Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
04.10.2016
Perioperatório
CASO 1:
1) Nenhum. Paciente jovem e cirurgia de baixo risco.
2) 4 – 6 semanas.
3) >= 4 METS (sobe escadas).
4) > 70 anos = ECG + HMG + eletrólitos + fincão renal + glicemia. Coagulograma NÃO deve ser
realizado (cirurgia cardíaca, torácica e neurocirurgia).
5) Não, pois a capacidade funcional passou de 4 METs.
6) ASA III (IAM prévio).
7) Mantidos os antihipertensivos e o AAS (usa por doença coronariana).
8) 2/3 da dose na noite que antecede a cirurgia + ½ da dosa na manhã da cirurgia.
9) Risco moderado: Heparina OU CPI.
10) Cefazolina.
11) 30 – 60 minutos antes da cirurgia.
PREPARO PRÉ-OPERATÓRIO
Controlar quaisquer fatores com impacto na evolução cirúrgica.
Avaliações imprescindíveis:
Exames pré-operatórios
Avaliação do risco cirúrgico
Medicações de uso crônico
Profilaxia TVP/TEP
Profilaxia antibiótica
Exames pré-operatórios
NÃO existe rotina pré-operatória.
Depende do paciente e do tipo de cirurgia.
Avaliação Cardiovascular
Índice de Risco Cardíaco Revisado (IRCR)
1. Coronariopatia
2. Insuficiência cardíaca
3. IRC (Cr > 2)
4. DM com insulina < 2 fatores CIRURGIA
5. Doença cerebrovascular (AVC ou AIT)
6. Cirurgia torácica, abdominal ou vascular suprainguinal
>= 2 fatores
NÃO
Normal Cirurgia
Se paciente uso de betabloqueador deve-se continuar para a cirurgia ou nos paciente com >= 3 fatores de
risco, para diminuição do risco. Deve começar pelo menos 1 dia antes da cirurgia.
ASA DEFINIÇÃO
I -
II Doença sistêmica sem limitação, exemplo FUMO
III Limita, mas não o incapacita, HAS ou DM não controlada, IAM prévio
IV Limita e incapacita, exemplo IC grave, DPOC grave
V Moribundo (morredor, cuja expectativa é de óbito com ou sem cirurgia), exemplo Ruptura
de Aneurisma de Aorta, AVCH + HIC
VI Morte encefálica (autorizado à doação de órgãos)
Se cirurgia em caráter de emergência sufixo E (IIE).
Suspender:
Anti-agregantes plaquetários: 7 – 10 dias antes da cirurgia Paciente que faz uso de AAS (apenas
o AAS) por doença coronariana deve ser MANTIDO! (Considerar retirar na realização de
neurocirurgia e na Ressecção prostática)
Warfarin: 5 dias antes Só operar se INR <= 1,5. O correto é TROCAR o Wanfarin e adicionar a
Heparina:
o Heparina de Baixo Peso Molecular: Suspenso 24 horas da cirurgia
o Heparina Não Fracionada: Retira-se 6 horas antes da cirurgia
AINES: 1 – 3 dias antes da cirurgia
Hipoglicemiantes orais: No dia da cirurgia
Profilaxia Antibiótica
ÚNICO objetivo é evitar a infecção da ferida operatória.
O germe mais comum envolvido é o S. aureus.
TIPO DEFINIÇÃO ESQUEMA
Não penetra em tratos respiratórios, GI e -
Limpa urinário. Exceções: Corpo estranho (prótese,
Exemplo: Correção de hérnia, ortopédicas, tela), se infecção existir será
neurocirurgia, cardíaca catastrófica (neurocirurgia e cardíaca)
Limpa-contaminada Penetra um trato corporal de forma controlada: Direciona para cobrir as bactérias mais
(Potencialmente Ausência de inflamação comuns de infecção daquela cirurgia.
contaminada) Sem a ocorrência de extravasamento de PROFILAXIA (dose única):
conteúdo Cefazolina (cobre bem
Exemplo: Colecistectomia por colelitíase bactérias gram +)
Penetrar com inflamação ou extravasamento de Metronidazol + Ciprofloxacina
Contaminada conteúdo. (cirurgia colorretal)
Exemplo: colecistectomia por colecistite Replica-se a dose quando a cirurgia
demora muito (> 4 hrs para
cefazolina), muito sangramento
Qualquer “ite” abdominal supurada, Antibioticoterapia
Infectada contaminação fecal.
Exemplo: colecistectomia por colecistite
supirada
Quando fazer o ATBprofilático? 30 – 60 minutos ANTES da incisão cirúrgica, que coincide com a indução
anestésica.
CASO 2:
1) ASA II e Mallampati grau III.
2) Raquianestesia: Cirurgia perianal em pacientes estáveis.
3) Instabilidade hemodinâmica, recusa, lesão local, aumento da PIC, anticoagulação plena.
4) Aquecer e controlar a dor: Hipotermia e dor são as principais causas de hipertensão no pós-
operatório.
Mallampati
Classe 1: Palato duro + Palato mole + úvula + abertura de orofaringe + pilar amigdaliano
Classe 2: Palato duro + Palato mole + úvula + abertura de orofarínge
Classe 3: Palato duro + Palato mole e base da úvula
Difícil entubação
Classe 4: Palato duro
ANESTESIA
Funções da anestesia:
1. Analgesia
a. Opioide: Fentanil
b. Anestésicos locais: Lidocaína, Robivacaína
2. Inconsciência
a. Halogenado (pode realziar analgesia e relaxamento muscular, mas a dose teria que ser
MUITO alta)
b. Hipnóticos: Etomidato, Propofol
c. Opioide: Fentanil
3. Relaxamento muscular
a. Bloqueadores neuromusculares: Rocurônio, Succinilcolina
b. Anestésicos locais: Lidocaína, Robivacaína
4. Bloqueio neurovegetativo (impedir o desencadeamento da resposta simpática, como taquicardia e
hipertensão)
a. Opioide: Fentanil
b. Anestésicos locais: Lidocaína, Robivacaína
Técnicas anestésicas
1. Local
2. Bloqueio de nervo periférico
3. Raquianestesia e Peridural
São chamados bloqueios de neuroeixo.
RAQUIANESTESIA PERIDURAL
Atravessa a dura-máter e alcança o espaço A agulha não atravessa a dura-máter, logo NÃO
subaracnoide, chegando ao líquor entra em contato com as fibras da medula, apenas
Sempre realizado na porção lombar (já acabou a a que SAEM da medula do ponto realizado
medula) Bloqueio Segmentar
A droga entra em contato com todas as fibras e NÃO tem risco de lesão medular, podendo realizar
bloqueia dali para baixo em locais mais altos
Menor quantidade de fármaco Maior quantidade de fármaco
Menor duração Maior duração (cateter)
Efeito adverso: HIPOTENSÃO (bloqueio Efeito adverso: HIPOTENSÃO (bloqueio
simpático – vasodilatação simpático – vasodilatação)
PACIENTE INSTÁVEL ANESTESIA GERAL – NÃO pode oferecer técnicas que agravem a instabilidade
hemodinâmica
CASO 3:
1) Fases: Indução, manutenção e emergência
Espera-se: Inconsciência, analgesia, relaxamento muscular e bloqueio neurovegetativo.
2) Sequência rápida: Risco de broncoaspiração sem jejum.
3) Quetamina: Produz vasoconstricção (bom para choque).
4) Instabilidade hemodinâmica + cirurgia em abdome superior.
4. Anestesia geral
Oferece ao paciente Analgesia, inconsciência, bloqueio muscular e vegetativo.
Fases:
I. Indução
Utiliza-se em associação OU de forma isolada:
Hipnótico IV Ventilação Bloqueio neuromuscular
TOT
Halogenado sob máscara + Opioide
Tipos de anestesia:
Anestesia inalatória Apenas halogenados, principalmente em crianças
Anestesia venosa total Apenas hipnóticos
Anestesia balanceada Hipnóticos e halogenados
II. Manutenção
III. Despertar (ou Emergência)
CASO 4:
1) Diabetes (insuficiência pancreática) e resposta catabólica (“resposta ao trauma”).
2) Elevação: Cortisol, catecolaminas, glucagon, GH (esses 4 primeiros são HIPERGLICEMIANTES),
aldosterona, ADH.
Redução: Insulina.
3) Sim, desnutrição e hiperglicemia.
4) Sim, transferrina, pré-albumina e albumina.
5) Pré-operatório: Oferecer um suporte nutricional nos pacientes com desnutrição caracterizadas com
GRAVE (perda > 10% do peso em 6 meses).
6) Pós-operatório: Suporte nutricional na desnutrição ou jejum > 7 dias (preferir via enteral).
CASO 5:
1) Deiscência aponeurótica.
2) Evisceração, infecção de ferida, hérnia incisional.
3) Cirurgia de emergência, idade avançada, ascite, desnutrição.
COMPLICAÇÕES DA FERIDA OPERATÓRIA
Seroma
Acúmulo de linfa do tecido celular subcutâneo por lesão de vasos linfáticos.
Prevenção: Uso de drenos.
Clínica: Abaulamento claro
Tratamento: Curativo compressivo ou aspiração
Hematoma
Acúmulo de sangue do tecido celular subcutâneo.
Risco de infecção secundária, pois o sangue é um meio de cultura.
Clínica: Abaulamento escuro.
Tratamento: Reabrir se volumoso para evitar infecção, se pequeno não há necessidade.
Deiscência Aponeurótica
Defeito da sutura da camada mais profunda, da camada subaponeurótica. Pode ocorrer por má técnica ou
dificuldade de cicatrização.
Clínica: Mais comum entre o 7º – 10º dia após a cirurgia, com eliminação de líquido cor salmão.
Existe risco de evisceração (mais grave e importante), infecção, hérnia incisional.
Tratamento: Reoperar e realizar nova sutura
CASO 6:
1) Atelectasia.
2) Ferida operatória: Possível infecção necrosante.
3) Infecção do sítio cirúrgico, ITU, pneumonia e TVP.
FEBRE NO PERIOPERATÓRIO
Infecção pré-existente
PEROPERATÓRIO Reação a droga ou transfusão
Hipertermia Maligna
Até 72 horas de PO Atelectasia
Infecção necrosante de ferida (Streptococcus, Clostridium)
Após 3º dias Infecção (ferida operatória – S. aureus, ITU, pneumonia)
TVP
CASO 7:
1) Hipertermia maligna: Hipermetabolismo com halogenado e succinilcolina.
2) Cessar a exposição, bicarbonato, resfriamento e DANTROLENE.
3) História familiar e doenças musculoesqueléticas (distrofia muscular e osteogênese imperfecta).
Hipertermia Maligna
Definição: Síndrome muscular hereditária fármaco-induzida, associa-se a mutações genéticas que passam
de pai para filho. A doença só é induzida quando é exposto a fármacos específicos:
Anestésico inalatório
Succinilcolina
Ocorre abertura de canais de cálcio em EXCESSO para a musculatura, permitindo a contração ininterrupta e
intensa Hipermetabolismo da musculatura.
o Clínica:
Hipertermia: Elevação em 1°C da temperatura a cada 3 – 5 minutos
Hipercapnia (altera a canografia): Consome MUITO oxigênio
Rabdomiólise (aumento de potássio e enzimas musculares)
o Tratamento:
Cessar a exposição farmacológica
Resfriamento ativo do corpo (soro gelado, compressas geladas)
Bicarbonato
DANTROLENE MAIS importante