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Matriz do teste de avaliação 5

Unidade 2 (Subunidade 2.2)


Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

Domínios Conteúdos Tipologia de questões N.o de itens Cotação


Sentido global do texto
(artigo de opinião).
Item de seleção: Texto A: 1 15
Texto narrativo – escolha múltipla. (15 x 1)
Grupo I
(O Cavaleiro da Dinamarca,
Leitura e Itens de construção: Texto B: 6 40
de Sophia de Mello
Educação Literária – resposta curta. (2 + 4 + 14
Breyner Andresen).
[8 + 6] + 6 +
6 + 8)
Recursos expressivos
(metáfora).
Subclasses do verbo.

Conjunção coordenativa
(copulativa, adversativa,
explicativa e conclusiva).
Grupo II 4 20
Funções sintáticas Itens de construção:
Gramática (4 + 4 + 4 + 8)
(complemento direto, – resposta restrita;
complemento indireto, – resposta curta.
complemento oblíquo e
predicativo do sujeito).

Coordenação.
Comentário.

Textualização: ortografia,
acentuação, pontuação e
Grupo III Item de construção:
sinais auxiliares de escrita; 1 25
Escrita – resposta extensa.
construção frásica
(concordância,
encadeamento lógico);
coesão textual.

Professor(a) ___________________________________________________ Turma ____________________

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 247


Matriz do teste de avaliação 5
Unidade 2 (Subunidade 2.2)
Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

Por domínios Conteúdos Tipologia de questões N.o de itens Cotação


Sentido global do texto
(artigo de opinião).
Item de seleção: Texto A: 1 100
Texto narrativo – escolha múltipla. (100 × 1)
Grupo I
(O Cavaleiro da Dinamarca,
Leitura e Itens de construção: Texto B: 6 100
de Sophia de Mello
Educação Literária – resposta curta. (8 + 10 +
Breyner Andresen).
35 [23 + 12] +
12 + 12 + 23)
Recursos expressivos
(metáfora).
Subclasses do verbo.

Conjunção coordenativa
(copulativa, adversativa,
explicativa e conclusiva).
Grupo II 4 100
Funções sintáticas Itens de construção: (20 + 20 +
Gramática
(complemento direto, – resposta restrita; 20 + 40)
complemento indireto, – resposta curta.
complemento oblíquo e
predicativo do sujeito).

Coordenação
Comentário.

Textualização: ortografia,
acentuação, pontuação e
Grupo III Item de construção:
sinais auxiliares de escrita; 1 100
Escrita – resposta extensa.
construção frásica
(concordância,
encadeamento lógico);
coesão textual.

Professor(a) ___________________________________________________ Turma ____________________

248 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Teste de avaliação 5
Unidade 2 (Subunidade 2.2)
Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

Grupo I
Texto A
Lê o texto com atenção.

O poder das histórias na Comunicação


O storytelling é a arte de contar histórias de forma relevante e com um propósito bem
definido. É uma ferramenta altamente eficaz utilizada em diferentes segmentos da comunicação.
Vários estudos mostram que, numa qualquer intervenção pública, formal ou menos formal, é
das histórias que as pessoas se lembram muito tempo depois de ouvir um orador. E porquê?
5 Porque as imagens que a audiência vai criando ao ouvir as suas histórias tornam a sua
mensagem bem mais real. Quanto mais visuais forem, tanto melhor! E se forem recheadas de
humor, sucesso garantido. As histórias provocam exatamente a mesma emoção que sentimos ao
ver um bom filme.
Quando comunicamos, se queremos transmitir uma mensagem cativante e inspiradora, não
10 nos podemos esquecer de incluir uma dose generosa de histórias emocionantes – dramáticas ou
cómicas – com enredos poderosos, personagens carismáticas, diálogos reais e uma narrativa
surpreendente, capaz de prender o público à cadeira. E as histórias mais interessantes são as
contadas na 1.ª pessoa. Quer ver?
Quando eu era pequena, lembro-me das deliciosas saladas algarvias preparadas pela minha
15 mãe, com o tomate e o pepino cortados aos quadradinhos, temperados com orégãos e um bom
azeite. Hmm… Que bem que me sabia! Hoje em dia, quando me servem no restaurante uma
salada com pepino, não lhe toco. E porquê? Porque vem normalmente cortado às rodelas grossas
e não me sabe bem cortado desta forma. O modo como são cortados os legumes afeta sem
qualquer dúvida o nosso paladar, concorda?
20 Qual o propósito desta história? Mostrar que, tal como acontece com o corte do pepino, na
comunicação muitas vezes não importa o que dizemos, mas como dizemos: a escolha das
palavras influencia em grande medida o sucesso (ou insucesso) da nossa mensagem.
Sentiu-se envolvido com a minha história?!
O storytelling é também uma ferramenta poderosa no domínio dos negócios. Especialistas em
25 marketing perceberam bem cedo o poder das histórias no sucesso das vendas. Perceberam que
podem vender um produto ou serviço sem sequer falar do mesmo. Como? Contando histórias.
As histórias estabelecem uma forte relação emocional com o consumidor, influenciando-o na
tomada de uma decisão.
As histórias despertam emoções. E chegámos ao cerne da questão: as emoções.
30 Ao contar uma história, há áreas do nosso cérebro que são imediatamente ativadas no campo
emocional: o interlocutor transforma as histórias que lê ou ouve em ideias, relacionando-as com
experiências suas. E quando o cérebro descodifica um episódio emocionalmente forte, permite
que esse mesmo episódio seja mais facilmente lembrado muito tempo depois. As histórias criam
um envolvimento emocional com o leitor ou o ouvinte, tornando-os protagonistas da narrativa.
35 O segredo é mesmo este: criar um relacionamento que gera confiança.

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 249


Starbucks, Nike, Red Bull, Coca-Cola são algumas marcas que há muito usam o storytelling
na sua comunicação, porque sabem que, como bem referiu Seth Godin, um dos especialistas de
marketing mais conceituados, «as pessoas não compram bens ou serviços. Compram relações,
histórias e magia».
40 A Coca-Cola há muito que não vende só bebidas. Vende também e, sobretudo, felicidade.
Sandra Duarte Tavares, disponível em http://visão.sapo.pt, consultado em julho de 2020 (texto com supressões).

1. Assinala com ‫ݵ‬, de 1.1 a 1.5, a opção que completa cada frase, de acordo com as informações
do texto.

1.1 O storytelling é utilizado em várias áreas da comunicação, uma vez que


(A) é uma regra imposta pelos vários segmentos.
(B) as pessoas tendem a recordar-se das histórias.
(C) é um recurso considerado artístico e eficiente.
(D) os oradores têm tendência a contar histórias.

1.2 A inclusão de histórias interessantes em qualquer intervenção


(A) conduz à eficácia da mensagem a transmitir.
(B) leva o público a compará-las a um filme.
(C) provoca o tédio e o cansaço no auditório.
(D) desvia o público do objetivo ambicionado.

1.3 A autora, ao contar uma história na 1.a pessoa,


(A) quer provar que os legumes cortados são melhores.
(B) tenciona explicar porque não come pepino.
(C) pretende comprovar o argumento apresentado.
(D) expõe a sua teoria sobre os efeitos do paladar.

1.4 Muitos anúncios não falam do produto ou serviço publicitado


(A) para estabelecerem uma relação emocional com o consumidor.
(B) porque recorrem ao poder persuasivo das histórias.
(C) para melhor influenciarem o consumidor.
(D) porque o sucesso das vendas não o justifica.

1.5 No último parágrafo do texto, a autora, para finalizar a sua argumentação, utiliza
(A) uma comparação.
(B) uma anáfora.
(C) um pleonasmo.
(D) uma metáfora.

250 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Texto B
Lê o seguinte excerto de O Cavaleiro da Dinamarca com atenção. Se necessário, consulta as notas.

Guiado por Beatriz…


E Filippo começou a contar:
௅ Quando Dante1 tinha nove anos de idade, viu um dia na rua uma rapariguinha, tão jovem
como ele, e que se chamava Beatriz. [...] Dante amou-a desde essa idade e desde esse primeiro
encontro. Mas passados anos, em plena juventude, Beatriz morreu. Esta morte foi o tormento de
5 Dante. Então, para esquecer o seu desgosto, começou uma vida de loucuras e erros. Até que um
dia, numa Sexta-Feira Santa, a 8 de abril do ano de 1300, se encontrou perdido no meio duma
floresta escura e selvagem. Aí lhe apareceram um leopardo, um leão e uma loba. Dante olhou
então à roda de si e viu passar uma sombra. Ele chamou-a em seu auxílio e a sombra disse-lhe:
«Sou a sombra de Virgílio2, o poeta morto há mais de mil anos, e venho da parte de Beatriz
10 para te guiar até ao lugar onde ela te espera.»
Dante seguiu Virgílio. Primeiro passaram sob a porta do Inferno onde está escrito: «Vós que
entrais deixai toda a esperança.»
Depois atravessaram os nove círculos onde estão os condenados. Viram aqueles que estão
cobertos por chuvas de lama, viram os que são eternamente arrastados em tempestades de vento,
15 viram os que moram dentro do fogo e viram os traidores, presos em lagos de gelo. Por toda a
parte se erguiam monstros e demónios, e Dante agarrava-se a Virgílio, tremendo de terror. E por
toda a parte reinava a escuridão como numa mina. Pois ali era um reino subterrâneo, sem Sol,
sem Lua e sem estrelas, iluminado apenas pelas chamas infernais.
Depois de terem percorrido todos os abismos do Inferno voltaram à luz do Sol e chegaram ao
20 Purgatório3, que é um monte no meio duma ilha subindo para o céu. Aí Dante e Virgílio viram
as almas que através de penitências e preces vão a caminho do Paraíso. Neste lugar já não se
viam demónios, mas em cada novo caminho surgiam anjos brilhantes como estrelas.
Até que chegaram ao Paraíso Terrestre4, que fica no cimo do monte do Purgatório. Aí, entre
relvas, bosques, fontes e flores, Dante tornou a ver Beatriz. Trazia na cabeça um véu branco
25 cingido de oliveira, os seus ombros estavam cobertos por um manto verde e o seu vestido era da
cor da chama viva. Vinha num carro puxado por um estranho animal, metade leão e metade
pássaro.
௅ 'DQWH௅GLVVHHOD௅PDQGHL-te chamar para te curar dos teus erros e pecados. Já viste o que
sofrem as almas do Inferno e já viste as grandes penitências5 daqueles que estão no Purgatório.
30 Agora vou levar-te comigo ao Céu, para que vejas a felicidade e a alegria dos bons e dos justos.
Guiado por Beatriz, o poeta atravessou os nove círculos do Céu. Caminharam entre estrelas
e planetas, rodeados de anjos e cânticos. E viram as almas dos justos cheias de glória e de alegria.
Quando chegaram ao décimo Céu, Beatriz despediu-se do seu amigo e disse-lhe:
௅ Volta à Terra e escreve num livro todas estas coisas que viste. Assim ensinarás os homens
35 a detestarem o mal e a desejarem o bem.
Dante voltou a este mundo e cumpriu a vontade de Beatriz. Escreveu um longo e maravilhoso
poema chamado «A Divina Comédia», no qual contou a sua viagem através do reino dos mortos.
Sophia de Mello Breyner Andresen, O Cavaleiro da Dinamarca,
Porto, Porto Editora, 2017, pp. 26, 27 e 30.

1. Dante: escritor, poeta e político italiano. 2. Virgílio: um dos maiores poetas de Roma. 3. Purgatório: lugar onde as almas
dos que cometeram pecados leves acabam de purificar os seus erros. 4. Paraíso Terrestre: segundo a Bíblia, jardim
aprazível onde Deus colocou Adão e Eva, depois da sua criação. 5. penitências: castigos.

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 251


1. Assinala com ‫ ݵ‬a opção que completa a frase.

1.1 A história de Dante é uma sequência narrativa que se encontra organizada


(A) por encadeamento.
(B) por encaixe.
(C) por alternância.
(D) cronologicamente.

2. Identifica o narrador e classifica-o quanto à participação na ação. Justifica a tua resposta.

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3. Explicita o que conduziu o protagonista desta história a perder-se numa «floresta escura e
selvagem» (linha 7).

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3.1 Indica quem era a «sombra» que ele chamou em seu auxílio e qual a sua missão.

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4. Enumera os locais por onde passaram Dante e a «sombra».

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5. Transcreve a frase que caracteriza Beatriz e refere o processo de caracterização utilizado.

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6. Comprova que Dante respeitou o pedido de Beatriz.

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252 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Grupo II

1. Associa os verbos sublinhados (coluna A) à sua subclasse (coluna B).

A B
a. O Cavaleiro estava fascinado com
o que ouvia. 1. transitivo direto

b. Virgílio foi seguido por Dante. 2. transitivo indireto


c. O Cavaleiro ouviu esta história em 3. copulativo
Florença.
4. auxiliar da passiva
d. Finalmente, Dante regressou a
Florença.

a. b. c. d.

2. Indica a função sintática dos constituintes sublinhados nas frases.


a. Dante entrou no Inferno e viu as almas dos condenados.
_________________________________________________________________________________________
b. O Purgatório ficava no meio de uma ilha.
_________________________________________________________________________________________
c. Beatriz disse a Dante para voltar à Terra.
_________________________________________________________________________________________
d. Este poeta escreveu «A Divina Comédia».
_________________________________________________________________________________________

3. Assinala com ‫ݵ‬, em 3.1 e 3.2, a opção que completa cada frase.
3.1 A conjunção coordenativa sublinhada em Dante ouviu a sombra e seguiu-a é

(A) adversativa. (C) copulativa.


(B) explicativa. (D) conclusiva.

3.2 Na frase O herói teve medo, mas não desistiu, a conjunção coordenativa sublinhada é

(A) adversativa. (C) copulativa.


(B) explicativa. (D) conclusiva.

4. Classifica as orações coordenadas sublinhadas nas frases seguintes.


a. No Inferno, ora viam os castigos das almas ora observavam monstros e demónios.
_________________________________________________________________________________________
b. Dante tremia de terror, pois agarrava-se a Virgílio.
_________________________________________________________________________________________
c. Beatriz morava no Paraíso, logo não regressou com Dante à Terra.
________________________________________________________________________________________________________________________________________
d. Muitas pessoas leram «A Divina Comédia», mas não aprenderam a detestar o mal.
________________________________________________________________________________________________________________________________________

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 253


Grupo III

«Assim ensinarás os homens a detestarem o mal e a desejarem o bem».


(Sophia de Mello Breyner Andresen, op. cit., p. 30.)

Escreve um comentário, no qual expliques de que modo as histórias nos podem influenciar
positivamente.
Organiza a informação da forma que considerares mais pertinente, tratando os tópicos
apresentados a seguir:
x o poder persuasivo da história de Dante;
x apresentação, de forma fundamentada, do teu ponto de vista sobre a influência
positiva das histórias.

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Observações:
Deves escrever entre 100 e 150 palavras.

1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo
quando esta integre elementos ligados por hífen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer número conta como uma única palavra,
independentemente dos algarismos que o constituam (exemplo: /2021/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados, há que atender ao seguinte:
– um desvio dos limites de extensão implica uma desvalorização parcial até dois pontos;
– um texto com extensão inferior a 55 palavras é classificado com 0 (zero) pontos.

FIM

254 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Matriz do Teste de avaliação 6
Unidade 2 (Subunidade 2.2)
Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

Domínios Conteúdos Tipologia de questões N.o de itens Cotação


Sentido global do texto
(artigo de opinião).

Texto narrativo Item de seleção: Texto A: 1 15


Grupo I (O Cavaleiro da Dinamarca, – escolha múltipla. (15 x 1)

Leitura e de Sophia de Mello


Educação Literária Breyner Andresen).
Itens de construção: Texto B: 5 40
– resposta curta. (8 x 5)
Recursos expressivos
(enumeração e
personificação).
Subclasses do verbo.

Conjunção coordenativa
(copulativa, adversativa,
explicativa e conclusiva).

Grupo II 4 20
Funções sintáticas Itens de construção:
Gramática (4 + 4 + 4 + 8)
(complemento direto, – resposta restrita;
complemento indireto, – resposta curta.
complemento oblíquo e
predicativo do sujeito).

Coordenação.
Texto de opinião.

Textualização: ortografia,
acentuação, pontuação e
Grupo III Item de construção:
sinais auxiliares de escrita; 1 25
Escrita – resposta extensa.
construção frásica
(concordância,
encadeamento lógico);
coesão textual.

Professor(a) ___________________________________________________ Turma ____________________

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 255


Matriz do Teste de avaliação 6
Unidade 2 (Subunidade 2.2)
Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

Por domínios Conteúdos Tipologia de questões N.o de itens Cotação


Sentido global do texto
(artigo de opinião).

Texto narrativo Item de seleção: Texto A: 1 100


Grupo I (O Cavaleiro da Dinamarca, – escolha múltipla. (100 × 1)

Leitura e de Sophia de Mello


Educação Literária Breyner Andresen).
Itens de construção: Texto B: 5 100
– resposta curta. (20 × 5)
Recursos expressivos
(enumeração e
personificação).
Subclasses do verbo.

Conjunção coordenativa
(copulativa, adversativa,
explicativa e conclusiva).

Grupo II 4 100
Funções sintáticas Itens de construção: (20 + 20 +
Gramática
(complemento direto, – resposta restrita; 20 + 40)
complemento indireto, – resposta curta.
complemento oblíquo e
predicativo do sujeito).

Coordenação.
Texto de opinião.

Textualização: ortografia,
acentuação, pontuação e
Grupo III Item de construção:
sinais auxiliares de escrita; 1 100
Escrita – resposta extensa.
construção frásica
(concordância,
encadeamento lógico);
coesão textual.

Professor(a) ___________________________________________________ Turma ____________________

256 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Teste de avaliação 6
Unidade 2 (Subunidade 2.2)
Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

Grupo I
Texto A

Lê o texto com atenção. Se necessário, consulta as notas.

Palavras a Sophia de Mello Breyner


A homenagem a prestar a Sophia de Mello Breyner é
promover o conhecimento da sua obra. Ensiná-la aos jovens nas
escolas. Tê-la à disposição dos adultos e dos mais velhos. O filho,
Miguel Sousa Tavares, disse-o há dias, com justeza.
5 Os mais diversos quadrantes1 políticos e culturais renderam-se
à prosa e poesia de Sophia de Mello Breyner. Prestaram home-
nagem àquela que é a maior poetisa portuguesa dos nossos tempos
e das maiores de sempre em Portugal. [...]
Não sou um entendido da obra de Sophia. Só leitor fiel e grato.
10 É uma mulher deslumbrante. A sua poesia e prosa abrangem
tudo o que pode ser dito. [...]
Quando se fala de Sophia de Mello Breyner, nunca se diz tudo.
O poder político raramente acerta e é justo. Decidiu mudar a
morada de Sophia de Mello Breyner para o Panteão Nacional2.
15 Com festa e palavras de circunstância. Fez bem. A poetisa inega-
velmente merece.
Na sua crónica miopia3, os políticos supõem ter cumprido o princípio e o fim da homenagem
devida a uma mulher desta grandeza. Nunca interiorizarão que a homenagem é mais do Panteão
em receber a poetisa do que desta em lá morar. Continuarão a descurar4 o ensino da sua arte,
20 poesia e prosa, nas nossas escolas.
O valor superior da cultura escapa sempre a um poder de contas, cortes, défices5 e dívidas.
Supõem ter levado Sophia de Mello Breyner ao Panteão Nacional. Melhor seria que, pelo seu
povo, e aproveitando o ensejo6, atentassem no pensamento da poetisa: «A cultura é cara.
A incultura acaba por ser mais cara. E a demagogia é caríssima…». Refletissem, tirassem daí as
25 consequências e se empenhassem também na cultura. Investissem e insistissem no ensino e
promoção daqueles que são a alma de um povo. [...]
Sophia de Mello Breyner não está sepultada. Antes vive no meio e entre nós. Com a sua
poesia, a sua arte: «A poesia… pede-me que viva sempre…».
Vivo no Campo Alegre7 há muitos anos. Tenho a sorte de ser vizinho de Sophia de Mello
30 Breyner. Vivo cá em baixo. Ela muito lá em cima. Em cima, na rua e no seu grande mundo. [...]

1. quadrantes: partidos, posicionamentos. 2. Panteão Nacional: monumento erigido para sepultar e perpetuar a memória
dos cidadãos portugueses que se distinguiram por serviços prestados ao país. 3. miopia: falta de vista à distância.
4. descurar: não cuidar. 5. défices: saldos negativos no orçamento do Estado. 6. ensejo: ocasião propícia. 7. Campo Alegre:
uma das principais ruas da cidade do Porto.

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 257


Leio agora, com muito mais afeto e atenção, os seus Contos Exemplares8: «… Do alto da
duna via-se a tarde toda como uma enorme flor transparente, aberta e estendida até aos confins
do horizonte…».
Com muito mais ternura, a poesia de uma mulher deslumbrante: «Temor de te amar num sítio
35 tão frágil como o mundo / Mal de te amar neste lugar de imperfeição / Onde tudo nos quebra e
emudece / Onde tudo nos mente e nos separa».
Alberto Pinto Nogueira, «Palavras a Sophia de Mello Breyner», in Público,
disponível em https://www.publico.pt, consultado em fevereiro de 2018 (texto adaptado).

8. Contos Exemplares: coletânea de contos de Sophia de Mello Breyner Andresen, publicada em 1962.

1. Assinala com ‫ݵ‬, de 1.1 a 1.5, a opção que completa cada frase, de acordo com o texto.

1.1 A melhor forma de homenagear Sophia é


(A) comprar os seus livros.
(B) promover a descoberta da sua obra junto dos mais novos.
(C) divulgar a sua obra ao público em geral.
(D) proporcionar o conhecimento da sua obra junto dos mais velhos.

1.2 O autor do texto assume-se como


(A) excelente conhecedor da obra de Sophia.
(B) vizinho de Sophia na zona do Campo Alegre.
(C) especialista literário da obra de Sophia.
(D) leitor leal e reconhecido da obra de Sophia.

1.3 Segundo o autor do texto, a mudança da última morada de Sophia


(A) é uma honra para o Panteão Nacional.
(B) é uma honra imerecida para a poetisa.
(C) mostra-se como a melhor forma de distinguir a poetisa.
(D) promove os valores do ensino da sua arte, poesia e prosa.

1.4 A frase «Em cima, na rua e no seu grande mundo.» (linha 30) tem um
(A) significado literal.
(B) sentido literal e metafórico.
(C) sentido metafórico.
(D) significado simbólico e metafórico.

1.5 Com o uso das aspas, ao longo do texto, pretende-se


(A) inserir a prosa de Sophia no discurso do autor.
(B) destacar os versos da poetisa no discurso do autor.
(C) introduzir as palavras de Sophia no discurso do autor.
(D) realçar, no discurso do autor, a sua admiração pela poetisa.

258 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Texto B

Lê o texto com atenção. Se necessário, consulta as notas.

Em Jerusalém
Quando chegou o dia de Natal, ao fim da tarde, o Cavaleiro dirigiu-se para a gruta de Belém.
Ali rezou toda a noite. Rezou no lugar onde a Virgem, São José, o boi, o burro, os pastores, os
Reis Magos e os Anjos tinham adorado a criança acabada de nascer. E, quando na torre das
igrejas bateram as doze badaladas da meia-noite, o Cavaleiro julgou ouvir, num cântico1
5 altíssimo cantado por multidões inumeráveis, a oração dos Anjos:
«Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade».
Então desceu sobre ele uma grande paz e uma grande confiança e, chorando de alegria, beijou
as pedras da gruta.
Rezou muito, nessa noite, o Cavaleiro. Rezou pelo fim das misérias e das guerras, rezou pela
10 paz e pela alegria do mundo. Pediu a Deus que o fizesse um homem de boa vontade, um homem
de vontade clara e direita, capaz de amar os outros. E pediu também aos Anjos que o protegessem
e guiassem na viagem de regresso, para que, daí a um ano, ele pudesse celebrar o Natal na sua
casa com os seus.
Passado o Natal o Cavaleiro demorou-se ainda dois meses na Palestina […].
15 Depois, em fins de fevereiro, despediu-se de Jerusalém e, na companhia de outros peregrinos2,
partiu para o porto de Jafa3.
Entre esses peregrinos havia um mercador de Veneza com quem o Cavaleiro travou grande
amizade.
Em Jafa foram obrigados a esperar pelo bom tempo e só embarcaram em meados de março.
20 Mas, uma vez no mar, foram assaltados pela tempestade. O navio ora subia na crista da vaga
ora recaía pesadamente estremecendo de ponta a ponta. Os mastros e os cabos estalavam e
gemiam.
As ondas batiam com fúria no casco e varriam a popa. O navio ora virava todo para a
esquerda, ora virava todo para a direita, e os marinheiros davam à bomba para que ele não se
25 enchesse de água. O vento rasgava as velas em pedaços e navegavam sem governo ao sabor do
mar.
– Ah! – pensava o Cavaleiro. – Não voltarei a ver a minha terra.
Sophia de Mello Breyner Andresen, O Cavaleiro da Dinamarca,
Porto, Porto Editora, 2017, pp. 11-12.

1. cântico: hino em honra do divino.


2. peregrinos: viajantes que visitam lugares santos ou de devoção.
3. porto de Jafa: o porto mais antigo do mundo.

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 259


1. Atenta nos quatro primeiros parágrafos.

1.1 Situa a ação do excerto no tempo e no espaço.

________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________

2. Identifica dois pedidos do Cavaleiro a Deus.

_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________

3. Indica o motivo do adiamento da viagem de regresso do Cavaleiro.

_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________

4. Identifica os dois recursos presentes em «Os mastros e os cabos estalavam e gemiam.» (linhas 21
e 22) e refere a sua expressividade.

_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________

5. Explicita o estado de espírito do Cavaleiro ao proferir as seguintes palavras:


«– Ah! – […] – Não voltarei a ver a minha terra.» (linha 27)

_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________

260 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Grupo II

1. Identifica as funções sintáticas dos elementos sublinhados nas frases.


a. O peregrino pediu aos Anjos que o protegessem na viagem de regresso.
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b. O Cavaleiro ainda viu as ondas alagar o navio.
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c. Foi um enorme prazer dialogar com o Mercador de Veneza.
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d. Os peregrinos ouviram histórias enquanto esperavam o navio.
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2. Substitui o constituinte sublinhado pelo pronome pessoal adequado.

Emprestamos o livro O Cavaleiro da Dinamarca ao Pedro?

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3. Associa cada palavra sublinhada (coluna A) à palavra ou expressão com sentido equivalente
(coluna B).

A B
a. O Cavaleiro rezou muito e beijou
as pedras da gruta. 1. nem... nem
2. pois
b. O peregrino já tinha cumprido a
sua missão, portanto podia 3. não só... mas também
regressar a casa. 4. no entanto
c. O tempo devia melhorar na 5. por conseguinte
primavera, mas tal não

a. b. c.

4. Transforma as frases simples em frases complexas, exprimindo o valor sugerido entre


parênteses. Faz apenas as alterações necessárias.
a. Lê outro livro de Sophia. São todos excelentes! (explicação)
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b. Ficas em Jerusalém? Voltas para a Dinamarca? (alternativa)
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c. Pediu a Deus pela paz no mundo. Teve um sentimento de dever cumprido. (conclusão)
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Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 261


Grupo III

«Viajar é interpretar. Duas pessoas vão ao mesmo país e, quando regressam, contam histórias
diferentes, descrevem os naturais desse país de maneiras diferentes.»
(José Luís Peixoto, Dentro do segredo.)

Elabora um texto de opinião em que reflitas sobre o excerto transcrito.


Podes seguir o plano de texto apresentado:
x explicação sucinta da afirmação;
x para que lugar viajarias e porquê;
x quem e o que levarias contigo;
x apresentação da tua opinião relativamente à transcrição.

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Observações:
Deves escrever entre 160 e 260 palavras.

1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo
quando esta integre elementos ligados por hífen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer número conta como uma única palavra,
independentemente dos algarismos que o constituam (exemplo: /2021/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados, há que atender ao seguinte:
– um desvio dos limites de extensão implica uma desvalorização parcial até dois pontos;
– um texto com extensão inferior a 55 palavras é classificado com 0 (zero) pontos.

FIM

262 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano

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