano (Para)Textos
GRUPO II

Texto A

LIVROS

Este ano o Dia Mundial do Livro festeja-se sob a influência de Sophia

A data será celebrada de Norte a Sul do país com várias iniciativas de


entrada gratuita.

Lusa 22 de abril de 2019

O Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor, celebrado esta terça-


feira, 23 de abril, será assinalado em várias zonas do país.
O Plano Nacional de Leitura 2027 (PNL2027) assinala a data com a
marcha “Manifesta-te pela Leitura”, que terá início na Praça Luís de Camões,
5 em Lisboa, e seguirá pelo Chiado, com paragens para leituras em voz alta nas
livrarias BD Mania, Bertrand, Férin e FNAC. O desfile será acompanhado por
músicos e artistas do Chapitô, que irão fazer a banda sonora desta festa do
livro e da leitura no centro da capital portuguesa. […]
Por sua vez, a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL)
10 junta-se às Bibliotecas de Lisboa na iniciativa “Ler em Todo Lado”, que conta
com várias atividades ao longo do mês de abril: o Jardim dos Coruchéus
recebe leituras diversas de poemas de Sophia de Mello Breyner Andresen, cujo
centenário se festeja este ano, a Biblioteca do Palácio Galveias receberá um
ciclo de concertos da Escola Artística de Música do Conservatório Nacional, e
15 na Biblioteca Orlando Ribeiro haverá uma leitura encenada que revisita os
textos de Sophia de Mello Breyner Andresen, Sophia na Biblioteca Andante.
No Porto, a iniciativa “Todos a Ler!” destaca a obra de Sophia de Mello
Breyner Andresen e de Jorge de Sena (outro centenário de 2019), através do
programa “Sophia e Jorge 100 anos”, na Biblioteca Municipal Almeida Garrett.
20 O dia começa e acaba com o espetáculo A Viagem, de Joana Providência,
inspirado no conto homónimo de Sophia, e conta ainda com as exibições dos
filmes Correspondências, de Rita Azevedo Gomes, inspirado nas cartas
trocadas entre Sophia e Jorge de Sena durante os anos de exílio deste último,
e Os Salteadores, baseado no conto de Jorge Sena. […]
25 O Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor é uma iniciativa
internacional da UNESCO e celebrou-se pela primeira vez em 1996, para
promover o livro e a leitura como ferramentas de inclusão e de formação cívica.
Assinala ainda a morte do autor espanhol Miguel de Cervantes e do
dramaturgo inglês William Shakespeare, a 22 e 23 de abril de 1616,
respetivamente.
in Publico.pt, https://www.publico.pt/2019/04/22/culturaipsilon/noticia/marcha-musica-sessoes-leitura-
marcam-celebracoes-dia-mundial-livro-1870096 [com supressões e consult. em 28-04-2019]

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1. Seleciona as opções que completam as frases, de acordo com o sentido do texto.


1.1. Os eventos que constituem a celebração do dia Mundial da Poesia por parte do
Plano Nacional de Leitura são

(A) uma marcha, declamações e música.


(B) uma marcha, leituras expressivas nas ruas de Lisboa e música.
(C) um cortejo com início na Praça Luís de Camões, passando pelo Chiado até à
Biblioteca de Lisboa.
(D) uma marcha com início na Praça Luís de Camões, passando pelo Chiado,
enriquecida com leituras pelos artistas do Chapitô.

1.2. Os dois pontos presentes na linha 11 têm como função


(A) corroborar o que foi dito anteriormente.
(B) separar os elementos de uma enumeração.
(C) trazer um tom emotivo ao texto.
(D) enumerar as atividades que decorrerão ao longo do mês de abril.

1.3. O intuito do Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor é


(A) dar ênfase à importância de, em qualquer idade, ler.
(B) desenvolver o gosto pela leitura e alertar para a importância de só comprar
livros que privilegiem a formação cívica.
(C) destacar o livro e a leitura como meios potenciadores de uma educação para a
cidadania.
(D) desenvolver o gosto pela leitura e incentivar à compra de livros.

2. Enumera todas as efemérides referidas no texto.

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Texto B
As pessoas sensíveis
As pessoas sensíveis não são capazes
De matar galinhas
Porém são capazes
De comer galinhas

5 O dinheiro cheira a pobre e cheira


À roupa do seu corpo
Aquela roupa
Que depois da chuva secou sobre o corpo
Porque não tinham outra
10 O dinheiro cheira a pobre e cheira
A roupa
Que depois do suor não foi lavada
Porque não tinham outra

“Ganharás o pão com o suor do teu rosto”1


15 Assim nos foi imposto
E não:
“Com o suor dos outros ganharás o pão”

Ó vendilhões do templo2
Ó construtores
20 Das grandes estátuas balofas e pesadas
Ó cheios de devoção e de proveito

Perdoai-lhes Senhor
Porque eles sabem o que fazem3

Sophia de Mello Breyner Andresen, Livro Sexto. Lisboa: Assírio & Alvim 2014 [pp. 82-83]

1. Citação bíblica. 2. Referência bíblica a Jesus que expulsou do Templo de Jerusalém os vendedores
que manchavam um lugar sagrado com as suas atividades comerciais. 3. Referência bíblica às palavras
de Jesus, aquando da crucificação, “Perdoai-lhes, Senhor, porque eles não sabem o que fazem”.

3. Depois de leres, atentamente, o texto, indica o recurso expressivo presente no


título.
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4. Atenta na primeira estrofe.


4.1. Explica de que maneira a utilização do advérbio conectivo “Porém” transmite a
intenção crítica do sujeito poético.
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5. Indica o recurso expressivo presente em cada alínea.

A. “O dinheiro cheira a pobre” _________________________________________


B. “Ó vendilhões do templo” ___________________________________________

6. Comenta a crítica do sujeito poético presente nos últimos dois versos do poema.
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7. Observa o verso que a seguir se apresenta e seleciona a opção que completa cada
uma das frases.
“O dinheiro cheira a pobre e cheira”.

7.1. O verso apresentado tem


(A) oito sílabas métricas.
(B) nove sílabas métricas.
(C) dez sílabas métricas.
(D) onze sílabas métricas.

7.2. No verso apresentado existe


(A) um elogio à gestão financeira das “pessoas sensíveis”.
(B) uma crítica a um grupo de indivíduos pertencentes à área financeira.
(C) uma crítica a uma sociedade que não alimenta os mais desfavorecidos.
(D) uma crítica à exploração dos trabalhadores mais humildes por aqueles que só
pensavam no lucro.

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Texto C

8. Relembra, atentamente, o excerto d’ Os Lusíadas que a seguir se apresenta.

27 E vê do mundo todo os principais,


Que nenhum no bem pubrico imagina;
Vê neles que não tem amor a mais
Que a si somente, e a quem Filáucia1 insina.
Vê que esses que frequentam os reais
Paços, por verdadeira e sã doctrina
Vendem adulação, que mal consente
Mondar-se o novo trigo florecente.

28 Vê que aqueles que devem à pobreza


Amor divino, e ao povo, caridade,
Amam somente mandos e riqueza,
Simulando justiça e integridade.
Da feia tirania e de aspereza
Fazem direito e vã severidade:
Leis em favor do Rei se estabelecem;
As em favor do povo só perecem.

Luís Vaz de Camões, Os Lusíadas (Canto IX, est. 27-28). Porto: Porto Editora, 2011
1. Presunção, arrogância.

8.1. Redige um pequeno texto correto, bem estruturado e com correção linguística e
ortográfica, de 70 a 120 palavras, no qual explicites o sujeito enunciador e as críticas
por este proferidas.

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GRUPO III

1. Estabelece, na tabela, a correspondência entre as palavras da Coluna A e o seu


processo de formação, na Coluna B.

Coluna A Coluna B
A. “livrarias”
(1) Composição
B. “desfile” (2) Derivação por prefixação
C. “Biblioteca (3) Derivação por sufixação
(4) Derivação não afixal
D. “revisita”

A. B. C. D.

2. Atenta na frase que se segue:


Gosta o eloquente poeta profundamente do sonho.

2.1. Indica se as afirmações seguintes são verdadeiras (V) ou falsas (F):


_____ A) A expressão “o eloquente poeta” desempenha a função sintática de
complemento direto.
_____ B) A expressão “do sonho” desempenha a função sintática de modificador.

_____ C) A expressão “profundamente” desempenha a função sintática de modificador.

______ D) A expressão “eloquente” desempenha a função sintática de modificador


restritivo do nome.

3. Classifica as orações sublinhadas nas frases que se seguem.

3.1. Quem nunca leu Sophia devia fazê-lo.


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3.2. Celebra-se o centenário de Sophia que é a minha escritora favorita.


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4. Reescreve as frases que se seguem, substituindo a palavra sublinhada por uma


locução conjuncional com um sentido equivalente.
4.1. Ninguém contesta a qualidade literária de Sophia, porque é, de facto, indiscutível.
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4.2. Dirigiu-se à livraria, mal soube da edição de um novo livro de poesia.


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GRUPO IV

Gil Vicente, no Auto da Barca do Inferno, também revela um tom crítico perante a
sociedade sua contemporânea. Para poder concretizar essa crítica, recorre a um tom
cómico.

Redige um texto de opinião, de 150 a 260 palavras, no qual refiras a validade de,
num texto de crítica social, se recorrer ao humor.

Observações:
1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em
branco, mesmo quando esta integre elementos ligados por hífen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer número
conta como uma única palavra, independentemente do número de algarismos que o constituam
(exemplo: /2019/).

2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados, há que atender ao seguinte:


– um desvio dos limites de extensão implica uma desvalorização parcial de até dois pontos;
– um texto com extensão inferior a 55 palavras é classificado com 0 (zero) pontos.

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Espaço para continuação das respostas (indica, com clareza, o número do item)

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FIM

COTAÇÕES

Item
Grupo
Cotação (em pontos)
1.1. 1.2. 1.3. 1.4.
I 12
3 3 3 3
1.1. 1.2. 1.3. 2. 3. 4.1. 5. 6. 7.1. 7.2. 8.1.
II 45
4 4 4 4 4 5 2 5 3 3 7
1. 2.1. 3.1. 3.2. 4.
III 18
4 4 3 3 4
IV Item único 25

Total 100

GRUPO I

Transcrição do texto ouvido:

Dia Mundial da Poesia assinalado em Cascais a 21 e 22 de março


Exposição, música e poesia | Vários locais
20-03-2014
Uma exposição e dois espetáculos de música e poesia assinalam, este ano,
em Cascais, o Dia Mundial da Poesia. Os eventos têm por palco quatro equipamentos

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culturais da Câmara Municipal de Cascais: a Biblioteca Municipal de Cascais – Infantil
e Juvenil, o Centro Cultural de Cascais, a Casa de Santa Maria e a Biblioteca
Municipal de São Domingos de Rana.

No programa das comemorações, e começando pelo público mais jovem,


porque a poesia faz parte da vida de todas as pessoas e pode manifestar-se em
qualquer idade e nas mais variadas formas, a Biblioteca Municipal de Cascais – Infantil
e Juvenil, no Parque Marechal Carmona, apresenta, a partir de 21 de março, a
exposição de poemas “Versos & Companhia”, para crianças dos 6 aos 10 anos. Os
versos foram escritos por autores portugueses, e os animais são as principais
personagens. A mostra estará patente até 30 de março, das 09h30 às 17h30.
Música e poesia são o mote para a apresentação, no dia 21 de março, às
18h00, na Casa de Santa Maria (Rua do Farol de Santa Marta, em Cascais), do livro
Ousadias do Meu Fado, de Maria Luísa Baptista, editado pela Chiado Editora. A
apresentação estará a cargo de Germano de Sousa, Júlio Isidro e Lourenço Almeida e
vai contar com momentos musicais protagonizados por Kátia Guerreiro, José Cid,
Dany Silva e a banda Os Charruas.
Ainda no dia 21 de março, às 21h30, os ecos da poesia vão chegar ao Centro
Cultural de Cascais através da música de Ana Brandão (piano) & João Paulo (voz),
com um espetáculo que também alia a poesia à música, em ambiente descontraído e
intimista. A atriz Ana Brandão conta com um sólido currículo na área da
representação, com performances reconhecidas no teatro, na televisão e no cinema.
João Paulo Esteves da Silva é músico, poeta e compositor.
No dia 22 de março, às 21h30, a Biblioteca Municipal de São Domingos de
Rana acolhe a música e a poesia de João Sousa (guitarrista, programação e voz) e
Nuno Mangas Viegas (voz, poemas, programação e outros instrumentos). Licenciados
em Línguas, Literaturas e Culturas e alunos do Mestrado de Literaturas e Poéticas
Comparadas, na Universidade de Évora, são autores do projeto “o Poema A(corda)”,
que, tal como explicam, surgiu “como resposta, como desejo e como ânsia de trilhar
novos caminhos, de desafiar e testar até onde poderão a poesia e a música sulcar na
mesma terra, gritar as mesmas palavras, lutar as mesmas batalhas…”.

in https://www.cascais.pt/noticia/dia-mundial-da-poesia-assinalado-em-cascais-21-e-22-de-
marco-exposicao-musica-e-poesia (consult. em 28-04-2019)

1.1. (C)
1.2. (B)
1.3. (D)
1.4. (A)

GRUPO II

Texto A

1.1. (A)
1.2. (D)
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1.3. (C)
2. No texto, para além do Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor, são salientados
os centenários de Sophia de Mello Breyner Andresen e de Jorge de Sena e os
aniversários da morte do autor espanhol Miguel de Cervantes e do dramaturgo
inglês William Shakespeare.

Texto B

3. O recurso expressivo presente no título do texto é uma ironia.


4.1. O sujeito poético identifica as “pessoas sensíveis” como indivíduos que não são
capazes de certas atitudes (“não são capazes/De matar galinhas”), mas que se
mostram hábeis em receber o fruto desses gestos que evitam. Assim, a utilização
do advérbio conectivo “porém” acentua esse contraste realçando a hipocrisia das
“pessoas sensíveis” (“são capazes/De comer galinhas”).

5. A. Metáfora. B. Apóstrofe.
6. Neste poema, o sujeito poético faz a denúncia da exploração social dos mais
pobres. Assim, as pessoas descritas ao longo do poema não são sensíveis em
relação ao seu próximo, porque vivem da exploração dos que trabalham. Com a
alteração da afirmação de Jesus aquando da crucificação, o “eu” lírico realça, de
forma muito crítica, que estes indivíduos descritos ao longo do poema não têm
escrúpulos, estando plenamente conscientes das ações hipócritas e malévolas que
praticam no seu dia a dia.
7.1. (B)
7.2. (D)

Texto C

8.1. No sentido de preparar a Ilha dos Amores, Vénus vai ao encontro do seu filho.
Naquele momento, Cupido estava a organizar uma expedição para levar os homens a
corrigirem o seu comportamento.
Assim, esta divindade critica os governantes e frequentadores do Paço que,
aduladores, se preocupam mais com os seus próprios interesses do que com o “bem
público”. Também aponta críticas aos elementos do Clero que, em vez de darem
primazia à caridade, justiça e integridade, valorizam “mandos e riqueza” e praticam a
“feia tirania”.
Resumindo, segundo Cupido, as leis só se estabelecem “em favor do Rei”
desfavorecendo os mais fracos, o povo.
(103 palavras)

GRUPO III
1. A. 3; B. 4; C. 1; D. 2
2.1. A) F. B) F. C) V. D) V.
3.1. Oração subordinada substantiva relativa.

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3.2. Oração subordinada adjetiva relativa restritiva.
4.1. Ninguém contesta a qualidade literária de Sophia, já que é, de facto, indiscutível.
4.2. Dirigiu-se à livraria, assim que soube da edição de um novo livro de poesia.

GRUPO IV
Sugestão de resposta:

Gil Vicente revela, no Auto da Barca do Inferno, um tom crítico perante a


sociedade do seu tempo. De modo a fazer passar a sua mensagem, este autor usa, de
forma magistral, o humor.
O humor existe desde que existe humanidade e, desde sempre, o ser humano
utilizou o humor para se poder pronunciar, de forma mais graciosa, sobre as situações
ou pessoas com que se depara no quotidiano. De modo a poder comunicar a sua
opinião mais eficazmente, o autor introduz um lado cómico no seu discurso,
despertando o riso. O humor ajuda a transmitir uma ideia, não só pela razão mas
também pela emoção.
Atualmente, há muitos cartoonistas, comediantes e comentadores que dão a sua
opinião associando-a a um lado cómico, o que faz com que a ideia fique mais marcada
na mente dos leitores, ouvintes ou espectadores. Claro que, para isso, é importante
que o humor seja inteligente e criativo.
Assim, o humor é utilizado, frequentemente, para transmitir uma ideia ou corrigir
alguém de uma forma mais hábil. Neste sentido, para além do sarcasmo, mais direto e
agressivo, pode ser utilizada a ironia, que resulta numa crítica mais subtil.
Associa-se a Gil Vicente a máxima latina “Ridendo castigat mores.”. De facto, o
dramaturgo critica os vícios e comportamentos dos seus contemporâneos em textos
que seriam representados no Paço, algo que só foi bem aceite e aplaudido, porque a
crítica mordaz, feita através da utilização inteligente do humor, acaba por suavizar o
tom crítico presente nas suas obras.
(250 palavras)

PT9 © Porto Editora Página 13 de 10

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