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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

UNIDADE ACADÊMICA DO CABO DE SANTO AGOSTINHO

DEPARTAMENTO DO CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

Projeto de uma Mini Termoelétrica utilizando a Mini Turbina a vapor da

empresa BrMini Termoelétrica para cogeração em uma indústria

petroquímica

CABO DE SANTO AGOSTINHO/PERNAMBUCO

JANEIRO – 2019
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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

UNIDADE ACADÊMICA DO CABO DE SANTO AGOSTINHO

DEPARTAMENTO DO CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

Projeto de uma Mini Termoelétrica utilizando a Mini Turbina a vapor da

empresa BrMini Termoelétrica para cogeração em uma indústria

petroquímica

Projeto de pesquisa apresentado à Unidade Acadêmica do Cabo de


Santo Agostinho (UACSA), da Universidade Federal Rural de
Pernambuco (UFRPE), em cumprimento às exigências da disciplina
Produção de energia elétrica, ministrada pelo Prof. Dr. Marcel Aires,
para 2ª V. A.
Discentes: Edivaldo Ferreira dos Santos Júnior
Mirella Ilka Pereira da Silveira

CABO DE SANTO AGOSTINHO/PERNAMBUCO

JANEIRO – 2019
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RESUMO

Grande parte da energia utilizada no mundo é oriunda das usinas termelétricas. O


Brasil é uma exceção, pois as hidrelétricas são as principais responsáveis pelo suprimento
da demanda, dada a grande capacidade instalada. Porém, as fontes térmicas vêm
ganhando espaço pela necessidade de garantia do suprimento de energia e pela
flexibilidade quanto a localização das instalações.
Este projeto consiste no correto dimensionamento de uma mini termoelétrica numa
empresa petroquímica localizada no Cabo de Santo Agostinho, operando em ciclo
combinado com cogeração usando vapor de caldeira como fonte energética. Este
procedimento trás um custo benefício para a empresa que adotará esse projeto, de forma
que a mini geração termoelétrica, neste caso, permite utilizar o próprio processo de
produção para geração de energia. Essa energia produzida pode ser consumida no local ou
ser injetada na rede, através de um medidor bidirecional é possível abater os valores na
conta de energia.
A abordagem deste trabalho é essencialmente teórica com os cálculos sendo feitos
de acordo com a literatura apresentada durante o curso.
Foi feita a análise energética da mini termoelétrica, assim como a análise financeira
do projeto, incluindo a planta e os documentos necessários para o projeto.
Por fim, o procedimento deste projeto aqui apresentado tem como objetivo
proporcionar uma otimização no uso de energia da planta bem como auxiliar no futuro
projeto de novas usinas.

Palavras-chave: Termoelétrica, Mini termoelétrica, BrMini Termoelétrica.


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ABSTRACT

Much of the energy used in the world comes from thermoelectric plants. Brazil is an

exception because hydroelectric plants are mainly responsible for the supply of demand,

given the large installed capacity. However, the thermal sources have been gaining space for

the need to guarantee the energy supply and for the flexibility as to the location of the

installations.

This project consists of the correct design of a mini thermoelectric plant in a

petrochemical company located in Cabo de Santo Agostinho, operating in combined cycle

with cogeneration using boiler steam as an energy source. This procedure brings a cost

benefit to the company that will adopt this project, so that the mini thermoelectric generation,

in this case, allows to use the own production process for power generation. This produced

energy can be consumed in the locality or be injected in the network, through a bidirectional

meter it is possible to lower the values in the energy bill.

The approach of this work is essentially theoretical with the calculations being made

according to the literature presented during the course. The mini-thermoelectric energy

analysis was done, as well as the financial analysis of the project, including the plant and the

necessary documents for the project. Finally, the procedure of this project presented here

aims to provide an optimization in the energy use of the plant as well as assist in the future

design of new plants.

Key words: Thermoelectric, Mini thermoelectric, BrMini Thermoelectric.


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Lista de Figuras

Figura 1 - Planta Industrial.


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Lista de Tabelas
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Sumário

1. INTRODUÇÃO 7
2. OBJETIVO 8
3. METODOLOGIA 8
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 9
4.1 COGERAÇÃO 9
4.2TERMOELÉTRICA 10
4.3 CALDEIRA 10
4.4 TURBINA 10
4.5 GERADOR 11
5. PLANTA 11

6. DETALHES DE MONTAGEM 13

6.1 GERADOR 13
6.2
7

INTRODUÇÃO

Segundo o Artigo 14º do Decreto Lei nº 5.163/2004, atualizada pelo decreto


786/2017, no Brasil a definição de geração distribuída é dada como:

“Considera-se geração distribuída toda produção de energia elétrica proveniente de


agentes concessionários, permissionários ou autorizados (...) conectados
diretamente no sistema elétrico de distribuição do comprador, exceto aquela
proveniente de: hidrelétrico com capacidade instalada superior a 30 MW;
termelétrico, inclusive de cogeração, com eficiência energética inferior a 75%.”
(Fonte: Caderno de Recursos Energéticos Distribuídos – FGV Energia)
 

De acordo com RN 482/2012, responsável por constituir as condições regulatórias


para a inserção da geração distribuída na matriz energética brasileira, são apresentadas as
seguintes definições:

● Microgeração distribuída: Sistemas de geração de energia renovável ou


cogeração qualificada conectados a rede com potência até 75 kW;
● Minigeração Distribuída: Sistemas de geração de energia renovável ou
cogeração qualificada conectados a rede com potência superior a 75 kW e
inferior a 5 MW.

Sabe-se que a demanda por energia elétrica aumenta a cada ano, tanto para a
utilização doméstica quanto para a industrial. Este fato ocasiona um problema de
“escassez” de energia em todo o Brasil e, a partir da década de 90, o governo permitiu a
geração de energia pelas empresas privadas.

Investir num negócio que apresente bom desempenho em relação aos impactos
sociais e ambientais representa, além dos aspectos éticos, um retorno econômico-financeiro
considerável suportado por fatores muitas vezes intangíveis, mas significatvos como a
facilidade de obtenção de financiamentos privilegiados, imagem, aceitação e colaboração
da comunidade local e das instituições de modo geral, dentre outros. Atualmente, os
agentes da sociedade zelam para que os empresários tenham responsabilidade social em
seus investimentos.

Atualmente, a prioridade de qualquer empresa no mundo é a redução de custos,


tendo em vista a alta concorrência e competitividade do mercado. Assim, as empresas
8

buscam formas alternativas de diminuir custos e aumentar o lucro.

Considerando estes dois pontos, a solução identificada é a geração de energia


através de uma mini central termoelétrica, a qual é definida como processo de produção
combinada de calor e energia elétrica (ou mecânica), a partir de um mesmo combustível,
capaz de produzir benefícios sociais, econômicos e ambientais.

A geração de energia elétrica se enquadra perfeitamente nesse conceito, apesar de


esse enquadramento se fazer de forma mais explícita nos grandes empreendimentos de
geração de energia, as mini termoelétricas podem e devem ser vistas como oportunidades
de trazer benefícios além da produção de energia e seu retorno econômico e financeiro.

A mini central termoelétrica contribui efetivamente para a racionalização energética,


uma vez que possibilita o vapor produzido para produção de energia elétrica e térmica a
partir do acréscimo de apenas 3% do combustível utilizado nas caldeiras.

O resultado deste trabalho representa uma importante contribuição para a pesquisa


de modelos de geração distribuída, sob um olhar multidisciplinar.

OBJETIVO

Este projeto tem como objetivo o dimensionamento de uma mini termoelétrica numa
determinada empresa petroquímica (não se pode revelar nome por questões de sigilo)
usando os componentes da empresa Br mini termoelétrica, fazendo análise de custo dos
equipamentos, e o tempo de retorno a partir da data de investimento.

METODOLOGIA

A metodologia proposta consiste em pesquisas, análises bibliográficas e contato


com a empresa responsável pela tecnologia da mini turbina capaz de gerar energia através
do vapor de caldeiras. Através disso, foi possível a realização deste trabalho.
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REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

4.1 COGERAÇÃO

A cogeração nada mais é que usar o calor produzido na geração elétrica no


processo produtivo sob a forma de vapor. Ela é, basicamente, a produção simultânea e
sequencial de duas formas de energia a partir de uma mesma fonte de energia primária. Em
outras palavras, a cogeração pode ser definida como a produção combinada de energia
térmica e de energia mecânica/elétrica por meio de uma única fonte de combustível, como
os derivados do petróleo, o gás natural, a biomassa, entre outras. Em sua grande maioria,
os projetos de cogeração utilizam biomassa ou gás natural como combustível.
Nos sistemas de cogeração busca-se aumentar a produção de energia a partir do
uso mais eficiente do combustível utilizado. No sistema convencional de geração de
energia, cerca de 65% da energia do combustível é perdida para o ambiente sob a forma de
calor e apenas 35% é usada na geração de energia elétrica. Já nos sistemas de cogeração,
o aproveitamento da energia do combustível atinge valores superiores a 80%, sendo que
cerca de 35% é usada na produção de energia elétrica e aproximadamente 50% é
transformada em energia térmica e aproveitada no processo, ou seja, na cogeração, parte
da energia que seria desperdiçada é aproveitada e apenas cerca de 15% é perdida.
Os primeiros sistemas de cogeração foram desenvolvidos por volta de 1870, nos
EUA e em alguns países europeus. Estes sistemas baseavam-se em máquinas a vapor
acopladas a geradores elétricos e foram instalados em áreas com elevada densidade
populacional. O vapor era utilizado para o aquecimento de ambientes e a energia elétrica
para o consumo elétrico nas habitações. Mas a partir da década de 40, com o
desenvolvimento das grandes centrais de energia elétrica, os sistemas de cogeração foram
perdendo sua importância. Entretanto, a partir da década de 70, com a crise do petróleo e
com as crescentes preocupações ambientais, a cogeração ganhou um novo incentivo.

4.2 CICLO RANKINE

Segundo Shapiro et.al (2013) o ciclo rankine é o que seu fluído de trabalho passa
por vários componentes do ciclo de potência a vapor simples sem irreversibilidades, não
havendo queda de pressão por atritos na caldeira e no condensador, e o fluído de trabalho
fluirá através desses componentes a pressão constante. Além disso, na ausência de
irreversibilidades e de transferência de calor com as vizinhanças, o processo através da
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turbina e da bomba será isentrópico. Um ciclo compatível com essas idealizações é o ciclo
ideal de Rankine mostrado na Figura X.

Figura X - Diagrama temperatura-entropia de um ciclo ideal de Rankine.

Em relação a Figura X, pode-se observar que o fluido de trabalho fica sujeito à seguinte
sequência de processos reversíveis internamente:
● Processo 4-1: Primeiro, o fluido de trabalho é bombeado (idealmente numa forma
adiabática reversível) de uma pressão baixa para uma pressão alta utilizando-se
uma bomba. O bombeamento requer algum tipo de energia para se realizar;
● Processo 1-2: O fluido pressurizado entra numa caldeira, onde é aquecido a pressão
constante até se tornar vapor superaquecido. Fontes comuns de calor incluem
carvão, gás natural e energia nuclear;
● Processo 2-3: O vapor superaquecido expande através de uma turbina para gerar
trabalho. Idealmente, esta é uma refrigeração adiabática reversível. Com esta
refrigeração, tanto a pressão quanto a temperatura se reduzem;
● Processo 3-4: O vapor então entra num condensador, onde ele é resfriado,
idealmente a pressão constante, até a condição de líquido saturado. Este líquido
então retorna à bomba e o ciclo se repete.
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4.3 TERMOELÉTRICA

Uma usina termoelétrica é uma instalação que produz energia elétrica a partir da
queima de carvão, óleo combustível, gás natural, biomassa, dentre outros, em uma caldeira
projetada para esta finalidade específica.
O funcionamento das centrais termelétricas é semelhante, independentemente do
combustível utilizado. O combustível é armazenado em parques ou depósitos adjacentes,
de onde é enviado para a usina, onde será queimado na caldeira. Esta gera vapor a partir
da água que circula por uma extensa rede de tubos que revestem suas paredes. A função
do vapor é movimentar as pás de uma turbina, cujo rotor gira juntamente com o eixo de um
gerador acoplado à turbina. O gerador, por meio da indução magnética, irá gerar energia
elétrica. O vapor é resfriado em um condensador e convertido, outra vez, em água, que
volta aos tubos da caldeira, dando início a um novo ciclo. A água em circulação esfria o
condensador e expulsa o calor extraído da atmosfera pelas torres de refrigeração, sendo
estas grandes estruturas que identificam essas centrais.

4.4 CALDEIRAS

Segundo a NR 13 Caldeiras a vapor são equipamentos destinados a produzir e


acumular vapor sob pressão superior à atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia,
excetuando-se os refervedores e equipamentos similares utilizados em unidades de
processo.
Uma caldeira é composta de dois sistemas básicos separados. Um é o sistema
vapor-água, também chamado de “lado de água da caldeira”, e o outro é o sistema
combustível-ar-gás da combustão, também chamado de “lado de fogo da caldeira”. A
entrada do sistema vapor-água ou do “lado de água da caldeira” é a água, que deve passar
por um rigoroso tratamento antes de ser bombeada para dentro da caldeira. Esta água é
aquecida através de uma barreira de metal sólido e deixa o sistema na forma de vapor. As
entradas do sistema combustível-ar-gás da combustão ou “lado do fogo da caldeira” são o
combustível e o ar de combustão necessário à queima deste combustível. Neste sistema, o
combustível e o ar de combustão são cuidadosamente misturados, sendo em seguida
queimados na câmara de combustão ou fornalha. A combustão converte a energia química
do combustível em energia térmica, ou seja, calor. Este calor é transferido para o sistema
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vapor-água, o que ocasiona a geração de vapor.

4.5 TURBINAS

Turbina a vapor é uma máquina rotativa que consome energia térmica do vapor
d´água transformando-a em energia mecânica. O aparecimento da primeira turbina a vapor
de aplicação está associado aos engenheiros Carl Gustaf de Laval (1845-1913), da Suécia,
e Charles Parsons (1854- 1931), da Grã-Bretanha. Apesar de muitos nomes de cientistas
envolvidos, atribui-se a americano George Westinghouse (1846-1914) os direitos
americanos sobre as turbinas Parsons, em 1895. É dele o mérito de desenvolver e
implementar a primeira turbina a vapor comercial de 400 kW de capacidade, acionando um
gerador elétrico.
Nas turbinas a vapor, o fluido que vem da caldeira vai para a entrada da turbina.
Esta funciona por diferença de pressão, ou seja, aproveita a energia cinética do gás que
passa de um lugar de alta para um lugar de baixa pressão, em que o gerador logo após
transforma a energia cinética em elétrica.
Existem dois tipos básicos de turbinas a vapor: as sem condensação ou de
contrapressão e as de condensação. Nas turbinas de condensação, extrai-se vapor à
pressão desejada durante a fase de expansão, enquanto o restante continua expandindo-se
até a condensação, gerando energia tradicional. Neste caso, a relação entre potência e
calor é mais alta, porém o ciclo global tem eficiência menor.
As turbinas de contrapressão são geralmente empregadas quando o vapor de
escape é utilizado em algum processo industrial, a pressão de saída desta é maior que a
pressão atmosférica, este será o tipo de turbina a ser utilizada neste trabalho.

4.6 GERADOR

Gerador é um dispositivo responsável por transformar energia química e/ou


mecânica em elétrica.
A sua potência elétrica de saída é diretamente proporcional à potência mecânica
transmitida pela turbina através de seu eixo. É sabido que a potência mecânica na ponta do
eixo de uma máquina girante é diretamente proporcional ao produto da velocidade de
rotação e o torque na ponta do eixo. Assim, caso o gerador precise entregar mais potência
ao sistema elétrico, devido a um aumento súbito de carga, a turbina precisa aumentar o
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torque transferido ao gerador, uma vez que a rotação deve manter-se constante. Esse
controle de rotação é possível graças ao sistema eletrônico de controle de rotação da
turbina instalado pela Br Mini Termoelétrica.
O gerador utilizado neste projeto é o Gerador Tokoyama 15 kVA sem motor trifásico
110/220 V.
14

5. PLANTA

A planta da Mini Termoelétrica está descrita basicamente na figura 1 abaixo:

Figura 1 - Planta Industrial.

O vapor é produzido pela caldeira, passa pela turbina e logo após vai para uso de

demais processos (Cogeração). Quando ele passa pela turbina ela começa a se

movimentar gerando energia elétrica, e a energia por sua vez pode ser armazenada por um

banco de baterias, que a depender de seu dimensionamento demora em torno de 2 horas


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para carregar, tendo energia de uso durante 24 horas. A energia também pode ser injetada

diretamente na rede através do inversor Grid Tie, sendo medida através de um relógio

bidirecional para saber o quanto de energia está sendo injetada e o quanto está sendo

consumida, obtendo a economia, como por exemplo, no acionamento elétrico de um poste.

CONSUMO ENERGÉTICO PETROQUÍMICA

Devido ao sigilo referente aos seus dados, adotou-se hipoteticamente que a

empresa petroquímica tem um consumo de elétrico mensal de 56 MW. O sistema elétrico

da indústria estudada opera com a entrada da concessionária.


16

BBlz.

DETALHES DE MONTAGEM

As Mini Turbinas são as protagonistas da mini termelétrica, já que utilizam o vapor

produzido por caldeiras comuns e são instaladas entre a caldeira e o processo produtivo

para produção de energia, aproveitando o vapor já existente (cogeração).

A montagem da Mini Termoelétrica é bastante simples e está descrita como se

segue:

6.1 GERADOR

1º fase: Na primeira etapa é necessário conectar a polia fornecida pela BrMini no Gerador

junto com a chaveta. É necessário alinhar a correia colocando a turbina ao lado do gerador

e as correias nas polias da turbina e do gerador.

2º fase: Alinha-se a polia da turbina com a polia do gerador, é necessário encostar uma

régua na face da polia do gerador e empurrar a turbina para que a face de sua polia fique

também encostada na régua. Veja na Figura 2 abaixo:

Figura 2: Alinhamento das polias com a régua

Fonte: Manual BrMini Termoelétrica


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3º fase: Colocar o esquadro sobre o eixo da turbina, ou encostado na face do disco dentado

ao lado da correia, e verificar se a correia está alinhada com o esquadro. O alinhamento da

correia é importante para que ela não se solte e tenha vida útil longa.Veja a figura 3:

Figura 3: Alinhamento da correia com o esquadro

Fonte: Manual BrMini Termoelétrica

Fixação do gerador: Fazer o alinhamento da correia, fixar a base do gerador no chão com

buchas 12 e parafusos: marcar com um lápis os furos da base do gerador no chão e furar

primeiro com uma broca fina no centro da marcação e depois com a broca 12, para garantir

a precisão do furo e manter o alinhamento da correia. Utilizar as buchas de aço e parafusos

fornecidos com a turbina.

Fixação da turbina: Fixar a base da turbina no chão com buchas 12 e parafusos: marcar

com um lápis os 4 furos da base da turbina no chão e furar primeiro com uma broca fina no

centro da marcação e depois com a broca 12, para garantir a precisão do furo e manter o

alinhamento da correia. Utilizar as buchas de aço e parafusos fornecidos com a turbina.

Esticamento da Correia: Após o alinhamento da correia temos que fixar o gerador e a

turbina afrouxando as porcas dos parafusos dos 4 coxins da turbina para que ela possa
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deslocar-se e esticar a correia. É necessário girar o parafuso do esticador para esticar a

correia. Para que a correia tenha uma vida útil maior, é importante não tencionar muito a

correia: empurrando o meio da correia com o dedo, ela deve deslocar 1 cm para baixo.

Caso fique muito frouxa o sistema avisará quando a turbina estiver funcionando: o alarme

(sinal luminoso vermelho do quadro de comando) acenderá, soará a sirene e uma

mensagem avisando que a correia está frouxa aparecerá no mostrador. Depois de esticar a

correia, é preciso apertar as porcas dos 4 coxins da turbina.

Proteções

As proteções estão na correia e na roda de inércia (volante). Figuras 4 e Figura 5.

Figura 4: Proteções para a correia

Fonte: Manual BrMini Termoelétrica


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Figura 5: Proteções para roda de inércia

Fonte: Manual BrMini Termoelétrica

Saída de vapor

A saída de vapor da turbina é feita através de uma mangueira flexivel que está conectada a

tubulação de descarte ou reaproveitamento do vapor que saí da turbina.

VÁLVULAS

As válvulas já são fornecidas montadas pela BrMini.

Acoplamento na tubulação de vapor

- Rosqueando a extremidade das válvulas na tubulação de vapor utilizando vedarosca,

como mostra a figura abaixo.

Acoplamento na turbina

- Rosqueando a outra extremidade na entrada de vapor da turbina, como mostrado na foto

abaixo (Figura 6):


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Figura 6: Conexão das válvulas à entrada de vapor da turbina

Fonte: Manual BrMini Termoelétrica

Esta conexão não precisa de veda rosca.

- O suporte das válvulas é instalado fixando-o com buchas e parafusos no chão e apertando

os parafusos que o prendem na mangueira, como mostra a figura abaixo.

QUADRO DE COMANDO

Fixação do quadro de comando na parede

O quadro de comando deve ser fixado na parede e próximo das válvulas utilizando

as buchas e parafusos que acompanham o quadro de comando.

Ligação dos cabos e fios

O quadro de comando possui um bloco de conexões com contatos enumerados de 1

a 18. Estes conectores acompanham o quadro de comando. Figura X.


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Figura 7: Conector do quadro de comando para os cabos das válvulas, do sensor da turbina

e do gerador

Fonte: Manual BrMini Termoelétrica

As pontas do cabo das válvulas devem ser introduzidas no cabo do sensor da

turbina e no cabo do gerador na abertura embaixo do quadro de comando e conectada aos

fios dos cabos no conector do quadro de comando. Os números nas extremidades dos

cabos devem coincidir com os números mostrados no conector do quadro.

Pontas dos fios dos cabos enumeradas.

• O cabo do sensor de rotação deve ser conectado nos conectores 1 a 6.

• O cabo do conjunto de válvulas deve ser conectado aos conectores 7 a 16.

• O cabo do gerador deve ser conectado nos conectores 17 e 18.

Os fios da outra extremidade do cabo do gerador deve ser conectado aos fios 220 v do

gerador.

O cabo do gerador serve para manter a bateria carregada. No meio desse cabo tem

um pino macho e fêmea que permite desconectar o cabo do gerador e colocá-lo em uma

tomada comum 220 V para carga da bateria no caso do sistema ficar algum tempo sem ser

utilizado. Quando for utilizar o sistema após um período sem utilizá-lo deve-se ligar o

quadro de comando e verificar no mostrador se a tensão da bateria está maior que 12.00V,

do contrário deve-se colocar a chave do quadro de comando na posição CARREGA


22

BATERIA e ligar o cabo do gerador em uma tomada 220 V e fazer a carga da bateria por no

mínimo 8 horas.

Os fios do gerador poderão ser ligados a um quadro de distribuição ou à máquina

que receberá sua energia.

CALDEIRA

Será instalado uma válvula de alívio junto com a válvula de segurança da caldeira,

facilitando manter a pressão sem ter que ficar inspecionando o manômetro.

A válvula deve ser ajustada na pressão de trabalho.

MEMORIAL DESCRITIVO

7.1 Descrições gerais

Temos por objetivo descrever o projeto e as condições para a implantação de uma Mini

Usina Termelétrica para cogeração de energia em residências rurais, indústrias de pequeno

e médio porte, para geração abaixo de 100 kW.

A Mini Termoelétrica é composta basicamente por uma turbina específica que é utilizada

para geração de energia elétrica distribuída por meio de geradores baratos e compactos,

por exemplo: gerador AC ou bomba d’água. A energia gerada é consumida no próprio local.

Empresas que usam caldeira na sua produção como fábricas de alimentos, alambiques,

lavanderias, etc. podem utilizar-se do vapor para produzir energia, com um custo adicional

de cerca de 3% de combustível.

A turbina é fabricada em aço inox e não entra em contato com óleo, graxa nem outro
23

tipo de contaminação. Utiliza vapor produzido por caldeiras comuns e tem ótimo rendimento

a partir da pressão 6 kg/cm2 (que equivale a 6 bar, ou 90 psi), mas podem operar com

pressões menores com menor eficiência, ou maiores com maior eficiência.

Com um Inversor Grid Tie a empresa pode transferir energia para a rede e abater da sua

conta de energia.

Para aqueles que não tem acesso à energia da concessionária a aquisição de uma

caldeira a lenha é uma solução barata para produzir energia. O combustível (a lenha) é

barato e abundante em áreas rurais, podendo ser utilizado poda de árvores, resíduos de

produção agrícola como bagaço de cana, cascas, restos de madeira, etc.

Na Figura X está apresentado o funcionamento do processo de produção de energia:

Figura X: Processo funcionamento da Mini Termoelétrica


Fonte: BrMini Termoelétrica
24

7.2 Descrição da Mini Termoelétrica

7.2.1. Regime de Operação

A geração de energia elétrica poderá funcionar em regime de operação contínua, ou

seja , 24 horas por dia e 8.500 horas / ano , com fator de carga de até 90%, devido a

necessidade de paradas para manutenções periódicas dos equipamentos.

7.2.2. Equipamentos

● Mini turbina

Fabricante: BrMini Termoelétrica – Modelo Único

Na Figura X podemos observar a mini turbina a ser utilizada na mini geração de energia:

Figura X: Turbina
Fonte: Manual Br Mini

A turbina possui uma entrada e uma saída de vapor e uma polia para conexão ao
gerador por meio da correia.
Inclui os componentes e acessórios mostrados nas fotos abaixo, Figuras X, Y e Z:
25

Figura X: Turbina e correia


Fonte: Manual Br Mini Termoelétrica

Figura Y: Válvulas de entrada


Fonte: Manual Br Mini Termoelétrica
26

Figura Z: Quadro de Controle


Fonte: Manual Br Mini Termoelétrica

Válvulas

A turbina utiliza as seguintes válvulas:

• Válvula manual de retirada de água da tubulação. É a primeira válvula conectada à

tubulação de vapor. Possui uma luva 1 ¼ para conectar à tubulação de vapor.

Deve-se abrir essa válvula antes de abrir a válvula de liberação do vapor retirar a

água que está na tubulação.

• Válvula manual de liberação de vapor para a turbina (segunda válvula).

• Válvula de segurança (caixa preta superior). Esta válvula é automática e

independente do quadro de comando e fecha se ocorrer alguma falha grave no

sistema, como falha no quadro de comando, escorregamento excessivo da correia,

etc. Importante: essa válvula opera somente quando o quadro de comando está

ligado. Portanto, sempre que for utilizar a turbina ligue primeiro o quadro de

comando antes de ligar a válvula do vapor.

• Válvula de controle (caixa preta inferior). Esta válvula é automática e seve para

controlar a rotação da turbina e manter a frequência da energia produzida pelo

gerador em 60 Hz. A conexão do conjunto de válvulas à turbina é feita por uma

mangueira flexível.
27

Quadro de Comando

O quadro de comando possui mostrador, chave, indicadores luminosos e

sirene.

Mostrador

Apresenta a rotação da turbina, frequência da energia gerada pelo gerador,

mensagens e a tensão da bateria do sistema. Quando é ligado, mostra rapidamente

o número de horas que a turbina funcionou desde sua instalação (Figura X).

Figura X: Mostrador

Fonte: Manual BrMini

Podem aparecer algumas dessas mensagens no mostrador:

PRE BAIXA: (Pressão Baixa) Significa que a rotação da turbina (e,

consequentemente, a frequência da energia produzida pelo gerador) está baixa

devido à queda na pressão da caldeira ou ter muita carga no gerador. Deve-se

colocar mais combustível (lenha, etc.) na caldeira ou diminuir a carga no gerador.

Este problema não causa o acionamento da sirene nem o desligamento automático

do sistema.

• BAT BAIXA: Significa que a bateria está com pouca carga. Deve-se retirar o pino

macho do cabo do gerador e colocar em uma tomada comum 220v e colocar a

chave na posição CARREGAR BATERIA. Deixe carregar pelo período mínimo de 8


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horas. (A sirene toca quando ocorre este problema e o sistema para porque a

válvula de entrada de vapor fecha automaticamente.)

• ESCOR COR: Significa que a correia está escorregando. Deve-se fechar o vapor e

esperar a turbina parar. Então, esticar a correia e abrir o vapor. (A sirene toca

quando ocorre este problema). Se o sistema parar, é porque a válvula de segurança

desligou o vapor automaticamente, significando que o houve escorregamento

excessivo.

• ERRO NA VALVULA: Significa que houve problema na válvula de controle. O

sistema será desligado automaticamente. Deve-se verificar se os cabos da válvula

estão conectados e ligar o sistema novamente. Se ocorrer novamente o problema

deve-se procurar a assistência técnica.

Sirene

A sirene toca toda vez que ocorrer uma falha no sistema. Para saber qual é o

problema, veja a mensagem que aparece no mostrador do quadro de comando.

Chaves

• Chave que liga o quadro de comando (posição LIGA) ou liga a carga de baterias

(posição CARREGA BATERIA). A posição DESLIGA deve ser utilizada sempre que

a turbina não estiver em uso.

• Chave interna ao quadro de comando que serve para abrir a válvula de segurança,

caso o indicador luminoso do quadro de comando sinalize para fazê-lo.

Chave interna do quadro de comando


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Sinais luminosos:

• Gerador ativo (VERDE). Indica que já está sendo produzida energia pelo

gerador.

• Alarme (VERMELHO). Indica que ocorreu alguma falha no sistema.

• Liga (AZUL). Indica que o quadro de comando está ligado.

• Carrega bateria (AMARELO). Indica que a bateria esta sendo carregada.

• Abra válvula de segurança (VERMELHO inferior). Indica para abrir a válvula

de segurança que é fechada automaticamente quando ocorre alguma grave no

sistema.

● Gerador

Especificação: De 1kW (ou 1,5 CV) até 50 kW (ou 70 CV)

Escolhido: Gerador Tokoyama 15 kVA sem motor trifásico 110/220 V

● Caldeira

Produção de Vapor (água 4000 kg/h


a 20 °C)

Capacidade calorífica do 2577200 kcal/h


vapor na pressão de
operação

Pressão de operação 10,5 kg/cm2

Pressão máxima de 12 kg/cm2


trabalho

Combustível gás natural

Pressão do gás 2 kg/cm2

Poder Calorífico inferior 11200 kcal/kg

Consumo de combustível 358 kg/h

Temperatura dos gases 215 °C


na saída
30

Tabela x: Dados da Caldeira Conservit.

7.3. Manutenção

Lubrificação: Os mancais da turbina devem ser engraxados

mensalmente, mas recomenda-se que seja feita semanalmente. Deve ser utilizada a graxa

e a bomba de graxa fornecidas pela BrMini somente para essa finalidade. Não misture a

graxa fornecida pela BrMini com outras graxas. O engraxamento dos mancais é feito

colocando-se a ponta da bomba de graxa na engraxadeira (bicos para graxa localizados

sobre os mancais) e bombear até ver o excesso sair pelo vão do eixo. Utilize somente a

graxa da SKF LGLT 2.

Bateria: A bateria pode precisar ser carregada no caso da turbina ficar

longo tempo sem ser utilizada. Ao ligar a chave do quadro de controle é necessário verificar

o valor da tensão da bateria. Se estiver abaixo de 12 V deve-se colocar a chave na posição

CARREGA BATERIA e retirar o pino macho do fêmea no cabo do gerador e colocar em uma

tomada 220 V comum para carregar a bateria por no mínimo 8 horas. Então retornar o pino

macho para o fêmea no cabo do gerador.

7.4. Operação

Após a instalação de todos os componentes da mini termelétrica para colocá-la em

operação basta mover a chave do quadro de comando para a posição LIGA e aguardar até

que a luz vermelha esteja piscando, após isso, deve-se abrir a válvula manual de retirada

de água da tubulação até sair só vapor, para então abrir a válvula manual de entrada de

vapor. A turbina vai girar até atingir 15.000 RPM e a luz verde do quadro de comando

acenderá indicando que o gerador está produzindo energia e a carga pode ser ligada.

Para desligar basta fechar a válvula manual de entrada de vapor e colocar a chave

do quadro de comando na posição desligado.


31

DIAGRAMA UNIFILAR

QUANDO FIZER ANEXAR AQUI


32

MEMORIAL DE CÁLCULO

Usando 1 turbina da empresa Mini Termoelétrica, o dimensionamento energético e o


tempo de retorno do investimento é dado através das equações a seguir:
Considerando caldeira funcionando 24 horas durante 1 mês (30 dias) usando
catálogo da CELPE 2018:
● O gerador de 15 kW (considerando fator de potência igual a 1) produz por mês 15
kw-hora x 24 horas x 30 dias = 10800 kW.mês
● Ao preço de 0,48 /kw-hora (preço da energia da rede para empresas considerando
apenas o consumo ativo) temos R$ 5184,00.
● O custo do gerador mais turbina é: R$ 19900 (turbina e controle) + R$ 3761,00
(gerador AC) que resulta num total de R$ 23661,00.
● Com R$ 5184,00 gerado, o sistema se paga em 4 meses e 24 dias.
Caso, considerando o sistema operando 20 horas por dia (às outras 4 horas são
usadas para possíveis manutenções) :
● O gerador de 15 kW produz por mês 15 kW-hora x 20 horas x 30 dias = 9000
kW.mês
● Ao preço de 0,48 /kW-hora (preço da energia da rede para empresas considerando
apenas o consumo ativo) temos R$ 4320,00.
● Com R$ 4320,00 gerado, o sistema se paga em 5 meses e 15 dias.

Custo do kilowatt instalado

● Turbina 15 kW BR mi termoelétrica: R$ 19900,00.


● Gerador Tokoyama 15 kVA sem motor trifásico 110/220 V: R$ 3761,00.
● Total: R$ 23661,00/15 kW = R$ 1577,40/kW instalado.

Quantidade de Combustível para Cogeração

Utilizando a cogeração o mesmo vapor usado na produção é que o é usado na


turbina, só que o vapor passa primeiro pela turbina e depois é utilizado no processo
produtivo. A caldeira terá que operar com pressão mais alta que a necessária para a
produção porque tem uma queda de pressão na turbina para que ela funcione. Isto aumenta
o gasto de combustível em torno de 3%.
33

Vapor que entra na Turbina

A turbina trabalha com vapor normal produzido por caldeira ou outro dispositivo
(vapor saturado). No caso desse projeto será utilizado vapor produzido por caldeira.

Vapor que sai da Turbina

O rotor da turbina é feito de aço inox. O vapor passa sem nenhuma contaminação,
podendo ser utilizado nos processos da indústria após passar pela turbina, permitindo fazer
cogeração. Se o vapor sair da turbina para o meio ambiente, sai com pressão atmosférica
(sem pressão manométrica) e a temperatura de 100 °C com cerca de 5 % de água. Se sair
para um condensador ou for utilizado em processo industrial, a pressão e temperatura serão
determinadas pelas condições de condensação e ou de contrapressão do processo.

Pressão do Trabalho

A turbina opera com melhor eficiência a partir de 5 bar. Para turbinas pequenas (1 a
12 kw), a melhor relação custo-benefício é operar com pressão de 7 a 8 bar (160 °C), pois
utiliza caldeira de baixo custo.

Consumo de vapor por kw/h gerado

O consumo de vapor por kW/h gerado consome cerca de 15 kg de vapor por kW/h
gerado se operar com condensador e pressão de 21 bar. Deve-se considerar também que
geradores AC abaixo de 100 kW tem eficiência menor do que os geradores AC para
potências maiores.

Rendimento

No gráfico abaixo pode ver que se tiver uma caldeira que produz 1.000 kg de vapor
por hora, operando a 7 kg/cm2, obtém-se cerca de 15 kW (20 CV) na saída do gerador. Se
operar a 10 kg/cm2 obtém-se 17 kW (23 CV) na saída do gerador AC.
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Figura x - Gráfico Energia (kW) para 1000 kg de vapor por hora.

Seguindo o exemplo do projeto, usando caldeira que produz 4000 kg de vapor por hora,
operando a 7 kg/cm2, divide 4000/1000 e multiplica por 15 kW, resultando 60 kW (80 CV) na
saída do gerador AC.

Caldeira

Pode-se colocar opcionalmente uma válvula adicional (além da válvula de segurança


da caldeira ), de modo que o usuário não tem que verificar se a pressão está no valor
normal. Esta válvula mantém a pressão no valor correto e se necessário libera vapor.
A tabela X fornece a temperatura correspondente a pressão manométrica do vapor:
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Pressão (Bar) Temperatura ( °C )

0 100

1 120

2 133

3 144

4 152

5 159

6 165

7 170

8 175

9 180

10 184

11 188

12 192

Tabela x - Pressão e Temperatura Caldeira.

Operação

Ao abrir a válvula de vapor, a turbina atinge sua rotação em segundos e aciona a


máquina conectada à turbina, que pode operar com rotação entre 500 e 15.000 rpm.
Utilização da turbina como motor: para irrigação e acionamento de máquinas em
geral, sem a necessidade de motores elétricos ou a diesel. Produz-se vapor em uma
caldeira que aciona a turbina que gira o eixo de uma bomba (mecanizada, sem motor) ou
qualquer máquina operando de 500 rpm até 15.000 rpm.

Bombeamento d’àgua

As Bombas de Água movidas a turbina a vapor são úteis no campo para irrigação
pois podem utilizar lenha ou resíduos da produção agrícola. (Também podem ser utilizada
para bombear quaisquer líquidos.)
36

A utilização da Turbina como motor para acionar diretamente a bomba evita as


perdas que ocorrem na geração de energia elétrica para acionar uma bomba d'água com
motor elétrico.

Motor a Vapor

Os Motores a Vapor consistem na utilização da turbina a vapor com Controle


Eletrônico de rotação, que mantêm a rotação constante, podendo acionar máquinas com
rotação de 500 a 15.000 rpm.
O motor com turbina a vapor é mais eficiente que os motores a vapor feitos com
pistão (chamados de locomoveis), pois gasta menos vapor . A turbina também é menor e
mais barata.

Motorização

A mini turbina pode ser acoplada a um gerador AC, ou a uma bomba d'água, ou
qualquer máquina. A mini turbina possui controle eletrônico de rotação.

Produção e Consumo

Como a empresa tem acesso a energia da rede, pode usar um Inversor Grid Tie
para que a energia que produzir e não consumir seja descontada de sua conta de luz.

Comparação com outros geradores

● No caso de gerador a diesel ou gasolina, além do combustível ser caro, tem que ser
buscado longe em áreas remotas ou rurais.
● No caso de gerador eólico, há poucas áreas no Brasil com ventos apropriados,
geralmente localizadas em litoral.
● No caso do gerador solar, têm que ter muitas baterias para armazenar a energia,
além de caras tem que ser substituídas a cada 3 anos. Geralmente estes geradores
possuem baterias para apenas mais 1 dia sem sol, o que pode deixar o usuário sem
energia.
● No caso de geradores com “roda d´água” (turbina Pelton), o rio tem que ter uma
queda (desnível) tal que poucos rios servem para isto.
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LISTA DE MATERIAIS E ORÇAMENTO

● Turbina 15 kW Br Mini Termoelétrica: R$ 19900,00


● Gerador Tokoyama 15 kVA sem motor trifásico 110/220 V: R$ 3761,00
● Total: R$ 23661,00

DOCUMENTOS PARA APROVAÇÃO (ÓRGÃO REGULATÓRIO/ AMBIENTAL/


CONCESSIONÁRIA)

Os documentos necessários para que seja realizado o pedido de conexão da micro


ou minigeração estão discriminados nos formulários presentes nos anexos da Seção 3.7 do
Módulo 3 do PRODIST. E estão anexados em anexo neste trabalho.
Segundo a Resolução Normativa nº 482/2012 – atualizado em 25/05/2017 da
ANEEL as distribuidoras não podem solicitar informações e documentos além dos
discriminados nesses formulários, que estão no anexo deste trabalho.
Acessar o link abaixo para imprimir a documentação:

http://www.aneel.gov.br/documents/656827/14866914/PRODIST-M%C3%B3dulo3_Revis%

C3%A3o7/ebfa9546-09c2-4fe5-a5a2-ac8430cbca99

O documento de licença ambiental junto a prefeitura do Cabo de Santo Agostinho

também se encontra em anexo neste trabalho.

Imprimir em:

https://www.cabo.pe.gov.br/wp-content/uploads/2017/05/Form_ObrasDiversas.pdf

VANTAGENS

● O sistema se paga em um tempo muito curto (5 meses e 15 dias)


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● Considerando que o conjunto turbina mais gerador forneça como dimensionado

108000 kW mensais (10,8 MW), isso gera um abatimento na conta energética da

empresa de (10,8/56)*100 % = 19,3 %.

CONCLUSÃO

Este trabalho da disciplina de Produção de Energia deu a oportunidade aos

acadêmicos de conhecer a área de desenvolvimento de uma microgeração distribuída, a

qual o mesmo não havia tido contato até o momento, de modo a compreender seu uso e

sua importância para este tipo de aplicação e para a indústria.

Neste projeto foi apresentado o sistema de geração de energia com suas

respectivas peculiaridades de funcionamento, os requisitos, o processo de implementação e

o aspecto final do sistema desenvolvido.

Fazendo o presente estudo de caso viu-se o potencial abatimento no custo da conta

de energia de 19,3 % através da mini central termoelétrica, valendo salientar.

Como destaque neste projeto, podemos citar o grande crescimento profissional, pois

este proporcionou uma experiência de trabalho em equipe, além de obter conhecimento

técnico na área de geração distribuída principalmente em microgeração, transformando o

trabalho em um grande aprendizado.

Referências

https://www.comgas.com.br/para-industria/caracteristicas-do-gas-natural/

https://brmini.webs.com/retorno-do-investimento

http://www.aneel.gov.br/documents/656827/14866914/PRODIST-M%C3%B3dulo3_Revis%
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C3%A3o7/ebfa9546-09c2-4fe5-a5a2-ac8430cbca99

https://lista.mercadolivre.com.br/ferramentas-construcao/energia-eletrica/motor-gerador-ac

https://www.maquinaindustrial.com.br/maquinario-usado/?e=Caldeira+4000+Kg+marca+Con

servit_321-678 (Caldeira) acesso em 07/01/2019

http://www.normaslegais.com.br/legislacao/trabalhista/nr/nr13.htm (Caldeira) acesso em

07/01/2019

https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/170028/PFC-20141-AlbertoRamosMa

chadoNeto.pdf?sequence=1

https://www.infoescola.com/energia/cogeracao/

SHAPIRO,Howard. Princípios de Termodinâmica para Engenharia. 7ª Edição. LTC,2013.


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