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Formação

IMPOR LIMITES

Dicas para não mimar os filhos

quarta­feira, 11 de março de 2015, 8h00 Modificado: quarta­feira, 11 de março de 2015, 11h31

Ensinar o significado do ‘não’ ajuda os filhos para a vida

Nos dias de hoje, onde as facilidades são muitas, surge uma dúvida na educação dos filhos: será que os pais equilibram bem responsabilidades e
bônus ou criam pequenos despostas que estão presos ao próprio umbigo , com probabilidades de se tornar uma adulto imaturo, mimado e egoísta.
Por outro lado, existem pais que exigem demais e transformam crianças em adultos prematuros, que passam o resto da vida em busca da infância
perdida.

A regra básica de convivência é não ceder a todas as vontades e impor limites, como exemplo, quando vamos a um shopping e as crianças
querem comprar. Cuidado para não comprar tudo o que ela quer ou sempre que sair terá a obrigação de comprar algo. Entretanto, isso não
impede que, em alguns momentos específicos, possa comprar algo, quando o orçamento e o comportamento da criança permitem.

Uma técnica importante é as crianças terem mesada e serem conscientizada de que, se gastarem tudo, na próxima saída não terão dinheiro para
comprar; essa é uma forma de treinar para o consumo adulto consciente.

Os filhos são especialistas em chantagem e aprendem a reconhecer os pontos fracos dos pais, portanto, mantenha­ se firme naquilo que
não pode ser negociado.

Ensinar o significado do ‘não’ ajuda os filhos para a vida. Os pais precisam ser persistentes, pois a estratégia dos filhos é cansarem os pais, para
que eles cedam. Então, mantenha o seu ‘não’. Não se sinta culpado por não poder dar algo material. Tudo isso passa, o que não pode faltar é o
amor, o carinho e o apoio familiar.

No modelo antigo, os pais diziam não e saiam de perto, hoje os pais ficam explicando muito. Não se desculpe por cumprir regras. É preciso
dialogar para que possam entender os motivos, mas precisam entender que precisam aceitar a autoridade dos pais. Como exemplo, uma mãe
explica que a criança não pode tomar sorvete antes do almoço, porque tira o apetite. Isso nem sempre é entendido, mas precisa ser aceito.

Um ponto importante é preparar o filho para o mundo. Se os pais entregarem tudo na mão, terão dificuldades de adquirir autonomia
em coisas maiores, pois já não as têm em outras menores. O mercado atual precisa de sobreviventes, portanto, além da autonomia é
necessário introjetar valores para que possam ser autônomos sem perder a noção de respeito pelo outro.

Uma pergunta que não cala no coração das mães é qual a quantidade de responsabilidade podem dar aos filhos. Um atleta não começa
levantando grandes pesos, mas à medida que vai treinando com pequenos pesos, vai criando musculatura para mais peso. Com os filhos não é
diferente, comece dando pequenas tarefas, como recolher e guardar o brinquedo utilizado; à medida que eles vão crescendo, aumente as
responsabilidades.

É importante ensiná­los a reconhecer os pontos positivos das obrigações que são cumpridas com eficiência, pois isso reforça o comportamento
positivo. Os pais precisam de um alerta: nem tudo precisa de elogio, porque, quando o filho crescer, terá que fazer atividades que nem sempre
serão reconhecidas pelos outros, mas é importante que continuem a fazer.
A convivência diária pode ser uma fonte infinita de aprendizados, por isso precisam utilizar as situações cotidianas, sejam elas boas ou ruins,
para ensinar como viver em comunidade, desenvolver a maturidade e afetividade dos filhos.

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