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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA


INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO NORTE DE MINAS GERAIS

PROJETO PARA IMPLANTAÇÃO DOS CENTROS DE LÍNGUAS DO IFNMG

Montes Claros - MG
Outubro de 2014

Rua Gabriel Passos, 259. Centro – CEP: 39400-112 Montes Claros/MG


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PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Dilma Vana Rousseff

MINISTRO DA EDUCAÇÃO
José Henrique Paim Fernandes

SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA


Aléssio Trindade de Barros

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO NORTE DE


MINAS GERAIS

Reitor
José Ricardo Martins da Silva

Pró-Reitora de Ensino
Ana Alves Neta

Pró-Reitor de Extensão
Paulo César Pinheiro de Azevedo

Pró-Reitor de Pesquisa, Inovação e Pós-graduação


Rogério Mendes Murta

Pró-Reitor de Administração e Planejamento


Edmilson Tadeu Cassani

Pró-Reitor de Desenvolvimento Institucional


Alisson Magalhães Castro

GRUPO DE TRABALHO

Elmer Sena Souza - PROEN / Reitoria


Hilton Lopes Galvão - ARINTER / Reitoria
Jamil Domingos da Silva - Câmpus Pirapora
Josye Gonçalves Ferreira - Câmpus Januária
Katiúscia de Sousa Pereira Silva - Câmpus Araçuaí
Paula Rodrigues Diamantino - Câmpus Almenara
Patrícia Emanuele dos Santos Brito - Câmpus Salinas
Thiago Lamonier Souza Gomes - Câmpus Arinos
Valesca Rodrigues dos Santos - Câmpus Montes Claros

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SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO................................................................................................................ 05
1.1. Cursos de Línguas Estrangeiras......................................................................................... 06
1.2. Curso de Língua Portuguesa para estrangeiros.................................................................. 06
1.3. Curso de LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais............................................................... 07
2. PROPOSTA........................................................................................................................... 08
3. OBJETIVOS.......................................................................................................................... 08
3.1. Objetivo Geral.................................................................................................................... 08
3.2. Objetivos Específicos......................................................................................................... 09
4. JUSTIFICATIVA................................................................................................................... 10
5. PRINCÍPIOS NORTEADORES........................................................................................... 12
6. PÚBLICO-ALVO.................................................................................................................. 13
7. CARACTERIZAÇÃO DOS CENTROS DE LÍNGUAS..................................................... 13
7.1. Cursos e/ou Línguas ofertadas........................................................................................... 13
7.2. Carga horária e duração...................................................................................................... 13
7.3. Modalidades da oferta........................................................................................................ 14
7.4. Critérios de seleção............................................................................................................ 14
7.5. Projeto pedagógico e materiais didáticos........................................................................... 14
7.6. Critérios de avaliação......................................................................................................... 15
7.7. Certificados........................................................................................................................ 15
8. INFRAESTRUTURA MÍNIMA........................................................................................... 16
8.1. Secretaria/Recepção........................................................................................................... 16
8.2. Biblioteca ou Espaço de Leitura......................................................................................... 16
8.3. Salas de aula....................................................................................................................... 16
8.4. Laboratório de línguas........................................................................................................ 17
8.5. Instalações sanitárias completas...................................................................................….. 17
8.6. Sala para professores.......................................................................................................... 17
8.7. Sala para coordenação........................................................................................................ 17
9. RECURSOS HUMANOS: DOCENTES E TÉCNICO-ADMINISTRATIVO..................... 17
10. TABELAS DE PROJEÇÕES.............................................................................................. 18
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11. AMPARO LEGAL DO PROJETO DO CELIN – IFNMG................................................. 20


12. GESTÃO DOS CENTROS DE LÍNGUAS DO IFNMG................................................... 21
13. RESULTADOS ESPERADOS............................................................................................ 22
14. DAS DISPOSIÇÕES FINAIS............................................................................................. 22
15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................ 23

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1. APRESENTAÇÃO

De acordo com o novo contexto da educação pública do Brasil e com a acentuação dos
processos de globalização e integração regional nos mais diversos âmbitos, é fundamental a
compreensão da necessidade de fortalecer, no Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG),
a internacionalização no que se refere à Educação Pública e, especificamente, à Educação
Profissional e Tecnológica no Brasil.
Diante dessa realidade, os Centros de Línguas do IFNMG (CELIN) – nos moldes
propostos por este documento – têm como principal função a oferta de ações que possibilitem às
comunidades interna e externa o desenvolvimento das habilidades linguísticas necessárias ao
progresso da ciência e da tecnologia. Os Centros de Línguas do IFNMG surgem, portanto, para
preencher uma importante lacuna na qualificação profissional de servidores, alunos e membros das
comunidades dos câmpus em que estão inseridos.
Outro fator importante da implantação dos centros de línguas é a inclusão do IFNMG no
cenário internacional, oportunizando a troca de experiências acadêmicas e culturais. Além disso, a
comunicação em língua estrangeira é essencial para a inserção e permanência do cidadão no
mercado de trabalho, sendo uma ferramenta imprescindível à formação pessoal e acadêmica no
mundo atual.
A implantação dos Institutos Federais tem como objetivo o desenvolvimento de uma
educação profissional cidadã, comprometida com a construção de um país digno e ético, que
alcance os diferentes grupos e espaços sociais. Nesse sentido, também se discute a necessidade da
inclusão de alunos surdos na sociedade e de mudanças nas práticas educativas, transformando as
políticas sociais e os paradigmas educacionais, pois as pessoas surdas estão conquistando seus
espaços e, para isso, a comunidade precisa se preparar, a fim de construir uma sociedade igualitária,
que contemple as diversas formas de aprender e as diferentes manifestações de saberes.
Considerando essa nova estrutura social e a vocação do IFNMG para a promoção de
uma educação pública, gratuita e de excelência, o estímulo ao desenvolvimento de línguas e de
culturas estrangeiras proporciona aos alunos, aos servidores e à comunidade externa o
aprimoramento necessário para a potencialização das promoções sociais.
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1.1. Cursos de Línguas Estrangeiras


O governo do Brasil, objetivando promover formação acadêmica condizente com a
necessidade nacional e oferecer mão de obra altamente qualificada, resolveu realizar uma série de
investimentos no plano educacional, cujos resultados mais concretos serão mais bem percebidos a
médio e longo prazo. Dentre as medidas tomadas, a necessidade de se pensar a internacionalização
dos estudos, sobretudo no plano de formação superior e de pós-graduação, passou a ser ponto
comum e constante nas discussões sobre os rumos da educação no país.
As instituições regulares de ensino nem sempre oferecem as condições necessárias para
o desenvolvimento adequado de habilidades comunicativas em Língua Estrangeira (LE), devido a
uma série de dificuldades existentes, tais sejam: número de horas reduzido, desvalorização da
disciplina em relação a outras consideradas mais importantes, turmas numerosas, falta de material
didático de qualidade, falta de infraestrutura adequada.
Observa-se, também, que as instituições regulares oferecem ensino fragmentado de LE.
O foco desse estudo está voltado para o ensino apenas linguístico ou instrumental da língua,
retratando uma concepção de educação que concentra mais esforços na disciplina ou no conteúdo
que se propõe a ensinar, como se o idioma pudesse ser apreendido isoladamente de seus valores
sociais, culturais, políticos e ideológicos.
A adoção do IFNMG de uma prática educacional de LE voltada para a necessidade
nacional auxiliará no combate à situação de inacessibilidade e de exclusão do conhecimento
vivenciado em nosso país, permitindo que o acesso à cultura estrangeira esteja disponível a todos,
independente da classe social na qual a pessoa esteja inserida. Diante dessa nova prática
educacional, é imprescindível que as aulas de LE do Ensino Médio do IFNMG sejam integradas
aos Centros de Línguas.

1.2. Curso de Língua Portuguesa para estrangeiros


Grande parte do que se tem feito no Brasil em favor do fortalecimento do ensino e da
oferta do Português como língua estrangeira emana de iniciativas das universidades, ou com o seu
forte apoio, da iniciativa privada das escolas e casas publicadoras e, em menor escala, da iniciativa
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oficial governamental localizável historicamente nos Ministérios de Relações Exteriores (o


Itamaraty) e da Educação, neste de forma mais localizada e mais recente (Instituição do Exame
Nacional CELPE-BRAS, por exemplo).
Segundo Almeida Filho (2006), no patamar imensamente significativo dos dez idiomas
mais falados do globo, o Português se firmou no século 20 como língua de presença disseminada
por quatro continentes (são agora 8 países unidos numa comunidade, a CPLP - Comunidade dos
Países de Língua Portuguesa) e como língua de cultura elaborada e língua de produção científica.
No entanto, ainda há desafios no ensino do idioma para estrangeiros.
A proposta de inclusão da área de ensino de Português como Língua Estrangeira, no
Projeto CELIN do IFNMG, poderá implicar em abertura profissional e científica nessa direção,
despertando iniciativas e apoios institucionais para uma verdadeira e estratégica política para o
Português brasileiro e o seu oferecimento como língua estrangeira, nos novos tempos que se
avizinham para as comunidades de países com projetos pactuados.

1.3. Curso de LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais


LIBRAS, abreviação de Língua Brasileira de Sinais, é usada pela comunidade de surdos
no Brasil e já foi reconhecida por Lei, ou seja, é uma língua oficial, tal como a língua falada. Estão
garantidas pelo poder público formas institucionalizadas de apoio para o uso e difusão da LIBRAS
como meio de comunicação nas comunidades surdas, inclusive os sistemas educacionais federal,
estadual e municipal devem garantir sua inserção, como disciplina curricular obrigatória, nos cursos
de formação de professores para o exercício do magistério, em nível médio e superior, e nos cursos
de Fonoaudiologia de instituições de ensino, públicas e privadas, do sistema federal de ensino e dos
sistemas de ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
A LIBRAS constituiu-se em disciplina curricular optativa nos demais cursos de
educação superior e na educação profissional, a partir da publicação do Decreto nº 5.626, de 22 de
dezembro de 2005 (BRASIL, 2005).
O projeto de curso de LIBRAS no CELIN vem ao encontro das necessidades da
comunidade acadêmica do IFNMG, a fim de proporcionar a interação entre ouvintes e surdos

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usuários da Língua Brasileira de Sinais da comunidade, mostrando e justificando as mudanças


sociais e as diferentes formas de cultura.
A seguir, encontram-se os objetivos para a presente proposta, a justificativa, a
caracterização, a proposta didática, a infraestrutura mínima requerida e os recursos humanos do
Centro de Línguas. Finaliza-se o documento com a apresentação de demandas para a viabilização
desta proposta.

2. PROPOSTA

Criar um espaço pedagógico apropriado para o ensino de línguas estrangeiras, incluindo


Português para estrangeiros e LIBRAS, em todos os câmpus do IFNMG, que ofertem formação
linguística e cultural de qualidade aos alunos, servidores e comunidade externa, desenvolvendo
habilidades de compreensão de outro idioma e proporcionando à comunidade em geral do IFNMG o
conhecimento da linguagem de sinais, língua natural de modalidade gestual.

3. OBJETIVOS

3.1. Objetivo Geral


Oportunizar um ensino de qualidade de Línguas Estrangeiras e Português como Língua
Estrangeira para a comunidade em geral do IFNMG e, quando possível, para a comunidade externa;
proporcionar aos alunos o conhecimento de uma nova língua natural de modalidade gestual –
LIBRAS - gerando competências comunicativas que valorizem a educação e a cultura da
comunidade surda.

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3.2. Objetivos Específicos:

• Implantar e implementar, de forma gradual, o Centro de Línguas, em âmbito interno


ao IFNMG, para promoção da cultura das línguas como meio de integração,
socialização do conhecimento e promoção da interculturalidade;
• institucionalizar os Centros de Línguas nos câmpus do IFNMG;
• atender à legislação vigente e oportunizar o aprendizado de idiomas e a linguagem de
sinais à comunidade em geral;
• capacitar os servidores e os discentes em uma ou mais línguas estrangeiras (inclusive a
Língua Portuguesa para Estrangeiros e LIBRAS), visando à mobilidade acadêmica e à
cooperação internacional (transferência de tecnologia, pesquisa, produção acadêmica,
redação e tradução de documentos oficiais, entre outros), na modalidade presencial ou
semipresencial;
• ministrar as disciplinas de Línguas Estrangeiras nos cursos integrados do IFNMG;
• ministrar cursos de extensão para a comunidade em geral;
• desenvolver pesquisas aplicadas ao ensino-aprendizagem de línguas;
• viabilizar a aplicação de testes de proficiência aos alunos de pós-graduação,
pesquisadores, servidores e discentes interessados em mobilidade, bem como à
sociedade em geral;
• viabilizar a capacitação de professores de línguas para serem aplicadores de testes de
proficiência internacionais e para ministrarem cursos preparatórios para os referidos
testes, como centros reconhecidos;
• valorizar a cultura dos surdos;
• facilitar a comunicação entre surdos e ouvintes, ampliando as possibilidades de
comunicação entre as pessoas.

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4. JUSTIFICATIVA

Os Centros de Línguas do IFNMG surgem de necessidades evidentes do contexto


contemporâneo, em que se almeja de fato o plurilinguismo para a interação social em níveis
transnacionais, em qualquer modalidade linguística. Nesse cenário, destaca-se a internacionalização
das instituições de ensino, que têm promovido ações que incentivam a dinâmica da mobilidade
estudantil e docente. Essa realidade gera demandas variadas, entre as quais cabe destacar o
conhecimento de outras Línguas. Isso diz respeito não só àqueles que participam de intercâmbios
institucionais, como também aos profissionais que têm de atender ao público advindo de outros
países. Portanto, os Centros de Línguas constituem-se em espaços fundamentais para a capacitação
linguística de alunos, servidores e comunidade externa, na medida em que contribuem para manter
o fluxo da internacionalização.
Vale ressaltar que a criação dos Centros de Línguas nos câmpus do IFNMG justifica-se
não apenas pela atual necessidade de internacionalização das IES, sendo este, inclusive, um dos
fatores de aumento do conceito de avaliação dos cursos pela CAPES, mas por ser, ainda, uma
determinação legal para os currículos da educação básica. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação
(LDB) de 1996 determina a inclusão de uma língua estrangeira moderna como disciplina
obrigatória no currículo do ensino médio e outra em caráter optativo.
Já a Lei nº 11.161/2005 prevê a implantação de Centros de Estudos de Línguas nos
sistemas públicos de ensino, assim como a oferta obrigatória da Língua Espanhola. Dessa forma, a
implantação do CELIN não trata somente da aplicação da referida lei, como também favorece o
cumprimento da LDB, uma vez que o mesmo oportunizará a oferta da Língua Espanhola e também
a melhoria no ensino-aprendizagem.
Além de estratégia política, o ensino de língua portuguesa para estrangeiros como
língua estrangeira e/ou segunda língua pode auxiliar a constituição e o desenvolvimento de projetos
de cooperação entre o IFNMG e Instituições de Ensino e Pesquisa de outros países.
De forma análoga, os servidores técnico-administrativos terão a tarefa de lidar com
questões variadas referentes à aceitação, permanência, certificação, entre outras dos alunos
recebidos pelo IFNMG. Logo, faz-se necessário que esses servidores estejam preparados para atuar
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efetivamente nas atividades requeridas pelo processo de internacionalização, estando aptos a


comunicar-se nas mais diversas línguas, em distintas situações. Os Centros de Línguas objetivam
contribuir com tal preparação.
Outra justificativa para a presente proposta é o estabelecimento de um espaço, no
IFNMG, para a preparação de servidores e de alunos para os exames internacionais de proficiência
em diferentes línguas. A realização desses exames mostra-se necessária, por exemplo, para o
ingresso em programas de pós-graduação, assim como para a participação em intercâmbios nos
diferentes níveis, sendo, também, um passo importante rumo à internacionalização da Rede Federal
de Ensino. Além disso, o IFNMG já realizou, em agosto de 2013, a sua primeira aplicação do teste
de proficiência TOEFL ITP, o que mostra a relevância dessa demanda dentro da Instituição. É
importante ressaltar ainda que a aplicação do teste foi o atendimento a uma solicitação do Programa
Inglês Sem Fronteiras, cujo objetivo é incentivar o aprendizado da língua inglesa e propiciar uma
mudança abrangente e estruturante no ensino de línguas estrangeiras nas Universidades e Institutos
Federais do País. Nesse sentido, a presente proposta está de acordo com o conceito de “inovação”,
um dos princípios constitucionais da Administração Pública, que prevê a busca por soluções às
demandas apresentadas.
É preciso sobrelevar ainda que, com o avanço dos sistemas telemáticos e, sobretudo
com o incremento da rede de intercomunicação de computadores (internet), o acesso à produção do
conhecimento e informação em outros idiomas foi reconfigurado e a acessibilidade a produções em
outros idiomas deixou de encontrar uma barreira social para sua incorporação nas práticas sociais.
Com isso, novas necessidades e aplicações ocorreram e novos desafios precisam encontrar novas
respostas.
Nesse sentido, o CELIN também estará atento a apoiar ações e políticas de incentivo ao
aprendizado de línguas, como, por exemplo, o programa e-Tec Idiomas, que visa a oferecer cursos
de idiomas, capacitando estudantes e servidores para projetos de mobilidade internacional, sendo
uma ferramenta importante para o processo de internacionalização e cooperação internacional. Na
modalidade a distância, o e-Tec Idiomas busca atender, de forma qualificada, uma demanda
significativa no meio da Educação Profissional. Também é destinado a trabalhadores que atuam na

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área de serviço e enfrentam, no dia a dia, dificuldades na comunicação com visitantes ou


comerciantes estrangeiros.
A LIBRAS, por outro lado, constituir-se-á em disciplina curricular obrigatória nos
cursos de formação de professores para o exercício do magistério, em nível médio e superior, e nos
cursos de Fonoaudiologia, além de ser ofertada como optativa nos demais cursos de educação
superior e na educação profissional de instituições de ensino, públicas e privadas, a partir da
publicação do Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005 (BRASIL, 2005).

5. PRINCÍPIOS NORTEADORES

O CELIN deverá garantir o ensino de línguas estrangeiras e de LIBRAS considerando o


desenvolvimento das capacidades intelectuais, profissionais e de interesse dos alunos. Para tanto, é
relevante que se reconstrua esse processo, deixando para trás a experiência decepcionante e o
falseamento de que, no ambiente escolar, não se pode aprender uma ou mais línguas além daquela a
que se está habituado.
Entende-se ainda que a aprendizagem de uma língua estrangeira ou LIBRAS deve
permitir que o aprendiz se envolva, de modo crítico e reflexivo, nos processos sociais, desenvolva
sua capacidade de compreensão e respeito à diversidade.
O curso de LIBRAS vai dar ênfase à tradução, interpretação, expressão, cultura e
identidade surda, fazendo com que os discentes possam conhecer um pouco mais sobre a cultura
surda e suas especificidades, bem como desenvolver atividades práticas de Língua Brasileira de
Sinais, para que sejam capazes de desempenhar seu papel na sociedade como indivíduos
conscientes do desenvolvimento social.
As atividades deverão ser integradas de forma que o aprendiz vivencie situações reais
comunicativas, com vistas a entender e enfrentar o discurso de distintas perspectivas, considerando,
pois, o uso da língua como uma atividade comunicativa relevante e significativa para o contexto em
que vive.

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6. PÚBLICO-ALVO

Os grupos beneficiados pelo Projeto e que receberão formação linguística e cultural


serão constituídos, obrigatoriamente, por alunos dos cursos técnicos, alunos dos cursos superiores,
servidores técnico-administrativos, docentes e membros da comunidade externa, respeitando o
quantitativo de vagas por grupo. Os critérios adotados para o preenchimento dessas vagas serão
definidos e amplamente divulgados pelas unidades acadêmicas.

7. CARACTERIZAÇÃO DOS CENTROS DE LÍNGUAS

7.1. Cursos e/ou Línguas ofertadas


LÍNGUAS OFERECIDAS: conforme demanda das comunidades e possibilidades do
câmpus, com ênfase nas línguas modernas. O Curso de LIBRAS, além de outras línguas, como por
exemplo o Português para Estrangeiros, poderá ser ofertado considerando a demanda e/ou a
disponibilidade de profissionais qualificados para ministrar os cursos.
CURSOS OFERECIDOS: cursos de línguas (Nível Instrumental; Básico I e II;
Intermediário I e II e Avançado); cursos preparatórios para as provas de proficiência; cursos de
formação continuada; cursos para fins específicos.

7.2. Carga horária e duração


• O curso regular terá a duração das horas estipuladas conforme a matriz curricular de
cada câmpus.
• Os cursos especiais terão carga horária de 02 horas semanais, perfazendo um total de
40 horas por semestre.
• O Curso de LIBRAS poderá ser ofertado em 03 Módulos, sendo cada módulo de 30
horas.

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7.3. Modalidades da oferta


Os cursos regulares serão ofertados somente na modalidade presencial. Os cursos
especiais poderão ser ofertados nas modalidades presencial ou semipresencial, considerando a
demanda e/ou a disponibilidade de profissionais qualificados para ministrar os cursos. No caso do
Curso de LIBRAS, as aulas poderão ser ministradas em módulos para possibilitar o deslocamento
dos professores aos câmpus, haja vista a dificuldade de profissionais da área no IFNMG.

7.4. Critérios de seleção


O ingresso será feito por meio de edital específico elaborado por cada câmpus,
observando a representatividade de todos os segmentos a serem atendidos (servidores, discentes
regularmente matriculados e comunidade externa). O edital deve contemplar: a) o número de vagas
por nível; b) a realização de teste de nivelamento para ingresso no Nível Intermediário e nos
seguintes, quando necessário.
O edital ainda deve prever as seguintes etapas mínimas: a) inscrição; b) participação
obrigatória em palestra sobre o curso; c) sorteio entre os participantes presentes na palestra,
respeitando o número de vagas oferecidas em edital.
O ingresso nos demais níveis ocorrerá de forma automática para os alunos
aprovados. Alunos reprovados em qualquer um dos níveis estão sujeitos à restrição de vagas, sendo
permitida apenas 1 (uma) reprovação por aluno, em cada nível.

7.5. Projeto pedagógico e materiais didáticos


O Centro de Línguas, nos diferentes câmpus, será responsável por organizar um projeto
pedagógico referente às línguas a serem ofertadas localmente. O material didático a ser utilizado
deverá ser definido pela equipe do Centro de Línguas de cada câmpus. No projeto de cada língua,
deve constar, para cada nível e curso:
• modalidade presencial ou semipresencial;
• local de oferta;
• turno de funcionamento;
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• número de vagas ( até 40 por turma);


• periodicidade de oferta;
• carga horária total;
• corpo dirigente do câmpus;
• ementa com sua respectiva bibliografia (básica e complementar);
• objetivo geral e objetivos específicos;
• pré-requisitos;
• descrição dos conteúdos linguísticos, comunicativos e culturais;
• critérios e instrumentos de avaliação.

7.6. Critérios de avaliação


Os princípios que nortearão a avaliação do projeto ultrapassam a simples preocupação
com o desempenho ou rendimento escolar e buscam significados mais amplos da formação
profissional. O aluno deverá ser aprovado nas avaliações correspondentes ao nível que está
cursando, atingindo a média estabelecida em cada câmpus. Além disso, deverá apresentar
frequência igual ou superior a 75%.

7.7. Certificados
Os certificados serão expedidos ao final de cada nível (sendo que cada nível
corresponde a um semestre de estudos com aproveitamento) pelos Registros Escolares com o
reconhecimento da Coordenadoria/Diretoria de Ensino. Para os demais cursos, serão emitidos os
certificados correspondentes.

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8. INFRAESTRUTURA MÍNIMA

Para a perfeita execução das atividades acadêmicas, os diretores dos câmpus precisarão
prover a disponibilização de um espaço físico próprio e adequado para o desenvolvimento das
atividades acadêmicas.

8.1. Secretaria/Recepção
Um espaço para a secretaria de cada Centro de Línguas – de acordo com as
peculiaridades de cada câmpus – com, no mínimo, 01 computador, 01 armário com portas, 01 mesa
com gavetas, 03 cadeiras acolchoadas, 01 mesa redonda com 04 cadeiras, ar condicionado, 01
impressora multifuncional (colorida), 01 máquina de xerox, 01 telefone fixo, 01 bebedouro. A
Recepção deverá conter sofás para espera, quadros de avisos e boa iluminação para que os alunos se
sintam confortáveis nesse espaço de convivência.

8.2. Biblioteca ou Espaço de Leitura


Um espaço reservado para o acervo dos Centros de Línguas, dispondo de recursos
didáticos e paradidáticos para aulas, dicionários impressos e eletrônicos, revistas e livros impressos
e eletrônicos e modelos de exames de proficiência. Nesse espaço, deve estar previsto um local para
estudo individual e coletivo, com 04 computadores multimídia e ar condicionado.

8.3. Salas de aula


As salas de aula deverão conter no mínimo 40 alunos. Itens para cada sala: 01 armário,
01 estante para livros, 01 computador (para aulas com multimídia, registro de frequência e outras
atividades), 01 projetor de multimídia, 02 caixas acústicas, 1 mesa para o professor, 01 poltrona,
carteiras universitárias acolchoadas, ar condicionado, 01 quadro interativo (“smart board”), quadro
branco ou de vidro, bem como pincéis para quadro, apagadores, reália (material contextualizador
das aulas), papel A4, canetas e lápis, flashcards, jogos didáticos, filmes com legenda na língua alvo,
cartazes, pôsteres.

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8.4. Laboratório de línguas


Laboratório de línguas equipado com, no mínimo, 41 computadores multimídia, com
acesso à Internet, ar-condicionado, fones de ouvido individuais com microfones acoplados e boa
capacidade acústica. O uso desse Laboratório deve ser prioritário para as aulas dos Centros de
Línguas, em seguida para as aulas de línguas do ensino regular e, apenas havendo disponibilidade,
para os demais cursos.

8.5. Instalações sanitárias completas


Banheiro feminino e masculino.

8.6. Sala para professores


A Sala para os professores deverá ser equipada com mesa de reunião para 10 pessoas, ar
condicionado, cadeiras acolchoadas, lousa interativa, quadro de vidro e de avisos.

8.7. Sala para coordenação


A sala para o coordenador deverá conter mesa com gaveta, computador, cadeira
acolchoada, ara condicionado, armários com chave.

9. RECURSOS HUMANOS: DOCENTES E TÉCNICO-ADMINISTRATIVO

No que tange aos recursos humanos, os Centros de Línguas necessitam de:


• 01 representante docente efetivo da área de línguas para ser coordenador do centro.
• 01 secretário/recepcionista por turno de oferta (pode ser bolsista, estagiário ou
servidor indicado pela direção).
• Professores efetivos, substitutos ou temporários de línguas das instituições, conforme
demanda planejada por câmpus, para oferta dos cursos, desde que as aulas façam parte
da carga horária de ensino dos professores, prevendo concurso para atender à demanda.
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• Estagiários de Cursos de Letras das instituições, de universidades e de faculdades


conveniadas.
• Estagiários internacionais de programas de mobilidade das Embaixadas ou outros
órgãos e Instituições devidamente conveniadas.
• Professores visitantes.

10. TABELAS DE PROJEÇÕES

As tabelas de projeções aqui apresentadas foram elaboradas considerando apenas os


cursos de línguas de Nível Instrumental; Básico I e II; Intermediário I e II e Avançado. O objetivo
desta projeção é evidenciar a necessidade básica de quadro docente destinado a atender às aulas dos
Centros de Línguas.
A projeção foi feita com uma carga horária estipulada de 2 horas/relógio semanais, o
que totalizaria 20 semanas no semestre. Cabe enfatizar que cada câmpus tem autonomia para
determinar o número de semanas letivas no semestre, alterando o número de horas semanais, a fim
de totalizar as 40 horas previstas para cada nível.
Além disso, está apresentada, a seguir, uma projeção na oferta de cursos de Línguas
Estrangeiras (Inglês e Espanhol), considerando a abertura de uma turma de Nível Instrumental e
Nível Básico I por semestre. É preciso salientar, no entanto, que os câmpus também têm autonomia
para estabelecer o número de turmas a serem abertas. Não foi realizada a projeção para os demais
cursos, Libras ou Português para estrangeiros, uma vez que sua oferta depende da demanda de cada
câmpus.

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Quadro 1. Projeção das horas semanais e número de vagas ofertadas em Centro de Línguas para o curso de Inglês,
considerando o ingresso de uma turma de Nível Instrumental e uma turma de Básico I, por semestre, em cada Câmpus
do IFNMG.
Implementação 1º Semestre 2° Semestre 3° Semestre 4° Semestre 5° Semestre 6° Semestre

Nível Básico I Nível Básico I Nível Básico I Nível Básico I Nível Básico I Nível Básico I
Nível Nível Nível Nível Nível Nível
Instrumental Instrumental Instrumental Instrumental Instrumental Instrumental
Nível Básico II Nível Básico II Nível Básico II Nível Básico II Nível Básico II
Nível Nível Nível Nível
Intermediário I Intermediário I Intermediário I Intermediário I
Nível Nível Nível
Intermediário II Intermediário II Intermediário II
Nível Avançado Nível Avançado
Total de horas 4 6 8 10 12 12
semanais
Número de alunos 40 60 80 100 120 120

Quadro 2. Projeção das horas semanais e do número de vagas ofertadas em Centro de Línguas para o curso de
Espanhol, considerando o ingresso de uma turma de Nível Instrumental e uma turma de Básico I, por semestre, em cada
Câmpus do IFNMG.

Implementação 1º Semestre 2° Semestre 3° Semestre 4° Semestre 5° Semestre 6° Semestre

Nível Básico I Nível Básico I Nível Básico I Nível Básico I Nível Básico I Nível Básico I
Nível Nível Nível Nível Nível Nível
Instrumental Instrumental Instrumental Instrumental Instrumental Instrumental
Nível Básico II Nível Básico II Nível Básico II Nível Básico II Nível Básico II
Nível Nível Nível Nível
Intermediário I Intermediário I Intermediário I Intermediário I
Nível Nível Nível
Intermediário II Intermediário II Intermediário II
Nível Avançado Nível Avançado
Total de horas 4 6 8 10 12 12
semanais
Número de alunos 40 60 80 100 120 120

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11. AMPARO LEGAL DO PROJETO DO CELIN - IFNMG

O presente projeto de Centro de Línguas do IFNMG é uma oportunidade ímpar de


oferecer condições para sua implantação nos câmpus que ainda não o possuem e apoiar o
fortalecimento daqueles que já estão desenvolvendo suas atividades. Procura-se, desta forma,
promover a institucionalização dos CELIN no IFNMG, garantindo a eles o respaldo legal, de acordo
com as normas institucionais vigentes e a viabilização técnico-financeira para seu pleno
funcionamento.
A LDB de 1996 determina a inclusão de uma língua estrangeira moderna como
disciplina obrigatória no currículo do ensino médio e outra em caráter optativo. Já a Lei nº
11.161/2005 prevê a implantação de Centros de Estudos de Línguas nos sistemas públicos de
ensino, assim como a oferta obrigatória da Língua Espanhola.
A partir da publicação do Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005 (BRASIL,
2005) a LIBRAS constituiu-se em disciplina curricular obrigatória para os cursos de formação de
professores para o exercício do magistério, em nível médio e superior, e para os cursos de
Fonoaudiologia, além de ser ofertada como optativa nos demais cursos de educação superior e na
educação profissional de instituições de ensino públicas e privadas. Essa legislação respalda a sua
implantação e fortalecimento nos câmpus do IFNMG. Ademais, o projeto de CELIN do IFNMG vai
ao encontro do que dispõe o art. 7º do Decreto nº 7.416/10, que regulamenta a Lei nº 12.155/09.
No regulamento da política de assistência estudantil do IFNMG, em seu art. 1º,
menciona-se que a referida política compreende projetos, programas, ações e serviços
desenvolvidos pelo Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – IFNMG, que tem o intuito de
democratizar o acesso à educação e assegurar o princípio da igualdade de condições de permanência
e conclusão com êxito dos discentes do IFNMG.
Considerando a proposta do Projeto do CELIN, percebe-se que sua principal intenção é
democratizar o acesso ao estudo de línguas e assegurar a todos os seus discentes o princípio de
igualdade ao oportunizar sua participação em uma experiência internacional, a que os mesmos
dificilmente teriam condições e recursos financeiros para vivenciarem, na sua formação
profissional, intelectual e cultural.
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12. GESTÃO DOS CENTROS DE LÍNGUAS DO IFNMG

Cabe ao câmpus:
• proceder a gestão do programa em nível interno, definindo, junto aos Diretores de
Ensino e professores de Línguas Estrangeiras e LIBRAS, o responsável pela
Coordenação Geral do Centro de Línguas do câmpus;
• identificar a necessidade institucional do quantitativo de vagas a serem ofertadas;
• construir a proposta pedagógica dos cursos;
• acompanhar os estagiários de Ensino de Línguas, quando presentes;
• confeccionar editais de matrículas e seleção de estudantes do CELIN;
• realizar a programação dos cursos;
• analisar e selecionar o material didático;
• divulgar o CELIN na comunidade acadêmica do IFNMG;
• elaborar a estrutura curricular com estágios, níveis, carga horária e duração dos cursos
de línguas ofertados pelo CELIN;
• definir o impacto financeiro para as contas de seu câmpus de origem;
• disponibilizar o espaço físico e materiais adequados para a realização das atividades;
• manter um contato constante com a Pró-reitoria de ensino - PROEN para buscar a
normatização das ações entre todos os câmpus do IFNMG.

Cabe à Assessoria de Relações Internacionais – ARINTER:

• ser interlocutor com os parceiros internacionais, com o fim de definir os alunos


bolsistas estrangeiros que poderão desenvolver as atividades nos câmpus;
• orientar a regularização da situação do estrangeiro no Brasil, quando necessário, e com
vínculo ao CELIN.

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13. RESULTADOS ESPERADOS

• institucionalização dos Centros de Línguas;


• espaço apropriado para o ensino e o aprendizado de línguas estrangeiras e de
LIBRAS;
• oferta do ensino de língua estrangeira e LIBRAS ao maior número possível de
discentes e servidores do câmpus;
• alunos do CELIN aptos linguisticamente a candidatar-se aos programas de bolsas de
estudos, em Instituições estrangeiras, programas de intercâmbios acadêmicos e no
Programa Ciência sem Fronteiras;
• oferta do ensino de línguas estrangeiras de modo que os sujeitos possam, com esse
aprendizado, tornar-se proficientes em uma ou mais línguas estrangeiras;
• aperfeiçoamento na recepção de docentes, estagiários, estudantes, voluntários
estrangeiros, visto que essa atividade pode ser um dos aspectos mais importantes dentro
das ações para o aprendizado de idiomas para atingir níveis positivos de
interculturalidade dentro do processo de internacionalização do IFNMG;
• interação entre ouvintes e surdos usuários da Língua Brasileira de Sinais da
comunidade.

14. DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

O CELIN poderá constituir um Colegiado, através de um órgão democrático e


participativo de função deliberativa, consultiva, propositiva e de planejamento acadêmico dos
cursos de Línguas do IFNMG, representado por duas instâncias, sendo uma comissão sistêmica
composta por representantes dos câmpus e uma comissão setorial composta por membros internos
do câmpus.
Esse Colegiado do CELIN deverá elaborar regimento próprio a ser submetido para
apreciação dos órgãos colegiados do IFNMG e aprovado pelo seu Conselho Superior.
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15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA FILHO, J. C. O ensino de português como língua não-materna: concepções e contextos de


ensino. Museu da Língua Portuguesa. Estação da Luz: Universidade de Brasília, 2006.

INSTITUTO FEDERAL DO NORTE DE MINAS GERAIS. Regulamento do Programa de Mobilidade


Acadêmica. Aprovado pela Resolução CS n. 17, de 31 de outubro de 2013. Montes Claros, 2013. 18 p.

FORUM DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS DOS INSTITUTOS FEDERAIS, 2009, Brasília. Política de


Relações Internacionais dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. Brasília, 2009.

INSTITUTO FEDERAL DO NORTE DE MINAS GERAIS. Regulamento da Política de Assistência


Estudantil do IFNMG. Montes Claros, 2011.

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO AMAZONAS. Proposta de


Institucionalização do Centro de Idiomas. Aprovada pela Resolução CONSUP/IFAM n. 47, de 26 de
dezembro de 2013. Manaus, 2013.

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL.


Minuta para Implantação dos Centros de Línguas. Bento Gonçalves, 2013.

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO. Regimento


do Centro de Línguas Estrangeiras. Aprovado pela Resolução CONSUP/IFPE n. 88, de 09 de dezembro de
2013. Recife, 2013.

BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da
Educação Nacional. Brasília, DF, 23 dez. 1996.

BRASIL. Decreto nº 5626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que
dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS e o art. 18 da Lei nº 10.098, de 10 de dezembro de 2000.
Brasília, DF, 23 dez. 2005.

O QUE É LIBRAS? Disponível em: <http://www.libras.com.br/o-que-e-libras>. Acesso em: 03 nov. 2014.

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