Você está na página 1de 10

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE FÍSICA

PRÁTICA 5

EQUILÍBRIO

Aluno: Pedro Roberto Gadelha Campelo Matrícula: 385006

Professor: João Victor Turma: 05A

Disciplina: Física Experimental para Engenharia Curso: Engenharia Civil

Data: 25/05/2016 Horário: 10-12h

Fortaleza-CE
2016
2

SUMÁRIO
1 OBJETIVOS ............................................................................................................ 3

2 MATERIAL ............................................................................................................. 3

3 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 3

4 PROCEDIMENTO ................................................................................................. 4

5 QUESTIONÁRIO ................................................................................................... 8

6 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 10

7 BIBLIOGRAFIA ................................................................................................... 10
3

1 OBJETIVOS
a) Determinar o peso de um corpo através da resolução de um sistema de forças;
b) Medir, com dinamômetros, as reações nos apoios de uma viga bi-apoiada, quando
uma carga móvel é deslocada sobre a mesma;
c) Verificar as condições de equilíbrio, possibilitando descobrir os valores
desconhecidos de certas forças.

2 MATERIAL
1ª Parte:

a) Massa aferida 100g;


b) Estrutura de madeira;
c) Massa desconhecida;
d) Balança digital;
e) Transferidor montado em suporte;
f) Material para desenho (papel, régua, esquadro e transferidor).
2ª Parte:
a) Massa aferida de 50g;
b) Dinamômetros de 2N (dois);
c) Estrutura de suporte;
d) Barra de 100cm de comprimento.

3 INTRODUÇÃO
As descobertas de Isaac Newton foram muito importantes para a física e a matemática.
Nesta prática, por exemplo, as Leis de Newton tornam possíveis a explicação e o
entendimento do equilíbrio.

As condições de equilíbrio de uma partícula, como as estudadas nessa prática, são


explicadas de acordo com as Leis de Newton. Uma partícula está em equilíbrio quando a
resultante das forças que atuam sobre ela é nula, ou seja, ∑ 𝐹 = 0. De acordo com a
primeira Lei de Newton, sabemos que, se uma partícula está em equilíbrio em
determinado referencial inercial, ela estará em equilíbrio para todos os referenciais
inerciais, ademais, uma partícula em equilíbrio pode tanto estar parada ou em MRU.

Para que ∑ 𝐹 aconteça, o somatório das forças nos três eixos deve ser nulo, ou seja,
∑ 𝐹𝑥 = 0; ∑ 𝐹𝑦 = 0; ∑ 𝐹𝑧 = 0.
4

Fonte: DIAS, N.L Roteiros de aulas práticas de física. Fortaleza, 2016.

A figura acima representa um dos experimentos realizados em sala, e mostra um exemplo


de equilíbrio, onde a resultante de todas as forças atuantes no sistema é nulo. Podemos
observar que, como existe equilíbrio, as resultantes de T2 e T3 são opostas a T1, assim
como as resultantes de T4 e T5 são opostas a T6, estabelecendo a condição de equilíbrio.

O equilíbrio estático é de extrema importância para a Engenharia, tendo como exemplo a


Construção Civil, que utiliza conceitos de equilíbrio para construir diversos tipos de
estruturas, de forma segura, sendo possível inovar e criar novos conceitos de projetos
arquitetônicos.

4 PROCEDIMENTO
Primeira Parte

1- Nos certificamos de que o peso P1 = 100 gf no nó A está à esquerda e o peso


desconhecido, Pd, no nó B à direita;

2- Medimos os ângulos descritos e reproduzimos a geometria para cada nó


(Usamos 5,0 cm para representar 100 gf);
5

Nó A

Nó B
6

3- Aplicamos o método descrito na (1ª Parte) – EQUILÍBRIO DE UMA


PARTÍCULA e determinados o peso desconhecido, Pd;

5𝑐𝑚 − 100𝑔𝑓
3,4𝑐𝑚 − 𝑃𝑑
𝑷𝒅 = 𝟔𝟖𝒈𝒇

4- Verificamos, utilizando uma balança digital, o valor do Peso desconhecido.


Encontramos o valor de 68gf. Como o erro foi menor que 10%, seguimos para a
Segunda Parte.

Segunda Parte

1- Realizamos a montagem conforma a figura abaixo. O dinamômetro A ficou a


20cm da extremidade esquerda da barra e o dinamômetro B à 20cm da
extremidade direita;

2- Determinamos o peso da barra a partir das leituras dos dinamômetros. P2 = 1,84N


3- Fizemos a massa de 50g percorrer a barra (régua) de 10cm em 10cm, partindo do
zero (extremidade), anotando os valores das reações RA e RB (leitura dos
dinamômetros) na tabela seguinte:
7

x (cm) RA (N) RB (N) RA+RB (N)


0 0,80 1,52 2,32
10 0,90 1,46 2,36
20 0,96 1,38 2,34
30 1,04 1,30 2,34
40 1,14 1,22 2,36
50 1,22 1,14 2,36
60 1,30 1,04 2,34
70 1,38 0,98 2,36
80 1,46 0,90 2,36
90 1,52 0,82 2,34
100 1,62 0,74 2,36

4- Traçamos, em um mesmo gráfico, as reações RA e RB em função da posição x(cm);


5- No mesmo gráfico abaixo, trace os valores de RA + RB em função de x;

2.5

1.5
RA
1 RB
RA + RB
0.5

0
0 20 40 60 80 100 120
8

5 QUESTIONÁRIO
1 – Qual o erro percentual obtido na determinação do peso desconhecido pelo método
descrito na 1ª Parte?

R:

𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑟𝑒𝑎𝑙 − 𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 71,0 𝑔𝑓 − 68,0 𝑔𝑓


𝐸𝑟𝑟𝑜 𝑝𝑒𝑟𝑐𝑒𝑛𝑡𝑢𝑎𝑙 = 𝑥100 = = 𝟒, 𝟐%
𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑟𝑒𝑎𝑙 71,0 𝑔𝑓

2 – Some graficamente T1, T2 e T3 .

T1’
T2

T3

T1

A soma de T2 + T3 é igual a T1’. Ao somarmos T1 com T1’ o resultado final é igual a 0


(zero).

3 – Qual o peso da régua (barra) utilizada na 2ª Parte? Em N e em gf.

𝑃 = 2 𝑥 0,92 = 𝟏, 𝟖𝟒𝑵

1,84𝑁
𝑃= = 0,19𝑘𝑔𝑓 = 𝟏𝟗𝟎𝒈𝒇
9,8𝑚/𝑠²

4 – Verifique, para os dados obtidos com o peso na posição 80cm sobre a régua, se as
condições de equilíbrio são satisfeitas (equações 5.1 e 5.2). Comente os resultados.

R:
9

A soma vetorial de todas as forças externas que atuam sobre o corpo deve ser nula:

𝑅𝑎 + 𝑅𝑏 − 𝑃1 − 𝑃2 = 0
𝑚
1,46 𝑁 + 0,90 𝑁 − (0,05 𝑘𝑔 × 9,8 2 ) − 1,84𝑁 = 0
𝑠
𝟎, 𝟎𝟏 ≅ 𝟎
A soma vetorial de todos os torques externos que atuam sobre ele seja nula (adotando
a extremidade esquerda como ponto arbitrário):
𝐿
𝑃1 𝑥 + 𝑃2 − 𝑅𝐴 𝑋𝐴 − 𝑅𝐵 𝑋𝐵 = 0
2
0,49𝑁 𝑥 0,8𝑚 + 1,84 𝑥 0,5𝑚 − 1,46 𝑥 0,2𝑚 − 0,90 𝑥 0,8𝑚 = 0
𝟎, 𝟑𝟎 ≅ 𝟎

Como os resultados obtidos são próximos do resultado ideal, consideramos que foram
satisfatórios, pois os instrumentos de medidas também possuem uma imprecisão.

5 – Calcule os valores esperados para as reações R A e RB (em gf) medidas nos


dinamômetros, para uma régua de 100 cm e 60 gf e um peso de 40 gf colocado sobre a
régua na posição x = 60 cm. Considere que um dos dinamômetros foi colocado na posição
10 cm e o outro na posição 80 cm.

R:

𝑅𝑎 + 𝑅𝑏 − 𝑃1 − 𝑃2 = 0

𝑅𝑎 + 𝑅𝑏 − 40 − 60 = 0

𝑅𝑎 + 𝑅𝑏 = 100 𝑔𝑓

40 𝑥 0,6𝑚 + 60 𝑥 0,5𝑚 − 𝑅𝐴 𝑥 0,1𝑚 − 𝑅𝐵 𝑥 0,8𝑚 = 0

24 + 30 − 0,1𝑅𝐴 − 0,8𝑅𝐵 = 0

0,1𝑅𝐴 + 0,8𝑅𝐵 = 54
Resolvendo o sistema que temos, encontramos que:

RA = 37,1 gf
RB = 62,9 gf
10

6 CONCLUSÃO
A realização dessa prática foi importante na análise do equilíbrio dos corpos, assim
como no aprendizado sobre as condições para que ocorra o equilíbrio. Com os
experimentos realizados em sala, pudemos calcular o peso desconhecido de um corpo,
através de um sistema de forças, onde, no final, o resultado obtido para esse peso foi bem
próximo do resultado real, medido com uma balança digital. Apesar de uma pequena
diferença, foi evidente a eficiência do experimento na descoberta do peso, sendo essa
diferença causada, provavelmente, por pequenas falhas de leitura por parte dos alunos,
por exemplo. Além disso, com o uso dos dinamômetros, na segunda parte do experimento,
foi possível observar a ação do torque para manter um corpo rígido em equilíbrio, onde,
nos cálculos realizados para descobrir se o corpo realmente estava em equilíbrio, os
resultados também foram próximos dos esperados, sendo assim, considerados
satisfatórios para o equilíbrio.

7 BIBLIOGRAFIA
DIAS, N.L Roteiros de aulas práticas de física. Fortaleza, 2016

Curso de Física do MIT – Aula 25

Disponível em: < http://www.videos.engenhariacivil.com/tag/equilibrio-estatico>

Acesso em: 4 Junho. 2016

Equilíbrio de uma Partícula

Disponível em: < http://coral.ufsm.br/gef/Dinamica/dinami05>

Acesso em: 4 Junho. 2016

Equilíbrio Estático

Disponível em: < http://www.infoescola.com/fisica/equilibrio-estatico/>

Acesso em: 4 Junho. 2016

Você também pode gostar