I. Responda fundamentadamente a duas das questões seguintes:
1. Indique consequências práticas da configuração do “direito ao
ambiente” como direito subjectivo ou como interesse difuso Legitidade procedimental e processual – ressarcimento Natureza do bem jurídico e gestão do mesmo Natureza do direito e defesa do mesmo
2. Perante a pré-existência do procedimento de avaliação de impacto
ambiental, qual a necessidade e utilidade da criação de um procedimento de avaliação ambiental estratégica? Objecto da AIA era curto para acomodar planos e programas (salvo, porventura, a rede Natura 2000, por força da jurisprudência do TJUE) Caso Ponte Vasco da Gama Objecto da AAE/Objecto da AIA – diferenças, momentos Para uma protecção eficaz, foi necessário criar a AAE – mas a solução da realização simultânea é duvidosa
3. Distinga compensação ecológica ex ante de compensação ecológica ex
post Ex ante – em sede de rede natura 2000 (art. 10º/12 DL 140/99) e de sistema de protecção da natureza (DL 142/2008) – antes do dano se consumar, perante um dano certo Ex post – em sede de RPRDE, na modalidade de reparação por equivalente - após a consumação do dano e tendo em conta as alternativas
II. Resolva o seguinte caso prático:
A empresa Aterradora Lda. pretende aumentar a dimensão do aterro de
resíduos urbanos que gere presentemente e que recebe 50 ton de resíduos por dia, a fim de melhor poder separar os vários tipos de resíduos. Como a primeira licença ambiental que detinha se aproximava do seu termo de caducidade, a Aterradora Lda. pediu a renovação da licença junto da APA. Ao cabo de 90 dias sobre a apresentação do pedido, a APA não deu qualquer resposta, facto que foi entendido pela Aterradora Lda como um deferimento tácito, iniciando então as operações de extensão especial do aterro.
Esta actuação mereceu resistência de alguns pastores de terrenos limítrofes,
temendo a acentuação dos cheiros provenientes do aterro e os efeitos prejudiciais sobre os seus animais ― propuseram uma intimação para defesa do seu direito de propriedade junto dos tribunais comuns, invocando ilegalidade da extensão por inexistência de licença ambiental.
Simultaneamente, o Município decidiu denunciar à APA uma situação de dano
ecológico iminente para os terrenos agrícolas limítrofes, por receio de contaminação destes através dos lençóis freáticos.
Saber se há alteração substancial da “instalação” /aterro ou não
Saber se há necessidade de AIA – e concomitante incorporação dos seus resultados na licença renovada
Análise da correcção da actuação processual dos pastores, bem assim como
da sua argumentação (em coerência com a caracterização feita previamente)
Análise da correcção da actuação do Município, por referência ao regime do DL