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"A E.B.D e a realidade Brasileira.

"

[A E.B.D e a necessidade de conformidade dos


membros da igreja a Cristo] - Ev. Silvio Silva
Tornar-nos semelhantes a Cristo, um serviço da Trí- Unidade.

A priori abordaremos o tema na antropologia, sociologia e psicologia:


Conformidade:
No relacionamento entre pessoas ou grupos, as crenças ou comportamentos
de cada um ficam sujeitos à submissão, por imposição, ou à imitação, por
solicitação ou pela expectativas do(s) outro(s) a uma forma, através de
processos sutis de influência mútua, mesmo subconscientes ou
inconscientes, ou por pressão social ou individual, direta e aberta.
Um psicólogo de Harvard, Herbert Kelman (1958), identificou três tipos
principais de influência social:
Concordância: é a conformidade pública, enquanto conservamos nossas
próprias crenças privadas.
Identificação: é a conformidade a alguém de quem gostamos e respeitamos,
tal como uma celebridade ou um tio favorito.
Internalização: é a aceitação da crença ou comportamento, tanto pública
quando privadamente.
Quando a conformidade se dá por submissão, consciente ou inconsciente, é
usual dizer-se que ocorreu uma situação de conformismo. Quando um
indivíduo ou um grupo reclama ou reage à submissão, não se conformando
a crenças ou comportamentos, ocorre o que usualmente se chama de
inconformismo.
Segundo René Mucchielli, o conformismo é a atitude social que consiste
em se submeter às opiniões, regras, normas, modelos que representam a
mentalidade coletiva ou o sistema de valores do grupo ao qual se adere a
torná-los seus. Esse processo, amplamente estudado em psicologia social,
corresponde mudanças de opinião, de comportamento ou mesmo de
percepção de um indivíduo ou grupo minoritário, em situações influência
ou pressão social exercida por parte de outros indivíduos ou por um grupo
dominante.
Segundo Solomon Asch, indivíduos ou grupos se tornam conformistas para
evitar o conflito entre duas opiniões diferentes (aquela expressa pela
maioria e aquela expressa ou representada mentalmente pelo indivíduo ou
grupo minoritário)) e a rejeição pela maioria. Para Asch, o conformismo
corresponde a um seguidismo, ou seja, o sujeito que se conforma não adere
de facto à opinião da maioria. Ou seja, ele conserva a sua própria opinião
mas assume publicamente a opinião da maioria. O conformismo também
poderia ser engendrado por uma carência informacional, uma pressão
normativa ou pela atratividade do grupo majoritário. Resulta que o
indivíduo modifica seus comportamentos, atitudes e opiniões para
harmonizá-los com os comportamentos e atitudes do grupo.1 O
conformismo permite também evitar sanções que são aplicadas aos
desviantes da norma grupal . 2 Diferentemente de Asch, Serge Moscovici
defende que o conformismo se distingue do seguidismo, que é a vontade de
parecer conforme à norma, o que constitui uma modificação aparente e
superficial dos comportamentos, sem mudança real da convicção interna.1
Artigos de apoio
Como resultado da socialização, a conformidade reflete a interiorização de
regras e a sua partilha com os outros. Os indivíduos tendem a agir em
conformidade com as expectativas do grupo a que pertencem. Para a
grande parte dos autores, a conformidade social apenas existe devido à
pressão de grupo. Agimos em conformidade com as regras porque
aceitamos a sua legitimidade e porque a isso somos incentivados pela
aprovação e recompensa obtidas das outras pessoas.
Vários psicólogos sociais (por exemplo: Allport, 1924; Sherif, 1935; Asch,
1952; Crutchfield, 1955) estudaram em situação experimental os efeitos da
pressão de grupo nas situações em que o grupo não é permanente e em que
os seus membros não se conhecem. Concluíram que o grau de
conformidade depende de diversas variáveis, como o prestígio atribuído ao
grupo, o nível de ambiguidade dos seus postulados e o tamanho do grupo.
A psicologia social distingue dois tipos de conformidade: aquela em que os
membros do grupo acreditam nas opiniões do grupo e as interiorizam e
aquela em que a concordância é apenas externa. 2

CONFORMIDADE. Seria a ação orientada para uma norma (ou normas)


especial, compreendida dentro dos limites do comportamento por ela
permitidos ou delimitados. Desta maneira, dois fatores são importantes no
conceito de conformidade: os limites de comportamento permitidos e
determinadas normas que, consciente ou inconscientemente, são parte da
motivação da pessoa.

1
Wikpédia
2
Infopédia
Passemos à Palavra, a Bíblia Sagrada:
Nossa grande e celebre pergunta Qual é o propósito de Deus para o seu
povo? Haja vista, tendo sido já convertido, e ainda já sido salvos e recebido
vida nova em Jesus Cristo, o que segue a isto? Sabemos pela fé reformada
indicada na famosa declaração do Breve Catecismo de Westminster: “O
fim principal do homem é glorificar a Deus, e gozá-lo para sempre”.
Somos conscientes também acerca da grande verdade: “Ama a Deus e ao
teu próximo”. De fato entendemos e cremos que: Deus quer que seu povo
se torne semelhante a Cristo. A vontade de Deus para o seu povo é que
sejamos conformes à imagem de Cristo.
Desta forma, quero propor o seguinte: em primeiro lugar, analisarmos a
base bíblica do chamado para sermos conformes à imagem de Cristo; em
segundo, extrairmos do Novo Testamento alguns exemplos; em terceiro,
analisarmos algumas conclusões práticas a respeito. E tudo isso relacionado
a nos assemelharmos a Cristo.
Assim sendo, analisemos a base bíblica do chamado para sermos
semelhantes a Cristo. Essa base não se limita a uma única passagem. Seu
conteúdo é substancial demais para ser encapsulado em um único texto. De
fato, essa base consiste de três textos, textos estes que devem nortear o
tema proposto: Romanos 8:29, 2 Coríntios 3:18 e 1 João 3:2. Vamos
fazer uma breve análise deles:
Em Romanos 8:29 o texto nos diz que Deus predestinou seu povo para ser
conforme à imagem do Filho, ou seja, tornar-se semelhante a Jesus. Todos
aqui sabemos que Adão, ao cair, perdeu muito — mas não tudo — da
imagem divina conforme a qual fora criado. Deus, todavia, a restaurou em
Cristo. Conformar-se à imagem de Deus significa tornar-se semelhante a
Jesus: O propósito eterno de predestinação divina para nós é tornar-nos
conformes à imagem de Cristo. Assim sendo, devemos conformar-nos ao
propósito divino para que o enfoque seja o Cristo e não somente uma
ideologia de uma instituição ainda que esta instituição tenha em seu bojo
doutrinário a mesma perspectiva, pois os ideais podem ser trocados no
decorrer do serviço.
O segundo texto é 2 Coríntios 3:18: “Mas todos nós, com a cara descoberta,
refletindo, como um espelho, a glória do Senhor, somos transformados de
glória em glória, na mesma imagem, como pelo Espirito do Senhor”. É,
portanto, pelo próprio Espírito que habita em nós que somos transformados
de glória em glória — que visão magnífica! Nesta segunda etapa do
processo de conformação à imagem de Cristo, percebemos que a
perspectiva muda do passado para o presente, da predestinação eterna de
Deus para a transformação que ele opera em nós agora pelo Espírito Santo.
O propósito eterno da predestinação divina de nos tornar como Cristo
avança, tornando-se a obra histórica de Deus em nós para nos transformar,
por intermédio do Espírito Santo, segundo a imagem de Jesus. Nosso
serviço pedagógico só terá êxito se nos dermos ao mesmo Espirito,
lembrando-nos que somos a comunidade do Espirito, logo, aliados a Ele
não terá como nosso foco ser outro senão o mesmo; a transformação!
Devemos entender bem que o propósito do Espirito não é meramente
atingir o intelecto ou a emoção da criação, mas transformá-la no seu todo à
imagem do Cristo[Messias].
Isso nos leva ao terceiro texto: 1 João 3:2: “Amados, agora, somos filhos de
Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que,
quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é
o veremos”. Não sabemos em detalhes como seremos no último dia, mas o
que de fato sabemos é que seremos semelhantes a Cristo. Não precisamos
saber de mais nada além disso. Contentamo-nos em conhecer a verdade
maravilhosa de que estaremos com Cristo e seremos semelhantes a ele,
eternamente. Logo, vem sobre nós, os educadores, uma grande
responsabilidade, pois Paulo, o Apóstolo, nos exorta acerca de nossa
responsabilidade na edificação de forma correta[Tg. 3:1; 1 Cor.3:10-15].
Temo aqui então três perspectivas: passado, presente e futuro. Apontando
cada uma delas na mesma direção: há o propósito eterno de Deus, pelo qual
fomos predestinados; há o propósito histórico de Deus, pelo qual estamos
sendo transformados pelo Espírito Santo; e há o propósito final ou
escatológico de Deus, pelo qual seremos semelhantes a ele, pois o veremos
como ele é. Estes três propósitos — o eterno, o histórico e o escatológico
— se unem e apontam para um mesmo objetivo: a conformação do homem
à imagem de Cristo. Este, reafirmo, é o propósito de Deus para o seu povo,
confirmado pela constatação da base bíblica para nos tornarmos
semelhantes a Cristo.

A seguir quero valer-me de alguns exemplos do Novo Testamento:

Em primeiro lugar, creio ser importante que nós façamos uma afirmação
abrangente como a do apóstolo João em 1 João 2:6: “Aquele que diz que
está nele, também deve andar como ele andou”. [περιεπάτησεν καὶ αὐτὸς
οὕτως περιπατεῖν] Em outras palavras, se nos dizemos cristãos, temos de
ser semelhantes a Cristo. Este é o primeiro exemplo do Novo Testamento:
temos de ser como o Cristo Encarnado.
Alguém podem ficar horrorizados com essa ideia e rechaçá-la de imediato.
“Ora”, me dirão, “não é óbvio que a Encarnação foi um evento
absolutamente único, não sendo possível reproduzi-lo de modo algum?”
Minha resposta é sim e não. Sim, foi único no sentido de que o Filho de
Deus revestiu-se da nossa humanidade em Jesus de Nazaré, uma só vez e
para sempre, o que jamais se repetirá. Isso é verdade. Contudo, há outro
sentido no qual a Encarnação não foi um evento único: a maravilhosa graça
de Deus manifestada na Encarnação de Cristo deve ser imitada por todos
nós. Nesse sentido, a Encarnação não foi única, exclusiva, mas universal.
Somos todos chamados a seguir o supremo exemplo de humildade que ele
nos deu ao descer dos céus para a terra. Por isso Paulo diz em Filipenses
2:5-8: “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também
em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser
igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando forma de servo,
fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homens,
humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de Cruz”.
Precisamos ser semelhantes a Cristo em sua Encarnação no que diz respeito
à sua admirável humildade, uma humilhação auto-imposta que está por trás
da Encarnação. E isto deve ser trazido pra perto de nós, professores, pois na
pedagogia de Jesus não há lugar para uma distinção; Mestre X Aluno.
Em segundo lugar, precisamos ser semelhantes a Cristo em sua prontidão
em servir. Agora, passemos de sua Encarnação à sua vida de serviço; de
seu nascimento à sua vida; do início ao fim. Quero convidá-los a subir
comigo ao cenáculo onde Jesus passou sua última noite com os discípulos,
conforme vemos no evangelho de João, capítulo 13: " levantando-se da
ceia, tirou as vestes e, tomando uma toalha cingiu-se. Depois, pôs água
numa bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos com a
toalha que estava cingido ”. Ao terminar, retomou seu lugar e disse-lhes:
“Ora, se eu, Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar
os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo” — note-se a palavra
— “para que, como eu vos fiz, façais vós também”.[v.14 e 15]
Há cristãos que interpretam literalmente esse mandamento de Jesus e fazem
a cerimônia do lava-pés em dia de Ceia do Senhor ou na Quinta-feira Santa
— e podem até estar certos em fazê-lo. Porém, vejo que a maioria de nós
fez apenas uma transposição cultural do mandamento de Jesus: aquilo que
Jesus fez, que em sua cultura era função de um escravo, nós reproduzimos
em nossa cultura sem levarmos em conta que nada há de humilhante ou
degradante em o fazermos uns pelos outros.
Em terceiro lugar, temos de ser semelhantes a Cristo em seu amor. Isso
me lembra especificamente Efésios 5:2: “e andai em amor, como também
Cristo vos amou e se entregou a si mesmo por nós, em oferta de sacrifício a
Deus, em cheiro suave”. Observe que o texto se divide em duas partes. A
primeira fala de andarmos em amor, um mandamento no sentido de que
toda a nossa conduta seja caracterizada pelo amor, mas a segunda parte do
versículo diz que ele se entregou a si mesmo por nós, descrevendo não uma
ação contínua, mas um aoristo, um tempo verbal passado, fazendo uma
clara alusão à cruz. Paulo está nos conclamando a sermos semelhantes a
Cristo em sua morte, a amarmos com o mesmo amor que, no Calvário,
altruistamente se doa.
Observe a ideia que aqui se desenvolve: Paulo está nos instando a sermos
semelhantes a Cristo na Encarnação, ao Cristo que lava os pés dos irmãos e
ao Cristo crucificado. Esses três acontecimentos na vida de Cristo nos
mostram claramente o que significa, na prática, sermos conformes à
imagem de Cristo.
Em quarto lugar, temos de ser semelhantes a Cristo em sua abnegação
paciente. No exemplo a seguir, consideraremos não o ensino de Paulo, mas
o de Pedro. Cada capítulo da primeira carta de Pedro diz algo sobre
sofrermos como Cristo, pois a carta tem como pano de fundo histórico o
início da perseguição. Especialmente no capítulo 2 de 1 Pedro, os escravos
cristãos são instados a, se castigados injustamente, suportarem e não
retribuírem o mal com o mal. E Pedro prossegue dizendo que para isto
mesmo fomos chamados, pois Cristo também sofreu, deixando-nos o
exemplo — outra vez a mesma palavra — para seguirmos os seus passos.
Este chamado para sermos semelhantes a Cristo em meio ao sofrimento
injusto pode perfeitamente se tornar cada vez mais significativo à medida
que as perseguições se avolumam em muitas culturas do mundo atual.
No quinto e último exemplo que quero abordar do Novo Testamento,
precisamos ser semelhantes a Cristo em sua missão. Tendo examinado os
ensinos de Paulo e de Pedro, veremos agora os ensinos de Jesus registrados
por João. Em João 17:18, Jesus, orando, diz: “Assim como tu me enviaste
ao mundo, também eu os enviei ao mundo”, referindo-se a nós. E na
Comissão, em João 20:21, Jesus diz: “Assim como o Pai me enviou, eu
também vos envio”. Estas palavras carregam um significado imensamente
importante. Não se trata apenas da versão joanina da Grande Comissão; é
também uma instrução no sentido de que a missão dos discípulos no mundo
deveria ser semelhante à do próprio Cristo. Em que aspecto? Nestes textos,
as palavras-chave são “envio ao mundo”. Do mesmo modo como Cristo
entrou em nosso mundo, nós também devemos entrar no “mundo” das
outras pessoas. É como a frase que li que foi dita, com muita propriedade,
por Michael Ramsey: “Somente à medida que sairmos e nos colocarmos,
com compaixão amorosa, do lado de dentro das dúvidas do duvidoso, das
indagações do indagador e da solidão do que se perdeu no caminho é que
poderemos afirmar e recomendar a fé que professamos”.
Quando lemos sobre a “evangelização encarnacional” é exatamente disto
que se está falando: entrar no mundo do outro. Toda missão genuína é uma
missão encarnacional. Temos de ser semelhantes a Cristo em sua missão.
A E.B.D não deve mudar sua linguagem ou se esquecer de introduzir a
missão em seu plano de aula, lembrando em todo assunto, o objetivo máter
de toda a educação cristã de concluir a manifestação do Evangelho "ad
gentes". Estas são as cinco principais formas de sermos conformes à
imagem de Cristo: em sua Encarnação, em seu serviço, em seu amor, em
sua abnegação paciente e em sua missão.
Quero, de modo bem sucinto, falar de três consequências práticas da
assemelhação a Cristo.
Primeira: A assemelhação a Cristo e o sofrimento. Por si só, o tema do
sofrimento é bem complexo, e os cristãos tentam compreendê-lo de
variados pontos de vista. Um deles se sobressai: aquele segundo o qual o
sofrimento faz parte do processo da transformação que Deus faz em nós
para nos assemelharmos a Cristo. Seja qual for a natureza do nosso
sofrimento — uma decepção, uma frustração ou qualquer outra tragédia
dolorosa —, precisamos tentar enxergá-lo à luz de Romanos 8:28-29.
Romanos 8:28 diz que Deus está continuamente operando para o bem do
seu povo, e Romanos 8:29 revela que o seu bom propósito é nos tornar
semelhantes a Cristo. De forma apologética combateremos o Evangelho
sem Cruz, o cristianismo sem sofrimento.
Segunda: A assemelhação a Cristo e o desafio da evangelização.
Provavelmente você já se perguntou: “Por que será que, até onde percebo,
em muitas situações os nossos esforços evangelísticos frequentemente
terminam em fracasso?” As razões podem ser várias e não quero ser
simplista, mas uma das razões principais é que nós não somos parecidos
com o Cristo que anunciamos. John Poulton, disse a este respeito quando
escreveu: “A pregação mais eficaz provém daqueles que vivem conforme
aquilo que dizem. Eles próprios são a mensagem. Os cristãos têm de ser
semelhantes àquilo que falam. A comunicação acontece fundamentalmente
a partir da pessoa, não de palavras ou ideias. É no mais íntimo das pessoas
que a autenticidade se faz entender; o que agora se transmite com eficácia
é, basicamente, a autenticidade pessoal”.
Isto é assemelhar-se à imagem de Cristo. Permitam-me dar outro exemplo.
Havia um professor universitário hindu na Índia que, certa vez,
identificando que um de seus alunos era cristão, disse-lhe: “Se vocês,
cristãos, vivessem como Jesus Cristo viveu, a Índia estaria aos seus pés
amanhã mesmo”. Eu penso que a Índia já estaria aos seus pés hoje mesmo
se os cristãos vivessem como Jesus viveu. Oriundo do mundo islâmico, o
Reverendo Iskandar Jadeed, árabe e ex-muçulmano, disse: “Se todos os
cristãos fossem cristãos — isto é, semelhantes a Cristo —, hoje o islã não
existiria mais”.
Isto me leva ao terceiro ponto: Assemelhação a Cristo e presença do
Espírito Santo em nós. Nesta tarde falei muito sobre assemelhação a Cristo,
mas será que ela é alcançável? Por nossas próprias forças é evidente que
não, mas Deus nos deu seu Santo Espírito para habitar em nós e nos
transformar de dentro para fora. William Temple, que foi arcebispo na
década de 40, costumava ilustrar este ponto falando sobre Shakespeare:
“Não adianta me darem uma peça como Hamlet ou O Rei Lear e me
mandarem escrever algo semelhante. Shakespeare era capaz, eu não.
Também não adianta me mostrarem uma vida como a de Jesus e me
mandarem viver de igual modo. Jesus era capaz, eu não. Porém, se o gênio
de Shakespeare pudesse entrar e viver em mim, então eu seria capaz de
escrever peças como as dele. E se o Espírito Santo puder entrar e habitar
em mim, então eu serei capaz de viver uma vida como a de Jesus”.
Para concluir, um breve resumo do que tentamos pensar juntos aqui hoje: O
propósito de Deus é nos tornar semelhantes a Cristo. O modo como Deus
nos torna conformes à imagem de Cristo é enchendo-nos do seu Espírito.
Em outras palavras, a conclusão é de natureza trinitária, pois envolve o Pai,
o Filho e o Espírito Santo. A E.B.D deve estar de mãos dadas e ligada ao
Deus trí- uno no amor e na idealização da salvação e na conformação
destes salvos ao Filho Jesus, e isto só se dará se continuarmos na total
dependência do Espirito Santo.

Sites consultados:
http://www.prof2000.pt/users/dicsoc/soc_c.html
https://www.google.com.br/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Conformidade
http://www.infopedia.pt/

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