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Aluno(s):​ João Moura e Willians Fernandes da Silva

​Professor(a):​ Richard Wilson

​Matéria​: Economia e Mercado – Oligopólio

​Curso: ​TSP – 3° ​Turma: ​A ​Turno: ​Noturno

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Sumário

I – Introdução…………………...…………………………………...…….. 3

II – Histórico ........................................................................................ 5
Características .................................................................................... 8
Empresas ........................................................................................... 16
Política em relação governamental .................................................... 16
Impactos ou importância do setor para a sociedade………...……….. 19

III – Conclusão…………………………………………………………….. 23
IV – Bibliografia……………………………………………………………. 24

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Introdução

Primeiramente, este trabalho tem como objetivo trazer dados a respeito


de oligopólio específico assim como levantar seu histórico, características,
empresas, dados, política governamental, impactos (positivos ou negativos) ou
importância para a sociedade porém, é necessário discorrer brevemente sobre
a base fundamental que possibilitou o surgimento e o funcionamento da
economia capitalista até os dias de hoje, chamados de mercados. Além disso,
explicaremos o que possivelmente tenha levado a formação das estruturas de
mercado, conhecidas como monopólio e oligopólio, mostrando sua definição e
características focando mais detalhadamente no que se refere a oligopólio.
E, como mencionado acima, exemplificaremos um mercado oligopolista,
tendo não evidenciando detalhadamente uma empresa específica, citando as
nuances desse setor, bem como seu histórico e sua importância para a
economia para a sociedade e a economia do país.
Numa economia capitalista, é imprescindível a existência de um
ambiente (mercado) físico ou virtual que una compradores e vendedores com
objetivo de realizarem transações comerciais entre si. De fato, esta é uma das
características que define esse modelo de econômico.
Os mercados são diversificados e múltiplos e podem ser de automóveis,
suprimentos (alimentos), etc. (mercados reais), mas também de eletrônicos
(smartphones, computadores etc.); produtos ( livros, mídias*, ações etc.). Os
mercados por serem múltiplos, isto é, terem vários fabricantes ofertando os
mesmos produtos ou serviços acabam por gerar a concorrência
(disputa/rivalidade). Essa rivalidade entre mercados acabam por organizá – los,
e definirem preços e quantidades de equilíbrio. Quanto maior concorrência em
um mercado, mais organizado e eficiente ele é, e mais competitivo ele será.
Para diminuir essa competitividade e dificultar a entrada de outros em
mercado específico além de preservar a sua hegemonia econômica, os
empresários começarem a “comprar” outras empresas, montando mega
corporações, vindo a ser denominado como estruturas de mercado.
Essas estruturas de mercado se diferenciam conforme as características
da realização de mercado, baseando- se no número de empresas x
compradores sendo elas nos moldes de concorrência perfeita (oligopólio) ou
imperfeita (ou monopolista).
Concorrência perfeita é uma espécie de mercado em que existe um
grande número de vendedores (empresas) e compradores, de modo que,
isoladamente por ser insignificante, não afeta os níveis de oferta de mercado e,
consequentemente, o preço entre eles é equilibrado e não alterado também
pelos compradores.

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Isso faz com que os produtores criem produtos com características
diferenciadas, com objetivo de atrair mais atenção dos consumidores. Essa
características diferenciadas podem ser relativos a marca, a qualidade ou
marketing. Como consequência desse diferencial em relação a concorrência, o
seu preço pode se tornar elevado porém, não muito maior, devido ao
surgimento de produtos similares com preços baixos.
A concorrência imperfeita se difere primordialmente em relação à
concorrência perfeita por possibilitar aos vendedores o controle de preço da lei
de mercado.
Assim esse mercado se caracteriza pela grande possibilidade de os
vendedores na procura e os preços através da diferenciação dos produtos, pela
marca, propaganda, maior valor agregado, etc. no qual existe pelo menos uma
empresa ou consumidor com poder suficiente para influenciar o preço do
mercado. A concorrência perfeita se divide em:
1. Concorrência Monopolista ou Monopolizadora;
2. Oligopólio;
3. Monopólio.
Alguns exemplos de empresas inseridas no modelo de concorrência imperfeita
são: a indústria automobilística como a - GM, Fiat, Ford, Renault, BMW,
Mercedes Benz, Jeep, Toyota, Honda etc. Na indústria alimentícia, tem - se: a
Sadia, Nestle, Bunger, etc. E, na indústria farmacêutica temos exemplos como
a: Eurofarma, Novartis, etc

OLIGOPÓLIO

O oligopólio é uma estrutura de mercado intermediária entre o monopólio e a


concorrência perfeita.[...], é o único ambiente de mercado no qual se observa
rivalidade entre as empresas participantes.” Isso acontece porque o número de
empresas concorrentes não é muito grande, e geralmente essa concorrência é
feita por grandes empresas. Quando uma delas toma uma atitude importante,
esta deve ser considerada pelas demais, pois repercutirá no mercado.

É um tipo de estrutura de mercado que se caracteriza por apresentar um


pequeno número de empresas que dominam a oferta de mercado e um
grande número de compradores (demandantes) nesse mercado.

MONOPÓLIO

O monopólio encontra-se no extremo oposto da concorrência perfeita e tem

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como principal característica a existência de uma única firma vendendo um
produto que não tenha substitutos próximos.

O mercado monopolista apresenta características opostas às de livre


concorrência. Isto é, nesse tipo de mercado existe uma única empresa
que domina inteiramente a oferta de determinado produto, enquanto há
muitos consumidores do mesmo.

Histórico
A história dos frigoríficos no Brasil
Registra Veiga Cabral na sua ‘Chorographia do Brasil’ que o primeiro
matadouro frigorífico do Brasil foi instalado em 1913 na cidade de Barretos
(SP) por Antonio Prado (1840-1929) e chamava-se ‘Companhia Frigorífica e
Pastoril’.
As empresas multinacionais americanas e inglesas foi quem começou a
explorar a atividade no Brasil. Traziam experiências dos seus
empreendimentos em outros países e conhecimento da tecnologia do
processamento, transporte e comercialização dos produtos e subprodutos
oriundos da operação.
A Anglo (do Grupo Vestey) de capital britânico e as três maiores
empresas de capital norte americano (Wilson, Swift e Armour) dominaram
sozinhas o mercado de carne no Brasil até a década de 1940, quando
começou a aparecer as primeiras cooperativas que instalaram abatedouros
frigoríficos no Rio Grande do Sul.

As Empresas Estrangeiras
Em 1923 o grupo Vestey adquiriu o mais antigo frigorífico do Brasil a
‘Companhia Frigorífica e Pastoril’ que foi instalado em 1913 na cidade de
Barretos (SP) por Antonio Prado (um dos maiores acionistas da ‘Companhia

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Paulista de Estradas de Ferro’). Em 1914 saiu deste frigorífico a primeira
remessa de carne congelada do Brasil para a Inglaterra. Trocou o nome para
‘Frigorífico Anglo’. O recorde de abate anual desde frigorífico foi no ano de
1941 quando foram processadas 259.000 cabeças de bovinos. Houve dias em
que foram abatidas mais 3.000 cabeças de bois. Em 1993, com a intenção de
abandonar o ramo de produção de carne no Brasil, que já não era mais
vantajoso, o Frigorífico Anglo foi vendido para dois dos seus diretores e os
Vestey’s encerraram as suas atividades industriais em Barretos.
Em 1916 o Grupo Vestey adquiriu as instalações da antiga fábrica de
cerveja ‘Teutônia’ (fundada em 1895 e na época pertencente a Brahma) em
Mendes (RJ) transformando-a em 1917, em um matadouro frigorífico também
com o nome de ‘Frigorífico Anglo’. O frigorífico foi desativado em 1966, depois
de um incêndio.
Em 1921 o Grupo Vestey adquiriu o ‘Companhia Frigorífica Rio Grande’
de Pelotas, que tinha sido construído em 1917 por um grupo de estancieiros da
região e passava por dificuldades financeiras. A ‘Companhia Frigorífica Rio
Grande' foi comprada pela ‘Lancashire General Investiment Trust Limited’ de
propriedade do Grupo em 1921. Foi constituída no Rio Grande do Sul, a
sociedade anônima ‘The Rio Grande Meat Company’ com sede em Pelotas,
tendo recebido autorização para funcionar no estado pelo decreto nº 2.766
daquele ano.
Em 1924, a ‘The Rio Grande Meat Company’ passou a denominar-se
também ‘Frigorífico Anglo’. As instalações foram reformadas em 1932,
funcionou durante mais de meio século e encerrou os abates em 1979, ficando
a partir desta data, apenas com a industrialização de carnes e de frutas. Mais
tarde foi vendido e adaptado para ser um campus da Universidade Federal de
Pelotas.
A Wilson em 1918 estabeleceu os dois primeiros frigoríficos no Brasil,
um em Santana do Livramento (RS) e outro em Osasco (SP). Construiu mais
tarde outro frigorífico em Ponta Grossa no Paraná, este dedicado à
industrialização de suínos. Em 1971 o ramo brasileiro da Wilson foi vendido
para um grupo argentino que manteve a marca, mas trocou o nome da
empresa para Comabra. Em 1992 a Comabra foi incorporada pela Sadia.
A Swift chegou ao Brasil em julho de 1917, iniciando a construção de um
frigorífico na cidade do Rio Grande.
Em 1972 a empresa no Brasil foi incorporada pela Armour, criando uma
outra a Swift-Armour que foi vendida em 1973 para o grupo financeiro
Brascan/Antunes. Em 1989 o Grupo Brascan/Antunes vendeu a empresa para
o Grupo Bordon.
Em 1973 a Swift nos Estados Unidos foi incorporada pela holding ‘Esmark Inc.’
e entre 1990 e 2000 pertenceu a ConAngra'.

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As filiais dos outros países foram retalhada e passaram a pertencer a
diversos dono e atualmente o que dobrou do grande império nos Estados
Unidos, no Brasil, e na Argentina, pertence ao grupo JBS.

Décadas de 1940 e 1950


Veiga Cabral, na edição de 1953 do seu livro já citado mostra o retrato
da indústria da carne na época. Menciona o ‘Frigorífico Armour de São Paulo’,
como o maior do Brasil, informando que a capacidade de abate era de 2.000
suínos, 1.000 ovinos e 800 bovinos por dia, tinha câmaras de estocagem para
3.000 toneladas de carne empilhada e 1.500 toneladas dependuradas. Cita
outras empresas importantes: ‘Anglo’ em Barretos, São Paulo; ‘Bianco’ em
Cruzeiro, São Paulo; ‘Companhia Frigorífica’ em Santos, São Paulo;
‘Continental’ em Osasco, São Paulo; ‘Anglo’ em Pelotas, Rio Grande do Sul;
‘Anglo’ em Mendes, Rio de Janeiro; ‘Matarazzo’ em Jaguaraiva, Paraná; ‘Swift’
em Rio Grande, Rio Grande do Sul; ‘Armour’ em Livramento, Rio Grande do
Sul e ‘Sul Americano’ em Alfredo Chaves, Rio Grande do Sul.
Depois, das multinacionais, o Rio Grande do Sul experimentou uma
nova fase que foi iniciada na década de 1940 e durou até o final da década de
1950, que foi a entrada das cooperativas que congregavam os produtores
rurais, principalmente de trigo, no negócio de abate e desossa de bovinos. A
pioneira foi a ‘Cooperativa Rural Brasileira’ que inaugurou em 1936, em São
Gabriel, o seu próprio frigorífico. Outras vieram a acompanhar seu exemplo.

Em 1944 foi inaugurado o frigorífico de Uruguaiana da ‘Cooperativa da


Fronteira Oeste’, em 1945 o frigorífico de Dom Pedrito da ‘Cooperativa Tritícola
Serrana’, em 1953 o frigorífico de Tupanciretã da ‘Cooperativa Rural Serrana’ e
em 1954 o frigorífico de Santana do Livramento da ‘Cooperativa Regional
Santanense de Lãs’. E finalmente, foi construído no final da década e
inaugurado em 1961, o frigorífico de Rio Pardo da ‘Cooperativa Pastoril do Rio
Pardo’.
Estas duas décadas também foram de progresso para a indústria
frigorífica de Minas Gerais, o estado que detinha o maior rebanho bovino do
Brasil. Em 1948, foi inaugurado em Campo Belo, o ‘Frigorífico São João’, em
1949, em Uberlândia, o ‘Frigorífico Omega’, em 1950 em Araguari, o ‘Frigorífico
Mataboi’, em 1954 em Santa Luzia, o ‘Frimisa’ (Frigorífico Minas Gerais), que
era de propriedade do governo de Minas Gerais.
O primeiro grande frigorífico de Goiás, o ‘Continental’, foi construído em
Anápolis em 1954.

Década de 1970

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A década de 1970 foi uma das melhores para a indústria frigorífica no
Brasil. A rentabilidade do segmento foi garantida pela política protecionista de
preços tabelados de carne e pelo programa governamental de formação de
estoques reguladores de carne congelada para o período de entressafra.
Houve muita fraude e lucros fáceis para os sonegadores e os aproveitadores.
Destacaram-se os frigoríficos Bordon e Kaiowa, como os maiores do segmento.

Aconteceu a entrada no mercado de carne bovina da Sadia, que já era a


maior no mercado de carne suína e de aves, com a construção de um
frigorífico em Cuiabá. Foi inaugurado em 1982, o ‘Frigorífico Atlas’, um projeto
arrojado em plena selva amazônica (Santana do Araguaia, Pará). Era de
propriedade de um consórcio de empresas que não eram do ramo (Bradesco e
Volkswagen entre elas) e que aproveitaram os incentivos fiscais sobre o
imposto de renda concedido pelo governo para a região Norte.

A ‘Companhia Paulista de Estradas de Ferro’ que de Jundiaí, atingia as


divisas de São Paulo, Minas Gerais e Goiás, a ‘Companhia Mogiana’, a
‘Sorocabana’ e a ‘Araraquarense’, que cortavam todo o estado, fizeram de São
Paulo, o mais importante polo da indústria frigorífica, suplantando a primazia do
Rio Grande do Sul. O transporte dos bois era o grande problema e grande
parte do gado vinha de Minas Gerais e de Goiás.
Depois, da instalação na década de 1970 de tantos frigoríficos, o setor
foi totalmente dominado pelas empresas nacionais com maior poder político de
barganha com o Governo.

Uma a uma as empresas estrangeiras foram deixando o país, A Swift,


depois, de pertencer a um grupo de investimentos, foi vendida ao Grupo
Bordon em 1989, o Wilson a um grupo argentino radicado no Brasil (Comabra),
que depois, foi também repassado ao grupo Bordon.
A última a sair foi o Grupo Vestey- ‘Frigorífico Anglo’-, que encerrou
suas atividades em 1993, vendendo as instalações e a marca para uma
empresa brasileira formada por dois ex-diretores. Só ficou com as fazendas
que em 1977, foram separadas do ‘Frigorífico Anglo’ e incorporadas a outra
empresa a ‘Agropecuária CFM’, com sede em São José do Rio Preto.

Características

Mapeamento e Características dos Frigoríficos Brasileiros

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As inspeções para permitir a comercialização de carne no Brasil,
garantem a qualidade dos produtos que chegam até a mesa do consumidor.
Além de normas sanitárias e tecnológicas, os selos determinam também
o raio de comercialização dos frigoríficos.
Temos três selos frente às normas para comercialização da carne: o
Serviço de Inspeção Municipal (SIM) que permite o comércio da carne somente
no território do município que se encontra o frigorífico, o Serviço de Inspeção
Estadual (SIE), que permite o comércio apenas dentro dos limites do estado e
o Serviço de Inspeção Federal (SIF) que autoriza a comercialização da carne
para o mercado externo e todo território nacional. (MAPA, 2017).
Segundo levantamento da Scot Consultoria, no primeiro semestre de
2017 eram 1146 frigoríficos que operavam nas três modalidades de inspeção
descritas (IBGE, 2017). Sendo que 49,9% dos frigoríficos possuíam SIM,
33,5% possuíam SIE e 16,6% o SIF.
Apesar do número de frigoríficos que possuem apenas a inspeção
municipal ser quase 50% do montante total, a representatividade de abate é de
apenas 6,5% quando comparados à quantidade de animais abatidos.
Segundo levantamento da Scot Consultoria, a capacidade de abate
diário para esse segmento é pequena, com média de 13,3 cabeças/dia. São
plantas de pequeno porte, e o raio de alcance não vai além dos limites
territoriais do município.
Já para os frigoríficos com inspeção estadual (SIE), a ponderação de
abate é de 19% e para estabelecimentos que possuam a inspeção em nível
federal (SIF) é de 74,5%. Esses dados não consideram o mercado
informal/ilegal de bovinos em território nacional.

C​onsiderando a representatividade dos frigoríficos que possuem o SIF e


SIE, com aproximadamente 93,5% dos abates totais, 12,1% dessas plantas se
encontram em Goiás, seguido de Santa Catarina com 10,7%, Minas Gerais
com 10,1% e São Paulo com 9,9% dos frigoríficos totais.

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A maioria dos frigoríficos nacionais se concentram nos grandes polos de
consumo e em função da logística em relação a portos para a exportação, uma
vez que os meios de transporte de produtos agropecuários estão prejudicados
pela falta de infraestrutura.
De acordo com dados da Associação Brasileira das Indústrias
Exportadoras de Carnes, de janeiro a novembro de 2017, o Porto de
Santos-SP respondeu por 61% da exportação de carne bovina, seguido pelo
Porto de São Francisco do Sul-SC com 13% e o Porto de Paranaguá-PR com
8%. (ABIEC, 2017).
Dentre os frigoríficos cadastrados com SIF, o mercado de carnes
brasileiro é dominado por três indústrias.
A primeira delas que domina 30% dos abates do mercado de bovino
nacional é a JBS S.A., seguido pelo grupo Marfrig Global Foods com 16% e
Minerva Foods com 11%.
De acordo com estudo feito em 2017, pela Scot Consultoria, a JBS
possuía 37 plantas ativas no Brasil, abatendo em média aproximadamente 33
mil bovinos por dia. A segunda colocada, Marfrig Global Foods detinha 14
plantas ativas no Brasil, com aproximadamente 14,5 mil bovinos por dia. Por
fim, a Minerva Foods, com 11 plantas ativas no país abatia a 11,8 mil bovinos
por dia. (Scot Consultoria, 2017).
Um dado interessante a ser observado é a ociosidade desses
frigoríficos, que é a capacidade total de abate diário do frigorífico pelo total de
bovinos abatidos no dia, em percentagem.
Quanto maior o indicador de ociosidade, maior o custo do frigorífico.

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Quanto a ociosidade podemos destacar aspectos de acordo com a
média estadual dos principais estados que detêm o maior número de
frigoríficos.
Analisando o período de novembro de 2017 a janeiro de 2018, está
evidente que ociosidade diminui com a proximidade de dezembro, em
consequência do aumento do consumo por causa das festas do final de ano.
Em janeiro, por sua vez, em virtude das férias e mudança da dieta, e por
causa do acúmulo de taxas e impostos lançados no mês, o consumo de carne
diminui, e consequentemente o giro dos frigoríficos fica lento, diminuindo a
quantidade de rebanhos abatidos diariamente. A ociosidade aumenta.
Com a entrada de fevereiro e as festividades de carnaval, a tendência é
que o mercado se aqueça e a demanda pela carne aumente, diminuindo
consequentemente a ociosidade dos frigoríficos. Porém, esse ano tivemos um
fevereiro atípico para alguns estados, que não conseguiram recuperar a queda
do mercado de carnes, e com isso aumento da ociosidade mesmo estando em
fevereiro.

Considerações finais
As normas de inspeção que garantem a qualidade da carne brasileira
tanto para o mercado interno quanto para exportação são rigorosas, e
estabelecem um padrão de qualidade do produto ofertado.
A distribuição espacial das plantas frigoríficas está disposta de forma
que atendam os polos consumidores, buscando também melhor logística para
exportação e para a originação de matéria prima.

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De acordo com dados da Scot Consultoria o volume de carne in
natura exportada em 2017 foi 12,4% maior que em 2016.

Dados relativos à indústria brasileira de alimentos


A indústria brasileira de alimentos, embora tenha apresentado perda
relativa de importância nas três últimas décadas, dentro do setor industrial,
ainda conserva um peso significativo, tanto em termos de valor adicionado,
como de número de operários ou de estabelecimentos
Essa perda de importância relativa é reflexo, naturalmente, do vigoroso
processo de industrialização que se verifica no País, sobretudo, a partir da II
Guerra Mundial. É reflexo, em particular, da diversificação da estrutura
produtiva que passou a incorporar ramos produtores de equipamentos e de
bens intermediários, ocasionando a queda relativa dos ramos produtores de
bens de consumo. Todavia, em que pese sua redução relativa, a indústria de
alimentos continuou sua expansão, como pode ser observado pela evolução do
pessoal ocupado.
Dessa forma, apesar de uma redução de 50% na participação dentro do
setor industrial, em termos de valor da transformação, (20,16% em 1940 para
13,47 em 1970) o ramo alimentar mantém, ainda, posição significativa na
economia brasileira.

Emprego, salários e produtividade


Observando-se o crescimento do emprego industrial no Brasil verifica-se
que seu ritmo é insuficiente por dois aspectos: em primeiro lugar porque não
tem acompanhado o crescimento populacional, e além disso, porque o setor
secundário deveria absorver, também, parte da população que se desloca
permanentemente das áreas rurais para as urbanas.
A indústria de alimentos, todavia, tem mantido nos últimos anos uma
taxa de crescimento de emprego que se pode considerar satisfatória. Assim é
que, entre 1966 e 1970,​1 enquanto o conjunto do setor industrial apresentava
uma média anual de 2,8% de novos empregos, a indústria de alimentos
absorvia 3,5% ao ano.
Comparando-se as taxas de crescimento anual do emprego, em alguns
dos principais ramos, verifica-se a posição favorável da indústria alimentar.
Vale assinalar que, entre 1960 e 1970, dos 590 mil empregos gerados
no setor industrial, 18% couberam à indústria de alimentos.

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Quanto à evolução dos salários, a indústria de alimentos apresentou
taxa anual de crescimento de 1,4% entre 1966 e 1970, por outro lado o índice
de produtividade cresceu à taxa de 6,5% a.a. no mesmo período.

Aspectos regionais
Com o retrocesso da economia açucareira e tendo em vista o
não-desenvolvimento de culturas racionais para fornecimento de
matérias-primas para as indústrias oleaginosas, o Nordeste foi rapidamente
suplantado pela Região Centro-Sul. Assim é que, já em 1960, somente os
estados de São Paulo e Rio Grande do Sul participavam com mais de 50% da
produção de alimentos no País.
Tomando-se a Região Centro-Sul, verifica-se que aí eram gerados 87%
do valor da produção em 1960, estando, por outro lado, localizados 72% dos
estabelecimentos do ramo alimentar.
Com relação ao Nordeste vale lembrar, ainda, que mesmo com os
incentivos fiscais proporcionados nos últimos anos a indústria regional de
alimentos permaneceu pouco alterada. Enquanto o setor têxtil absorveu 14%
dos investimentos aprovados pela Sudene entre 1962 e 1970, o setor alimentar
recebeu apenas 6,9%.
Aspectos de concentração por sub-ramo e tamanho
Examinando-se a indústria de alimentos, em 1970, verifica-se que sua
importância econômica está concentrada, basicamente, em três
sub-ramos:beneficiamento, açúcar e abate de animais são responsáveis por
mais da metade, tanto do valor adicionado como do pessoal ocupado.
Ao longo do tempo, todavia, esses sub-ramos perdem nitidamente
importância relativa.
Nesse sentido, vale observar que em 1950 os três representavam 70 e
66%, respectivamente, em termos de valor adicionado e pessoal ocupado
enquanto para 1970, essa participação cai para 55%.
Trata-se de sub-ramos tradicionais - no sentido de sua antiga
constituição e pioneirismo - ainda em expansão, mas cujas taxas de
crescimento são inferiores às dos demais.
Nesse sentido verifica-se que apenas o sub-ramo do açúcar apresentou
ligeira redução quanto ao número de pessoas ocupadas entre 1950 e 1970,
enquanto os dois outros ampliaram consideravelmente seu efetivo.
Quanto ao número de estabelecimento, entre 1950 e 1970 observou-se
redução significativa para os sub-ramos Açúcar e Beneficiamento e relativa
estabilidade para Abate.

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Essa redução está naturalmente associada à modernização e/ou
concentração. No caso do açúcar sabe-se que representa o fechamento de
antigos engenhos e a ampliação das usinas. É interessante observar que a
agro-indústria açucareira que ocupou aproximadamente 64 mil pessoas em
1950, chegou a 1960 com apenas 56 mil, e voltou a absorver, em 1970, 63 mil
pessoas. Com a crise açucareira do final da década de 50, o impacto do
fechamento dos engenhos foi notório. A partir de então, a recuperação do setor
e a participação mais decisiva de São Paulo e Paraná deram nova fisionomia a
este sub-ramo.
Ainda sobre esses sub-ramos, é interessante observar que, para
Beneficiamento e Abate, o valor agregado em relação ao valor de produção é
reduzido, oscilando em torno de 25%.
Para a agroindústria, no entanto, essa relação gira em torno de 40%.
Curiosamente, a citada modernização do setor açucareiro foi acompanhada de
redução do valor adicionado pela indústria, que passou de 43% em 1950 para
37% em 1970.
Desse fenômeno três hipóteses principais parecem decorrer: ou essa
modernização não significou um incremento da relação capital/produto no
sub-ramo - o que é admirável - ou a média observada para o conjunto não
reflete o ocorrido. Nesse último caso, teria ocorrido um aumento na relação
capital/produto e, conseqüentemente, incremento relativo do valor adicionado
nas usinas instaladas ou modernizadas, mas seu peso relativo seria menor do
que o daquelas mais atrasadas. Nessas, a amortização histórica do capital
explicaria a redução do valor adicionado.
A última hipótese envolveria mudanças no setor agrícola. Admitindo-se
que os rendimentos obtidos nas usinas tenham sido significativamente
superiores aos obtidos na lavoura, a participação da matéria-prima pode ter
sido incrementada no valor da produção.
Quanto aos sub-ramos que ampliaram sua participação, destacam-se:
Conservas, Leite e Diversos
Análise dos sub-ramos
​ refeições conservadas
Em primeiro lugar, destacam-se as refeições congeladas. Inexistentes
em 1950, passam a representar 18% do VTI, em 1970, embora
representassem apenas 10% de número de estabelecimentos. Outro elemento
de destaque é o VTI por empregado que supera em mais de duas vezes a
média para o sub-ramo.

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Levando-se em consideração que a expansão desse grupo deve ter-se
mantido após 1970, podemos admiti-lo como um dos mais dinâmicos de toda a
indústria de alimentos.
O grupo predominante em 1950 era o de conservas de frutas. Em que
pese sua perda de importância em termos de VTI (61% em 1950 para 32% em
70) mantém-se como majoritário para pessoal ocupado e número de
estabelecimentos.
Deve-se observar a necessidade de um maior desdobramento analítico
com relação a este grupo, uma vez que aí estão incluídos os sucos
concentrados, de notável expansão no estado de São Paulo, a partir de 1966.
Sua configuração, tanto geográfica como tecnológica, deve ter-se alterado
profundamente na última década.
Cabe ressaltar, finalmente, a evolução do grupo de comidas
conservadas inclusive frutas e outros vegetais, que, com dois estabelecimentos
em 1950, passa para 74 em 1970
Abate de animais e preparação de conservas
Com mais de 50 mil empregados e aproximadamente 2.400
estabelecimentos, este sub-ramo ocupa o terceiro ou quarto lugar dentro da
indústria de alimentos, conforme o critério adotado. Sua participação no VTI e
no emprego é modestamente crescente entre 50 e 70, situando-se para 1970
em torno de 15%.
O grupo de maior expansão é o de abate de aves; em 1970 foi
aproximadamente 20 vezes maior que em 1950 em número de empregados e
quase 40 vezes maior em número de estabelecimentos.
Fabricação de massas e biscoitos
Apresenta sinais de expansão e concentração entre 1950 e 1970. De
466 estabelecimentos em 1950, passa a 1.163 em 1960, reunindo apenas 676
em 1970, em que pese o crescente número de empregados que atinge 20 mil
para esta última data.
Observa-se que para este sub-ramo o número de empresas é seis vezes
maior que em 1960 do que em 1950, enquanto duplica o número de
empregados nesse mesmo período.
Na década seguinte o número de empresas se reduz para 1/3
aumentando 50% o número de empregados.
Produtos alimentares diversos: óleos e gorduras
As indústrias de óleos e gorduras vegetais constituem o segmento
importante do sub-ramo, tendo representado 60% e 50% do VTI em 1960 e
1970, respectivamente. Apesar de o número de estabelecimentos estar apenas

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em torno de 4 a 6%, apresentam papel significativo quanto ao número de
empregados.
Deve-se observar que o ramo intitulado Diversos além de incluir todo
segmento das indústrias de óleos vegetais, passou a incorporar tal gama de
atividades: sua participação eleva-se aproximadamente de 3% para mais de
10%, em relação ao VTI nas décadas consideradas.
Cabe observar também que o VTI por pessoa ocupada é o mais elevado
de toda a indústria alimentar em 1960 e 1970.
Quanto ao grupo Óleos e gorduras vegetais é o que efetivamente
contribui para os elevados índices de VTI por pessoa ocupada, sendo, dentre
os demais, o único que superou o valor de Cr$ 40,00, em 1970.

Empresas
Apesar das haver milhares de marcas conhecidas de produtos
alimentícios industrializados, os quais se encontram nas prateleiras de
supermercados nas grandes cidades pode nos levar a acreditar que existem
milhares de empresas onde o nosso dinheiro será destinado, mas no entanto,
a grande maioria dessas marcas registradas pertencem a apenas dez empresa
empresa com penetração no
mercado mundial.

Política governamental
Se alimentar é uma função biológica fundamental a qualquer
indivíduo´vivo e, que sem ela seria impossível sua sobrevivência. Alguns seres
vivos conseguem sintetizar seu próprio alimento porém, aqueles que não
conseguem, precisam obter sua alimentação de fontes secundárias e,

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consequentemente precisam se preocupar quanto a qualidade em detrimento
de sua saúde.
Essa preocupação relativa a qualidade da alimentação, tem levado o
governo a implementar políticas de segurança alimentar que viabilizasse a
fiscalização dos procedimentos de produção das indústrias alimentícia e
assegurar a saúde da população e, consequentemente não criar um caos no
sistema único de saúde, o SUS.
Nesse papel de fiscalização, tem como órgão responsável, o Ministério
da Agricultura (MAPA), Junto dA ​Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) e da Vigilância Sanitária.
Ministério da Agricultura

O ​Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) ​é


responsável pela gestão de políticas de estímulo à agropecuária e pelo
fomento ao agronegócio. Uma das suas atribuições é garantir a segurança
alimentar da população brasileira e da produção para exportação. Para isso, o
Mapa fiscaliza indústrias de produtos de origem animal e vegetal, bem como os
abatedouros. Neste último, o ​trabalho é feito pelo Mapa e por uma equipe de
técnicos contratados pela própria empresa, que inspecionam diariamente cada
animal morto antes do início da produção.

Em fábricas de produtos de origem animal, como o leite, a fiscalização é


feita de forma periódica nos lotes dos produtos e a responsabilidade maior de
garantia de qualidade fica por parte da empresa produtora.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)

A ​Anvisa é uma autarquia com o papel de promover a proteção da saúde


da população através do controle sanitário de produtos e serviços, sejam eles
nacionais ou importados. Esse controle é feito através da fiscalização dos
ambientes, processos, insumos e tecnologias associados à produção, bem
como pelo controle de portos, aeroportos, fronteiras e recintos alfandegários.

Como funciona o processo de fiscalização?

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Assegurar a qualidade dos alimentos é um processo que se inicia antes
mesmo da produção. Para os produtos de origem vegetal, ainda nas fazendas
existem engenheiros agrônomos que garantem a qualidade dos produtos,
prescrevendo o uso de agrotóxicos de acordo com as regras da legislação
brasileira. Para os produtos de origem animal, são os médicos veterinários que
garantem a boa saúde dos animais e atestam se estão sendo cumpridas as
normas da legislação brasileira.

Nas indústrias, as ​empresas contam com profissionais especializados


em garantir a qualidade dos alimentos durante todo o processo de produção.
Cabe aos órgãos governamentais garantir também que não ocorram
irregularidades em nenhuma parte do processo produtivo, desde a chegada da
matéria prima à saída do produto final.

Quais são as dificuldades na fiscalização?

Ainda que teoricamente o sistema seja construído para garantir a


qualidade dos alimentos no Brasil, na prática existem inúmeras dificuldades
para conseguir cumprir essa função. Problemas estruturais, falta de
investimento e falta de informação ao consumidor sobre como agir são alguns
desses problemas.

A fiscalização por parte do governo sofre dificuldade por diversos fatores


em relação à estrutura. Em primeiro lugar, existe um quadro insuficiente de
fiscais para garantir que as normas sejam cumpridas em todas as empresas.

Outra dificuldade é a falta de harmonização entre o trabalho das


agências em diferentes esferas (federal, estadual e municipal). Além disso, a
insuficiência de investimentos públicos para a melhoria da estrutura
impossibilita a solução desses problemas.

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Para o diretor do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec)​,
Carlos Thadeu de Oliveira, outra falha é o fato de indústria e governo ainda
tratarem os casos de irregularidade como acidentes, algo normal e ocasional.

A responsabilidade da população
As indústrias e o governo são os principais responsáveis por fiscalizar a
qualidade da produção. Mas se engana quem pensa que somente eles
carregam essa responsabilidade. A população também deve fazer o seu papel,
principalmente denunciando irregularidades para que os produtos sejam
retirados do mercado e as empresas responsabilizadas.

Para cumprir esse papel, a ​população pode realizar denúncias através


do Disque Saúde 160. As denúncias são todas anônimas e apuradas pelos
agentes da vigilância sanitária. Se a denúncia for considerada procedente, é
aberto um processo para investigação e possível aplicação de sanções.

Impactos ou importância do setor para a sociedade

Estas empresas são tão grandes que elas têm uma política própria e perigosa.
A razão é que, de alguma forma, engloba todas as outras.De fato, em
nosso sistema político, os grupos de pressão estão constantemente fazendo
esforços para passar ou bloquear a legislação não favorável aos seus
interesses. Em geral, os grupos de pressão são mais bem financiados e
organizados, além de terem os meios para ter uma grande influência sobre as
decisões finais.
Impactos na Saúde pública
Isso é lógico e natural: a nossa saúde é em grande parte afetada
também pelos alimentos que ingerimos, é a partir deles que constituímos e
mantemos o nosso corpo saudável. Na medida em que a grande maioria dos
alimentos que compramos são fornecidos por um número muito pequeno de
empresas, cada um dos quais passa a ter um papel enorme a desempenhar na
nossa saúde, que de certo modo esta nas mãos destas mesmas empresas. No
entanto, ao contrário do que eles bem possam dizer através de vários anúncios
publicitários, a nossa saúde não faz parte das suas preocupações sinceras,
muito pelo contrário.

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apesar dos estudos da Organização Mundial da Saúde e da UNICEF
que mostram que o uso de LEITE EM PÓ como substituto para o leite materno
para alimentar os bebês contribui para a morte de 1,5 milhões de crianças por
ano nos países subdesenvolvidos. A ​Nestlé​​, é a maior fabricante de substitutos
do leite materno no mundo, promove abertamente a escolha de usar alimentos
substitutos​, ​mesmo que a mãe SEJA capaz de amamentar​. Eles vão
financiar clínicas médicas em países subdesenvolvidos que estão dispostos a
promover o seu leite em pó como substituto ao aleitamento materno.

Estas práticas são diretamente responsáveis pela morte ou problemas


de saúde de milhões de crianças, existe um movimento ​de boicote
internacional da Nestlé desde os anos 80 por causa desta controvérsia do leite
infantil industrializado.

​Impactos na economia

Economicamente, o pequeno número de grandes empresas


controladoras do mercado de alimentos industrializados nos coloca em uma
situação de risco de termos que enfrentar um oligopólio. Duas grandes
consequências daí advêm:

Primeiro, um mercado controlado por um pequeno número de empresas


apresentam “barreiras à entrada” de novos competidores, que quer dizer que
qualquer nova empresa a tentar entrar nesse mercado vai ter vida difícil, se não
impossível. Por exemplo, se um novo fabricante produtor de alimentos tem a
sorte de seu supermercado local se comprometer a vender o seu produto,
muitas vezes ele é posto em prateleiras quase inacessíveis, afastando e
desencorajando os consumidores para comprá-los, porque estarão quase
escondidos. De fato, os locais bem visíveis são reservados para as grandes
multinacionais de alimentos industrializados, que pagam caro pelo privilégio.

Segundo, ​um oligopólio, muitas vezes leva a um cartel​, ou seja, um


pequeno grupo de empresas fixa os seus preços em maior valor do que o resto
do mercado, para aumentar seus lucros ganhos sobre as costas dos

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consumidores. Esta é uma prática que geralmente é ilegal e está sujeito a
colusão, mas isso não impede que as empresas estejam praticando essa
política de preços.

Impactos Ambientais

Empresas que controlam a indústria de alimentos têm, em geral, um


histórico com problemas ambientais. Em 2001, a Kraft decidiu investir
fortemente em uma empresa de lobby do governo Bush para argumentar
contra o protocolo de Quioto. Na China, ​PepsiCo e Nestlé foram condenados
pela poluição dos cursos de água​. A Unilever, por sua vez, ilegalmente
despejou 7,4 toneladas de resíduos contaminados com mercúrio na entrada
para a floresta Pambar Shola na Índia, adjacentes a uma cidade com alta
densidade populacional. A Unilever foi forçada a fechar a planta industrial de
mercúrio por este motivo.

Mas o impacto mais significativo que essas empresas têm sobre o meio
ambiente pode estar relacionada com o uso maciço de óleo de palma na
produção de seus alimentos industrializados. De fato, os impactos
devastadores (o desmatamento em grande escala, a ​realocação de
comunidades que levam a situações de violência​, a extinção de espécies
animais, emissão de gás estufa) da indústria de óleo de palma ​foram
verificados nos últimos anos​, mas o óleo de palma ainda é usado
extensivamente em uma variedade de produtos transformados, principalmente
por causa do seu custo muito baixo e o fato de que é um substituto ( ​tão
insalubre​ ) da gordura trans.

Impactos Humanos

A reputação de várias multinacionais, como as condições de trabalho


que impõem aos seus trabalhadores no exterior é algo mais a se citar. Ao longo
dos anos, essas grandes empresas que operam em vários áreas estiveram
sempre situadas no centro de vários escândalos. O fato de que a indústria de
alimentos tenha também participação, provavelmente, não surpreende. No

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entanto, a gravidade das ações de algumas dessas empresas pode
surpreender a muitos

Em 2005, a Nestlé foi perseguida pela ILRF (Fundo Internacional Direito


do Trabalho) pelo tráfico de crianças​. Estas crianças são trazidas para a Costa
do Marfim (África) desde países vizinhos para trabalhar em plantações de
cacau (produção de chocolate) utilizados pela empresa. Apesar de vários
avisos recebidos, ao invés da empresa parar com essas práticas, a Nestlé
nunca realmente sequer respondeu às interpelações antes de continuar a sua
operação. Outra ação foi lançada nos Estados Unidos, onde a Nestlé é
acusada de cumplicidade no sequestro, escravidão e tortura de crianças em
vários países da África Ocidental.

Para não mencionar o ​assassinato de um líder sindical na Colômbia​. Ele


havia denunciado publicamente a estratégia desleal que permitiu a Nestlé
mudar a rotulagem de ​leite em pó importado para o produto parecer ser um
produto local. O leite em Pó, muitas vezes ​com prazo de validade vencido​​, foi
importado de países vizinhos com desconto. A denúncia levou a uma
investigação da polícia que confirmou os fatos e levou à Nestlé ao tribunal por
minar a saúde pública. ​Vários outros assassinatos misteriosamente atingiram
trabalhadores que entraram com ações contra a Nestlé. Mas este tipo de
prática não é monopólio da Nestlé: ​o caso da Coca-Cola chama atenção
também​.

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Conclusão
​Este trabalho teve como objetivo esclarecer o conceito de concorrência
perfeita/ imperfeita e também no que vem a ser oligopólio/monopólio,
resumidamente, sua importância além de impactos para a sociedade.
Buscou - se trazer dados relativos ao setor alimentício frigorífico do país,
sendo ele, um dos principais elementos que contribui para o desenvolvimento
da economia nacional..

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Bibliografia
Fontes consultadas:
https://thoth3126.com.br/apenas-dez-grandes-companhias-controlam-a-i
ndustria-de-alimentos-no-mundo/
https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/atualidades-vestibular/como-fu
nciona-a-fiscalizacao-dos-alimentos-produzidos-no-brasil/
https://www.ebah.com.br/content/ABAAAfeWgAA/estruturas-mercado
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-759019770
00600005

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