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ALEGAÇÕES FINAIS

Docente: Prof. Rennan Mustafa


Disciplina: Estágio III - Laboratório de Prática Jurídica

ALUNO: Leonardo Carvalho Moura matrícula: 2021064206

5° ANO DE DIREITO

Rolândia- PR
2023
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª
VARA CRIMINAL DA CIDADE E COMARCA DE ROLÂNDIA.

AUTOS N° 0171-12.2015.8.16.0148

Carlos Carrara, já qualificado nos autos em epígrafe, vem,


respeitosamente, perante Vossa Excelência, por meio de seu advogado, apresentar,
com fulcro no art. 403, § 3º, do CPP, ALEGAÇÕES FINAIS
ESCRITAS/MEMORIAIS, pelas razões de fato e direito a seguir expostas:

I - Dos fatos:

Carlos Carrera, foi denunciado pela suposta prática do crime de


furto, previsto no art. 155 do CP, por fato ocorrido no dia 14 de agosto de 2015,
onde supostamente teria subtraído um aparelho de televisão da Loja dos Eletronicos
localizada nesta Cidade.

A denúncia foi recebida em 19 de agosto de 2015, sendo o réu


citado em 25 de agosto de 2015, porém não apresentou qualquer resposta à
acusação visto que havia confessado o crime em fase de inquérito policial, porém,
disse estar arrependido de sua conduta.

Ainda que legalmente citado e não apresentado defesa no prazo


legal, foi nomeado um advogado dativo nos autos, para, na forma da lei, proceder
com o oferecimento de resposta, o que foi procedido em momento oportuno.

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Durante a instrução ocorrida no dia 03 de maio de 2022, foram
inquiridas a vítima e testemunhas de acusação, em seguida ouvida a testemunha de
defesa José Joaquim, sendo o réu, ao final, interrogado.

Em interrogatório, o acusado disse que não praticou o furto, e que


confessou o delito em fase de inquérito por ter sido coagido na delegacia, afirmando
que, na época dos fatos, Carlos, estava fora do país, informação registrada em seu
passaporte e anexada aos autos.

Terminada a fase instrutória, nada mais foi requerido pelas partes


(art.402 CPP), sendo então concedido prazo legal para manifestação das partes no
que de direito.

O Ministério Público apresentou memoriais, requerendo a


condenação do réu na forma da denúncia.

II - Do mérito:

Primeiramente, a de salientar que o indiciado não se envolveu em


qualquer prática delituosa ao decorrer do processo, sendo o mesmo primário,
portanto a prescrição punitiva conta-se de 3 anos, indicada no art. 109, inciso VI do
CP, já que o delito possui pena mínima de 1 ano, conforme art. 155 do CP.

Sendo assim, no art. 111, I do CP a contagem começa a correr a


partir do dia em que o crime se consumou (14 de agosto de 2015), logo já se
passaram mais de 7 anos; 8 meses; 2 semanas; 5 dias sem qualquer julgamento,

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portanto o delito está PRESCRITO, devendo os autos ser arquivado já que houve a
perda do direito de punir (jus puniendi) do Estado.

Logo, pelo princípio do contraditório, caso não houver contado a


prescrição, salienta-se que nos termos do art. 89 da Lei 9099, o indiciado possui o
direito à suspensão condicional do processo, o que não lhe fora ofertado, já que
preenche os requisitos legais.

Desse modo, requer seja reconhecida a nulidade do feito,


anulando-se os atos praticados, retornando-se o processo ao início para oferta do
benefício em tela, direito subjetivo do acusado.

III - Dos pedidos:

Ante exposto, requer:

A priori, pede a absolvição do indiciado pela prescrição punitiva com


fulcro no art. 109, VI do CP.

Pelo princípio do contraditório, caso não reconheça a prescrição


punitiva, deve ser reconhecida a nulidade do feito a partir da citação, para que seja
oferecida a suspensão condicional do processo.

Termo em que,
pede deferimento.

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Rolândia, 03 de maio de 2023.

Leonardo C. Moura
OAB/PR n° 47.058

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