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Nome N.

o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor
Teste de avaliação de Português
8.º Ano (versão A)

GRUPO I
ORALIDADE

Ouve atentamente a abertura do documentário sobre a obra Leva-me


contigo, que se inicia com uma entrevista ao escritor Afonso Reis Cabral.

Vais ouvir duas vezes este documentário.

1. Completa cada uma das frases com a opção correta.

1.1 A locução inicial deste excerto serve para


A. enquadrar uma viagem inesquecível realizada pelo entrevistado.
B. contextualizar uma viagem inesquecível que Herman Melville narra.
C. descrever uma viagem imaginária do escritor português.

1.2 A obra Leva-me contigo tem como assunto principal a viagem


A. realizada de Chaves a Faro, pela Nacional 2.
B. que o escritor gostaria de fazer de Bragança a Sagres.
C. dos nova-iorquinos até ao mar relatada por Melville.

1.3 «Miragens» é
A. um dos primeiros capítulos da obra Moby Dick, em que a referência ao mar se
relaciona com a aventura, mas também constitui uma metáfora.
B. o primeiro capítulo da obra Leva-me contigo, em que os habitantes de Nova
Iorque vão até ao mar, metaforicamente.
C. o primeiro capítulo da obra Moby Dick, em que a referência ao mar se relaciona
com a aventura, mas também constitui uma metáfora.

1.4 A obra Moby Dick é referida pelo escritor português, já que

A. o mar é o cenário de ambas as obras, o que as aproxima.


B. a sua introdução serviu de mote para a iniciativa de viagem de Reis Cabral.
C. constitui uma metáfora e é o mote para a viagem que levou o escritor até ao mar.

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2. Completa o texto, selecionando corretamente as expressões abaixo indicadas.

Afonso Reis Cabral percorreu pela Estrada Nacional 2 ____________A____________, com o


objetivo de _________B_________. Ao referir que «também já era de mais» no final deste
excerto da entrevista, o escritor comenta outra alternativa de percurso _____C________.

A de Bragança a
onze distritos a pé B C
Sagres 1. para a qual não estaria
treinar a sua condição física, num
preparado
onze distritos a pé de Chaves a percurso de Norte a Sul
Faro 2. que lhe haviam proposto
atingir o mar, num percurso de
quatro distritos a pé de Chaves a Norte a Sul 3. que virá a realizar mais tarde
Faro imitar Melville

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Grupo II
Leitura / Educação Literária
Texto A
Lê o texto e a nota, se necessário.

]
Do Afeganistão à Nazaré
Frishta Qasime faz hoje, precisamente,
16 anos. Poucas horas antes, na sexta-feira,
8, ao final da tarde, foi surpreendida – tal
como todas as suas companheiras da equipa
5 de futebol e respetivos familiares – com uma
viagem de Lisboa até à Nazaré, para a partir
do Sítio e do Forte de São Miguel Arcanjo
contemplarem o mar bravo da região Oeste. tios e uma prima, vai falando quase todos os
Já o tinham visto em A Grande Onda da dias com a mãe pelo WhatsApp. De lá, ouve
Nazaré, documentário da HBO sobre o 40
10 sempre o mesmo conselho, «para não
surfista Garrett McNamara, mas ao vivo foi chorar», mas deste lado da linha, a
a primeira vez e estavam felizes. adolescente não contém as lágrimas de
Os largos sorrisos acompanhavam as tristeza, mais do que de raiva.
selfies em conjunto e as gargalhadas ouviam- Dos seus planos também fazem parte
15 se, apesar do restolhar1 dos vagalhões. 45
ser médica e, para isso, Frishta, a jogar a
Impressionante para nós, até por vezes avançada na seleção afegã, sabe que quanto
assustador, mas muito relaxing para estas melhor falar português, mais hipóteses terá
meninas resgatadas de Cabul na Missão de entrar na universidade. Por estas noites,
Bolas de Futebol, liderada por Farkhunda enquanto a maior parte do grupo canta e toca
20 Muhtaj, 23 anos, capitã de equipa e 50
viola no hostel onde ainda está instalada,
treinadora. Afegã a residir no Canadá desde Frishta vai para a internet à procura de
os dois anos, onde é professora de Educação palavras portuguesas e faz uma aula por
Física e jogadora de futebol, Farkhunda é noite. Já soletra o nosso alfabeto e sabe
responsável pelos treinos diários num campo muitos cumprimentos, desde «como vai?» a
25 cedido em Odivelas. 55
«estou bem, obrigada», até à palavra
Ver o oceano Atlântico foi uma lufada «chave», que usa todos os dias para ir para o
de ar fresco e literalmente salgada na vida quarto, e o nome do ídolo Cristiano Ronaldo.
destas meninas, mas, para Frishta Qasime, o Como lhe faltavam alguns números,
melhor presente de aniversário seria tirar do ensinámos-lhe o simples «um, dois, três».
30 Afeganistão a mãe e mais quatro irmãos, 60
[…]
todos mais novos, e receber boas notícias do Por agora, o pôr do sol sobre o mar da
pai, líder militar em Mazar-i-Sharif, Nazaré, seguido de um intenso nevoeiro,
desaparecido desde que os talibãs tomaram o chegou primeiro do que uma casa para cada
poder. Caso nada aconteça antes, Frishta tem família, em vez de um quarto num hostel
35 um plano a longo prazo: contar com a ajuda 65
para quatro pessoas; a escola para os mais
do governo português, receber e juntar todo novos e os empregos para os adultos. Mas é
o dinheiro que conseguir a jogar futebol para uma questão de meses para um bom
daqui a dois ou três anos trazer a família recomeço, como assegura Farkhunda
mais próxima para Portugal. Por agora, e três Muhtaj.
semanas após a vinda para Lisboa com os

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in https://visao.sapo.pt
1. restolhar: barulho.
(texto adaptado e com supressões), consultado em 12 de outubro de 2021.

1. Numera as frases de 1 a 5, de acordo com a ordem cronológica dos acontecimentos.


A. Contemplação do mar bravo da Nazaré.
B. Desaparecimento do pai de Frishta Qasime.
C. Viagem «surpresa» de Lisboa até à Nazaré.
D. Mudança de Frishta para Portugal com familiares.
E. Resgate das meninas de Cabul numa missão humanitária.

2. Transcreve, de entre as linhas 45 a 52, a frase que revela a persistência e a força de vontade
de Frishta Qasime.
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

3. Assinala com um , de 3.1 a 3.3, a opção que completa cada afirmação, de acordo com o texto.

3.1 O pronome pessoal presente em «Já o tinham visto…» (linha 9) refere-se a


A. «documentário da HBO» (linha 10).
B. «mar bravo da região Oeste» (linha 8).
C. «Forte de São Miguel Arcanjo» (linha 7).
D. «A Grande Onda da Nazaré» (linhas 9-10).

3.2 As aspas nas linhas 42, 55 e 59-60 introduzem


A. explicações.
B. citações.
C. enumerações.
D. conclusões.

3.3 Frishta reconhece a importância de falar bem português para


A. jogar na seleção nacional.
B. fazer novas amizades.
C. prosseguir estudos.
D. cantar com os amigos no hostel.

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Texto B
.
Lê o texto e as notas, se necessário

O sonho de Hans

A família de Hans morava no interior da ilha. Ali, o rumor marítimo só em dias de


temporal, através da floresta longínqua, se ouvia.
Mas ele vinha muitas vezes até à pequena vila costeira e, esgueirando-se pelas ruelas,
caminhava ao longo do cais, ao lado de botes e veleiros, atravessava a praia e subia ao extremo
5 do promontório1. Ali, no respirar da vaga2, ouvia o respirar indecifrado3 da sua própria paixão.
[…]
Sören, pai de Hans, era um homem alto, magro, com os olhos cor de porcelana azul, os
traços secos e belas mãos sensíveis, que mais tarde, durante gerações, os seus descendentes
herdaram. […] À casa e à família imprimia uma inominada 4 lei de silêncio e reserva, onde o
10 espírito de cada um concentrava a sua força. De certa forma Sören reconhecia o risco que
corria: sabia que é no silêncio que se escuta o tumulto, é no silêncio que o desafio se concentra.
[…] Havia porém algo de taciturno 5 e ansioso em Sören: ele pensava talvez que a integridade
humana, mesmo a mais perfeita, nada podia contra o destino. Do dever cumprido, da liberdade
assumida, não esperava sucesso nem prosperidade, nem mesmo paz.
15 Os seus irmãos mais novos – Gustav e Niels – tinham morrido no naufrágio de um
veleiro que lhe pertencia. Sören sabia que o seu barco era um bom barco onde ele próprio
inspecionara com minúcia6 cada cabo e cada tábua, sabia que os seus jovens irmãos eram
perfeitos homens do mar, e hábil e competente o capitão a quem tudo entregara. No entanto, o
navio naufragou quando a experiência e o cálculo não mediram exatamente a força e a
proximidade do temporal.
Mal a notícia do naufrágio foi confirmada pelo cargueiro inglês que dois dias depois
recolhera ao largo os destroços do veleiro desmantelado – o mastro partido, as boias, o bote
virado –, Sören vendeu os seus barcos e comprou terras no interior da ilha. Dizia-se mesmo
que nunca mais olhara o mar. Dizia-se mesmo que nesse dia tinha chicoteado o mar.
No entanto Hans suspirava e nas longas noites de Inverno procurava ouvir, quando o vento
soprava do sul, entre o sussurrar dos abetos, o distante, adivinhado, rumor da rebentação.
Carregado de imaginações queria ser, como os seus tios e avós, marinheiro. Não para navegar
apenas entre as ilhas e as costas do Norte, seguindo nas ondas frias os cardumes de peixe.
Queria navegar para o Sul. Imaginava as grandes solidões do oceano, o surgir solene dos
promontórios, as praias onde baloiçam coqueiros e onde chega até ao mar a respiração dos
20
desertos. Imaginava as ilhas de coral azul, que são como os olhos azuis do mar. Imaginava o
tumulto, o calor, o cheiro a canela e laranja das terras meridionais.
Sophia de Mello Breyner Andresen, Saga, Porto Editora, 2020.

25

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30

1 promontório: cabo, elevação.


2 vaga: onda.
3 indecifrado: difícil de interpretar.
4 inominada: sem nome; estranha.
5 taciturno: melancólico; sombrio.
6 minúcia: com zelo; pormenorizadamente.

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4. Associa cada frase da coluna A a um elemento da coluna B, de acordo com o texto.

Escreve, em cada quadrado da coluna A, a letra correspondente da coluna B.

B
A

Sítio onde a família de Hans vivia. Ilhas e costas do Norte


Local atravessado pelo som do mar até Vila costeira
ser ouvido na casa de Hans. Interior da ilha
Lugar para onde Hans se evadia Floresta
frequentemente.

a. b. c.

5. A partir do
terceiro parágrafo, seleciona três adjetivos que caracterizem Sören psicologicamente.

reservado discreto desonesto inquieto comunicativo espontâneo

____________________________________________________________________________

6. Seleciona a alínea que completa adequadamente cada afirmação.

6.1 Os irmãos de Sören tinham sofrido uma tragédia, devido


A. a serem marinheiros inexperientes.
B. a terem um capitão incompetente.
C. à força terrível da tempestade.
D. às más condições do veleiro.

6.2 Após a notícia do naufrágio, Sören


A. desmantelou imediatamente o veleiro.
B. virou definitivamente as costas ao mar.
C. enfrentou abertamente o mar.
D. culpou desgostosamente os irmãos.

7. Faz corresponder os excertos (coluna A) aos recursos expressivos (coluna B).

A B

«o mastro partido, as boias, o bote


virado», linhas 22-23 metáfora
«tinha chicoteado o mar», linha 24 comparação
«entre o sussurrar dos abetos», linha 26 enumeração
«as ilhas de coral azul, que são como os personificação
olhos azuis do mar», linha 31

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a. b. c. d.

7.1 Explicita o valor expressivo da enumeração.

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

8. Identifica três sensações presentes na frase: «Imaginava as ilhas de coral azul, que são como os
olhos azuis do mar. Imaginava o tumulto, o calor, o cheiro a canela e laranja das terras
meridionais.» (linhas 31-32)

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

9. «Ali, no respirar da vaga, ouvia o respirar indecifrado da sua própria paixão.» (linha 5)
Explica qual a paixão de Hans. Qual é o seu sonho para o futuro?

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

Texto C

10. Observa o cartoon.

Evolução dos mares, in cartoonmovement.com, consultado em outubro de 2021.

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10.1 Descreve objetivamente a imagem.
10.2 Identifica o tema do cartoon e explicita a intenção do seu autor.

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Grupo III
GRAMÁTICA

1. Associa os constituintes sublinhados (coluna A) à função sintática correspondente (coluna B).


A B
A família de Hans habitava no interior da ilha.
Muitas vezes vinha Hans à pequena vila costeira.
complemento direto
Sören, pai de Hans, era um homem alto.
complemento oblíquo
Sören vendeu os seus barcos.
predicativo do sujeito
Os seus jovens irmãos pareciam perfeitos homens do
mar.
Hans inspecionava com minúcia cada cabo.

a. b. c. d. e. f.

2. Reescreve a frase seguinte na forma ativa.

«Mal a notícia do naufrágio foi confirmada pelo cargueiro inglês, Sören vendeu os seus barcos
e comprou terras no interior da ilha.»

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

3. Completa as frases seguintes com as formas verbais indicadas.


a. Quando Hans ___________________ (transpor, pretérito imperfeito do modo indicativo) as
fronteiras do interior da ilha, _______________________ (reter, pretérito imperfeito do
modo indicativo) em si a beleza do mar como se esta ______________ (ser, pretérito
imperfeito do modo conjuntivo) apenas sua.
b. Se Hans _______________________ (poder, pretérito mais-que-perfeito do conjuntivo),
certamente ________________________ (navegar, condicional composto) de imediato.

4. Classifica a oração subordinada sublinhada na frase seguinte.


«No entanto, o navio naufragou quando a experiência e o cálculo não mediram exatamente a
força e a proximidade do temporal.»

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

5. Seleciona com um  a opção adequada.


5.1 Na frase «Sören sabia que o seu barco era um bom barco onde ele próprio inspecionara
com minúcia cada cabo e cada tábua.», a oração subordinada adjetiva relativa restritiva
sublinhada é iniciada por
A. um pronome relativo.
B. uma conjunção subordinativa temporal.
C. um advérbio relativo.
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D. um determinante relativo.

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Grupo IV

ESCRITA

Hans não tinha medo dos desafios do mar. Sonhava com o mundo desconhecido a Sul
e com as viagens que gostaria de realizar.
Atualmente, a Humanidade enfrenta vários desafios. A escassez de água potável é já
uma realidade em vários pontos do globo, por exemplo.
Na tua opinião, estamos a usar a água de forma consciente? Que comportamentos
devemos mudar?

Escreve um texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de 160 e um máximo de 260
palavras, em que defendas o teu ponto de vista.
O teu texto deve incluir:
– a indicação do teu ponto de vista;
– a apresentação de, pelo menos, duas razões que justifiquem a tua posição;
– uma conclusão adequada.
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Observações:
1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em
branco, mesmo quando esta integre elementos ligados por hífen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer
número conta como uma única palavra, independentemente do número de algarismos que o
constituam (exemplo: /2021/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados, há que atender ao seguinte:
– um desvio dos limites de extensão implica uma desvalorização parcial de até dois pontos;
– um texto com extensão inferior a 55 palavras é classificado com 0 (zero) pontos.

FIM

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COTAÇÕES
Item
Grupo
Cotação (em pontos)

1.1. 1.2. 1.3. 1.4. 2.


I
2 2 2 2 3 11

1. 2. 3.1. 3.2. 3.3. 4. 5. 6.1. 6.2. 7. 7.1. 8. 9. 10.1. 10.2.


II
3 2 3 3 3 3 3 2 2 4 4 3 4 3 3 45

1. 2. 3. 4. 5.
III
6 3 5 3 2 19

Item único
IV
25

TOTAL 100

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SOLUÇÕES
GRUPO I
Transcrição
Afonso Reis Cabral atravessou a pé onze distritos, quatro serras, onze rios e trinta e dois
concelhos, numa viagem que ficará para sempre na sua memória.
«Herman Melville dizia que se chega a certa altura na vida e é preciso ir ver o mar. Eu acho que
isto é mais uma metáfora para ir ver o interior verdadeiramente, pensar na vida de outra maneira.
O Melville começa, primeiro, (começa) o Moby Dick, por um capítulo chamado “Miragens”, em
que descreve como a multidão nova-iorquina se dirige para perto da água e quer contemplar a
água e quer, no fundo, pensar na vida... para além da própria ideia de aventura subjacente ao
Moby Dick e da procura de uma certa vitalidade da vida.
Eu li o livro bastante novo, para aí com doze anos, treze anos, talvez no máximo, e foi uma leitura
muito marcante. Talvez na altura, mais pelo lado da aventura do que pelo lado da metáfora.
Porque todo o Moby Dick é uma grande metáfora, nem eu sei dizer, e agora seria difícil estar a
elaborar isso, mas é uma grande metáfora para a vida, para o desafio da vida, para as obsessões,
para os entusiasmos, enfim... E isso serviu também de mote para a viagem, sobretudo a ideia de
descobrir o mar, de ir a pé para o mar, de que eu falava há bocado. Não era só fazer a Nacional 2,
era fazer o caminho mais longo para o mar, e, em Portugal, o caminho mais longo é de Chaves a
Faro, a não ser que fizéssemos isso na diagonal, para aí de... Bragança a Sagres; mas, pronto,
também já era de mais.»
https://www.rtp.pt/play/p7368/e488668/leva-me-contigo-o-documentario
(com adaptações, 0.01-3.44 min)

1. 1.1 A; 1.2 A; 1.3 C; 1.4 C.


2. A. 2; B. 2; C. 1.

GRUPO II
Texto A
1. 5 – 1 – 4 – 3 – 2.
2. «Por estas noites, enquanto a maior parte do grupo canta e toca viola no hostel onde ainda
está instalado, Frishta vai para a internet à procura de palavras portuguesas e faz uma aula por
noite.»
3. 3.1 B; 3.2 B; 3.3 C.

Texto B
4. a. 3; b. 4; c. 2.
5. reservado; discreto; inquieto.
6. 6.1 C.; 6.2 B.
7. a. 3; b. 1; c. 4; d. 2.
7.1. A enumeração põe em evidência as consequências destrutivas que o naufrágio teve no
veleiro.
8. Indica três das sensações presentes: visão «azul»/«azuis»; audição «o tumulto»; tato «o calor»;
olfato «o cheiro a canela e laranja».
9. Hans tinha uma grande paixão pelo mar. Sonhava ser marinheiro como os seus tios e avós
(«Carregado de imaginações queria ser, como os seus tios e avós, marinheiro.»). Não se queria
limitar a navegar nas costas do Norte, desejava aventurar-se para o Sul («Queria navegar para o
Sul.») e descobrir as maravilhas do mar distante («Imaginava as ilhas de coral azul que são como
os olhos azuis do mar.»).
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Texto C
10.1. A ilustração parece estar dividida em três partes: o lixo à superfície, os peixes debaixo de
água e, numa camada inferior, a alteração/«evolução» destes animais aquáticos devido ao
plástico que é atirado aos mares e que leva à destruição destes seres e, por conseguinte, do seu
habitat. Com efeito, os peixes vão sofrendo transformações, perdendo as suas cores naturais e
acabando por adquirir a forma de garrafas de plástico, o que sugere a sua extinção ou
desaparecimento para dar lugar aos resíduos (aqui representados pelo plástico).
10.2. Com este cartoon, o autor tem a intenção de criticar a ação do homem e alertar para os
problemas que daí advêm. Pretende levar à mudança de hábitos que são nocivos, não só para as
espécies marinhas, como para todo o meio aquático.

GRUPO III
1. a. 2; b. 2; c. 3; d. 1; e. 3; f. 1.
2. Mal o cargueiro inglês confirmou a notícia do naufrágio, Sören vendeu os seus barcos e
comprou terras no interior da ilha.
3. a. transpunha/retinha/fosse; b. tivesse podido/teria navegado.
4. Oração subordinada adverbial temporal.
5. C.

Grupo IV
Cenário de resposta

Introdução:
O facto de a água potável ser um bem precioso e escasso, que todos temos de preservar, ainda
não é completamente claro para todos. É preciso consciencializar as pessoas para esta dura
realidade.

Desenvolvimento:
Exemplos de desperdício de água: pensamos que a água potável é infinita (exemplo: usamo-
-la para as regas, agropecuária, piscinas); somos comodistas e inconscientes (exemplo: na nossa
higiene pessoal – banho, lavagem de dentes – desperdiçamos água).
Exemplos de mudança de comportamento: reduzir o consumo (exemplo: através de torneiras
inteligentes ou outros sistemas); reciclar (exemplo: promover o tratamento de águas residuais);
reutilizar as águas tratadas (exemplo: na agropecuária, na lavagem de automóveis e máquinas).

Conclusão:
Devemos proteger e reciclar a água; os recursos hídricos estão a escassear; é urgente alertar as
consciências para este perigo antes que seja demasiado tarde.

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