A Declaração de Salamanca foi produzida do resultado do congresso Mundial
sobre as Necessidades Educativas Especiais, organizadas pelo governo espanhol em colaboração com a UNESCO. Este congresso realizou-se na cidade de Salamanca entre 7 e 10 de Junho de 1994. Os princípios fundamentais defendidos nesta declaração foram os seguintes: Independentemente das diferenças de cada um, a educação é um direito de todos; Toda a criança que possuí dificuldades de aprendizagem pode ser considerada com necessidades educativas especiais; A escola deve-se adaptar-se ás especificidades dos alunos, e não os alunos ás especificidades da escola; O ensino deve-se ser diversificado e realizado num espaço comum a todas as crianças; As novas concepções que a Declaração de Salamanca apresenta sobre a educação de alunos com NEE’s, refletem-se no desenvolvimento de estratégias que procuram alcançar uma genuína igualdade de oportunidades. A integração das crianças com NEE’s, é obtida com maior sucesso nas escolas inclusivas que integram toda a comunidade. O principio fundamental das escolas inclusivas, consiste que todos os alunos aprendem juntos (sempre que possível), independentemente das dificuldades que apresentam. Estas escolas devem reconhecer e satisfazer as necessidades diversas dos seus alunos, adaptando os vários estilos e ritmos de aprendizagem. Estes estabelecimentos devem ter uma boa organização escolar, adaptando os seus currículos, utilizando boas estratégias pedagógicas e uma boa cooperação com as respectivas comunidades. A boa cooperação com as comunidades vai facilitar que a inclusão dos alunos seja total e vai garantir um bom nível de educação para todos. As escolas inclusivas, devem receber apoio suplementar para assegurar uma educação eficaz. A pedagogia inclusiva é melhor forma de promover a solidariedade entre os alunos com NEE’s e os restantes colegas. As diretrizes referidas no âmbito do enquadramento da ação são as seguintes: A educação precoce - o êxito da escola inclusiva depende muito da identificação precoce dos seus alunos. As crianças com NEE’s devem ser avaliadas e estimuladas ao seu acompanhamento desde as primeiras idades com programas de atendimento e educação. Estes programas vão ajudar a promover o desenvolvimento físico, intelectual e social das crianças, sendo uma preparação para a escola. Os programas elaborados devem reconhecer o principio da inclusão. A colaboração dos pais das crianças com necessidades educativas especiais é uma tarefa compartilhada por pais e por profissionais. Os pais devem fazer um esforço para as crianças tenham uma integração social e escolar. Os pais necessitam de ser encorajados em participar nas atividades educativas em casa e na escola, devem ser orientados apoiar os seus filhos no progresso escolar. As entidades oficiais devem promover a cooperação com as famílias destas crianças, na qual precisam de facilitar e apoiar financeiramente a criação de associações de pais destas crianças. Estas associações vão ajudar a implementação de programas destinados a melhorar a forma de vida das crianças. Por ultimo a participação na comunidade é muito importante na formação das crianças com NEE’s. As autoridades locais devem promover a participação de toda a comunidade, dando apoio ás associações representativas. Com este objectivo será promovido a mobilização orientada na coordenação a nível local de organização e serviços ( administração civil, autoridades educacionais, serviços de saúde,...). A participação da comunidade deve ser capaz de complementar as atividades realizadas na escola, prestando apoio aos trabalhos de casa, compensando as carências de apoio familiar. Os organismos governamentais a nível local ou nacional devem prestar apoio de ordem financeira ou outra aos programas no ambito de reabilitação de base comunitária.