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análise técnico-jurídica

poderá ser um procedimento simples ou mais complexo. Isso


dependerá da modalidade de divórcio adotada. Outro ponto é o
tempo do procedimento, que poderá ser curto ou longo, a
depender da idade dos filhos (se estes são maiores ou
menores), do regime (comunhão parcial, comunhão universal,
separação total e participação final nos aquestos) e número de
bens a partilhar, das partes envolvidas e da agilidade do órgão
competente
O Divórcio Consensual Extrajudicial é o realizado no próprio
cartório (através do tabelião). Para tanto, é pré-requisito que o
casal não tenha filhos menores. Nesse procedimento as partes
deverão contratar um advogado para redigir documento, a ser
posteriormente registrado em cartório, contendo todas as
informações repassadas pelo casal (qual bem irá ficar com o
marido; qual irá ficar com a esposa; se houver necessidade,
qual o valor da pensão alimentícia; mudança no sobrenome
das partes; etc.).

Mesmo que o divórcio seja realizado em cartório, um


documento deverá ser redigido por advogado. Apesar haver
julgados e entendimentos contrários, prevalece ainda em nosso
país a obrigatoriedade do divórcio extrajudicial ser realizado
com a assistência de um advogado, o que é interessante
inclusive para a preservação dos direitos das partes envolvidas.
Com pedido de divórcio amigável na justiça e, em algum
momento, não seja mais possível sustentar o que foi ajustado,
o juiz tocará o processo para frente tratando-o como se fosse
um divórcio litigioso, sem a necessidade de você entrar com
uma nova ação.
Nesse tipo de procedimento, o casal não consegue mais
estabelecer um diálogo ou contato, havendo uma verdadeira
lide por direitos e deveres.

É o procedimento mais desgastante das espécies de divórcio. A


ação, a depender do caso, pode ser demorada. Já podendo
discutir a pensão alimentícia.
O artigo 1.725 do CC/02 estabelece que o regime a ser aplicado
às relações patrimoniais do casal em união estável é o de
comunhão parcial dos bens, salvo contrato escrito entre
companheiros
Segundo esse regime, o qual também é aplicado nos casos de
convivência - união estável -, os bens adquiridos durante o
casamento devem ser partilhados no divórcio. Isso importa
dizer que independe se o bem está em nome de um ou ambos
os cônjuges. Se foi adquirido na constância do casamento, e
não se encontra no rol do artigo 1.659 do Código Civil, deve ser
objeto de partilha.
Na ação de divórcio também poderá ser pleiteado o pagamento
de pensão alimentícia. A pensão será devida a quem dela
necessitar para viver de modo compatível com sua condição
social, em virtude do abalo financeiro gerado pela dissolução
do

casal, desde que a outra parte tenha como arcá-la.

Em relação ao valor do pagamento, devem ser observadas as


condições da pessoa que irá recebê-la, bem como as condições
de quem irá pagá-la. Existe um mito de que a pensão
alimentícia vai variar de 10% até 20% do salário da outra
pessoa. Não podemos traçar uma regra absoluta para o Direito
de Família, muito menos quando se trata de pagamento de
pensão alimentícia, pois deve ser observada a realidade fática
dos envolvidos.

Nesses termos, para estipular o valor da pensão o juiz sempre


analisará o seguinte binômio: necessidade do alimentando
(quem receberá a pensão) X possibilidade do alimentante
(quem pagará).

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