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O

que é renda
para você?


Será que renda é apenas o dinheiro que você recebe pelo seu trabalho? Será que renda é só o
dinheiro que você recebe pela venda do seu tempo, seja para um empregador ou para si
mesmo (como autônomo ou profissional liberal)?

Este pequeno e-book pretende ajudar a abrir seus horizontes sobre o conceito de renda e
mostrar para você que renda é muito mais que apenas a remuneração recebida pela sua força
de trabalho (agora, lembrei da escola).

Você já pensou em obter renda sem fazer nada, apenas por que investiu um dinheiro em
algum ativo que deu resultado? Os homens mais ricos do Brasil e do mundo têm boa parte da
sua remuneração atrelada a esse tipo de renda.

Vamos pegar como exemplo Mark Zuckerberg, o dono do Facebook. Um homem que ficou
bilionário com menos de 30 anos de idade.

Claro que ele trabalha, e muito, para manter o


Facebook como uma rede social atraente e
abrangente para quase todos os seres humanos do
planeta Terra, mas a maior parte de sua remuneração
provém de dividendos que ele recebe da empresa, e
não dos salários que ele recebe.

Acredito que todos, ou pelo menos quase todos, os que estão nos lendo conheçam alguém
que não faz quase nada durante o dia todo, e vive da renda gerada pelos aluguéis de seus
imóveis. Eu escrevo “quase nada” porque a administração desses imóveis também é um tipo
de trabalho.

O que eu quero dizer a você pode ser resumido em dois pontos principais:

1. O objetivo de gerar renda com investimentos não é fazer você parar de trabalhar
(pelo menos não de imediato), mas, sim, trazer uma nova fonte de renda para você;
2. Para você ganhar mais através do trabalho, você precisa dispender mais tempo,
obviamente, trabalhando – e abrindo mão de bons momentos da vida –, ou, ainda,
conseguir aumentar o valor da sua hora de trabalho. Convenhamos que ambas as
alternativas são tarefas difíceis.

Para você não se tornar escravo da vida moderna, agindo como aquele hamster que corre
numa roda, você precisa de uma forma de renda que não demande tanto do seu tempo.

Vamos explicar melhor a comparação com o hamster

Imagine que uma pessoa queira chegar a algum


bom lugar em termos financeiros. Ela tem
sonhos, tem metas para a vida, mas também
tem contas para pagar, e são muitas. Essa pessoa
precisa trabalhar cada vez mais para pagar essas
contas, e, quando percebe, são 10, 15 anos que
se passaram – ou até a vida toda, em que ela
esteve como aquele hamster, girando dentro
de uma roda, e sempre deixando suas vontades
para depois, porque precisava “correr” atrás
de renda para pagar as contas.

A sua visão precisa deixar de ser de curto prazo e passar a focar no longo prazo.

Os anos se passaram para a pessoa do exemplo acima da mesma forma que para um
investidor que teve foco no longo prazo, mas aquela pessoa (da mesma forma que o hamster
do exemplo) sempre priorizou o curto prazo em detrimento do longo prazo.

“Dinheiro não traz felicidade,


mas realiza muitos sonhos”
Eu acredito que apenas o exemplo mencionado já seja suficiente para que você repense a sua
história e passe a entender que precisa ter uma vida mais regrada e com gastos dentro das
suas possibilidades. Mas, na minha visão, o principal motivo pelo qual você precisa ser um
investidor e um poupador é a segurança.

Vamos pegar o caso de João, um seguidor do nosso canal Dica de Hoje, no Youtube, que me
mandou um email muito triste, dizendo que sempre foi gastador.

João ganhava R$ 20.895,23 todos os meses (sim, ele escreveu até os centavos do
contracheque). Trocava de carro todos os anos, viajava com a família (mulher e dois filhos).
Os filhos estudavam em boas escolas da região, faziam aulas de tênis e cursos de inglês e de
mandarim (exigência da mãe). De repente, em um dia como qualquer outro, João foi chamado
no departamento de recursos humanos da empresa em que trabalhava e foi dispensado.
Perdeu sua única fonte de renda.

João recebeu FGTS e, ainda, alguns auxílios do governo, juntou com uma pequena quantia que
tinha na poupança (R$ 1.500,00), e a sua vida, agora, se resumia a isso.
A perda do emprego ocorreu junto com a recessão de 2016 e 2017 no Brasil, durante a qual
muitas empresas fizeram demissões.

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E todo o dinheiro de João acabou. Na última vez em que ele me escreveu, a família foi morar
na casa de seu sogro, ele vendeu o carro, e as crianças estavam esperando virar o ano para sair
da escola e ir para um colégio público. Aulas de tênis e mandarim, nem pensar, não é? João
conseguiu um emprego e sua esposa também, em uma loja, como atendente e caixa,
respectivamente, ganhando R$ 3.500,00 (somando o salário dos dois).

Enfim, a história é difícil, e acredito que alguns de vocês possam ter se identificado, ou
conhecer alguém que passou por situação semelhante. Eu não quero que você seja igual ao
João, eu quero que você tenha SEGURANÇA na sua vida.

SEGURANÇA é saber que, se você sair do trabalho


e perder sua renda principal:

• Você não vai precisar vender seu carro;


• Você não vai precisar ir morar com seu sogro;
• Você não vai precisar tirar o sonho dos seus filhos
de tocar um instrumento, jogar tênis, futebol, dançar balé,
ou qualquer outro;
• E, principalmente, você não precisará abrir mão do seu plano de
saúde e da escola dos seus filhos.

Se João tivesse uma segunda renda, proveniente de investimentos, que para ser gerada não
tomasse todo o seu tempo, ele e sua família teriam mais tranquilidade e provavelmente
conseguiriam passar de forma mais amena pela crise (ou, quem sabe, até manter seu próprio
padrão de vida).

A história do João sempre me faz recordar daquela fábula, que todas as crianças deveriam
conhecer, “A Cigarra e a Formiga”.

Enquanto João teve um trabalho, com um bom salário, por 15 anos, ele agiu como se fosse a
cigarra da história, sem se preocupar com um possível “inverno”, que poderia chegar em
algum momento. Ele e sua família ficaram “cantando durante o verão” (neste caso significa
que gastaram todo o dinheiro em supérfluos e em luxos que não poderiam, ou seja, eles não
se prepararam para o inverno – possibilidade de perda do emprego).

“Seja mais ‘formiga’ e menos


‘cigarra’ em sua vida”
E você, estaria preparado ou preparada para
uma situação dessas?

Você não acredita que isso possa acontecer


contigo?

E se, em vez de desemprego, ocorresse um acidente que tirasse a vida de João ou o deixasse
inválido, como ficaria a família dele?

A única forma de resolver a situação de João é fazendo o mesmo trabalho que a formiga faz na
fábula: guardar para o período de escassez.

Vamos imaginar que João – em vez de gastar todo o seu salário com tudo o que ele gastou –
deixasse de trocar de carro todo ano, passando a trocar de cinco em cinco anos, e deixasse de
viajar também todo ano, passando a viajar ano sim e ano não, e que mantivesse todo o
restante. Dessa forma, ele conseguiria economizar em média 15% de sua renda, ou seja, algo
em torno de R$ 3.000,00 mensais, de 2002 a 2016.

Antes de prosseguir, é importante ressaltar que eu não estou aqui dizendo para você abrir
mão de tudo o que você gosta de fazer, ou para retirar todos os supérfluos da sua vida, mas,
apenas, para gastar o dinheiro com comedimento, de forma a sobrar ao menos 10% de sua
renda todos os meses.

Caso João tivesse guardado seu dinheiro em casa, ou o tivesse deixado depositado em uma
conta-corrente sem aplicação alguma, rendendo zero, João teria ao final de 15 anos (ou 180
meses) um total de R$ 540.000,00. Isso com rendimento ZERO. Ou seja, ele teria, hoje,
quase 32 meses de despesas, caso ficasse sem nenhuma receita e sem investir o dinheiro.
Mas, como o título do e-book é Gerando Renda com Investimentos, vamos, então, começar
a falar deles.

Veja, no gráfico abaixo, quanto rendeu um dos investimentos mais conservadores que
existem: o Tesouro SELIC ou LFT, que é um título público pós-fixado garantido pelo Tesouro
Nacional, e que não sofre variações mais fortes de mercado. Esse é o título em que as pessoas
normalmente colocam sua reserva de emergência, pela característica de ter uma rentabilidade
que, embora seja pequena, é sempre para cima.

Valores das LFT 2007, 2012 e 2017, retirados do site do Tesouro Direto
do próprio governo federal e tabulados por Dica de Hoje Consultoria e Research

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Vemos, acima, que o valor desse título subiu de R$ 1.245,00 (em 07/01/2002) para R$ 8.450,00
(em 31/12/2016). A variação foi de 578% num período de 15 anos, muito maior que a inflação
medida pelo IGP-M, que, no mesmo período, ficou em 205,97%, de acordo com a Calculadora
do Cidadão, do Banco Central do Brasil.

Se João tivesse investido nesses títulos, mensalmente, R$ 3.000,00, ao longo desses 15 anos,
o valor que ele teria alcançado seria bem maior que os R$ 540.000,00 por apenas guardar o
dinheiro no banco. Veja, abaixo, quanto João teria guardado apenas retirando pequenos
hábitos de seu dia a dia.

Considerando os três pequenos hábitos que poderiam mudar a vida de João:

• Não trocar de carro todos os anos;


• Viajar de dois em dois anos em vez de todos os anos;
• Investir os R$ 3.000,00 excedentes.

Esses três hábitos teriam feito João juntar R$ 1,4 milhão naquele período de bonança em que
ele tinha um bom trabalho. Valor que poderia ser usado agora, no momento em que ele ficou
sem trabalho.

No entanto, junto com a boa notícia acima, eu preciso dar uma má notícia: não adianta mais
você investir no Tesouro Selic se você estiver na mesma situação que o João.

O Tesouro Selic, que no passado rendeu em média 13,61% ao ano em juros compostos, hoje
rende menos de 6,5% ao ano (novembro/2018). Ou seja, o valor alcançado por você será bem
menor se você usar essa mesma estratégia.

Como o Tesouro Direto, o Tesouro Selic nada mais é que uma forma usada pelo governo
federal para captar recursos para financiar seus gastos e sua dívida. Uma melhora no perfil de
risco do próprio governo federal faz com que ele só queira captar a taxas menores.

Veja algumas das melhoras que o Brasil teve nos últimos 15 anos, e que, por isso, esse retorno
não deve ser esperado no futuro:

• Reservas internacionais em dólar superiores a 300 bilhões de dólares (“colchão” de


liquidez – o Brasil não está mais igual ao João, que não tinha reservas);
• Sem dependência do FMI;
• Inflação controlada e em valores perto dos mínimos históricos – era impensável pensar
o Brasil com inflação média de 4% ao ano há alguns anos atrás;
• Política mais ortodoxa de gastos públicos (Teto dos Gastos Públicos), dentre outras.

Então, pensando para o futuro, a sua reserva de emergência mais imediata deve ser colocada,
sim, no Tesouro Selic, mas os seus investimentos que não têm previsão para saque podem e
devem ser investidos em títulos mais longos e mais próximos do momento que você deseja
usufruir da renda, em fundos imobiliários e, dependendo do seu perfil de risco, em ações
também (por que não?).

Apenas como exemplo, existem bons fundos imobiliários, hoje, que estão pagando de forma
previsível em torno de 0,67% ao mês, isento de Imposto de Renda. Então, dependendo de
quanto você consiga juntar, você pode obter uma boa renda com uma ótima dose de
previsibilidade. Veja a tabela abaixo.

Inv mensal Valor Total Acumulado Renda Proj. Mensal


R$ 200,00 R$ 97.752,20 R$ 654,94
R$ 400,00 R$ 195.504,39 R$ 1.309,88
R$ 1.000,00 R$ 488.760,98 R$ 3.274,70
R$ 1.500,00 R$ 733.141.47 R$ 4.912,05
R$ 3.000,00 (João) R$ 1.466.282,95 R$ 9.824,10
R$ 5.000,00 R$ 2.443.804,91 R$ 16.373,49
R$ 10.000,00

R$ 4.887.609,82 R$ 32.746,99

Para investimentos mensais realizados por 15 anos com a rentabilidade da Renda Fixa apresentada
anteriormente.

As projeções não são garantias de rendimento, porque rendimentos passados não são garantia
de rentabilidade futura.

Veja no quadro acima que João poderia hoje ter uma renda mensal de R$ 9.824,10 que
demandaria alguns pequenos ajustes em sua vida, talvez ficar sem carro, até arranjar outro
emprego, mas que, certamente, não trariam toda a carga emocional negativa que ele, sua
esposa, seu sogro, e principalmente seus filhos tiveram.

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Lembre-se que, para o João, parecia impossível juntar R$ 540.000,00 ou até mesmo R$ 1,4
milhão, mas, se fizermos o trabalho da formiga e separarmos uma parte do dinheiro todos os
meses, o que parece difícil torna-se mais fácil e plausível no longo prazo. João fez R$ 1,4
milhão investindo em renda fixa e separando R$ 3.000,00 por mês. Se você conseguir separar
R$ 500,00 todos os meses, tirado de pequenos hábitos “ruins” que você tenha, você deve
conseguir 1/6 desse valor, e a renda possível já vimos na tabela acima.

Se você chegou até aqui, espero que tenha percebido três pontos importantes:

1. Você precisa poupar parte de sua renda. Suas despesas precisam ser menores que
suas receitas para que você possa investir de forma consistente, mensalmente, a fim
de gerar renda no futuro.

2. O tempo é seu ativo mais precioso. Mais que o próprio dinheiro. Até mesmo
pequenos valores trazem retornos vultosos de valor acumulado quando pensamos em
15, 20 ou até 30 anos. Então, evite aquela frase tradicional: “Investir é legal, vou
começar quando eu tiver mais dinheiro, só com R$ 200,00 por mês não dá”

3. O seu foco precisa estar na realização de sonhos e na sua segurança de longo prazo.
Oscilações nos preços dos ativos ocorrem todos os dias. Não se preocupe em entender
cada uma delas. Essa busca constante pelo momento certo vai fazer você cometer
mais erros do que deveria.

Antes de contar um pouco da minha


trajetória, quero contar uma outra história,
que me sensibilizou recentemente. Conheci
um senhor de uns 75 anos que me
confidenciou que descobriu a fórmula de ter
uma aposentadoria com muito dinheiro. E o
interessante é que vai em linha com o que eu
acho, mas ele, até mesmo pela idade, investe em imóveis físicos para aluguel.

Esse senhor me disse que quando ainda era jovem, com seus 25 anos, tinha muito contato
com seu pai e com seu tio, e que aprendeu bastante com os dois. Seu tio era um homem que
sempre preferiu diversificar seus investimentos imobiliários. Ele tinha dois lemas principais:

• O imóvel precisa ter boa liquidez para aluguel


• Quem determina o preço do aluguel é o mercado.

Dessa forma, o seu tio muitas vezes não conseguia a maior renda possível em seus imóveis,
mas eles estavam praticamente sempre locados. O preço do aluguel dos imóveis ruins (afinal
todos erram) tinha um valor abaixo dos outros da região e os melhores imóveis tinham preço
em linha com o mercado. O tio daquele senhor nunca gastou dinheiro excessivo com

condomínio e IPTU em lojas, salas ou apartamentos vagos por muito tempo. “Se um imóvel
está vago há três meses, o preço do aluguel está errado” ele sempre repetia.

Resultado: o tio, depois de 15 anos investindo e aumentando seu patrimônio imobiliário, teve
uma vida cada vez melhor e de alto luxo gastando apenas uma fração dos valores que recebia
de aluguéis.

Já o pai do senhor citado preferia ter um menor número de imóveis, mas mais caros.
“Diversificar dá muito trabalho”, ele sempre repetia, “se eu posso ganhar 100 mil alugando
dois imóveis, porque vou ganhar a mesma coisa alugando 20?”. O senhor me confidenciou que
essa estratégia funcionou muito bem, e que, inclusive, seu pai ganhou mais que seu tio na
década de 70 e até o ano de 1986. Após o Plano Cruzado, o dinheiro secou da economia, o pai
dele não quis renegociar os aluguéis e perdeu toda sua renda.

Após alguns anos, esse senhor recebeu de herança os dois imóveis, que valiam muito, mas que
eram de difícil locação e, portanto, não geravam renda, apenas custos. A primeira coisa que
ele fez foi vender os dois imóveis com um desconto de 35% frente ao valor de mercado e
seguir a estratégia do próprio tio.

Hoje, ele diz que essa venda, com o desconto de 35%, foi seu melhor investimento da vida,
pois possibilitou que ele conseguisse começar a criar o círculo virtuoso da renda recorrente.

Moral da história – O que pode fazer a sua vida ser melhor é a


renda que você gera com seus investimentos e com o seu
patrimônio. Um patrimônio grande que não gera renda te traz
problemas. Um patrimônio grande e diversificado que gera renda,
mesmo que seja um pouco menor do que você conseguiria,
garante os seus sonhos e a segurança da sua família.

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Agora, vamos a um pouco da minha história.

Meu nome é Daniel Isaac Nigri, sou formado em Engenharia de Produção pela UFRJ,
comerciante de oito lojas de 2000 a 2016, investidor no mercado acionário desde 1999,
empresário e investidor no mercado imobiliário há mais de 15 anos.

Além de ser um simples investidor, sempre fui um aficcionado pelo mundo dos investimentos
e por estudos das ações, fundos imobiliários e renda fixa no Brasil, por isso, em 2017 me tornei
analista CNPI (registrado na APIMEC número 1810), para poder transformar meu hobby em
atividade principal.

Em 1999, eu comecei investindo na Bolsa de


Valores, primeiramente na Corretora do Banco
do Brasil, quando as ordens ainda eram em
papel e eu tinha que entregar para a minha
gerente na agência do Banco. Como era muito
difícil colocar e tirar uma ordem sem o home
broker, sempre preferi estudar a escola
fundamentalista de ações.

A escola fundamentalista se baseia na análise


das empresas como negócios que podem
prosperar ou não no longo prazo. A idéia é
comprar ações para mantê-las por um prazo
longo. O objetivo é ser sócio da empresa,
ganhar com o crescimento dela e fazer uma
análise cuidadosa para ter sucesso com a maior
parte das ações compradas.

“ERROS SEMPRE VÃO OCORRER.


VOCÊ É HUMANO”

Apenas a título de curiosidade, atualmente tenho duas ações que estão na minha carteira há
nove anos (o máximo de tempo que eu mantive uma ação foi por 15 anos).

Eu divido minha vida como investidor na Bolsa de Valores em duas partes. A primeira, que foi
até 2005, e a segunda, que vai ser até o fim da minha vida.

Na primeira fase, eu tentei investir sem estudo algum, apenas baseado no que eu lia em
jornais e revistas (na época era assim, não existiam tantos fóruns) e também tentando ir atrás
daquela ação que subia mais. Naquele período fiz alguns experimentos com ações que eu
percebi que subiam “sempre”, e – mesmo na crise de 2002 (eleição do ex-presidente Lula), em
que o mercado entrou em pânico, o Índice caiu mais de 50% e o dólar subiu a R$ 3,99 – estas
foram mais resilientes, ou seja, caíram menos que o Índice.

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Em 2004, comecei a estudar sobre as teorias que existem por trás da análise fundamentalista,
passando a ler livros de grandes investidores (principalmente os americanos) e era incrível
como aquilo que eles falavam tinha muita conexão com essas ações, que eu passei a chamar
de confiáveis.

Isso deu base suficiente para ver meu capital crescer e para não perder tanto na crise de 2008
(a crise das hipotecas americanas, em que o Índice caiu de 73.800 pontos para 29.400 pontos –
uma queda superior a 60%). Essa experiência, que para muitos foi traumática, eu sabia que iria
mudar a minha vida com a aplicação de minha estratégia de investimentos com foco em
geração de renda recorrente.

“Renda recorrente é aquele dinheiro que ‘pinga’ na sua conta


com alguma periodicidade. O objetivo é aumentá-la ano após ano.”

Nessa época, aproveitando a grande queda da Bolsa, eu criei a minha segunda carteira de
ações, uma carteira focada em geração de renda, com um objetivo claro e simples, num
momento em que meus filhos começavam a nascer.

“Acumular ações que me gerem, no futuro, rendimentos


suficientes para que eu possa viajar pelo mundo com a família
precisar tirar do dinheiro do meu trabalho”.
Ou, como eu prefiro falar: ‘viajar pelo mundo de graça’.”

Essa carteira começou a crescer, eu segui fazendo aportes nela, e – aproveitando de


uma alta expressiva entre os anos de 2008 e 2010 – alcancei meus objetivos antes do
que o esperado.

A primeira viagem foi para Florianópolis. Os rendimentos eram menores, então, eu


precisava viajar para um lugar mais barato. As crianças conheceram o Parque Beto
Carrero e amaram, claro. Em 2012, fomos para Disney, realizar o meu próprio sonho
de infância. Depois disso, já voltamos mais três vezes para a Disney, fomos para
Cancun, Itália, Israel, Chile, Londres, Portugal, fora as várias viagens dentro do Brasil.
Sempre usando os rendimentos provenientes dessa carteira.

Isso não aconteceu da noite para o dia. Foram longos anos em que eu via amigos
comprando supérfluos, indo a eventos, e nós tínhamos que nos controlar, para não
cair nas tentações do consumo. Inclusive, recentemente, de março de 2015 a
setembro de 2017, só fizemos uma viagem para Fortaleza (Beach Park) para aproveitar
outra grande queda (eu chamo de promoção) da Bolsa, que ocorreu após a reeleição
da presidente Dilma. Naquele momento o importante era multiplicar as viagens
do futuro.

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Enfim, pessoal, o que eu quero mostrar para vocês aqui não é uma fórmula milagrosa,
nem mesmo quero me gabar por ter adquirido a liberdade financeira ainda tão novo.
O que eu quero mostrar para vocês, que estão começando, é que investir com foco em
geração de renda, além de ser altamente lucrativo e rentável no longo prazo, também
é extremamente prazeroso. Dividir os bons momentos com as pessoas que você ama é
fundamental, e saber que você tem uma sobra para dar a segurança necessária para
sua família é muito bom.

As estratégias que eu uso para gerar renda recorrente em títulos do Tesouro, em


fundos imobiliários e em ações eu ensino no meu Curso Geração de Renda com
Investimentos, um curso intermediário que abre para venda apenas duas vezes por
ano. Inscreva-se aqui na lista de espera sem compromisso algum.

Abraços e bons investimentos.

Daniel Nigri – analista CNPI 1810

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