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Comunicata Scientiae 6(4): 412-417, 2015
Artigo
e-ISSN: 2177-5133
www.comunicatascientiae.com.br
Resumo
A maioria dos plantios de bananeira ainda são realizados utilizando mudas tradicionais do
tipo chifrinho, chifre, chifrão e pedaços de rizoma. Outros métodos de propagação como a
micropropagação vêm sendo desenvolvidos e aperfeiçoados, para elevar a taxa de multiplicação
em curto espaço de tempo e melhorar a qualidade fitossanitária das mudas. O objetivo foi avaliar
a desinfestação, in vitro, utilizando concentrações de cloro ativo em explantes de bananeira
‘Thap maeo’, sendo esta variedade resistente às Sigatokas negra e amarela, bem como ao mal-
do-Panamá. Os tratamentos utilizados foram: T1 - testemunha sem cloro ativo, T2 - 0,5% de cloro
ativo, T3 - 1,0% de cloro ativo, T4 - 1,5% de cloro ativo e T5 - 2% de cloro ativo. Foram avaliadas
as porcentagens de contaminação por bactérias e fungos como também a porcentagem de
oxidação dos explantes. Concluiu-se que a maior eficiência dentre os tratamentos testados
foi o de imersão dos explantes em 2% de cloro ativo o qual proporcionou redução 82% e 88%
respectivamente para bactérias e fungos.
Abstract
Most of banana plantations are still carried out using traditional seedlings types, named in Brazil as
‘chifrinho’, ‘chifre’, ‘chifrão’ (with a literal translation of little horn, horn and big horn, respectivelly)
and also using rizoma pieces. Other propagation methods, such as micropropagation, have been
developed and improved in order to increase the multiplication rate in a short period of time and
improve the seedlings phytossanitary canditions. The aim of this study was to evaluate the ‘in vitro’
disinfection using active chlorine concentrations in explants of ‘Thap maeo’ bananas , which is a
viriety resistant to black and yellow Sigatokas, as well as Panama disease. The treatments were: T1
– control without active chlorine , T2 - 0.5% of active chlorine, T3 - 1.0% of active chlorine, T4 - 1.5%
of active chlorine and T5 - 2% of active chlorine. The percentage of contamination by bacteria
and fungi as well as the percentage of oxidation of the explants were evaluated. It was concluded
that the highest efficiency among treatments was the T5 – immersion of the explants in 2% of active
chlorine, whichresullted in 82% and 88% of reduction, respectively, for bacteria and fungi.
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Skoog, 1962), suplementado com sacarose em que utilizaram um explante por repetição. Os
30 g L e o solidificante phytagel a 2,3 g L , com
-1 -1
dados foram submetidos a análise de variância
pH ajustado para 5,8 ± 1 antes da autoclavagem utilizando-se o programa SISVAR, e análise de
(esterilização) à 120 °C com 1 Kgf cm durante -2
regressão para as concentrações do cloro ativo.
vinte minutos. A fase de estabelecimento
foi realizada em sala de crescimento com Resultados e Discussão
temperatura 25 ± 2 °C e fotoperíodo de 16 horas De acordo com a análise de variância,
de luz a uma intensidade luminosa de 30 μmol m -2 pode-se observar que houve diferença
s-1. Os explantes foram avaliados após trinta dias significativa para o teste F entre as concentrações
contados da data de inoculação, período esse de hipoclorito de sódio para as variáveis
que compreende a fase de estabelecimento percentagens de contaminação bacteriana,
da cultura. Foram avaliadas as porcentagens fúngica e explantes oxidados (P<0,05) (Tabela
de contaminação por bactéria e fungo como 1). A análise de regressão indicou equações de
também a porcentagem de oxidação dos segundo grau, como melhor ajuste para todas
explantes. as variáveis.
O delineamento experimental utilizado Na concentração de 2,0% de cloro
foi o inteiramente casualizado com cinco ativo verificou-se taxa de 8% de contaminação
tratamentos, cinco repetições, sendo cada por bactérias (Figura 1), mostrando assim baixa
repetição representada por cinco tubos contaminação em relação ao tratamento
contendo um explante cada. Este delineamento com 0% de cloro ativo havendo 90,6% de
está de acordo com Lima & Moraes (2006), contaminação.
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