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Texto jornalístico
Itens de seleção:
(entrevista):
– ordenação;
Leitura – sentido global do texto; 5 15
– escolha múltipla;
– coesão (identificação de
– completamento.
referentes).
Classes e subclasses de
palavras. Itens de seleção:
Sinónimos. – escolha múltipla.
Gramática 5 15
Pontuação. Item de construção:
Discurso direto e discurso – completamento.
indireto.
Texto de opinião
– extensão;
– tema;
– pertinência da
informação;
– estrutura; Item de construção:
Escrita 1 30
– coesão textual; – resposta extensa.
– vocabulário;
– sintaxe;
– morfologia;
– pontuação;
– ortografia.
Professor(a)
Avaliação Professor(a)
Para responderes aos itens 1.1. a 1.4., ouve a gravação e segue as instruções.
TEXTO A
1. Assinala com , nos itens 1.1. a 1.4., a opção que completa cada afirmação, de acordo com o texto.
Lê o Texto B.
TEXTO B
Entrevista
Dedica-se à escrita a tempo inteiro desde 2005, tendo desde aí publicado quase 70
títulos. Com uma obra voltada especialmente para o público infantojuvenil, Marga-
rida Fonseca Santos ainda encontra tempo para se dedicar ao romance e às aulas de
escrita criativa. [...]
5 Nos últimos anos, tem escrito mais de dez livros por ano. Como descreve o
seu processo criativo?
Uma pergunta difícil… Bom, primeiro que tudo, tenho de sentir a ideia. Pode ser
uma frase, u m assunto, algo que vejo. Este processo é muito mais emocional do que
racional, pois ando com a ideia dentro de m i m até a sentir como história. Só quando
10 a sinto pronta, e quando digo pronta não digo “com palavras”, é com emoções, es-
crevo-a. Costumo ser rápida nesta fase. O maior trabalho chega depois, na reescrita,
no apurar das frases, das emoções descritas, nas mensagens ditas de tal forma que
deixem espaço para o leitor concordar, discordar e aproveitar apenas aquilo que, no
momento em que lê, faz sentido para si.
15 A maioria da sua obra é direcionada para o público infantojuvenil. Quais os
livros que mais gostou de escrever? […]
Há livros que, para mim, são fundamentais, não só na minha escrita como na
minha vida. O aprendiz de guerreiro (e todos os livros de O Reino de Petzet) é talvez a
obra que mais tem de mim, que me emociona quando nela penso ou quando a releio.
Servi-me de u m
20 mundo fantástico para falar da amizade, solidariedade, da luta por objetivos na
sociedade, enquanto se fala de técnicas mentais que nos podem ajudar no dia a dia.
Outros livros que me marcaram foram Uma questão de azul-escuro, O boião mágico e
Miguel contra-ataca (dos 7 Irmãos). É difícil escolher só uns. [...]
Como é que compara o grau de dificuldade de escrever um livro para crianças
ao 25 de escrever um livro para adultos?
A responsabilidade (não tanto a dificuldade) de escrever para crianças é enorme.
A parte mais complicada é, como já referi, ser capaz de provocar o pensamento, a
possibili-dade de pôr a criança a concordar ou discordar, a pensar por si, a emocionar-
se com as situações. Os textos moralistas não servem, a meu ver. Precisamos de ser
mais abrangen-
30 tes, mais impulsionadores do pensamento. [...]
2. Numera os tópicos de 1 a 5, respeitando a ordem pela qual os assuntos são apresentados por
Margarida Fonseca Santos nesta entrevista. O primeiro tópico já se encontra numerado.
Características da escrita para crianças
Redação e revisão da história
Influência dos livros na escrita e na vida
1 Conceção emocional da história
Objetivo geral da escrita
3. Assinala com , nos itens 3.1. a 3.4., a opção que completa as afirmações de acordo com o texto.
Lê o Texto C.
TEXTO C
Bonito serviço...
Foram mesmo convincentes! “É uma ideia genial, Ricardo, vais adorar!” E eu acredi-
tei; pudera, é a minha mãe. “Repara, filho, é uma oportunidade excelente para viver
mais o campo”, disse-me o meu pai, e pareceu-me que até era muito capaz de ser muito
bem esgalhado. Agora, tudo estragado!
5 Passo a explicar. A nossa turma foi dividida em três grupos, de oito alunos,
acompanhados por dois professores, cada. Até aqui, tudo bem. Mas ao chegarmos ao ponto
de encontro de onde partiríamos para a tal oportunidade genial que íamos adorar,
encontrámos três carrinhas pequenas, com dez ou doze lugares cada. Eram mínimas. A pri-
meira interrogação foi imediata: porquê três, se podíamos ir todos numa grande? Rece-
10 bemos a primeira má notícia: cada grupo ia para u m sítio diferente!
– O quê?! Mas os meus amigos estão nos outros grupos! – protestei, embora ninguém
me tivesse ouvido, pois apercebemo-nos de que todos, sem exceção, tínhamos ficado
separados dos amigos.
– Foi de propósito – sussurrou o Jaime, enquanto ia para a sua carrinha, longe de
15 mim, longe do Paulo. Ou seja: o nosso grupinho fora desfeito de uma penada.
Entregaram-nos u m papel qualquer que nem li. Atirei com a minha bagagem para
dentro da barriga daquele miserável (para não dizer pior) transportador de amigos
desgarrados. Fi-lo com fúria, e fui logo repreendido pelo meu pai. Nem pedi desculpa,
estava fora de mim.
O meu grupo, o B, tinha os professores Duarte e Jacinta, que até são simpáticos: ele,
20 de Português, dá-nos sempre textos incríveis para ler e escrever; ela, de Educação Física,
com medalhas conquistadas no corta-mato e tudo, acha que todos somos potenciais
atletas da vida. Nessa parte, tive sorte. Os colegas, bem, a esses n e m os conheço como
deve ser. [...] Bonito serviço, pais e escola, bonito serviço!
Estou a exagerar? Não, acreditem, não estou. E o pior é que o incrível drama não aca-
25 bou aqui.
Já todos sentadinhos nos lugares daquela caixa de fósforos, conduzida pelo senhor
Pereira, que já é mesmo u m senhor, daqueles à beira da reforma, a coisa complicou-se.
Ainda parados, os pais todos no passeio, amontoados perto da carrinha dos filhos, a
preparar u m aceno foleiro de “portem-se bem!”, deram-nos a machadada final. Vimos o
30 professor Duarte puxar de u m saco de pano, podia ser u m saco de pão, e pedir-nos que
desligássemos os telemóveis e os puséssemos lá dentro.
– Eu não dou o meu – avisou o Gonçalo, apercebendo-se de imediato dos gestos dos
pais cá fora, pedindo-lhe que não fizesse cenas.
Aquilo fora combinado com as famílias! Que grande esquema! Só faltava mais isto!
35 Íamos com não amigos, órfãos de tecnologia, e os nossos pais sabiam disto, tinh am
conspirado nas nossas costas e, pior ainda, concordavam com aquela ideia!
– Todos os dias, a uma hora que combinámos, vão poder ligar os telemóveis e usá-los
durante meia hora. Ligam a quem vos apetecer, veem as redes sociais e os e-mails que
precisarem, são livres de os usar como quiserem durante esse tempo – explicou a profes-
Livro aberto, 8.º ano – Testes de avaliação sumativa
40 sora Jacinta. – Não é o fim do mundo. Vá lá, não façam fitas! [...]
Margarida Fonseca Santos, Sem rede, Ed. Fábula, 2018 (págs. 7-11, com supressões)
Coluna A Coluna B
a. Confiscou os telemóveis.
1. Ricardo b. Insurgiu-se por ficar separado dos amigos.
2. Jaime c. É o narrador deste episódio.
3. Duarte d. Foi o primeiro a dizer que tinham sido alvo de conspiração.
e. Indignou-se com a atitude da família.
7. Seleciona, nos itens 7.1. e 7.2., a opção que completa cada afirmação, de acordo com o texto.
7.1. No início do texto (linha 1), a opinião da mãe do narrador é acentuada pelo uso de um
a. adjetivo.
b. nome.
c. advérbio.
d. quantificador.
7.2. Na frase “A nossa turma foi dividida em três grupos […].” (linha 5), as palavras sublinhadas
são, respetivamente, verbos
a. principal e auxiliar.
b. auxiliar e
principal.
c. principal e copulativo.
d. auxiliar e copulativo.
“Ou seja: o nosso grupinho fora desfeito de uma penada.” (linha 15)
10. Assinala com a opção que corresponde à interpretação correta da frase seguinte,
proferida pela professora Jacinta.
“– Todos os dias, a uma hora que combinámos, vão poder ligar os telemóveis e usá-
los durante meia hora.” (linhas 37-38)
a. Quando a professora falou, o horário para usar o telemóvel ainda não tinha sido combinado.
b. Quando a professora falou, o horário para usar o telemóvel já tinha sido combinado por
professores e alunos.
c. Quando a professora falou, o horário para usar o telemóvel já fora combinado sem a
aprovação dos alunos.
d. O horário para usar o telemóvel iria ser combinado, diariamente, por professores e alunos.
11. Assinala com , nos itens 11.1. e 11.2., a opção que completa cada afirmação, de acordo
com o texto.
11.1. Na frase “– Eu não dou o meu – avisou o Gonçalo, apercebendo-se de imediato dos
ges-tos dos pais cá fora, pedindo-lhe que não fizesse cenas.” (linhas 32-33),
a. a fala de Gonçalo é apresentada em discurso direto.
b. a fala de Gonçalo é apresentada em discurso indireto.
c. recorre-se ao discurso indireto para reproduzir o que os pais de Gonçalo disseram.
d. não há falas em discurso direto.
11.2. Na frase “– Não é o fim do mundo. Vá lá, não façam fitas!” (linha 40), o ponto de
exclamação assinala graficamente
a. uma exigência sem fundamento.
b. um aviso ameaçador.
c. um pedido compreensivo.
d. um desabafo irritado.
13. Em que momento terá ocorrido a conversa entre o narrador e os pais, apresentada no
primeiro parágrafo do texto: no momento da chegada ao acampamento ou algum tempo
antes? Justifica a tua resposta.
14. No Texto C, os alunos são confrontados com uma imposição inesperada: durante o
acam-pamento, só poderão utilizar o telemóvel meia hora por dia.
Concordas com esta imposição?
Escreve um texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de 160 e um máximo de 260
palavras, em que defendas o teu ponto de vista sobre a questão apresentada.
O teu texto deve incluir:
• a indicação do teu ponto de vista;
• a apresentação de, pelo menos, duas razões que justifiquem o teu ponto de vista;
• uma conclusão adequada.
Escrito no rescaldo dos grandes fogos de 2017, Sem rede, da autoria de Margarida Fonseca Santos,
transporta os leitores mais novos para u m acampamento carregado de desafios.
Sem rede é o novo título da coleção “A Escolha é Minha”, da autoria de Margarida Fonseca
Santos, escritora que conta com diversos livros no Plano Nacional de Leitura.
Inspirada pelos grandes incêndios que varreram o centro e o norte de Portugal em 2017, a
autora lançou mãos à obra para publicar u m livro cheio de desafios aos mais novos. O primeiro é
u m dos mais difíceis para as crianças e os jovens de hoje: pôr o telemóvel de lado.
A abrir a história de Sem rede está u m grupo de estudantes que parte de autocarro para u m
acampamento. Na viagem, os alunos são obrigados a sentar-se ao lado de colegas que conhecem
menos bem. É o primeiro ‘sair da zona de conforto’, seguido do anúncio de que vão ficar “sem
rede”, ou seja, desligados do m un d o virtual.
Com o seu mais recente livro, Margarida Fonseca Santos pretende confrontar os mais jovens
com o drama dos incêndios, razão pela qual põe Bárbara, Ricardo e as restantes personagens
a tentarem lidar com u m fogo pondo em prática os ensinamentos que aprenderam – uma
história, acima de tudo, sobre “a importância da entreajuda e da esperança”.
Com a pretensão de transmitir valores e ensinamentos como esses aos mais novos, a
autora assume que u m dos grandes desafios foi fazê-lo sem que as mensagens soassem moralistas.
A ideia, explica, é precisamente deixar portas abertas para que cada u m tire as suas próprias
conclusões.
Sem rede, o novo livro de Margarida Fonseca Santos, foi lançado há u m mês pela Editora Fábula.
Maria João Costa, in www.sapo.pt, 17-04-2018 (texto adaptado, consult. em 20-10-2021)
Texto A
Texto B
2. 4, 2, 3, 1, 5.
3.1. d.; 3.2. d.; 3.3. a.; 3.4.
d.
4. 1
Texto C
Item
GRUPO
Cotação (em pontos)
Texto 1.1. 1.2. 1.3. 1.4.
12
A 3 3 3 3
Texto 2. 3.1. 3.2. 3.3. 3.4. 4.
18
B 3 3 3 3 3 3
5. 6. 7.1. 7.2. 8. 9.
3 3 3 3 3 5
40
Texto 10. 11.1. 11.2. 12. 13.
C 4 3 3 5 5
14.
30
30
Total 100
Subtotal
Subtotal
Subtotal
Teste 1 Versão A1
TOTAL
1.1. a 1.4. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14.
Data 8.º
12 12 3 12 3 18 3 3 6 3 5 4 6 5 5 40 30 100
1
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30