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CURSO DE APOLOGÉTICA
Nível 1
SEITAS BRASILEIRAS
- Apologética Cristã – São José do Rio Preto – SP. Curso de Apologética ON-LINE.
1) – Cultura
2) – Teologia;
I. Título
II. Série
2
Dedicatória:
a verdade.
3
REVISÃO:
Dalton Gerth
CAPA
Euclides Cunha
4
ÍNDICE
PONTO DE CONTATO ................................................................................................................................... 05
OBJETIVOS ........................................................................................................................................................ 05
INTRODUÇÂO .................................................................................................................................................. 06
I - EUBIOSE ........................................................................................................................................................ 08
CONCLUSÃO ..................................................................................................................................................... 69
5
PONTO DE CONTATO
OBJETIVOS
INTRODUÇÃO
1
Segundo Max Weber explica em “Economia e sociedade” (2000, p. 280-81), o animismo é a crença
prevalecente dos grupos que acreditam que os objetos inanimados, plantas, animais, rios são animados por uma
alma.
7
I - EUBIOSE
Introdução
“... a esse iníquo cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás com todo o poder e sinais e
prodígios de mentira.” (II Ts. 2:9).
Já há algum tempo os apologistas brasileiros têm alertado sobre como o Brasil está
propenso a não só receber heresias, mas de até, criar as suas próprias. De receptores estamos
nos tornando produtores de uma infeliz safra de doutrinas heréticas contrárias a Palavra de
Deus.
É hora de a Igreja brasileira despertar para a problemática e abrir seus olhos, sendo
mais contundente em prol da defesa da verdade de nosso Senhor Jesus Cristo.
Neste capítulo iremos tratar sobre a Eubiose e suas implicações teológicas. Todos os
apontamentos que serão feitos no decorrer deste estudo foram extraídos do site do
movimento.
Definindo a Terminologia
O dicionário Aurélio século XXI traz a definição da palavra eubiótica como sendo
“Arte de bem viver”. Outro dicionário, o de Religiões, Crenças e Ocultismo da Editora Vida
traz uma definição mais abrangente – “Eubiose (esoterismo), movimento religioso... que
tenciona transmitir conhecimentos das leis naturais, por intermédio da revelação cíclica,
conduzindo discípulos a desenvolver-se internamente, visando atingir os níveis mais altos da
consciência”(1). O próprio movimento auto se define assim
É um neologismo formado pelas raízes gregas EU (eús, eú, bom, bem), BIO (bios, vida) e
OSE (osis, processo, ação, condição). Eubiose, portanto, significa: Ação, processo ou
condição de bem viver.
Fundação
O fundador
Os Templos da SBE
À nível nacional existem três templos da SBE: em São Lourenço (Minas Gerais); na ilha
de Itaparica (Bahia) e em Nova Xavantina (Mato Grosso). O da ilha de Itaparica é uma
pirâmide assentada sobre uma base cúbica. Eleva-se a 22 metros de altura, dominando, do
pico de uma elevação, a baía de Todos os Santos. Na forma de um obelisco, marca o ponto da
concepção do movimento eubiótico, em 1899. O de São Lourenço e o de Nova Xavantina têm
a forma arquitetônica dos templos da Grécia clássica, tendo a intenção de transmitir a idéia de
Arte, Ciência, Filosofia e Religião comungando à sombra dos seus monumentos. Um deles, o
de Delfos, é dedicado ao deus Apolo e tem estes dizeres no pórtico: “Homem, conhece-te a ti
mesmo e conhecerás o Universo e os Deuses” (Politeísmo). O movimento tenta passar com
isso a idéia de que a Eubiose é uma Religião de sabedoria ou a religião mais aprimorada e
perfeita para a humanidade. Ainda afirmam que os seus templos foram construídos em honra
10
à paz universal, à síntese harmoniosa das religiões e ao futuro Avatar, o qual eles esperam que
apareça no início da atual era chamada por eles de evolutiva. Esse evento foi esperado mais
entusiasticamente por volta do ano de 2005, data que a seita marcou para o aparecimento do
Buda Ocidental (2).
A SBE também alega ter sede nas maiores cidades do país e fora dele, em países da
América do Sul e do Norte e na Europa.
A SBE também usufruiu a Internet para levar aos interessados os seus ensinos através de
cursos por correspondência. O aluno pode se desenvolver no aprendizado até a quarta fase,
depois, para aprender as “profundezas eubióticas”, como dizem, deverá ir pessoalmente a
uma unidade da SBE.
A Bibliografia do Movimento:
Como já vimos anteriormente a SBE possui templos, uma diretoria, ministra cursos aos
seus adeptos e possui uma didática pragmática através de seus livros. A diretoria, a qual já foi
mencionada, é o cérebro de onde emergem as diretrizes do movimento, o chamado Plano
Geral de Ensino. É neste plano que se encontram as revelações primordiais que serão
transmitidas. Eles trabalham também com tertúlias ou reuniões familiares de ensino, onde os
instrutores ou orientadores (esses são os títulos dos sacerdotes eubióticos ) ministram os
11
ensinos fundamentais da eubiose. Segundo eles, para que o processo funcione é necessário
que o receptor seja destituído dos dogmas e preconceitos vigentes, isso ocorreria nos
primeiros quatro níveis, só então é que o aluno estaria preparado para se aprofundar sem
reservas.
Vejam o que é dito sobre o que o aluno aprenderá depois desse quarto nível –
O aluno começa como sócio postulante. Concluído o quarto grau com aproveitamento é
convidado a ingressar na Série Interna, tornando-se sócio efetivo. Entre outras
prerrogativas, o sócio efetivo pode ler os originais do Professor, que compõem uma
biblioteca de mais de quatro mil páginas, contendo revelações impressionantes sobre o
passado, o presente e o futuro da Humanidade e do Globo. Na Série Interna há outros
níveis e atividades para os quais os sócios efetivos podem ser convidados, conforme as
suas qualidades.
DOUTRINAS
A Eubiose concebe Deus como a Suprema Lei que a tudo e a todos rege. Assim, satisfaz
ao intuitivo, ao artista, ao místico, que sentem Deus como Harmonia; e também aos
intelectuais, que têm de admitir, por sólida evidência, que há ordem no Universo, que
essa Ordem se realiza através das leis naturais, que estas são efeitos de leis ou causas
mais abrangentes, e assim sucessivamente até chegar à Lei Última, que acaba sendo
aquela mesma Entidade que os místicos chamam Deus.
O Deus revelado na Bíblia é muito mais do que uma lei universal, do que uma ordem
ou força mística, o Deus cristão é pessoal, real e singular – Aquele que está acima de tudo e
de todos! A Bíblia não só revela Deus como o criador de todas as coisas (Gn. 1:1), mas
também como o mantenedor de todas as coisas (Mt. 6:26; Lc. 12:24; Hb. 1:3), a Palavra
afirma que o Senhor fez tudo segundo o beneplácito de sua vontade (Ef. 1:5 e 11), revelando
assim seu grande propósito de salvação a todos os homens (I Tm. 2:4). O verdadeiro Deus é
um Deus vivo, Santo, Todo-Poderoso e amoroso, de olhos abertos, ouvidos atentos e braços
estendidos em benefício do gênero humano. Esta revelação de Deus segundo a Bíblia é à base
de nossa fé. A Eubiose não tem o verdadeiro conhecimento de Deus, pois ignora a Sua
bendita Palavra –
“Onde está o sábio? Onde o escriba? Onde o questionador deste século? Porventura não
tornou Deus louca a sabedoria deste mundo? Visto como na sabedoria de Deus o mundo
pela sua sabedoria não conheceu a Deus, aprouve a Deus salvar pela loucura da pregação
os que crêem” (I Cor. 20,21).
12
O sincretismo eubiótico também inclui a crença em discos voadores, pois afirmam que
seu mentor e professor, teve revelações espirituais sobre ÓVNIS e, pasmem, sobre Mundos
Subterrâneos! Vejam o que a SBE afirma
O Professor Henrique José de Souza tem o crédito dessas revelações (sobre Mundos
Subterrâneos e Discos Voadores), como atestam várias publicações. Mas apenas saciar a
curiosidade não contribui para os objetivos de transformação interna a que a Eubiose se
propõe. Porém, esses e outros assuntos, tão ou mais surpreendentes, serão abordados,
com a devida profundidade, em contexto apropriado, no decorrer do Curso, posto que
ajudam o aluno a ampliar a sua concepção do Universo. Depois, na Série Interna, tomará
conhecimento direto do que foi deixado pelo Professor Henrique José de Souza.
O que realmente sabemos sobre ÓVNIS, e podemos admitir com certeza, é que tudo o
que temos até o momento não passa de especulação barata, pois a ciência ainda não descobriu
nada sobre os tais discos ou objetos voadores. Com relação a tão sonhada viagem ao mundo
subterrâneo da Terra, isso não passou de uma obra de ficção escrita pelo renomado escritor
Francês Júlio Verne (em 1864). Os cientistas já sabem que não existe o tal mundo
subterrâneo. Se o professor Henrique teve essa tal revelação, isso só vem provar que a
Eubiose não está em sintonia com a ciência moderna.
No entanto a Palavra de Deus nos adverte
Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande desejo de
ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos, e não
só desviarão os ouvidos da verdade, mas se voltarão às fábulas (II Tm. 4:3-4).
justo, como se espera da Suprema Lei, sem a lei do Carma? Seria como
um pai perverso que criasse filhos imperfeitos para entreter a sua
eternidade em castigá-los.
Segundo os ensinamentos bíblicos, a lei do carma de modo algum explica por que uns
nascem mais privilegiadamente que outros. A doutrina bíblica nos diz que nesta vida o que o
homem plantar ele colherá (cf. Gl. 6:7). Quando Deus colocou o homem no jardim do Éden,
havia uma vida abundante para todos, sem sofrimentos, sem dor, desigualdades ou doenças.
No entanto, o homem veio a rejeitar a vida que Deus lhe ofereceu e escolheu viver sua própria
vida. Este foi, grosso modo, o processo em que o pecado entrou no mundo. O pecado, diz o
apóstolo Paulo, passou para toda a humanidade e como sentença contra o pecado veio a
morte. Mas, mesmo o homem rejeitando o amor de Deus, Ele enviou seu único filho para todo
aquele que Nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Aos cansados e oprimidos Jesus diz
- "Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei" (Mt. 11:28-30).
Aos que cometeram faltas ou pecados Ele lhes oferece o perdão e o "sangue que nos purifica
de todo o pecado" (I Jo. 1:7) porque Ele veio trazer "vida e vida com abundancia" (Jo. 10:10).
A palavra religião vem do latim religare, religar, tornar a unir coisas que se desuniram. A
religião que divide a Humanidade em facções hostis umas às outras não é eubiótica. A
verdadeira religião é a que procura entender e unir os Homens... É o caso da Eubiose.
Realmente a palavra religião vem do latim religare e significa religar. Dentro de uma
perspectiva bíblico-teológica, a verdadeira religião é o próprio Jesus Cristo; filho de Deus,
cabeça da Igreja e firme fundamento – “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que
se havia perdido (Lc. 19:10).
A SBE não é cristocêntrica, Jesus não é o Cabeça (cf. At.4:11 e 12), mas apenas mais
um avatar iluminado que foi outorgado ao mundo e sem nenhum interesse de criar uma
religião, como eles mesmos dizem:
Não seria justo que o Esperado viesse apenas num certo momento da História e
para um único povo, em detrimento dos outros. Todos eles – Moisés, Buda,
15
Cristo, etc. – são aspectos da mesma Essência. Um não é melhor do que o outro,
mas têm características correspondentes aos povos e épocas onde se
manifestaram... Nenhum veio para criar uma religião
BIBLIOGRAFIA
INTRODUÇÃO
Muitas são as organizações religiosas que, querendo dar a impressão de que seus
ensinos são corretos, reivindicam para si o título de Igreja Apostólica, declarando que o título
é oriundo de At 2.42, “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir
do pão, e nas orações.” Com isso, um amontoado de doutrinas estranhas são formuladas e
disseminadas como se fossem realmente apostólicas. É o caso da chamada Igreja Apostólica,
mais conhecida pelo epíteto de “Igreja da Santa Vó Rosa” e pelo seu programa “A hora do
milagre”.
É uma mistura de ensinos evangélicos, porque se utiliza da Bíblia e afirma tê-la como
fonte de sua autoridade religiosa; de ensinos católicos dados à exaltação de Maria, imitando
em tudo os católicos que tributam à Maria o culto que se presta a Deus; e, por incrível que
pareça, algo parecido com o espiritismo, porque crêem na mediunidade da Santa Vó Rosa,
como o Espírito Consolador.
Enquanto o espiritismo kardecista ensina que a promessa de Jesus de mandar o
Consolador prometido por Jesus se cumpriu em 18 de abril de 1847, com o lançamento de O
“Livro dos Espíritos”, a Igreja Apostólica (doravante, IA) afirma, com muita ênfase, que o
Consolador prometido por Jesus veio na pessoa da Santa Vó Rosa. Ela faleceu num acidente
de trânsito na cidade de Poá, Estado de São Paulo, no dia 26 de outubro de 1970, com 76 anos
de idade.Com 60 anos de idade dissera ela que recebera uma revelação especial de Jesus para
fundar a IA. Os líderes interpretam sua morte como um arrebatamento. É a figura central da
IA.
Todo o leitor da Bíblia, por menos informado que esteja, nunca chegou a outro
entendimento senão a este: a expressão o Espírito Santo e o Consolador são dois nomes ou
títulos para uma só pessoa: a terceira pessoa da Trindade – o Espírito Santo ou o
Consolador, indicado por Jesus em Jo 14.16, 26; 15.26; 16.7-9; logo, dois nomes para uma só
pessoa. Na IA isso não se dá. Entendem que o Espírito Santo é uma pessoa como Espírito de
Deus, e o Consolador, prometido por Jesus, é outra pessoa espiritual, a Santa Vó Rosa. Isso
é uma aberração doutrinária e uma verdadeira blasfêmia! O que ensinam é: “Jesus cumpriu
sua promessa enviando o Consolador, a Santa Vó Rosa, que, através da Igreja Apostólica, tem
17
convencido a muitos a respeito da verdade, da justiça e do juízo divinos." 2 Por outro lado,
interpretam que o Espírito Santo denominado Espírito Santo de Deus é outra pessoa
espiritual: “Por isso ensinamos que a Santa Vó Rosa é viva e não morta, pois, como Santa
herdou o poder do Espírito Santo, inda mais por ser o atual Consolador, e seu espírito vive
3
para sempre.” Se a Santa Vó Rosa herdou o poder do Espírito Santo, não é ela o Espírito
Santo de Deus, mas é o Consolador, na forma de uma segunda pessoa.
FUNDADORES
Conta o Pr. Signard L. Ambrosen que, nos idos de 1953/54, fora levantada uma tenda
na Av. Celso Garcia, no Tatuapé, bairro da capital paulista, onde se reuniam crentes
evangélicos, sob a direção do missionário americano William Sheiffer. Formou-se uma igreja,
e o missionário viajou para os Estados Unidos, a fim de angariar fundos para um programa
radiofônico. A igreja ficou aos cuidados de Eurico Mattos Coutinho, que, segundo alguns, foi
pastor presbiteriano. Eurico alugou um salão no segundo andar de um prédio na Rua Tuiuti.
Desmontou a tenda, e a igreja seguia o seu caminho. Quando o missionário voltou, pregou
algumas vezes, tornou a levantar a tenda no mesmo lugar, mas o povo não o seguiu. A tenda
foi desmontada e levada para um local ignorado. A essa altura, Eurico se fez bispo,
coadjuvado por sua esposa Odete Correa Coutinho. Os fundadores são, pois, o bispo Eurico
Mattos Coutinho e sua esposa missionária Odete Corrêa Coutinho e Vó Rosa. 4
Desta mulher, dizem:
Julgando pelos ensinos estranhos que essa senhora nos revela, não entendemos como
ela tenha obtido isso diretamente de Deus, o Pai (Jr 14.14; Ez 13.6).
2
0 Espírito Santo de Deus e o Consolador, p. 60
3
Idem, p.48, 49
4
Seitas Proféticas, p. 130
5
O Espírito Santo de Deus e o Consolador, 129
18
SITUAÇÃO ATUAL
A IA situada em São Paulo (capital) é hoje dirigida pelo intitulado primaz Aldo
Bertoni, sobrinho da Vó Rosa, e que, por indicação dela, antes de morrer, nomeou-o seu
substituto.
MEIOS DE DIVULGAÇÃO
A autoridade do primaz
A autoridade do primaz Aldo Bertoni é indiscutível, por ser o único que recebe essa
autoridade da falecida Vó Rosa, cognominada o Consolador. Ela se comunica diretamente
com ele. Observem o que eles afirmam sobre isso:
Esclarecemos que a Santa Vó Rosa não fala por intermédio de mais ninguém a
não ser pelo seu sucessor, e não se manifesta em qualquer corpo, mas usa
somente a quem preparou. Igualmente dizemos que esta Igreja não é dirigida
através de visões de quem quer que seja, a não ser pelas concedidas por Ela ao
seu representante.”8
Isso não passa de mediunidade, ou seja, a Santa Vó Rosa, já morta, comunica-se com
o seu sobrinho vivo, que, no caso, exerce a função de médium, por meio do qual ela revela
sua vontade à igreja. Ora, mediunidade é prática condenada pela Bíblia (Lv 20.27; Dt 18.9-
12: Ap 21.8)
6
Idem, p. 44
7
Ibidem, p. 44
8
Ibidem, p. 130
19
Batismo regeneracional
Dois erros encerram esse ensino. 1) “nascer da água” não deve ser interpretado como
batizar-se na águas. Nascer da água em Jo 3.5 significa nascer de novo pela Palavra (1 Pe 2.2;
Tg 1.18) com a atuação do Espírito Santo (nascer do Espírito) Jo 3.5, que convence do
pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.7-9). 2). Falar em cumprir “justiça” é impróprio, porque
toda a justiça foi cumprida por Jesus (Mt 3.15), enquanto a salvação é por misericórdia (Tt
3.5).
Dizem os líderes dessa Igreja que “Deus o Pai, precisava da vinda do outro
Consolador para revelar a sua doutrina genuína, igual como foi anunciada por Jesus Nosso
Senhor...”10
É bem verdade que em seu início, foi a mesma quase igual às demais organizações
religiosas existentes, mas com o preparo da Santa Vó Rosa como Consolador, Deus o Pai
e Jesus puderam aperfeiçoar a igreja e torná-la em uma igreja dirigida diretamente pelo
Céu, e sob esse governo a Igreja Apostólica se transformou e hoje é a verdadeira igreja de
Deus sobre a terra. É um abrigo espiritual para milhares que nela encontram a verdadeira
salvação.11
Quem se der ao trabalho de ler os três livros-base da AI, ficará enfastiado com as
atribuições que se faz a essa senhora. As declarações bíblicas sobre Jesus são transferidas com
9
O Evangelho do Reino dos Céus, 76
10
O Consolador nos Tempos do Fim, la. Edição, 1989, p. 20
11
O Consolador nos Tempos do Fim, p.25
20
A Igreja Católica sempre reivindicou que fora dos seus domínios não existe salvação. Agora,
a IA surge com prerrogativas parecidas reivindicando ser sucessora da Igreja primitiva
arrogando para si essa exclusividade na salvação dos pecadores.
Afirmam que “A perfeita obra de redenção, nos dias atuais, só existe nesta Igreja
Apostólica, através do Consolador que dá atualidade à doutrina e ao sacrifício de Jesus a
perfeita redenção.”12
Observe a expressão “nos dias atuais, só existe nesta Igreja Apostólica”. Com esta
declaração a IA apresenta uma das características mais comum entre a seitas: redenção por
meio de uma organização religiosa, e não por meio de uma pessoa, que é Jesus. Pedro não
ignorava que a salvação ou redenção está na pessoa de Jesus, afirmando: “E em nenhum outro
há salvação`, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens,
pelo qual devamos ser salvos” (At 4.12).
Paulo, demonstrando a suficiência de Cristo, afirma que Cristo morreu por nossos
pecados, foi sepultado e ressuscitou dos mortos, isto é, todo o trabalho de salvação foi
realizado unicamente por Jesus Cristo (1 Co 15.1-6).
Rosa deve ser o prenome de uma mulher que foi agraciada com o título de Espírito
Consolador. Por mais que se procure apoio nas Escrituras para provar que esse título tem
origem bíblica , nada se encontrará que justifique o título Espírito Consolador para Santa Vó
Rosa; entretanto, a IA ensina que esse nome está apoiado em Ap 2.17. Neste texto se fala do
12
O Espírito Santo de Deus e o Consolador, p. 61
21
vencedor que receberá um novo nome que ninguém sabe, senão aquele que o recebe. Assim é
pois, justificado o nome Espírito Consolador para a Santa Vó Rosa. Quanto a isso afirmam o
seguinte:
“Quem diz que crê em Jesus, mas rejeita a Santa Vó Rosa como Espírito Consolador, não
crê no poder de Jesus .” 14 “Ela revela todo o poder e toda a autoridade da pessoa de
Jesus...”15 Para isso preparou a Santa Vó Rosa e deu-lhe todo o poder para que através
dEla pudesse novamente ser compreendido e crido nesta terra e muitos voltassem a crer
nEle como realmente o é: o verdadeiro Filho de Deus.” (6) (Ibidem, p. 38)
Ele tem realmente este poder e esta autoridade e Ela, a Santa Vó Rosa, também tem este
poder e esta autoridade. Por isso foi que foi possível a ambos formarem esta Igreja, foi
possível restaurarem a sua verdadeira Igreja.”(7) (Ibidem, p. 40) “A Santa Vó Rosa como
Espírito Consolador está dando a oportunidade a Jesus provar que ele é o primeiro e o
último e é aquele que embora tenha sido morto, entretanto vive pelos séculos e tem todo
o poder, tem as chaves, isto é, tem o domínio sobre o império da morte.”(8) (Ibidem, p.
41)
13
O Consolador nos tempos do Fim, p. 97,99
14
Ibidem, p.36
15
Ibidem, p.37
22
Nada se pode falar contra a Santa Vó Rosa, o Consolador, pois abrir a boca ou
escrever criticando seus ensinos é cometer o pecado imperdoável: a blasfêmia contra o
Espírito Santo.
Um pregador, por exemplo,que não creia na doutrina tal qual nós ensinamos nesta igreja,
se ele não abrir a sua boca para combatê-la, e se não tomar atitude de oposição, não
chegará a blasfemar; mas se o fizer, ainda que seja com o intuito de defender seu ponto
de vista, irá blasfemar contra o Espírito Santo que nos ensina a pregá-la. Se pregar contra
a Santa Vó Rosa, peca contra o Espírito Santo a quem Ela representa. 16
Tal situação impede qualquer manifestação contrária à direção da IA. Paulo não era
tão intransigente, pois recomendava que examinássemos tudo e retivéssemos o bem (I Ts
5.21).
Entendam que Jesus deu o nome dEle à Santa Vó Rosa e dando o nome deu-lhe o poder,
deu-lhe as suas virtudes, deu-lhe o encargo de executar a mesma missão, por isso é que
dizemos que ela tem autoridade e poder inteiramente semelhante ao dEle e foi colocada
então como segunda testemunha ao lado dEle.”17 ... “Os únicos santos da glória de Deus
que têm poder absoluto sobre o céu e a terra, dominando todos os principados e
potestades, são: o Filho Jesus Cristo, Nosso Senhor; Maria Santíssima e a Santa Vó Rosa,
o novo Consolador.18
16
O Espírito Santo de Deus e o Consolador, p. 152
17
O Consolador nos tempos do fim, p. 104
18
O Espírito Santo de Deus e o Consolador, p. 21
23
Por esse motivo, tanto o perdão de pecados, como o mérito de ter a unção do
Espírito Santo, bem como ainda outra qualquer súplica, pode e deve ser dirigida
ao Pai, em nome dos três, especialmente de Jesus e da Santa Vó Rosa, o
Consolador.19
Atribuir a uma mulher (que usurpa o nome e pessoa do Espírito Santo) a autoridade de
perdoar pecados é uma blasfêmia inominável e pode ser considerado um pecado para a morte
(1 Jo 5.17).
Manifestando sua crença na doutrina da Trindade, resolveram incluir a Vó Rosa como
parte da Trindade. Assim ensinam:
Sempre houve a Santíssima Trindade formada pelo Pai, pelo Filho Primogênito e o
Espírito Santo e, por causa da perfeitíssima unidade entre os três, muitos entenderam
haver uma só pessoa. Acontece, no entanto, que são três, formando essa unidade
espiritual e, no tempo presente, a Santa Vó Rosa, tendo recebido o grande galardão do
Espírito Consolador, integra essa unidade. 20
Jesus afirmou “Credes em Deus crede também em mim” (Jo 14.1), o que implica reconhecer
a igualdade de natureza divina de Jesus com Deus, o Pai (Jo 1.1) e servi-lo da mesma forma.
A IA ensina que essa mesma aceitação deve existir entre os que dizem crer em Jesus:
devem igualmente crer na Santa Vó Rosa, e qual o problema se alguém afirmar crer em Jesus
e recusar crer na Santa Vó Rosa.?
19
ibidem, p. 22
20
O Evangelho do Reino dos Céus, p. 17
24
Se alguém recusa crer na Santa Vó Rosa, é o mesmo que recusar crer em Jesus.
Afirmam isso da seguinte maneira:
Aquele que não crê com sinceridade nisto, mas acha que crê muito, é orgulhoso,
enfatuado de espírito uma vez que afirma que não crê na Santa Vó Rosa porque diz que
não precisa crer em mais nada visto ter Jesus consigo; em tais pessoas cumpre-se
exatamente este aviso... „não sabes que tu és infeliz, miserável, pobre, cego e nú‟? 21
O novo Apocalipse
Nosso Deus tem o poder de usar pessoas inteiramente santificadas que herdaram galardão
no Céu, ou seja, Santos, para poder revelar-se aos seus servos na terra e é o que
anunciamos a respeito da Santa Vó Rosa. Assim como Ele usou santos e anjos do Céu
para falar a São João, atualmente Ele usa a Santa Vó Rosa que é uma das principais
pessoas celestes, à semelhança de Jesus e Maria Santíssima. Ele a usa para dirigir esta
Igreja Apostólica como Igreja dEle e do Pai, o que Ela, a Santa Vó Rosa, o faz usando
seu Sucessor e Primaz desta Igreja, o irmão Aldo Bertoni. 22
A Bíblia declara que A Jesus Cristo foi dado todo o poder no céu e na terra (Mt 28.18),
mas se existem mais duas pessoas com poder igual ao de Jesus (Santa Vó Rosa e Maria
Santíssima), então Jesus não tem todo o poder, pois o seu poder está repartido com mais duas
pessoas. Contra essa relação de poder tripartido, Paulo reiterou que Jesus foi colocado à
direita do Pai,
Isso mostra que o poder de Jesus é absoluto, e não repartido (Fp 2.9-11).
21
O Consolador nos Tempos do Fim, p. 58
22
Idem, p. 29,30
25
Quando Jesus anunciou a vinda do Consolador (Jo 14.16,26; 15.26; 16.7-9) não falava
de uma mulher pretensiosa que iria usurpar o lugar do verdadeiro Espírito Santo, a terceira
pessoa da Trindade.
O Espírito Santo prometido por Jesus veio, sim, depois da exaltação de Jesus, dez dias
após a ascensão física, glorificada, de Jesus (At 1.9-11; 2.1-4,33) Se essa pretensão da AI
promoveu o que eles denominam de “doutrina genuína”, quando não passa de ensino de
perdição (II Pe 2.1,2), então o que pode ser classificado ensino falso por esse grupo religioso?
Não é sem razão que Paulo avisou: “Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos
tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de
demônios.”(I Tm 4.1) Uma blasfêmia inominável atribuir a uma mulher as funções do
Espírito Santo (Jo 16.7-9).
Nos tempos presentes anunciamos que a Santa Vó Rosa, como Espírito Consolador, é a
nova arca da salvação, pois que à semelhança de Noé, Ela anuncia através de seu
Sucessor e da realização desta Igreja Apostólica, que estamos nos Tempos do Fim, ou
seja, nos tempos do juízo divino. ....” “Assim cumpre-se a palavra de Jesus quando disse
que nos seus dias se daria um fato semelhante ao acontecido nos dias de Noé.” 23 “... e a
Santa Vó Rosa, à semelhança da arca de Noé, constituiu-se na última oportunidade para
todos quantos queiram encontrar-se realmente com Deus e alcançarem a verdadeira vida.
Jesus disse que sua vinda seria como nos dias de Noé (Mt 24.37), mas não disse que a
IA seria a Arca de Noé .
Simbolicamente, Jesus pode muito bem ser comparado à arca de Nóe, mas nunca uma
igreja (I Co 3.11).
Milagres
Nada resta à Santa Vó Rosa para ser divinizada. Dentro da Igreja Católica, para
alguém ser canonizado e tornado santo, devem ser atribuídos a ele alguns milagres. Na IA
atribuem-se milagres a ela com muita naturalidade.
23
Ibidem, p. 22 e O Espírito Santo de Deus Consolador, p.62
26
Afirmam que:
Se realmente existem milagres atribuídos a ela, então são milagres de mentira (II Ts
2.9-11). Jesus prometeu a realização de milagres no seu nome (Mc 16.17,18), e não no nome
da Santa Vó Rosa, que não passa de uma usurpadora das atividades do Espírito Santo, a
terceira pessoa da Trindade.
A volta de Jesus
De acordo com nossa doutrina apostólica, a chamada segunda vinda Cristo se iniciou
quando Ele pessoalmente manifestou-se à Santa Vó Rosa, para prepará-la a fim de ser o
outro Consolador e para restaurar sua verdadeira Igreja na terra.” “Ele, Jesus, realmente
aparecerá nas nuvens do Céu, acompanhado pela Santa Vó Rosa, por Maria Santíssima,
pelos Santos Apóstolos e Profetas, bem como de toda a corte celestial; no momento em
que ressurgirão com Ele todos os salvos e santos, os quais já terão deixado os seus corpos
e assim ressurgirão redivivos; dar-se-á então o arrebatamento dos santificados que na
terra ainda estejam em seus corpos...26
24
O Consolador nos Tempos do Fim, p. 23
25
O Espírito Santo de Deus e o Consolador, p. 63
26
O Consolador nos Tempos do Fim, p.5
27
Nunca pensamos que poderíamos ler em alguma ocasião que seríamos arrebatados
pela Santa Vó Rosa na vinda de Jesus.
Quanto a isso dizem eles que:
Jesus e a Santa Vó Rosa podem vir de um momento para o outro arrebatar sua Igreja, a
mais perfeita garantia para a entrada segura no céu.”... “Nos dias presentes quem unge
assim o seu povo em nome de Jesus, do Pai e do Espírito Santo é a Santa Vó Rosa como
Consolador. 27
Porta do céu
Sempre soubemos que a exclusividade para permitir a entrada no céu era direito de
Jesus. (Jo 14.6; I Tm 2.5). Sempre repelimos o ensino católico de que Maria e a Igreja
Católica também tinham esse privilégio. Agora tomamos conhecimento do ensino herético de
que Jesus cedeu parceria à Santa Vó Rosa e à Igreja Apostólica. Assim se expressa a IA:
Por isso afirma ainda que bem-aventurados os que se santificam para terem o direito à
árvore da vida, isto é, para estarem ligados espiritualmente ao Consolador enviado, à
Santa Vó Rosa e à sua verdadeira Igreja, para poderem entrar na cidade (no Reino do
Céu) pelas portas do verdadeiro poder de Deus. 28
Será que esses argumentos são fortes o bastante para servir de provas de que realmente
a Santa Vó Rosa é o Consolador, prometido por Jesus? Claro que não.
O Primaz da Igreja, Aldo Bertoni, sendo sobrinho da falecida Santa Vó Rosa, goza de
mais autoridade do que o papa, pois recebe mensagens diretas do consolador, que para eles é a
Santa Vó Rosa.
Ignorávamos que o juízo de Deus fosse executado por mais alguém, além de Jesus, ou
seja, a Santa Vó Rosa. Sabíamos que o juízo de Deus seria efetuado por Jesus e como prova
disso Deus o levantou dos mortos (At 17.30,31). O ensino da AI é o seguinte:
27
O Espírito Santo de Deus e o Consolador, p. 65,66
28
O Consolador nos Tempos do FIm, p. 9
28
Entretanto, dizemos que independente deste período de juízo, o qual está sendo realizado
por Jesus, pela Santa Vó Rosa, o Consolador,... os que mereceram foram absolvidos e o
espírito levado ao Céu; outros não mereceram diretamente a salvação, mas por não serem
tão ímpios e crerem, foram levados para o descanso sob a proteção de Deus, até que todas
as cousas se cumpram; e infelizmente muitos outros foram irremediavelmente
condenados por causa de suas más obras.29
Há a crença supersticiosa entre os adeptos dessa seita de que a alma espera o sepultamento do
corpo para que por fim se retire.
Essa cerimônia, que fazemos para os membros desta igreja, vem a ser uma homenagem à
alma que ainda está ali, velando o corpo; é uma despedida deste para ser levado ao
sepulcro.” “... devem velar o corpo e sepultá-lo simplesmente, pois que a alma, que ali
está velando também o corpo, é bem viva e santificada, e recebe do mesmo modo a
homenagem dos irmãos.30
Como vemos, a alma aguarda o culto fúnebre e recebe a homenagem que se presta ao
falecido, para, por fim, retirar-se definitivamente.
No entanto, Lázaro, quando morreu, foi incontinenti levado ao seio de Abraão, “E
aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão... (Lc 16.22)
29
O Consolador nos tempos do Fim, p. 14,15
30
O Evangelho do Reino dos Céus, p. 199, 201
29
O ladrão na cruz foi incontinenti, antes do sepultamento do seu corpo, para o paraíso
(Lc 23.43). Com os apostólicos se dá um tempo de espera, até que o corpo seja sepultado.
Entendam que uma seita religiosa pode ser numerosíssima, quanto ao número de adeptos;
pode ser muito rica quanto aos bens terrenos; pode enfim ter a aparência de ser a melhor,
dado às suas vantagens materiais; mas, se não possuir o Dom do Espírito Santo do Pai
não terá a verdade. Não sendo os responsáveis de tais igrejas batizados com o Espírito
Santo; não tendo aprendido por inspiração dEle as verdades doutrinárias quanto aos
mistérios de Deus e do seu Reino; não tendo seus membros esta sublime unção do
Espírito Santo para saberem fugir do erro e do pecado, não está neles nem com eles a
verdade de Deus, sendo sempre igrejas fracas espiritualmente, sem poderem realizar as
obras de Deus; vencidas pelas vaidades terrenas, pela prática de vícios e pecados que
muito entristecem o Pai Celestial. 31
Conclusão
A IA é uma organização religiosa que tem aparência de ser evangélica, que alega
possuir o Consolador, que tem um líder carismático que se denomina “primaz”- o primeiro,
mas que blasfema contra o Espírito Santo, o verdadeiro Consolador (Jo 14.16,26) e que por
isso comete o pecado de blasfêmia contra o Espírito, predito por Jesus em Mt 12.31,32. Para
esse pecado não há perdão: logo, os que se achegam à IA, esperando ser salvos, estarão para
sempre excluídos do reino dos céus.
31
O Espírito Santo de Deus e o Consolador, p. 29,30
30
(LBV)
INTRODUÇÃO
Por que odiarmos nós a Satanás, se ele, também, é criação divina?...Por que não
transformar num bom amigo a Satanás, em vez de o combater? Amigos meus, oremos
por Satã, amemo-lo de todo coração, e respondamos sempre com o perdão aos males que
nos faça, hoje e amanhã. E, um dia, todos nós iremos ver Satanás redimido, a trabalhar
por aqueles que veio tresmalhar dos rebanhos de Cristo, e reviver! Porque se assim,
amigos, não quiserem aqueles que se chamam "os cristão", lavemos, desde já as nossas
mãos, antes a iniqüidades que fizeram. Por mim, com honra, eu amo Satanás, meu pobre
irmão perdido nos infernos, com este amor dos sentimentos ternos, pra que ele, também
recebe a paz. (Mensagem De Jesus Para os Sobreviventes, Poema completo:
p.130/132/133).
O que pensarmos de uma religião, que apesar de usar a Bíblia, faz tamanha afirmação?
O que pensar de uma pessoa que nos induz a louvar e bendizer Satanás? Ao contrário disso,
Jesus afirmou positivamente que o diabo é e sempre será o Pai da mentira, deixando-nos
certos de sua condenação eterna. Leiamos:
Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida
desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele
profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira (JO 8:44).
"Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos,
para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos (Mt 25.41).
Neste capítulo pretendemos tecer alguns comentários sobre a parte religiosa da LBV.
Geralmente nos vemos diante de um pedido telefônico, feito por uma voz feminina
muito delicada, elogiando-nos como cidadão de bem e se, como tal, não estaríamos dispostos
ao pagamento mensal para o custeio de uma criança.
O mais triste disso tudo não é doar uma contribuição a uma instituição, mas de sabermos
que o dinheiro de muitos evangélicos tem servido para alimentar não só o físico mais a alma
31
de milhares de crianças, que se tornaram espíritas praticantes num futuro próximo e vão com
certeza agirem contrários a Palavra de Deus. Que possamos ajudar as nossas crianças de rua,
mas que nessa ajuda elas estejam recebendo também um bom alimento espiritual. Já pensou
meu amigo leitor o seu filho chegando em casa dizendo que Satã é seu irmãozinho e que o
ama de todo coração? Não nos enganemos a caridade tem que ser completa, por isso disse
Jesus: " Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca
de Deus" (M.4.4).
HISTÓRICO
Alziro Zarur
O nome do fundador da LBV é Alziro Elias Davi Abraão Zarur e nasceu aos 25 de
dezembro de 1914, de pais sírios, católicos ortodoxos. Zarur considerava-se a reencarnação de
Allan Kardec como declara no livro "Jesus - A Saga de Alziro Zarur II". Casou-se com Iracy
de Abreu, criou o Partido Trabalhista Nacional - PTN e se candidatou à presidência da
república, perdendo as eleições. Em 4 de março de 1949 lançou o programa "Hora da Boa
Vontade" na rádio Globo do Rio. Lá criou a "prece do copo d'água" (hoje este gesto é imitado
até mesmo por algumas denominações evangélicas). Alziro Zarur citava textos bíblicos na
Rádio e dentre eles repetia Lc.2:14: "Paz na terra para os homens de boa vontade"(versão
católica). Na verdade esse texto indica a boa vontade de Deus para com os homens no envio
de Cristo a esse mundo - " Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os
homens" (versão Almeida). O Texto usado na versão católica, caso estivesse correto, não
estaria dentro do contexto e da mensagem apresentada pelos anjos aos pastores.
A LBV foi fundada oficialmente em 7 de setembro de 1959 e se declarava uma
organização criada pelo próprio Jesus Cristo (Religião do 3o milênio, p.95).
O sucessor
auxílio aos necessitados. Deixou de seguir a vocação pela medicina para dedicar-se, ainda
jovem, à LBV. Foi sempre o auxiliar de Alziro Zarur, tendo o cargo de Vice Presidente.
O templo da LBV
Paiva Neto, pelo visto, gastou uma boa quantidade de dinheiro na construção desses
prédios religiosos. Perguntamos: De onde veio todo esse dinheiro?
Que templo é esse no versículo 15? (capítulo 7 de Apocalipse). Tudo indica, pelo seu
papel altamente solidário, que se trata do Templo do Ecumenismo Irrestrito, que a Legião
da Boa Vontade levantou em Brasília ( As Profecias sem Mistério, P. Neto, p.193).
Quando entrares na terra que o SENHOR teu Deus te der, não aprenderás a fazer
conforme as abominações daquelas nações (Dt.18.9).
Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça
com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre
Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de
Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles
habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Por isso saí
do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; E não toqueis nada imundo, E eu vos
receberei; E eu serei para vós Pai, E vós sereis para mim filhos e filhas, Diz o Senhor
Todo-Poderoso (II Co 6.14-18).
O que a Bíblia ensina colide frontalmente com o que é ensinado pela LBV. O
cristianismo é uma religião exclusivista e parte do pressuposto de que a revelação singular de
Deus só se encontra dentro das Escrituras Sagradas – a Bíblia.
Apesar de o cristão respeitar as demais expressões religiosas e buscar a liberdade
religiosa a qualquer custo, isso não significa, entretanto, que precisamos aceitar todos os tipos
de formas religiosas como sendo apenas caminhos diferentes que levam ao mesmo Deus.
Jesus deixou bem claro o exclusivismo do cristianismo ao dizer: “Eu sou o caminho, e a
verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (Jo 14.6).
Ora, se apenas Jesus é o caminho, então isso exclui quaisquer outras possibilidades
que arrogam para si tal prerrogativa.
De acordo com as Escrituras Sagradas, religião de Deus é aquela que prega a
santificação (separação), pois sem isso ninguém verá a Deus (Hb 12.14). Ora, santificação é
justamente o oposto do que é apresentado pela LBV.
Ora, isso explica a necessidade das revelações progressivas, cuja finalidade (traçada pelo
próprio Jesus) é corrigir e atualizar a parte humana da Bíblia Sagrada. Portanto, com
todos os erros, de origem humana, a Bíblia contínua certa, como demonstra a Doutrina do
Céu da LBV ( Jesus, a Saga de Alziro Zarur, vol. 2, p.86).
Que a fé dos cristãos míopes refutar fatos concretos, e justificar contradições na Bíblia
dos Hebreus? Senhor não creio que este Livro Santo tenha , todo ele, inspiração Divina
porque tua santíssima doutrina não pode rebaixar-se tanto e tanto!. (Livro da LBV:
"Mensagem de Jesus Para os sobreviventes, p.179,180).
O apóstolo Pedro diz que as Escrituras foram inspiradas por Deus. Paulo fala a mesma
coisa com palavras diferentes: “Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para
ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça” (II Tm 3.16).
Segundo a graça de Deus que me foi dada, lancei eu como sábio construtor, o
fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele. Porque
ninguém pode lançar outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.
(I Co 3.10-11).
Paulo afirma que “ninguém pode lançar outro fundamento”, ou seja, os livros de Kardec,
Alziro Zarur ou Paiva Neto não são e nunca serão complementos para o fundamento das
doutrinas cristãs. No cristianismo não há novas revelações (I Co 2.10), pois Deus já se revelou
através de Jesus (Hb 1.1). O que temos a fazer é ler, entender e aceitar a Palavra de Deus. Na
carta aos Efésios, Paulo deixa claro que o verdadeiro cristianismo é fundamentado nos
ensinamentos dos apóstolos e nos profetas, ou seja, no Velho e no Novo Testamento, pois é lá
que encontramos as profecias, as doutrinas e os ensinamentos únicos e sublimes de Jesus
Cristo. Paulo levava tão a sério os ensinamentos passados por ele e os demais apóstolos que,
na carta aos Coríntios, declara: “para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito”
(I Co. 4.6).
35
A Bíblia não precisa ser corrigida por novas revelações, pois ela já está completa. Observe
o que Judas tem a dizer sobre o assunto:
Com a morte de João o cânon sagrado estava pronto, completo e suficiente. Não há
necessidade alguma de acréscimos ou correções a ele.
A LBV fala muito em Jesus e divulgam trechos do evangelho contendo ensinos d‟Ele.
Um desenho do “rosto” de Jesus também é muito usado para promover a imagem da entidade.
Mas quem é de fato o Jesus da LBV? Deixemos que eles mesmos digam:
Jesus, o Cristo de Deus, não é Deus nem jamais afirmou que fosse Deus (Jesus - A Saga
de Alziro Zarur II, p.112).
Há quase dois mil anos, Jesus ensinou a verdade, mas não toda a verdade. Isto ele o
declarou com muita clareza, firmando o princípio das revelações progressivas.
(idem,vol.2).
Jesus não poderia nem deveria , conforme as imutáveis leis da natureza, revestir o corpo
material do homem do nosso planeta, corpo de lama, incompatível com sua natureza
espiritual, mas com um corpo fluídico, apto a longa tangibilidade, formado segundo as
leis das esferas superiores, por aplicação e conformação dessas leis aos fluidos ambientes
de nosso planeta (ibdem, p.108).
Jesus veio para morrer por nós ou para viver por nós? Portanto, Jesus, que não morreu
por nós, mas viveu por nós, está mais vivo do que nunca na direção do planeta que ele
próprio criou (idem, p.99).
36
Jesus é Deus
As seitas nunca aceitam a divindade de Cristo por não entenderem de fato o que as
Escrituras dizem sobre a sua divindade. É claro que Jesus nunca afirmou ser Deus, o Pai. No
entanto as Escrituras do Novo Testamento mostram de forma inconfundível sua divindade.
Vejamos alguns textos que afirmam explicitamente a divindade de Jesus:
Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só violava o sábado,
mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus (Jo 5.18).
de quem são os patriarcas; e de quem descende o Cristo segundo a carne, o qual é sobre
todas as coisas, Deus bendito eternamente. Amém (Rm 9.5).
No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus (Jo 1.1).
Além destes existem outros que corroboram de forma indireta para a crença na divindade de
Jesus:
Os poucos textos acima são mais que necessários para provarmos que o Novo Testamento
atesta de forma inequívoca a deidade absoluta de Jesus Cristo, ou seja, o Filho é tão divino
como o Pai e o Espírito Santo (Mt 28.19, II Co.13.13, Ef 4.4-6, I Jo 5.7).
A objeção da LBV de que Jesus não ensinou toda a verdade é óbvia: se acreditarem
que Jesus ensinou toda a verdade os ensinamentos da LBV caem por terra, pois colidem
frontalmente com os ensinos de Cristo com relação à doutrina Cristã. Eles precisam sustentar
esta inverdade para poder apresentar suas novas “verdades”.
Jesus nunca disse, entretanto, que veio ensinar mais uma verdade. Ao invés disso ele
se intitulou como “a Verdade” materializada (Jo 14.6). Jesus é a essência da verdade de Deus,
portanto, suas palavras são a Verdade e contém tudo o que nós precisamos saber com relação
às verdades espirituais.
A alegação da LBV de que Jesus não possuía um corpo material e sim um corpo
fluídico, é falsa. Essa é uma antiga concepção gnóstica que já prevalecia na época do apóstolo
João. João denomina quem ensinava tal heresia como tendo o espírito do “anticristo” (I Jo
4.1-3).
A Bíblia declara que Jesus é tanto Deus, como homem. 100% Deus e 100% homem.
O grande problema dos gnósticos da época de João e hoje dos adeptos da LBV em
negar a materialidade do corpo de Jesus, é que ao mesmo tempo nega-se duas das principais
doutrinas cristãs: a redenção e a ressurreição de Jesus. Se Jesus não teve um corpo material,
logo não houve sacrifício literal pelo pecado e consequentemente não houve ressurreição
corporal.
Paulo, no entanto, nos diz que sem ressurreição do corpo é vã a nossa fé:
O Jesus histórico é tão importante quanto o Jesus da fé. Hoje em dia nenhum historiador sério
negaria que houve um personagem histórico e material chamado Jesus.
Apesar de todas as provas contrárias, a LBV continua sustentando uma doutrina a respeito de
Jesus que simplesmente não é verídica.
A mensagem principal de todo o Novo Testamento é que Jesus veio morrer pelos nossos
pecados. O Novo Testamento trás em abundancia textos que falam sobre isso. Eis alguns:
Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios (Rm
5.6).
Mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo
nós ainda pecadores (Rm 5.8).
Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por
nossos pecados, segundo as Escrituras, E que foi sepultado, e que ressuscitou ao
terceiro dia, segundo as Escrituras (1 Co 15.3).
E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para
aquele que por eles morreu e ressuscitou (2 Co. 5.15).
A LBV e a reencarnação
A LBV sendo uma seita espírita preservou em seu bojo doutrinário a doutrina da
reencarnação. No entanto, a Bíblia jamais fez qualquer referência à palavra “reencarnação”, e,
tampouco, confunde-a com a palavra “ressurreição” como insinua o kardecismo. Segundo o
dicionário da Língua portuguesa, de F. S. Bueno, “reencarnação” é o ato ou efeito de
reencarnar, pluralidade de existência com um só espírito; enquanto que a palavra ressurreição
é: levantar, erguer, surgir, sair de um local ou situação para outra. No latim, “ressurreição” é o
ato de ressurgir, voltar à vida, reanimar-se.
“E, como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois o juízo” (Hb 9:27).
É por isso que a LBV teme a Bíblia, pois Ela desmantela a sua teoria central - a
reencarnação. Veja, o texto de Hebreus é claríssimo, o homem só morre uma vez, e por quê?
Porque ele só nasce uma vez. E, ainda acrescenta; “vindo depois o juízo”, ou seja, à luz da
Palavra de Deus não há espaço para a teoria da reencarnação. O texto deixa claro, que ao
morrer, você será julgado, para ser salvo ou condenado, sem meios termos, é céu ou inferno.
40
I V - RACIONALISMO CRISTÃO
Introdução
Racionalismo Cristão (doravante RC) é um grupo religioso formado do espiritismo
kardecista no Brasil. Enquanto no espiritismo kardecista se dá lugar ao curandeirismo, o RC
se distingue dele pela não aceitação de qualquer tipo de manifestação sobrenatural no campo
das chamadas curas psíquicas. Afirma que não admite o sobrenatural nem o misticismo. De
certo modo, o RC não passa de um espiritismo com as práticas e ensinos fundamentais do
kardecismo, apenas com nova nomenclatura.
Auto definindo-se, assim declara:
Ao Racionalismo Cristão cabe uma grande e sublime missão, ainda que bem árdua e por
muitos não compreendida: restabelecer a Verdade e reimplantar os magníficos
ensinamentos de Jesus na Terra (“Racionalismo Cristão”. Centro Redentor, 30ª
edição,1976).
O Racionalismo Cristão explica que Cristo não foi um milagreiro; mas apenas utilizou as
leis naturais e imutáveis que regem o Universo (“O que é o Racionalismo Cristão”,
folheto).
Sempre ensinamos no Racionalismo Cristão que ninguém deve agir na vida sem antes
raciocinar, mesmo nas coisas mais insignificantes, nem tomar resoluções, por menores
que sejam, sem submeter o assunto e análise do raciocínio [...] Ele assenta seus princípios
não na fé; mas no raciocínio, no entendimento racional da vida, procurando emancipar a
criatura humana do fanatismo, preconceitos e superstições (Ibidem).
História
Em 1910, Luiz José de Mattos a Luiz Alves Thomaz, portugueses e comerciantes bem-
sucedidos, radicados em Santos, verificando ser a doutrina espírita, praticada no Brasil, mal
compreendida e deturpada, resolveram fundar um Centro para estudo e prática do espiritismo,
alugando para tal fim, um sobrado à rua Amador Bueno, 190, em Santos.
Assim, em 26 de janeiro de 1910, na referida casa, realizou-se a primeira reunião para
elaborar o Estatuto, eleger diretoria e escolher o nome que deveriam dar ao Centro, o qual
ficou sendo Centro Espírita Amor e Caridade. Em virtude do crescimento da obra, Luiz de
Mattos e Luiz Alves Thomaz resolveram construir uma sede própria e no dia 21 de junho de
1912 deu-se a inauguração. A data de 21 de junho fora escolhida adredemente para a
inauguração por ser o dia da desencarnação do patrono São Luiz Gonzaga.
Em 1916, todos os Centros praticantes da Doutrina Racionalista Cristã se filiaram ao
Centro Redentor do Rio de Janeiro, presidido por Luiz de Mattos. A palavra racional foi
introduzida em 3 de fevereiro de 1946, por obra de Antônio do Nascimento Cottas, tomando a
designação atual de Racionalismo Cristão. Como dizem, o berço do Racionalismo Cristão se
deu na cidade de Santos.
Obras Básicas
Indicam como obras básicas para todos aqueles que quiserem familiarizar-se com as doutrinas
do Racionalismo Cristão os livros:
“Racionalismo Cristão”
“Prática do Racionalismo Cristão”
“A Vida Fora da Matéria”
“Cartas Doutrinárias”
“Escola Espiritualizadora”
Conceitos Religiosos
42
Por não ser religião, mas escola espiritualizadora, não possui esta doutrina deuses nem
adoradores (“Racionalismo Cristão”. Centro Redentor, 30a edição, l976, p. 63).
Para amenizar suas declarações, entretanto, alegam “respeitar todas as religiões, bem
como a maneira de pensar dos semelhantes”.
Procura, porém, alertar que ter qualquer sentimento religioso, não passa de tolice.
Afirma que o RC ajuda as pessoas a se “desfazer e libertar, à luz da razão, de seculares
erros, preconceitos, crenças e crendices, fanatismos e sectarismos religiosos” (Ibidem).
Quando vamos considerar os conceitos religiosos dos espíritas racionalistas, não
devemos estranhar suas declarações absurdas e até blasfemas, sabendo de quem parte esses
ensinos. Os espíritas racionalistas explicam a origem dos seus ensinos.
Espíritos Enganadores
Falando sobre as 17 classes de espíritos que fazem sua evolução aqui na terra,
considerada por eles um mundo escola, dizem:
Se milhões desses espíritos se dedicam, por meio das casas racionalistas cristãs a
auxiliarem astralmente o progresso de seus semelhantes, o que podemos esperar desses
milhões de espíritos? O que eles podem fazer e quem são? Os racionalistas cristãos não
ignoram a natureza desses milhões de espíritos. Dizem deles:
A perversidade com que podem agir os espíritos do astral inferior, é quase ilimitada. [...]
Informam mais deles: Como os espíritos do astral inferior não ignoram que todos os seres
possuem mediunidade intuitiva, dela se aproveitam para incutir no mental das mesmas
43
Ora, nós sabemos, à luz da Bíblia, que nossa luta espiritual não é contra o sangue e a
carne, mas contra as hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais:
Porque não temos de lutar contra a carne e o sangue, mas sim contra os principados,
contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes
espirituais da maldade, nos lugares celestiais (Ef 6.12).
Na análise dos ensinos desse grupo religioso, verificaremos que se tratam de sutis
ensinos de demônios apontados por Paulo em I Tm 4.1: “Mas o Espírito expressamente diz
que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a
doutrinas de demônios”.
Considerando que o RC se propõe restabelecer os magníficos ensinamentos de Jesus na
Terra é lógico admitir que precisamos examinar onde se encontram esses “magníficos
ensinamentos” para confrontá-los com os ensinamentos do RC para sabermos se realmente
procede essa afirmação. Nada melhor para isso do que examinarmos a Bíblia onde se acham,
fidedignamente, os ensinamentos de Jesus. E, sem dúvida nenhuma, esses ensinamentos estão
exarados nos evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João. O próprio Jesus se referiu a esses
ensinos dizendo: “Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus
discípulos; E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8.31-32).
Permanecer nos ensinos de Jesus, registrados na Bíblia, é conhecer a verdade que
liberta. Enquanto falam dos magníficos ensinos de Jesus e, como dissemos, eles se encontram
na Bíblia, na parte denominada Novo Testamento, os RC falam da Bíblia com desdém, com
escárnio como se ela tivesse sido adulterada e não merecesse o menor crédito. Que
incoerência! Falam dos magníficos ensinos de Jesus e ao mesmo tempo repelem o livro no
qual esses ensinos se encontram. Jesus ordenou que ensinássemos o que Ele ensinou (Mt
28.19-20).
A Bíblia
Na Bíblia, todos o sabem, foram alterados diversos textos originais, com o fim de
favorecer a um vantajoso sistema capaz de propiciar fundos suficientes para o sustento da
legião sacerdotal, mantenedora do sistema. Para provar a alteração de textos originais é
citado o seguinte: Durante muitos séculos... as seitas religiosas que introduziram na
Bíblia este versículo repleto de malícia: Bem-aventurados os pobres de espírito, porque
44
dos tais é o reino dos céus (“Racionalismo Cristão”. Centro Redentor, 30a edição,1976, p.
59-60).
Para provar que a Bíblia não é repelida simplesmente porque se alega textos originais
alterados, fala-se da Bíblia nos seguintes termos:
Veja-se como esta revelação da vida (os ensinos racionais), transmitida ao conhecimento
humano, é diferente da que as seitas sectaristas apresentam, cheia de incoerências,
absurdos e contradições, porque baseada nas sandices bíblicas... (“Racionalismo Cristão”.
Centro Redentor, 30a edição, 1976, p. 163).
Refutação Apologética:
Qual o erudito conhecedor da língua grega que apontaria esse texto de Mateus 5.3 como
espúrio? É uma afirmação própria de alguém que desconhece inteiramente do que está
falando. É realmente um versículo repleto de malícia como afirma o RC ?
O significado usual e correto deste verso é que ser pobre de espírito significa ser
cônscio de sua necessidade espiritual e não como interpretam os espíritas racionalistas.
Os racionalistas “cristãos” deveriam, pelo menos, ler uma vez a Bíblia antes de
começarem a falar dela. Falam do que não entendem. Deveriam ser mais cristãos e menos
racionalistas. Quais são as incoerências que a Bíblia registra? Quais são os absurdos e
contradições que ela apresenta? Sandices bíblicas onde na Bíblia? Ao contrário dessas
afirmações absurdas e não provadas, devemos ter presente o que diz Hb 4.12: “Porque a
Palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e
penetra até o ponto de dividir alma e espírito, e apta para discernir os pensamentos a
propósitos do coração”.
Da forma como Jesus se dirigiu aos seus contemporâneos dizendo: “Errais, não
conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus” (Mt 22.29). Nós podemos dizer para os
racionalistas que eles falam da Bíblia sem conhecê-la. Este povo se aproxima de mim com a
sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim. Mas em vão
me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens (Mt 15.8-9).
45
Deus
Os que hoje rendem culto a um deus abstrato, acharão – ao cabo de tantas encarnações
quantas precisarem para atingir o necessário esclarecimento – tão tolo esse culto quanto
ridículo os civilizados entendem, agora, ser a idéia, que também já alimentaram, de
adorar deuses representados por elementos da natureza ou animais inferiores. E, por fim,
chegam ao cúmulo da blasfêmia em falar de Deus como o hipotético deus pai.
(“Racionalismo Cristão”. Centro Redentor, 30a edição, 1976, pp. 55, 75).
Alegam que:
Refutação Apologética:
Se crer num Deus pessoal é atraso intelectual, por que lemos o contrário na Bíblia, que
o ateísmo sim é um atraso mental? Lemos no Sl 14.1: “Disse o néscio no seu coração: Não há
Deus”. Dizendo que O Racionalismo Cristão... assenta seus princípios não na „fé‟ mas no
raciocínio se coloca ele totalmente contra o modo pelo qual podemos declarar nossa crença na
existência de Deus. Ora, sem fé é impossível agradar-lhe (a Deus); porque é necessário que
aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam
(Hb 11.6). Pior do que os demônios é a crença dos espíritas racionalistas, porque, enquanto os
demônios crêem que Deus existe a estremecem na sua presença (Tg 2.19), os adeptos desse
grupo religioso zombam da crença na existência de um Deus pessoal e transcendente ao
próprio universo criado por Ele. Paulo não era assim tão atrasado intelectualmente e, no
entanto, cria que Deus é o Criador do Universo e que dependemos dele até para a nossa
respiração (At 17.24-31).
Os racionalistas cristãos chegaram muito tarde para fazer afirmação tão absurda da
inexistência de um Deus pessoal. Há uma crença universal na existência de Deus, que não
pode ser desprezada. Paulo se refere a essa crença universal na existência de Deus em Rm
1.19-21,28.
A personalidade de Deus é contrária ao panteísmo ensinado pelo espiritismo racionalista
que fala de Deus como o Grande Foco, Força Universal que ocupa o Espaço infinito. Esse
conceito é também denominado monista panteísta. Ao contrário, Deus é um ser que revela
autoconsciência ao dizer: EU SOU O QUE SOU. Em Êx 3.14 se lê: Disse Deus a Moisés: EU
SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel. EU SOU me enviou a vós
outros.
Orar e Adorar
Refutação Apologética:
“Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e
aparta o seu coração do Senhor! Bendito o varão que confia no Senhor, e cuja confiança é o
Senhor” (Jr 17.5,7). Não se pode negar que essa altivez religiosa dos espíritas é resultante do
engano do seu coração: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem
o conhecerá?” (Jr 17. 9).
Os racionalistas são mais racionalistas do que cristãos. Que tipo de cristianismo é esse
que ensina a não adorar nem orar? Jesus ensinou sobre a necessidade de orar, sempre orar e
nunca desanimar (Lc 18.1). Com isso contou várias parábolas, destacando por fim: “E eu vos
digo a vós: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque qualquer
que pede recebe; e quem busca acha; e a quem bate abrir-se-lhe-á” (Lc 11.9-10).
Perdão
Não existem perdões no plano espiritual nem deuses para perdoar. Dentre os maisgraves
erros das religiões, ocupa lugar de destacado relevo o perdão para as faltas e, até mesmo,
para os crimes cometidos por seus adeptos. A mística do perdão para os crimes, falcatruas
e prevaricações, não tem qualquer sentido na vida espiritual (“Racionalismo Cristão
Responde”, pp. 174, 60, 136).
Refutação Apologética:
Reencarnação
Por que negar a reencarnação? Por que as religiões ocidentais tanto se empenham, tanto
se obstinam em negar a reencarnação?... A resposta é fácil: reencarnação e salvação são
idéias que se atritam, que se agridem, que se chocam, porque antagônicas e
irredutivelmente inconciliáveis. Ora, no conceito de salvação – intimamente ligado aos
favores do perdão – está, precisamente, a base em que se apóiam essas religiões...
Quando o indivíduo se convencer de que se praticar o mal, terá, inapelavelmente, de
resgatá-lo; que numa encarnação se prepara para a encarnação seguinte... que não poderá
contar com o auxílio de ninguém para libertá-lo das conseqüências das faltas que cometer
e que terá de resgatar com ações elevadas – qualquer que seja o número de encarnações
para isso necessárias – por certo pensará mais detidamente, antes de praticar um ato
indigno. O espírito, quando encarna, isola-se do seu passado, esquecendo-se, por
completo, das anteriores encarnações (“Racionalismo Cristão”. Centro Redentor, 30ª
edição, 1976, pp. 62, 64, 94).
Refutação Apologética:
Uma das assertivas da doutrina reencarnacionista é que, para haver justiça, deve o
homem resgatar as suas próprias faltas da existência em que vive e das existências anteriores.
Ora, como isso pode dar-se se como ponto principal se deve ele esquecer-se do seu passado,
ou melhor dizendo, das anteriores encarnações? Que tipo de melhora pode ele obter se todo o
passado de erros está esquecido? Em que ele falhou para melhorar nesta vida? Quando Jesus
perdoava aos pecadores, eles sabiam do que estavam se arrependendo e conseqüentemente
abandonando seus erros passados. Paulo confessa seus erros do tempo da sua ignorância
dizendo que tinha sido blasfemo, perseguidor e opressor, mas tinha alcançado misericórdia e
afirmava então que não vivia mais para si, mas vivia para Cristo, chegando a ponto de
recomendar que o imitassem porque por sua vez imitava a Cristo (I Tm 1.13; Gl 2.20; I Co
11.1). Pedro, quando negou Jesus, chorou amargamente (Mt 26.75). Como podem melhorar
os supostamente reencarnados se não têm a mínima lembrança dos feitos da vida anterior ou
anteriores? Melhorar no quê? Arrepender-se dos pecados da vida atual ou dos pecados das
vidas anteriores? Quem rege a lei do carma para impor castigo ou recompensa se Deus não
existe? Quem determina o que está certo ou errado desta vida e das vidas anteriores?
Mas em uma coisa eles estão certos: de fato reencarnação e salvação não se conciliam.
São conceitos, que se chocam. Sendo assim, concordamos plenamente com essa distinção
entre reencarnação e salvação!
No entanto, pensam os racionalistas em resgatar as próprias faltas! Com quê? Com dinheiro,
com obras virtuosas ou sofrimentos?
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Se for com dinheiro é inútil porque a riqueza de qualquer mortal acabaria antes, dado
que o resgate de uma alma é caríssimo (Sl 49.6-8). Se for com obras meritórias, então o
negócio complica, porque nossas obras de justiça são como trapos de imundície (Is 64.6). O
conceito de reencarnação fala de salvação por esforços pessoais, tais como: boas obras e
sofrimentos. É salvação obtida pelo homem, se não numa encarnação, em várias encarnações,
e pensam ser isso possível para se atingir o estado de espírito puro. Agora, salvação no
conceito bíblico não é fruto de esforço próprio. É favor imerecido de Deus como se lê em Ef
2.8-10. E por quê? Porque o homem é incapaz de, por esforços próprios, conseguir a sua
salvação (Tt 2.11-13). Jesus, explicando sua missão à terra, afirmou que não veio para ser
servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos (Mt 20.28). Afirmou na casa de
Zaqueu que veio buscar e salvar o que estava perdido (Lc 19.10). Ao instituir a Ceia e
distribuir o cálice mencionou que o cálice era o seu sangue derramado para remissão de
pecados (Mt 26.26-28). Toda a pessoa que recebe o perdão de Deus, pela sua fé na pessoa de
Jesus Cristo, não continua no pecado. Os conselhos bíblicos nesse sentido são muito
freqüentes (II Co 5.17; Ef 4.17-32; 5.3-16). Ora, a Bíblia fala de regeneração, que é a
mudança das disposições íntimas da alma dentro de uma só existência (Jo 3.3,5) e não de
reencarnação. Diz a Bíblia que o homem só passa por esta existência uma única vez e depois
disso vem o juízo (Hb 9.27; Ec 12.7).
Jesus Cristo
Grandes espíritos, movidos por ideais reformadores, baixaram à Terra, encarnando, com
enorme sacrifício, para ver se conseguiam a desbrutalização da mente humana que se
deixara empolgar pelo sentimento do gozo e dos prazeres apenas materiais. Esses
valorosos espíritos, porém, além de não haverem sido compreendidos, acabaram
divinizados pela massa ignara, como aconteceu com Jesus, Buda, Confúcio e Maomé.
Negar a Jesus o valor, o mérito de haver conquistado a sua evolução espiritual à custa de
grandes lutas, de trabalhos, de sofrimentos, de desencarnações e reencarnações,
atribuírem as qualidades, a nobreza, os altos atributos que possui esse grande espírito ao
privilégio de uma suposta filiação divina, é erro grave que cometem, além de
demonstração de lamentável ignorância relativamente à vida espiritual. No Brasil, e em
muitos outros países, adora-se a Jesus. Não há, entretanto, qualquer diferença, entre tais
adoradores e os outros que se voltam para Buda, Confúcio e Maomé. Nenhum adorador é
capaz de dissociar a idéia de adorar da de pedir. A razão é óbvia: adorar e pedir são duas
muletas iguais, para uma só invalidez mental (“Racionalismo Cristão”. Centro Redentor,
30ª edição, 1976, pp. 56-57, 74).
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Resposta Apologética:
O que de cristão existe nesta religião? Sem dúvida, de cristão só tem o nome, pois não
é possível, à luz da Bíblia igualar fundadores de religião como Buda (budismo), Confúcio
(confucionismo) Maomé (islamismo) com a pessoa augusta e divina de Jesus Cristo. O
evangelho de João começa com estas palavras: No princípio era o Verbo, e o Verbo estava
com Deus, e o Verbo era Deus. E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua
glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade (Jo 1.1;1.14). É
ignorância, segundo os espíritas racionalistas, admitir que Jesus possuía filiação divina. No
entanto, por duas vezes o Pai, do céu, proferiu palavras de reconhecimento de Jesus como Seu
Filho, sendo uma no batismo de Jesus, quando disse: Este é o meu Filho amado, em quem me
comprazo (Mt 3.17) e outra no Monte da Transfiguração, quando repetiu as mesmas palavras
(Mt 17.5). Como ousam os racionalistas afirmar que crer na filiação divina de Jesus não passa
de demonstração de lamentável ignorância espiritual?
João termina o seu evangelho e dá a razão de tê-lo escrito: “Jesus, pois, operou
também em presença de seus discípulos muitos outros sinais, que não estão escritos neste
livro. Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e
para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo 20.31-32). Isso é ignorância? Como vemos,
Jesus não era simplesmente um grande espírito que baixou à Terra. Ele existia na condição de
Deus (Fp 2.6) e se humilhou tomando a forma de servo e achado na forma de servo foi até à
morte e morte de cruz (Fp 2.7-8).
Suas reivindicações o tornou distinto de todos os demais reformadores religiosos.
Declarou ser o caminho, a verdade e a vida (Jo 14.6). Durante sua vida terrena recebeu
adoração de certas pessoas na condição de Deus-homem e não como homem simplesmente
(Jo 20.28), inclusive dos seus discípulos sem que em qualquer ocasião os tivesse repreendido
por tal atitude (Mt 14.33; 28.9,17; Jo 9.35-38). Como racionalmente alguém pode dizer que
adorar e pedir são duas muletas iguais para uma só invalidez mental? Adorar e orar são duas
práticas que todos os seres humanos devem prestar a Jesus Cristo (Fp 2.9-11). Uns hoje o
fazem voluntariamente, outros, como os racionalistas, um dia terão de prostrar-se aos pés de
Jesus para isso fazer, embora hoje entendam serem muletas por causa da invalidez mental de
quem assim o faz.
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Milagres
Refutação Apologética:
Classes de espíritos
Refutação Apologética:
A teoria dos supostos diversos mundos citados pelos racionalistas cristãos não passa
da mesma teoria sustentada pelos espíritas kardecistas com ligeiras modificações. O caso é
que a alegação de que existem mundos materializados, opacos, brancos, diáfanos e de luz
puríssima é pura especulação. Dizem que a terra é um mundo escola que abriga espíritos até a
17ª classe. Pura fantasia! O que o verdadeiro cristianismo sempre ensinou é que existe apenas
dois tipos de dimensões: o mundo material e o mundo espiritual. O mundo espiritual é
habitado por espíritos criados por Deus no momento da concepção do ser humano, que
constitui o mundo material (Zc 12.1; 2 Co 4.16-18). Na morte do corpo os espíritos humanos
possuem dois destinos: irão para o céu se forem salvos (Fp 1.21-23) ou irão para o Hades se
forem perdidos (Lc 16.22-25). Fora estes, existem outros espíritos que pertencem a classe
angelical. Uns permaneceram fiéis a Deus e são seus agentes secretos para ajudar aos que hão
de herdar a salvação (Hb 1.14). Outros, porém, se tornaram desobedientes e acompanharam a
Satanás na sua rebelião contra Deus e são habitantes das regiões atmosféricas e tentam os
homens como espíritos demoníacos, contra os quais devemos estar alertas (Is 14.12-14; Ap
12.3; 2 Co 11.11-14).
Céu e Inferno
Refutação Apologética:
Repetimos a pergunta: O que de cristão existe nessa religião? Deveriam sim, seus
adeptos, antes de se desligarem do espiritismo Kardecista, tomar uma nova posição religiosa e
não repetir os absurdos de Allan Kardec com o título pomposo de Racionalismo e de Cristão,
porque esse tipo de espiritismo não é nem uma coisa e muito menos outra. Deveriam mudar
de nome. Não é possível adotar o nome de cristão e ser tão antagonicamente anticristão. Tudo
o que Jesus Cristo ensinou e que se acha exarado na Bíblia é tido como fantasia, como
resultado de deboche religioso.
Jesus falou do perdão? Sim. Ensinou na oração dominical a pedirmos perdão por
nossas dívidas ao Pai celestial (Mt 6.12).
Jesus falou da salvação eterna? Sim. Em Jo 5.24, Ele declarou que quem ouve sua
palavra e crê naquele que o enviou tem a vida eterna, não entrará em condenação, mas passou
da morte para a vida.
Jesus falou do céu como lugar de felicidade eterna? Sim. Disse que na casa do Pai há
muitos lugares e avisou que Ele mesmo é o caminho para lá (Jo 14.2-3).
Jesus falou do seu Pai celestial? Sim. Logo na sua adolescência já se encontrava
consciente da existência do Pai celestial, respondendo a Maria, sua mãe, que estava cuidando
dos negócios dele (Lc 2.49).
Jesus fez ameaças sobre o inferno? Sim. Disse que era melhor entrar na vida aleijado
do que ter corpo perfeito e ir para o inferno, onde o seu bicho não morre e o fogo nunca se
apaga (Mc 9.43-45).
Jesus falou do diabo? Sim. Falou do diabo como o pai da mentira (Jo 8.44). Parece até
que os racionalistas cristãos falam inspirados por ele, pois todas as suas afirmações são
contrárias ao que a Bíblia ensina (Mt 5.37). Mas, segundo os racionalistas, supostamente
cristãos, tudo isso não passa de pura invencionice! Como se dizer cristão e negar os ensinos
de Jesus? A palavra cristão significa seguidor de Cristo (At 11.26). E podemos afirmar com
base na palavra de Deus e no que foi exposto até aqui, que os racionalistas “cristãos” não são
nem uma coisa, nem outra. Apenas espíritas repetindo as heresias bem conhecidas de Allan
Kardec.
54
V- SANTO DAIME
Introdução
São bem oportunas as palavras bíblicas de Romanos 1.22: Dizendo-se sábios, tornaram-
se loucos, quando nos propomos a falar sobre o grupo religioso Santo Daime. Dizemos isso
porque, nesse grupo religioso, aparentemente desconhecido, existem celebridades da TV que
já se pronunciaram publicamente como membros dele. E não é só isso, até o ex-pastor
Nehemias Marien já fez parte de reuniões religiosas onde o chá foi bebido. Conta ele:
Concentrado no culto, cantei, com o mais vivo entusiasmo, todas as canções de louvor,
mas sempre muito atento às mínimas ocorrências envolvendo os circunstantes. Vi
nocauteada a resistência de muitos que se entregavam relaxados nos colchonetes e
poltronas espalhados pela sala. Vi outros se transfigurarem, em êxtase, os olhos vítreos
esbugalhados. Um jovem tomou-me a mão, como um náufrago perdido no mar e,
literalmente, urrava como leão. Muitos vomitavam, enquanto outros corriam ao banheiro.
Um outro virou uma estátua vibrante, o tempo todo em obediência a seus chacras,
segundo disse. Então, após o segundo cálice, comecei a sentir as mãos frouxas e uma
ligeira cãibra nas pernas, dando-me a impressão de desmaio, embora em momento algum
me sentisse tenso. Procurei cantar com mais entusiasmo, mas logo percebi ser melhor
procurar o sofá, no qual o meu corpo caiu pesado. Foi nesse instante que, relaxado, rendi-
me ao Daime, sem alucinações, mas com a consciência da purificação espiritual centrada
em Jesus... Creio que, também, pelo Santo Daime, pode-se contemplar a luz divina e
alcançar a purificação do espírito e a cura interior (“JESUS, A Luz da Nova Era”, Pr
Nehemias Marien, Editora Record, pp. 120-121).
Pode haver maior apostasia do que essa, de um “pastor” afirmar que contemplou a luz
divina e alcançou a purificação do espírito e cura interior depois que tomou o chá? A luz
divina, como lemos na Bíblia, é Jesus Cristo, veja a declaração de João: Ali estava a luz
verdadeira, que alumia a todo o homem que vem ao mundo (Jo 1.9). Purificação do espírito
se faz pelo sangue de Jesus e não por tomar-se um chá – No dia seguinte João viu a Jesus, que
vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (Jo 1.29). E cura
interior alcançamos quando atendemos ao convite de Jesus, em Mt 11.28-29 lemos: Vinde a
mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu
jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para
as vossas almas.
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Efeitos do Chá
O nome Daime
DAIME – dizem – vem do verbo dar, no imperativo. Daime paz, Daime saúde, Daime
felicidade – é a aspiração dos membros da entidade. É um tipo de seita eclética, uma mistura
de espiritismo, cultos afro-brasileiros e catolicismo romano, resultantes de três culturas (a
branca, a negra e a indígena). O livro sagrado que adotam é o seu hinário. As letras dos hinos
constituem a diretriz para os seguidores. Todos os ensinamentos são ministrados por hinos
naquele estado alterado de consciência proporcionado pelo Daime, encontrando-se neles suas
crenças básicas. A principal característica do Santo Daime é o canto. São conhecidos também
como Povo de Juramidam, expressão composta de Jura (pai) e Midam (filho). Tal é o nome
que o iniciador da seita diz ter recebido das entidades divinas. Juramidam representa a
segunda volta de Jesus à Terra, sendo assim o povo de Juramidam o povo de Jesus Cristo.
Impossível para um leitor da Bíblia ler sobre um tipo de culto envolvido com práticas
mediúnicas, idolatria e feitiçaria, admitir que seja povo de Jesus. O próprio Jesus declara ser
a luz do mundo e que aquele que o segue não andará em trevas (Jo 8.12). Em nenhuma
passagem bíblica se encontra qualquer ensino de Cristo que se assemelhe a um ensino que
envolva espiritismo, feitiçaria e idolatria.
O Fundador
Conceição, a Rainha da floresta. Ela falou-lhe: Quem é que tu achas que eu sou? Ele olhou e
disse:
Para mim a senhora é uma Deusa Universal. Tu tens coragem de me chamar de Satanás,
isso ou aquilo outro? Não, a senhora é uma deusa universal. Tu achas que o que estás
vendo agora, alguém já viu?
O mestre Irineu refletiu e achou que alguém já podia ter visto, e havia tantos que faziam a
bebida que ele podia estar vendo o resto. A senhora então disse:
O que estás vendo agora ninguém jamais viu, só tu. E eu vou te entregar esse mundo
para governar. Agora tu vais te preparar, porque eu não vou te entregar agora. Vais ter
uma preparação para ver se tu podes merecer verdadeiramente: tu vais passar oito dias
comendo só macaxeira (mandioca) cozida, com água e mais nada.
Relatou Irineu que foi ela quem deu o nome de Santo Daime à bebida e ditou normas
para a realização do ritual. Ele adquiriu poderes extra-sensoriais e aí passou a ter vidência e a
comunicar-se com os mortos. Nas reuniões, evocam Jesus Cristo e os santos católicos como
Nossa Senhora da Conceição, São João Batista, São José. Paralelamente, evocam entidades
indígenas como Tuperci, Ripi Iaiá, Currupipipiraguá, Equior, Tucum, Barum, Marum Papai
Paxá, B. G., Rei Titango, Rei Agarrube, Rei Tintuma, Princesa Soloína, Princesa Janaína e
Marachimbé.
Histórico
Em 1945, Mestre Irineu fundou o Centro de Iluminação Cristã Luz Universal, que
chegou a congregar 500 membros efetivos. Um discípulo de Irineu, o seringueiro padrinho
Sebastião, fundou outra comunidade, a Colônia Cinco Mil, também no Estado do Acre, que
no foro civil foi registrada como entidade filantrópica, tendo o nome de Cefluris (Centro
Eclético de Fluente Luz Universal Raimundo Irineu Serra). Depois da morte do fundador em
1971, o padrinho Sebastião o substituiu na direção da entidade, vindo a morrer em 1990. O
filho de Sebastião, o padrinho Alfredo Gregório de Melo, está na liderança do movimento
Santo Daime que, atualmente, conta com 30 núcleos e mais de cinco mil adeptos.
57
Festividades
Doutrinas
O ritual
a) Idolatria e Feitiçaria:
Refutação Apologética:
bezerro de ouro? Vejamos: “Disse Deus a Moisés, no Monte Sinai: Vai, desce; porque o teu
povo, que fizeste subir do Egito, se tem corrompido. E depressa se tem desviado do caminho
que eu lhes tinha ordenado; eles fizeram para si um bezerro de fundição, e perante ele se
inclinaram, e ofereceram-lhe, e disseram: Este é o teu deus, ó Israel, que te tirou da terra do
Egito” (Êx 32.7-8). As práticas ligadas à idolatria foram mais tarde condenadas pelos
profetas: Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o
meu louvor às imagens de escultura (Is 42.8). “Eu anunciei, e eu salvei, e eu o fiz ouvir, e
deus estranho não houve entre vós, pois vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor; eu sou
Deus” (Is 43.12).
Sabemos que os cultos afro-brasileiros tributam louvores a entidades também
conhecidas como orixás, que pensam serem os intermediários entre o deus Olurum e os
homens.
Ora, sabemos que tais entidades espirituais, embora sejam consideradas santas, na
verdade entendemos que são espíritos demoníacos que povoam os ares como afirma o
apóstolo Paulo em Efésios 6.12: Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas,
sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século,
contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. Afirmamos: o que consta do
estatuto nada tem a ver com o Cristianismo. Quando há genuína conversão a Deus, há o
abandono dos ídolos e de todo o ecletismo. Jesus foi enfático ao dizer: Ninguém pode servir a
dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o
outro. Não podeis servir a Deus e a Mamon (Mt 6.24).
Ritual da bebida
Cerimônias católicas
Durante o ritual, rezam missa em favor dos mortos e cantam dez hinos sem
instrumentos musicais, sem bailados. Reza-se um terço, ficando o Salve Rainha para o
término da sessão. Essa prática é ligada à Igreja Católica.
Resposta Apologética:
Não se deve celebrar missas aos mortos, porque elas são inúteis. Jesus afirmou que se
alguém morrer sem crer nele como único e suficiente Salvador nunca poderá ir para onde Ele
foi. Jesus foi para o céu de onde virá para buscar o seu povo (Jo 8.21-24; Jo 14.2-3). O ritual
do Santo Daime é ritual pagão, impróprio e condenado pela Bíblia em Deuteronômio 18.9-12.
Relata o Mestre Irineu que recebeu uma visão de uma senhora divina que ele pensou ser
uma deusa universal, identificando-a até como se fosse Satanás. Entretanto, posteriormente,
na própria visão, foi esclarecido de que se tratava de “Nossa Senhora da Conceição”.
Resposta Apologética:
Os que têm a Bíblia e a consideram como autoridade maior no campo religioso devem
ter presentes as palavras de Paulo, que afirmam: Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do
céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim
como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro
evangelho além do que já recebestes, seja anátema (Gl 1.8-9). Ora, se esse grupo religioso
tem como princípio básico e fundamental o Santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo
como reza o item 2 do Estatuto, deveria saber que o Evangelho que Jesus pregou incluía o
arrependimento e fé na sua pessoa (Mc 1.15), pois sem arrependimento ninguém poderia
salvar-se (Lc 13.3); e que afirmava a necessidade da sua morte, sepultamento e ressurreição
60
como meio de salvação (Mt 16.21-23; 20.28). Jesus nada ensinou sobre ecletismo, mas foi
incisivo ao afirmar que existem duas portas e dois caminhos que levam a dois fins distintos.
Ensinou Jesus: Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que
conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e
apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem (Mt 7.13-14).
UM CULTO ABSURDO
É esse um culto racional? Paulo recomenda que apresentemos os nossos corpos como
um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o nosso culto racional (Rm 12.1).
61
VI - UMBANDA
Introdução
Breve Histórico
15 de novembro de 1908 - Zélio de Moraes, então com dezessete anos, mediunizado com
uma entidade que deu o nome de Caboclo das Sete Encruzilhadas, funda, em Neves, subúrbio
de Niterói, o primeiro terreiro de Umbanda. Usa pela primeira vez o vocábulo UMBANDA, e
define o movimento religioso como: "Uma manifestação do espírito para a caridade".
Novembro de 1918 - O Caboclo das Sete Encruzilhadas dá início à fundação de sete Tendas
de Umbanda. Todas as Tendas foram fundadas no Rio de Janeiro.
Ano de 1920 - A Umbanda espalha-se pelos Estados de São Paulo, Pará e Minas Gerais. Em
1926 chega ao Rio Grande do Sul e em 1932 em Porto Alegre.
Em 1924, (O advento do Caboclo Mirim) manifestou-se no Rio de Janeiro, em um jovem
médium, Benjamim Figueiredo, uma entidade, Caboclo Mirim, que vinha com a finalidade de
criar um novo núcleo de crescimento para a Umbanda. Assim, toda a família do médium foi
chamada a participar. Eram ao todo 12 pessoas que deram início ao que foi chamada a Seara
de Mirim. Após 18 anos, em 1942, foi fundada a Tenda Mirim, à rua Sotero dos Reis, 101,
Praça da Bandeira; mudou - se, posteriormente, para a rua São Pedro e depois para a rua
Ceará, hoje Avenida Marechal Rondon, 597. Também desta Tenda saíram vários médiuns que
62
Confusão na Umbanda
Cada líder procura fazer uma Umbanda a seu modo, e dentro do conceito que ele
próprio imagina, de acordo com a sua instrução, com a sua capacidade de imaginação, com
seus conhecimentos, e, quase nunca, com a orientação dada pelos seus próprios guias. Não
somente cada autor, cada chefe de terreiro proclama: “A Umbanda que aqui se pratica, é
muito diferente dessa Umbanda que se pratica pôr aí afora”.
Uns querem voltar ao mais puro africanismo; outros rejeitam energicamente todos os
elementos africanos, outros pretendem ter encontrado a mais pura Umbanda nas religiões da
Índia; nem falta quem declare que “o livro fundamental de Umbanda é a Bíblia, com o Antigo
e Novo Testamento, tal como estão escritos, não se admitindo interpretações simbólicas.
A palavra “Umbanda”
evocador de espíritos. No catecismo de Umbanda diz que: “Umbanda é uma palavra africana,
significando ora o sacerdote, ora o local onde se pratica o culto”.
Umbanda é espiritismo
Baseados em Kardec, é-nos lícito dizer: Todo aquele que crê nas manifestações dos
espíritos é espírita: ora, o umbandista nelas crê, logo o umbandista é espírita, mas nem
todo espírita é umbandista, porque nem todo espírita aceita as práticas da umbanda. ( O
Reformador – FEB, julho de 1953 pág. 149)
Revelação. Assim como Cristo retificou e superou Moisés, como Kardec corrigiu e suplantou
Cristo, assim a Umbanda julga purificar e vencer Kardec, Cristo, e Moisés. É que eles, os
umbandistas, tiveram a dita de entrar em relações com espíritos superiores aos daqueles que
ditaram suas mensagens para Allan kardec, espíritos “que possuem mais vastas concepção do
universo e reconhecem a existência de outra ordem de espíritos (não humanos), cujas relações
entre os mesmos e os humanos não deve ser apenas de mérito intercâmbio e sim de cultuação,
o que exige uma verdadeira ritualística
Umbanda é magia
Umbanda e Quimbanda
A hierarquia na Umbanda
Jogos de búzios
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Muitos vão ao terreiro pedir ao “Pai de Santo” que “bote os búzios”, isto é, que
interrogue os espíritos sobre determinado problema, sobre a natureza de alguma aflição ou
doença, sobre o êxito de certos negócios, inclusive para resolver problemas políticos.
“Búzios” ou “buzos” são pequenas conchas marinhas, por meio das quais os babalaôs se
comunicam com os espíritos. Os búzios, depois de apanhados nas praias, recebem um
batismo, os búzios assim consagrados, são guardados dentro do altar. Normalmente o número
de búzios é 12, mas este número pode aumentar até 16 ou 20. Os búzios recebem cada um o
nome de um Orixá.
Doze búzios são convincentemente preparados pelo babalorixá; para se saber de
alguma coisa, fecham-se os búzios na mão direita e depois, abrindo esta, como quem está
jogando dados, atiram-se os búzios sobre a mesa. Os búzios formam então várias figuras, que
são interpretadas pelo babalorixá. Quando o babalorixá está jogando os búzios, acredita-se
que há sempre um espírito junto dele e do consulente. Esse espírito supostamente auxilia o
babalorixá a interpretar as figuras muito complicadas dos jogos. Antes de iniciar a
adivinhação, o babalorixá dirige uma pequena prece ao seu Guia e ao Guia do consulente.
Estas consultas devem ser pagas e aí, é claro, há muita exploração!
Os Exus da Umbanda
Toda e qualquer reunião de Umbanda inicia com um presente oferecido ao Exu, como
dizem os umbandistas: “o agente mágico universal, por cujo intermédio o mundo dos vivos se
comunica com o mundo espiritual., em seus diversos planos, pois este planeta, no qual
habitamos, pertence aos Exus. É o exu (em outros lugares também denominado Zumbi,
Cariapemba, Leba, o homem das encruzilhadas) o espírito mais invocado, e a ele são
oferecidos o maior número de presentes (“despachos”).
E não se diga que o culto ao Exu é exclusivo da Quimbanda, da Macumba, do
Candomblê ou do Batuque. Na Umbanda os Exus são constantemente invocados e trabalho
algum é começado sem que sejam reverenciadas essas entidades; nenhum trabalho de
Umbanda pode fazer-se sem antes ser riscado o ponto de segurança, chamado porteira,
puxando-se um ponto (canto) adequado, dando-se algumas vezes um presente a Exu, quando
se trata de um trabalho importante.
Dizem os umbandistas que os Exus podem dar forças suficientes para com o mal
prejudicarem os outros. Os Exus atuam da maneira mais variada possível. Mostram-se
mansos como cordeiros, porém o seu íntimo é uma gargalhada demoníaca de gozo. Podem
ser usados também como armas contra os malefícios que outros fizeram, pois, interesseiros
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como são, tanto se lhes dá seja de um ou de outrem, a alma ou o espírito que pretendem
arrastar. O Exu é em via de regra interesseiro, e, se lhe recebe um presente ( despacho ),
fatalmente ele irá cumprir o que lhe foi pedido, pouco se importando que o resultado bom ou
mau possa repercutir no Mundo Terreno, pois que só lhe apraz fazer o que está errado e é para
isso que eles existem. Sendo o Exu o dono principal das ruas e encruzilhadas, é a ele quem
primeiro devem saldar, pois é somente com a sua licença que podem dirigir um trabalho de
Magia, pelo fato de ser ainda ele o elemento mágico universal.
Pensam os umbandistas que Deus é bom e não faz nem pode fazer mal. Ele é o Pai
bondoso de todos e tem obrigação de cuidar de seus filhos. Não precisam por isso de estar
pedindo favores a Deus. Pedir a Deus seria até um sinal de desconfiança. Mas o Exu é ruim,
sempre pronto a fazer das suas, para prejudicar e fazer o mal. Todavia, querendo, o Exu
também pode favorecer e servir para o bem. É por isso que precisam se esforçar para estar de
bem com ele. Daí a necessidade de cultuá-lo, de oferecer-lhe sacrifícios e presentes. Então
ele se põe às ordens e faz o bem (ou o mal) que lhe pedem. Os Exus são numerosíssimos.
Têm os nomes mais extravagantes: Exu Tranca Ruas, Exu Quebra Galho, Exu das 7 Poeiras,
Exu das 7 Portas, Exu Tranca Tudo, Exu cheiroso, Exu da Capa Preta, Exu Tiriri,. Exu
Calunga, Exu Morcego, etc. Cada um deles tem a seu serviço numerosos subalternos. Eles
dividiram entre si o mundo, de que são os senhores imediatos, com liberdade sem restrições:
uns mandam nos rios, outros nas matas, outros nas estradas, nas montanhas, nos cemitérios,
nas soleiras das casas, etc. Vários deles (como Tranca Tudo e Tranca Ruas) fazem qualquer
“serviço”. Outros têm especialidades: alguns possuem qualidades especiais para transmitir
doenças, outros para produzir desastres, outros para matar, outros para seduzir moças, separar
casais, etc.
A Umbanda está sendo considerada pôr muitos estudiosos como cultura do povo
brasileiro. Ela é fruto do sincretismo entre o catolicismo medieval português, religiões
africanas, culto dos ancestrais índios e o espiritismo de Allan Kardec. O desafio da Umbanda
está diante da Igreja de Jesus Cristo no Brasil, que até hoje não se despertou suficientemente
para reconhecê-la tal qual ela é, e considerar e calcular o preço envolvido em aceitar o
desafio. Os praticantes da Umbanda de alguma forma entram em compromisso direto com
espíritos, pactuando-se com eles. Esperamos que esta análise possa ser útil a todos os que
estão empenhados em batalhar diligentemente pela “fé que uma vez pôr todas foi entregue aos
santos” Jd 3.
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CONCLUSÃO
Podemos concluir que apesar de tais seitas terem originado em terras brasileiras, elas
apresentam um quadro doutrinário bastante diversificado. A maioria segue uma doutrina
esotérica onde mistura elementos do culto cristão com práticas pagãs própria da diversificação
cultural brasileira.
Seus líderes são considerados como tendo a autoridade final em questões de prática e fé.
O sistema religioso apresenta perfil paternalista, onde o poder de comando vai passando de
geração à geração dentro da própria família.
O perfil soteriológico é de autosalvação ou de uma salvação institucionalizada (por
meio da instituição religiosa) como no caso da Igreja Apostólica.
A proliferação de tais seitas apresenta um desafio maior à igreja evangélica brasileira.
Esperamos que ao findar este módulo o aluno possa ter aprendido a traçar o perfil das
principais seitas fundadas no Brasil, a conhecer suas principais doutrinas e como refutar seus
ensinos errôneos à luz da Palavra de Deus.