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Heleno Cláudio Fragoso anota que: "A execução deve dar-se, porém, mediante
violência à pessoa (esforço corporal sobre a vítima), ameaça (violência moral)
ou por qualquer meio que reduza a vítima à impossibilidade de resistir
(narcóticos, estupefacientes)".
O delito descrito no tipo penal preceitua que a subtração da coisa deve vir
jungida com a violência ou a grave ameaça, sendo esta empregada, antes ou
depois, contra a pessoa. A conduta deve ser por uma via apta a causar o temor
na vítima (sofrimento psíquico), tornando diminuta sua capacidade de
resistência à intenção de subtrair, ou impor a ela algum tipo de dor, martírio,
que é vislumbrado por meio da violência (sofrimento físico), mas deve ser
abstraído o grau da lesão corporal, de lesividade à integridade física que fora
empregado, bastando a constrição física.
3. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA:
4. ROUBO IMPRÓPRIO:
Mas esse espaço de tempo deve ser curto, segundo entende Júlio Fabbrini
Mirabete: "A violência posterior ao roubo, para assegurar sua impunidade, deve
ser imediata. Se entre a subtração e a violência medeia um sensível espaço de
tempo e de lugar, a conexão desaparece e não há que se falar no delito do art.
157 e sim do art. 129 ou 121, § 2º, incisos IV e V)".
Esse limite de tempo deve ser fixado no contexto onde o crime ocorreu. Mas
em algumas hipóteses esse critério de tempo, pode ser suprimido por uma
mera interpretação do iter criminis, por exemplo: se a subtração ocorreu dentro
de um armazém durante o dia, e o agente fica escondido durante o dia para
fugir a noite, e, durante o dia ele agride um dos funcionários deixando-o
desmaiado, porém o segurança descobre somente à noite a fuga e a agressão
e na hora em que o agente ia fugir ele agride o segurança para garantir ambos,
a impunidade e a detenção da coisa, falaremos nessa forma derivada do tipo e
não em concurso. Pois, embora haja um decurso de tempo longo, haverá um
liame conectivo entre a consumação e a agressão do segurança e do
funcionário, nesse caso, falaremos, ao nosso ver, em roubo impróprio e não em
concurso ou em roubo próprio.
Nelson Hungria, o criador do nosso Código Penal se defende dizendo que: "a
omissão foi voluntária, pois o uso de qualquer meio deve entender-se
empregado disfarçadamente, e que não se compadece com a situação do
ladrão que, surpreendido em flagrante ou quase-flagrante, cuida de se salvar
com instintiva violência e apressuradamente, razão por que o Código, tendo
tomado por modelo, nesse particular, o artigo 139 do estatuto suíço, não lhe foi
entretanto, inteiramente fiel".
Ao contrario do que ocorre quanto ao roubo, não prevê a lei, não extorsão,
outros meios que não a grave ameaça ou a violência. Assim, se o
constrangimento é efetuado por meio de narcóticos.
A violência física ou moral deve ser destinada a pratica de um ato pela vitima
(entregar ao agente certa quantia), a omissão desta (não cobrar uma divida ou
a sua permissão para algum ato (destruição de um titulo de credito do que é
credor).
5.6 Distinção:
5.7 Concurso:
Pode uma extorsão ser praticada tendo como meio para obtenção da vantagem
econômico a privação de liberdade de uma pessoa. Configura-se no caso, o
crime de extorsão mediante seqüestro (Art.159), seqüestrar pessoa com o fim
de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço
do resgate: pena reclusão de 8 a 15 anos. A mesma lei conceituou a extorsão
mediante seqüestro simples ou qualificada, tentada ou consumada, como crime
hediondo.
Sujeito ativo do crime é o que pratica qualquer dos elementos objetivos do tipo:
seqüestra, leva mensagens, etc. tratando-se de autoridade policial, se o móvel
do agente foi o de privar a vitima de sua liberdade para dela extorquir
vatangem indevida, que é crime comum, e não qualquer daqueles que são
próprios do funcionário publico.
7. EXTORSÃO INDIRETA:
REFERÊNCIAS:
BITENCOURT, César Roberto. Elementos de direito penal. São Paulo: RT, v.
2, 2004.
FRAGOSO, Heleno Cláudio. Lições de direito penal - Parte especial. 10. ed.,
Forense; Rio de Janeiro: Forense, 2003, v. I, p. 342.
HUNGRIA, Nelson. Comentários ao Código Penal. Rio de Janeiro: Forense,
2003, v. V-VIII.
JESUS, Damásio E. de. Direito penal. 11. ed., São Paulo: Saraiva, 2003, v. II.
JESUS, Damásio E. de. Código Penal anotado. 11. ed., Saraiva; São Paulo:
Saraiva, 2001.
MAGALHÃES NORONHA, Edgard. Direito penal. 2. ed., Saraiva; São Paulo:
Saraiva, 2001, v. II.
MIRABETE, Júlio Fabbrini. Manual de direito penal. 18. ed., São Paulo: Atlas,
v. II, 2001.
PRADO, Luis Régis. Elementos de direito penal. São Paulo: RT, 2003, v. 2.