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Arte,literatura

e seusagentes
Em todos os tempo' em todos os lugarcs,homense mulheres
de difercntesculturcs,costume' credos,etniaspÍoduzíram arte.
Por quê7O que é afte? O que explìcaesseimpulsode criação, i
essane.ess/dadede manífestarsímbolícamente a vida?
Ao longo destecapítulovocêpoderá pensarsobreeiias guestões.
Elasintrcduzem uma reflexãosobrealgunsaspectos
do conhecimentoe do fãzer humano.

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Haring,Keith Ándándona chlva 24o!t.1989


Esmate e acril.o sobrêtelê, 1,82cm x 2,43 cm

CAP|IULa
1
O que vocè deverá saberao
Í. Observe o quadrode KeithHaring.
r Quecores predorn
nam?
L Q Uê r elaç ãa ê x i J te e rtrê r Quefigura(s)você
vêp ntâdãG)
noquãdrol
ârte e reptêsêntaçào.
2. ot possívek sentídos atri- 2. JuliaGruen,curadora de umâdâsexposições
on /inede KeìthHa-
sobreo quadroapresentado:
ring,Íez a seguinteafirmação
3. Quais agentes pafticípan O qur.lro fü um:1retèÌôrÌcìa produzntlspelâpolui
àsmuraçi)cs
da produçâo artístìca. ção e pela chu\ã á.i.h.
é
4, Que relaçãohá entre arte e r Comoâsimaqens
do quadrotraduzem
essaintençáo?
Ao respondel
considere
também
o títuo daobra.
. As íunções do texto lite-
3, O modocomoHaringpintouessequadronosobrigaa interpretar
o olhardo artìstaparâa realidade, comessaâÍir
Vocêconcorda
. Qual é à ìn'portância do
mação? Justifique.
leitor para o texto lìterário.
4. A Íot o a s e g u irmo s t ra o e Í e it o d a c h u v â é c iduôma
e mÍ lo res t a d a
A lem a n h a ,

Queelementos dafoto vocêdestacara?


Obserue provocado
o contraste pelascoresda
produz?
CompaÍea lotocorÌìo quêdro
deKeth Harn9:quêrs
sãoas nten(oes
decadauÍf? Comofealzam essasintençÕes?

KeithHaring(19581990)peF
tenceÈ ger!çáode aÍnas norte DeÍinesetexto conìoa go quê podêsêrlido ê intêrpretado, q!€ pro
anìercênos do5ano51980qLe pÕeLrmsentidof na d Íer€nÌ€do senÌdo de cadaurnada5partesoLre ê
agregoLr êsartesplê9tcas ouÌras r.entoç qLrêo constrtLrem,
q!e suq€reou rev€! uma nten!áo e5pê.i1ca
fôrmasdeartê mrãdac! turah/P'
hop,sLra obraaliolrelêrnentosda QLrândofa ãmos dê texto, poÍtanto, dentí.ãnìos LrnìLrsodâ llngLra-
culturêpop(exÍ.ídosdo Lrnverso geìÌ (vefba oLrnão-vêfba ) q!€ tenì s qn íicãdo,un ddd€ (é LrrfconlLrnto
dâ lV e dasHQs)âoLrnv€Ísodas e n ìqLrêaspârÌesgam 5eLrmae èsouÍat e ftenção oquecontêÍê exç
ruas(cãÍÍos,
vioêncìâ, rìu Ìdóês). tênciaão têxto é sLrâpo5sb dddede eiur. e de nterpreta(ao

r Combasenessas nformações, o quadrode Keith


vocêconsideraria
Explque
Narng Lrmtexto?Èa foto daf oresta?

Ádê, /rlêËturáe Je!5a.renies 3 I


IITERATURA
-

Artee representação
Nafoto dachuvaácÌda,ldentficamoselementosdaÍeaidadequenossão
O quadrode HarngtaTnbém
famI ares,comoa chuvae asárvores. nosremê-
te a elementos cornoa próprachuvã.
da realdade, IvlasnestêelaapaÍece
Tecfiaoa,
TepÍeSenraoa.
O quedistingue
realdadedef cção?Esses
dosconcetossãornuiioimportan-
tesquandotrabaharnoscoma eituradetextosveÍbas ou não-verbais.

i
Realidâdêé tudo âquiloque exlsteno mLìndoconhecdo,que ìd€ntiíjcamos
como concretoou qLrerêcontìêceraos coÍnovefdadero
A Íicção,poÍ sla vez,relaciona-se
à cr ação,à invenção,
à fantasa, ao magnáro
Nessesentido, aliccão pfomoveaconstruçãode uma reãlidade paÍdatender
a unì obj€tvo especítico(pronìovera reflexão,encantaÍ,crticêr,divertir,etc.) Os
nundos f cc ona s podemcoÍesponderè rea dade,talcomo a conheceíìros, ou
propornova5rea dêdes,intelraÍn€nÌeimaginadas.

Assirn,todâobíã de arteé urnarepresentação


da realidade.l\4esmo
quando seocupadee ementos emquepodeÌ|osI
da é Íepresentação.
Observe estequadrode Caravaggio,
plntoÍ taiano do
sécuo XVI.
Nessequadro,TeconheceÍTros
e erÌìentosdo rea, comoasfrutas,
a cesta,o aparadoÍ. N,4as
asfÍutas,
pintadas conìbrÌhoe ÍeaisÍÌìo,es-
. tãocurdadosamente coocadas em
urÌìacestae o rnodocomo-ostão
2 disposÌas atÍa o o har,formando
urnacompos çãoconcebida para
q!e todaselasapaÍeçam, paraque
ãs ÍolhêsLaterais criemum certo
equilibÍio.
Trata-sedeurnarepÍesen-
tação,porquea orgânizãção do
quadrorevela o ohar singuar do
artista,que escolheu um modode
repÍesentarfrutas e folhasparacau-
sãrdetêfrninada impressão no ob-
seÌvador

CaÍaragdo,
Cesta
de ftutas,15-71
Óêô5obre1ea,47
cmx 62cm.

Algunssentidos
daarte
A históradêhumandadeé maÍcêda pelacÍiaçáodeobletosqLte
nosaux
iam a superãrnossasirnitaçõesfísicas.
UrÌìtelescóp po
o, r exemplo,Íunciona
comolma poderosa extensão do o ho hurnano. Tratores
e máquinaspeTm,
tem quea teía selatrabalhada de modornaisrápdo e êf c ente.
Pormeiodâ observáção e da análsedesses obietos,podemosforrnuar
a gurnashipótesessobreasd ferentes necess dadesquesempredesafiaÍam o
seTnumano.

. 4 CAP|TULa
1
TITENA T U R A
-

As crações,porém,nãoselm taTamà nvenção e à produçáode objêtos


de usoprátco.A arteseÍÌìpÍe
ocupouugar signiflcatvo navidade todasas
socedades humanas. OsmaisantigosobletosartístcosquechegaÍam aténós
l sáopequenas figuras porvoltado ano25000a.C.Supóe-se
esculpidas que,
? com o auxíiodessas imagens,nossosantepassados tentavamcontrolarou
aplacarasfofçasdanatureza.PaÍaeies,
símbolos deanirnais e pessoas
tinham
urnasigniÍcaçãornágica,sobrenatural.
Queimpusolevounossos anceirra
s a rcpÍesentaTem,dealgumamaneira, a
vidaque evavam e o quesentâm?EpoÍque,desdeentão, todososseÍeshurna-
nos,emtodasasculturas, emtodososternpos e lugaÍes,produzirarn
arte?
{
"Vênusd€Wi erdorf,enatueta de
cací o do períodoPae! il co
r O queé arte,afinal?
Superor(cêrca
dê25000â 22000
a.C.),encôntrêdêem1908nas AsmutasÍespostas possíveis
paraa pergunta sobÍeo quedeíineartevaria-
proxmdades dac dadede ÍaÍÌì mensaÍÌìenteao longoda história.
W I endorf,naAustÍia. DuranteÍlìutoterÌìpo,a aÍtefo entenddacoÍÌ,carepresentãçãodo belo.
Maso queé belo?O queessapaavras gníicaparanós,ocidenta s,hoje,
e o ques gnifcouparaospovosdo Otienteou paraoseuTopeus quevvêram
na ldadeN,4éd a?
NaAntigúdade,por exemplo, o beloestavacondc onadoaoconceitode
harmona e proporção entreas JotnTas. Poressernotvo,o idea de bêlêza
í entreosgregos ganhaforma nareprêsentaçãodosseres humânos. vstoscomo
modelode pêrfeiçáo.
Noséculo XlX,o Ronìantismo adotaíáossentimentose a irnagnaçáo como
princíposdacraçãoaftístca. O belodesvincula-se dahaÍmon a dasÍorrnãs.
Do sécuo XXem diante,dlferentes íormasde conceber o signficadoe o
mododo íazeÍaÍtístco impuseraÍn novasreÍexÕês ao campoda ane.Desde
êntão,e a deixade seraÌlenasa representa(áo do bêo e passêa expressar
3
tambéÍlìo rnovimento, geométrcâ clasÍormasexis
a luzou a interpÍetêção
têntes,ou até recrando-as. EÍna gunscasos, chegaa enfrentar o desaÍo de
representaro nconsciente humano.Portudoisso,a artepodeseÍentendida
comoã peÍmanente rê(riação de umalinguagem.
Afìrma-se tanìbém, entretanlasoutÍaspossiblidades,comomeìodeprovo-
cara reflexãonoobservadoísobÍe o lugêrdaprópraartênasocedadedeconsu-
moousobrea relaçáo entreo pÍóprioobservadore o objetoobservado. Ouseja,
a artepodeserurnaprovocação, espa(odê reflexãoe dê interrogação

As váriasformasda arte
Quando lmprm u sla arienaspêredes
dãscavernas,
oserhumano conìeçou
a
sevãleÍ paracriarrepÍesentaçÕes
de nìagens e daprópravda.Desde
domÌrndo
êntão,
mìrta5outrasmaniíesta(Õês
aarkiicas
sesomafam
a èssemododeÍepre
Estátua
de umaamazona. senlaçao.
Obràdô escúiorgregÕCréslas, Pintura,
esorltura, r.ú-
sécVlVa.C.Nâânegrega,
Ë
f otogÌâ-
sica,arqlltetuÍa,
a beezasemaniÍeÍanaharmon a fia,dânçâ, c nema,ltera- ?
e napÍoporçãold,ê.dasÍorma5 tuÍã ora € escÍitasãoa
gumas dasmaniÍeíaçÕes
da aircqueconhecemos
t'é
hoje€ pormeiodasquas
podemos coníruirmun- :
doslccionais e expÍessar 5
nossas lnterpretaçÕ-ôs da 3
realìdadee os rnodosde Cenado espetéculoSáhwáãd Ruada encanÍrc,
5ãoPauo,2004D reçãoe co.c€pçáode valdoBêrtàzo

Arte,lìteãÍuq e seusaqentes 5 a
L I Ï ER AI U N A
-

Todacração press!póe umcriadorquefitrae a reaidadee nospermite


recria
? suainterpretaçáo.
A afte,dessepontodevista,é tambémo reÍlexodo artistâ,
e
deseusideas,dêseuÍnododevere decompreender o mundo.
Comotodo artistaestásempfenseTdoem um tempo,em umacultura
comsuahistóriae suastradições, a obrêque produzserásempre, em certa
medida,ã expressão de suaépoca,dê suacultura.
SeÍiaposívelacrescentar outrâsobservações sobreos diversos s gnifica-
dosquepodeassurnir a artea cãdaobraanalsada. No entanto, a Íeflexão
paradara medidadosrnuitoshorzontesquea arte
feta atéaqulé suficiente
nosabree dasrealzações queelapossibillta
comoformade repÍesentaçáo.

Rlbens,PeterPau. O/i//gamentode PJrÀ


(detêlhê),
1632-35. ó eosobrepaie, L Observeo quâdro de Magritte. :
199cm I 379cff O deade beleza lá Ío I No quadro,pode-seer a segunte af Ê
rnutodiferenìe
do âtual.obsetoecomose mação:"lstonãoé umamaçá".Consi
retratava
a belezâ
íeminnâne íormas deÍandoa magem,comovocêexplca-
generosâsdasmllheres renascentíâs I
Ía essaaf rmação?
r VocêconsideraÍia
a propoíade Mâgrtte -e
umaobrade arte?
Mêgritte,
René.
btonãôé ,na maçã,1964 3
Ë
Oleo
sobreÌela,152côrx 100.m.
A p ituÊ deReiéf,1à9t1e(1898-1967) marco!
ê anedosécu o XX.Sêlsquãdlosnterrcgân a
própÍia natlezadap nturae ê açãodo p nror
sobreaimaqemComumhumorcoÍosvo, j
Íezdap ntura.strúmentode
l\,4agrte um
côrhêcmentoln*pârávedo mstéro.
ó
2. Leiaagora esteÍrâgmento de'4 mefâmorfose.
Reparecofiìoeementosdo mundorea contrbuempaÍãqu€,como eito-
res,ãceitêmosa cÍaçãoíiccionalpropostapelonaffãdor.

Qumdo certa mmhà CÌegor Smsa âcordoü de sonhos inhãnqülos,


emquadrinhos
Metamorfos€ encontÌou4e em sua cma meramorfoseado nun insero monstruoso. Estz-
va deitado sobre suascostâsdüâs como couraça e, âo lelântãr um pouco a
cab€ça,\'iu Fu ventre abaulado, mürom, di\idido por reÍrm! arqueaddj
n o ro p od o q u al , , úbFru I' pre\ â d..l ,r' dF \e/. Ji nd" m,l ,u' ü1hr.
'"
Suasnümerosas pernas. lastima\elÌnente finõ em comparação com o volu
me do res|o do corDo, tÍemuÌavam desâürDüadas diante dos seusolhos-
o que aconteceucomigol - pensou.
Não era um sonho. Seu quâÌto; m aurênti-
co qudto hÌnâno, ú qÌìe un pouco peqÌÌe,
O artstagráflconorte-america- no demais,p€rmdecia caÌmo entre 6 qua-
no PeterKupeÍíez umaãdãptã- ht pftdes bem conhecidtr. Sobreames,
na quaÌ seespalha\q deÉmprcoiado, m
çâodeÁ melamolos€,de Kafkã,
mostÍuário de tecidos - Samsaen cai
Paraquaddnhos. Ciador da tiÍa
xeirGviajante -, pcDdia a imagem qüe
spy !.s..çpy,pLrbllcada
na.revsta
Mad eleprocurou exploraraveia ele havia recoÍtado íàzia pouco tempo
humorÍíÌcâ da história
deGÍegor de uma revista iÌusrÌada e coÌocâdo
Samsa. Kupertevea idéÌadepois nurììa bela moldua dou.nda Represen-
de descobÍir queo escritortinha tarã rúa dâmâ de châpéu de peÌe e boá
ãcessos 0e nsoao eÍ passaqens de p€le que, sentada em posição erera,
dessêobra,que,paramuitoslêi- erguiã ao enconao do espectâdoru pe
tores,é ãssustadoÍae sombÍã. edo regaÌo rãmbem de pele, no quaÌ desa
pdecia todo o seu mtebÊço.

. 6 CAPIIULO
I
I.IIERAIUR A
-

O olhd de Cregor dirigiu-se entâo para ajmcta e o tempo turvo -


ouúam-se gotas de chuva batendo no zinco do parapeito - dêixou{ in-
teiÌamente meÌancóÌico.
Í<N tA r@t. A wM'L,to-.1r ducrc: Modero t c' onr
14. sja PJLIo:Conpc a:" di truô. lqS7.
'c'mp'í.-o

r ObsêÍve asinfoÍnìãçõesdo teKo sobreo qLlaÌ


to e a píofissãode Samsa.
ComovocêcaracteÍzaria a personagem a partirdesses dados?
a Samsa"encontrou-seem suacalÍìametamorfoseado numinsetomons-
de seunovocorpojustificao adjetivodeíacado?
truoso". A descriçáo
Porquè:
r.ProcuredescÍever comovocêimagna quea personagem tenhasesen-
tido qL"ndo sedeuco.ìlàde,satÍa'ì)Ío rd!áo.
I Indiqueos elerÍìentos
que,no texto,podeÌnseÍ considerados Íeaise o
@ roa, .ç.i. a. .'totu .n.ia .
.ôrprid! uedââo?€roçô. quevocê dentfcãriacomoirÍeã|.
Reg.lo: agàslho pam 6 nãos dô folm 3. Vocêviìr que â arte pode provocar,emocionâí,retrâtar uma épo(a,
nú ou nenos cilind.icã
etc. Paíâvocê,qual dessessentidosda arte é o mâis importante?
r Qua a obía (qualmúsica,filme ou Jivro)que mehof representa
esse
sentido?Explque porquê.

r Osagentes
da produção
artística
O contextode produção de umadeterminada obrapodenosdaÍ muitas
j
p stassobÍeseusigniíicãdo e sobreasintenções dequema produziu.
E Sea aÍtenosrevelaumãmaneira devero Tnundo, cadaartistarevelaseu
o harparaa reaidadedê seutempo,seleclonando e ementosque recriaem
€ suaS00ras.
O aarìstafÍancèsMârcelDu- Histófia,cultuÍã,ldeologia,Íeligáosãoalgunsdosfatores queJazem parte
champcêusou poêrnicã aoapre- do contextodo aÍtiia e qúecohtribuem para"moldaÍ"seuolhaÍ ndividual.
sentarobjetosdo cotidanocomo Nesse sentido,podemosidentiflcaÍ, nasescolhas que Íealiza, revela-
lndÍcios
obrasde arte,considerando que doresdessecontexto.
atê entao a aÌ1eera vtstacomo No rnornento da cração,alémde expÍessãr um olhãrindvidual,o aÍtista
ê umamãnilestaçáo eevada.que ta'nbérnpÍêservd vdloese.oqtLr'ìesdaeDocde-nquevivepàídèsgeraçóes
provocação há por trás dessaes-
futuras.expressando a godenatureza coletiva,social.Eleestabelecepormeio
colhado aÌÌía?
dassuasobrasum d álogocomos seuscontemporáneos e lhespropõe uma
reflexãosobreo contextoemqueestãoinseridos.
Todaobradearteinteragê comum público.O públicopassa, portanto,a
serconsideÍâdo um interlocutor e, por lsso,''participa",de ãlgumamaneira,
dâsescolhâsque o aÌtistafêZE,ao estabelecer um diálogocoma obra,paÊ
tcipa da construçáo dossentidos queessaobrãpodeexprimir
Todaobrasemanifesta emumadeterminada linguagem, quesedesen-
volveem umaestrutura,Alémd sso,a obracirculaem determnadomeio,
em deteÍmnadosupoÍte!t lizãdopararepfesentá-la. Porexemplo,um Íil-
rneproduzido paracinema é diferente deumfilmeproduzido parâTV que
temduÍacão menore momentos adequados aoscortesdosintervalos co-
merciais. É por issoqueo meo de circuaçãopodedeterminar a manêiÍa
de seconcebef um f me.
Duchamp, lúaÌce.Rodade Muto do significado dasintenções de quemproduziuumaobrade arte
ó,ttleia,1951 Rodade rneta podeseÍrevelado peloreconhecimento
montada sobrêbancode dosvários agêntesquecontrlbuíram
paÍasuacriação: o ârtista,o contextoerf queviveu,o públicoparao quâl
128,3cm x 63,8cm x 42 cnì. a obrafoi criãdae, âinda,ã linguaqeme a estrutura emquefoi pÍoduzida
ê seucontêxtode circulação-

Áde /rte.êturde ieu5dqenter 7 I


TI TER AT U R A

Je an- M ióel B as qu i a t1 1 9 6 0
1 9 8 E ) nas c êLrem N o v a Y o rk
(EUA )f , ho de paihdita n oe mã e Observe,no quadro de Leo
p o n o - Í quênnaE m r 9 l / c o .rìe nãÍdoda Vinci,comoa Mona
ço u a gr aÍ Ì Ì aft er Ì os n a s rL ra s LìsapãÍeceestarolhandoparã
nova-iorqlinas slra cêÍe ra ga nose pensanoo em atgo,com
nhou projêçãoão 1Íabahar coÍÌr seusorrisoenigmático.
o art slaAndyWâÍho.A obraqlre
produziureÍeie assuasinflLrènc â1
cLrluras, o arìrbi€nteurbanoêíÌ-l
q l revv a, a s la c of dç ã od e a Íts

Dâ V n., Leonãdo,Mona 16ã


1 5 0 ! 0 6 O e ô 5 ô b r ên a d e r a
77.m: s:.m

r Dequemodoos€ emeftospresentes no quadro,pr ncpamenteã pai


sageÍrì,contrbuernpãraque a aten!ãode quenìo observãselãdirc
conadapaÍaa JigLrrada N4onaLsa?
r Seo hafrnos comatenção, veremogqueã pàisaqem do adoesquerdo ;
nãose "encaxa ' coma do âdodifeto. Qu€eleto ssopÍovocaquando
o hamosparaa f,/lonaLsaT
r Qu€elerììentosda pasagemajudama daÍ "movmento"ao quâdro?
agoÍa,a Íeleituraquelean-Michel
2, Observe, BasqLriat
Íez do quadro
de Leonardodã Vinci.
:
l
!
è

1
?,

Basquiat
e a nota
deumdólaÍ
A g ! n5ê ênìentos da notade urn
d ó a rapar êc €m noqLr a d Ìo d eB d s
qLrêt.Conì elsa rÊlaçãôinterlex
1 u :, o ar ts t apaf êc eq l rê s to n ê ro
r QLreeementos,presentes no qladrc de Basquat, estêbelecemuan"d á
vao f d á ar t et r adlc on aal o a tr-
bu r à va iosístm. te a de Lêonar
oqo" corno quadÍode Dêvinc ?
do o va or nì. s ba xo da5 nolâç I Que€ emeftosdo quadÍor€vearn que e e fo p ntadoem Lrrnaépocê
diíerentedaquea em quefo p ntadaa Mora l/iá?
r QueinÌerpÍelaçôes o usodê nìâqemoÍ ginalprovo.anaobrade Basq uiat?
r As nlorrìraçÕêsquevocêtenìa respeÌtoda lvlonãLsâde DaVinc nf u-
]
€ncararììo seLro harpâraa [,r]ona Lsade Basquiat? Dequ€manera1
i r Consderando dscarãderíst casdo quadÍo anaisado, qu€t po de públ
co, na sLraopinão, teí ê nt€ressepor urnaobraconìoessa?

I A CAPIIULA1
LIÌERAÌURA
-

A artedaliteratura
umaaíanha
nomuseu Comoacontece coTaasoutrasartes,todasassocedades, todasascultu-
ras,êrntodosostêtnpose ugares,Ìlroduziram lteTatuTaeTTlsuaforTnaoÍa
ou escÍitaPorquê? Que atfbutosespecífcosteÍiaa paÍa
iteratura serÌìostrar

i: tãoimportante parahomens
Há rnuitasrespostas
e m!lheres
possíve
desde sempÍe?
s paÍaessapergunta,maso fato de ter sido
pÍoduzdapoÌcuturase eÌrìtempostãodifêÍentes
itetaturacumpteÍunçõesTnuto mpoÍtantes
nosperrÌìite
nassociedades
concu r quea
humanas.

-:
;a
Bourqeo s,Louise,
r Funções
do textoliterário
Aranha,1996.Erc.ze1/6,
l:8 cmx 668cmx 631cm A paavrê"função"aqulserefere ao papequea literatura
desenìpenha
nassociedades; urnpâpêlqueseconfgurou, emgrande parte,
a paÍtr daqu-
Sevocêvissea esculturaacrna
concuÌiaquee a é
enìunìmLrseu,
o queo púbicoleitoíreconheceu comovalornessa arteao ongodah stóriâ
consderddêumaobrade arte.O
portanÌo,queatrbuíramurnpapeà produção
da eÌtuÍa.Foramos lêitoÍes,
quee âtemde"artistrca
" ?Dscuta iteráriae quea rnantêrn
vivaatéhoje
comselscolegasevejaseelestêm
i. umâopinãosêmeh:ntêà sua. .. A literatura
nosfazsonhar
0s textostêm o poderdetransportar
o leitor,provocar
a êgraou tristeza,
diveÍtir
ou emocionar. Ernoulraspalavras,a lteraturanospermite'viver"
I outrasv das,sentiroLrtí45
emoçõese sensicõêçN,asse sentdo, a literatura
nosofereceLrmdescanso dosproblernâs cotidìanos,quandonosdes
cortinao espa(odo sonhoe da fantasia.
j

l
provoca
A literatura nossa
reflexão
seráqueos textoslteráriostêm o podeíde transíormara íeaidade,ou
existemapenaspêÍanosalivar o pesoda vidêcotdiana?Velao qLrepensa
JoséSêrãmago,escrtoÍportuguês conternporâneo,prênìio
NobeldeiteÍatu
ra em 1998,em entrevstaconcedida ao a'nalO Globo:

Josésáíãmâgo
é umdosmais

ranãoterno poderdemodifcara Ìeadãde,comoreconhece


A I teratu SaÍa-
Tnago, é câDaz
mascertaTnêntê detazercomquêâspessoas reãvãliema própfia
vidae mudemde comportarÌìento.Seesseefeitoé ãlcançãdo,o textoÌiterário
desempenha papetrançíoÍmãdor,
um rnportante aindaquedemodoindreto.
Pea Íesposta de Saramago,podemosd zerquea literatura podeprovo-
cara reflexãoe responder,poÍ meiodeconstruçÕes s mbójcas,a perguntas
cluen0!telarÌì05seresnumanos.

Áde,/rreËturrâ
erêusáqêntes 9 I
I . I Ì CR A I UR A
-

o códigoDaVinci
Gemendo de dot concentrou rodas
Sozinho,JacquesSaunière loltou ouüa vez o
as suâs fâcuÌdades e todâs as suâs for-
olhar paÌã o portão de ferro. Estampreso, e aspor-
iâs nâo se reabririam em menos de 20 minutos. ças. À Iènomenal tarefa que rinha di-
ante de si, sabia, iria exigir todos os se
Quândo aÌg!ém conseguissealcançá-lo,elejá estâ- gundos de úda que lhe restalm.
Ìia morto. Mesmo arlsim, o medo que agora o assâl'
ravàera müiro maior do que o dasua moÍte. BRo$ìrl, DaÌ. O didtpDa tÌtrd
Precisopassàrô segredoâdiúte. TËduçãôr Ceìina Ca€lcanre IaU.-Cook.
Riô deJaneüo:SeÍtâ.te, 2004 {Iagm€nür).
t...lJacquesSaunièreeÌa o únlco elo que resta
!a, o único guardião de um dos mais poderososse
gredosjamÍs srardados.
Tremendo, obrigou-sea Íicd de pé. Esse Dã y,ircium lvro de slrspensê
trechode O códll7o no
PrecisoencotrtEr uma maneira... qualas pintuÍasde Leonardo da Vinciescondem plstãspara
Estavâpreso dentro da Grande GaÌeriâ, e só ha- u r -,.é oo urod-rc- e.p..oì.ro.r'doq a .oo êd.
üaumapessoano mündo â quem eÌe podia pa$ar turapoded vertÍ, entreter.
EÍnpoucasInhas,o autorconse-
o bastão.1...1 guecrar umasitlraçao queprendea atenção do eitor

A literatura
diverte ;
A experiência
apaxonante de oassarhorasendoumbornlivroé íarÌìliar
a mutã5pe55oa5 emÌodoo mLrndo.
Ao acornpanhaÍasinvestigaçôes de um detetvecomurnarnenteógica
cornoa de Sherock Holmes, por exemplo, ou as análisêspsi(oógicasdo
nvestgadorPoirot,o letor sevê presoàspágnasdo livro,ansiosoporche-
garaodesfecho, geramenteinesperado.
E quemjá nãodeuboasr sadas soznhocomastrapalhadas cotidanas
que tantoscronistãs
reqistram,comose dissessem que ternostambémde
: ôr âôdêr â r r . la n Á ( m a ( m ^ ( 7

PorqueescÌèvo? Sejav ajandono tremquelevaos a unosparamaisum anoletivoem
NeÍe depomentodo €scÍitor HogwaÍts, nashistórias de HarryPotter,
sejavagandopelâTeÍra a,
uruguaioÉduaÍdo é pos-
Galeano, na naÍat va de O.Senhor dosAnéis, queernbarcaTn
os eitoTes ^/léd
nas ãven-
slvelobservar
a inìponânciã
da li- turaspropostas peloslivrosSabem que,aconteçao queacontecer,
terão
teratuíapêrãa comunhão entre semprêconsigo a memÓÍ a dasemoçóes sentidas
em cadaumade suas
jornadas literáÍãs.

A gente esúeve a pârtir de A literatura


nosaludaa construir
nossa
identidade
ma necesidade de comui.âçâo
Aindaouenasçae motrÂsó,o jôdvídtotêrna suaeystên.iamarcada pela
e de comunhão com os d€mais,
pda denuncid o que dói e com- coletvidade dequefazoartee queÍunclona sequndo"les" e "regÍas"pÍeesta-
patilhd o que dá aÌe8ria.A gen belecidas. Umdosprimerosdesafios a seremer'ìfrentadospeloserhumanoé
te esÌev€ cont€ a própria südão compÍeender que eise reqrassãoêssasdecidirq rais.lelãsdeveseguiíe quais
e à dos ouFos. A g€nte supõeque precisam serquestonadas demodoa permitirquesuaornadarndvidua tenha
a ÌiterâtuÍa tiansúite conheci- identidade oróoria.
menlo e atüâ sôbÌè ã lingu"gem NostextosllteráÍios.de certomodoentramos eÍn contatocom a nossa
e a conduta de quem a re€ebei históra, o que nosdá ã chancede compreender melhornossotempo,nossa
que ajudâ â nos coDheceúnos trajetóra comonação.O interessante, porérn,é queessa"históÍia"coletivaé
pda nos uìEfrosJuros... pormeiodashistórias
Í-^criada individuais,dasinúrneraspeÍsonagens presen
BRrTO,JoséDoningosde (Org.). tesnostextosque emos,ou pelospoernas quenostocamdealgumêmaneira.
PofCu,,sm, ?SãoPaulo:
Escria{rd,Ì99s.(Lign€nto). Comoletores,intefagrnoscomo que emos.Somos tocados pelasexperiên-
cas de letufasque,muitasvezes, evocamvivências pessoais e nosajudama
rcfetirsobrenossaidentidadeindividua e tambéma construí'la.

.1O CAPITUL)
1
TITERA T U BA
-

A literatura
nos"ensina
a viveÍ"
Comotodamanifestação artístÌca,
a lteraturaacompanha a traietória
hu-
rnanae, poÍ meiode palavras, constróimundosÍamliaÍes,em que pessoas
semelhantesa nósvivem problemãsidênticosaos nossos,e mundosÍantástcos,
povoados porseresimaginários, cujaexistênciaé garantdasomente poÍ meio
daspalavÍasque hesdáovida. Também exprime, pêlãcriação
poética,reílexões
e ernoçõesqueparecern sertão nossasquantodequemasÍegistÍou.
Porrneo daconvivênca cornpoemas e históriasq!êtraçamtantose diver-
sosdestinos, acabapor nosofereceÍpossibiidades
a llteratura de respostaa
i_dègècoes con,nsè todososse.es -urra-os
Nalteraturaesperamos encontÍatema gumades!asrnanifestaçÕes, uma
respostaquedêsentidoa nossaexistência, quenosaj!dea compreender um
poucomaisdenósmesmose denossavida.Ír lharessescaminhos da iteratu-
ra nospóeem contatodiretocoma nossahLrman dãdee ajudaa revelar urn
Doucode nósa nósmesmos,

A literatura
denuncia
a realidade
./
Emdiferentes rnornentos dahistóriahumana. a iteraturateve
ffijgnffiR&tr um papefundamenta: o de denunciara reâlidade,
sobÍetudoquãndosetoresda sociedade tentam
€ Umpoemadenúncia
r ocultá-la. Foi o que por
ocorreLr, exeÍnplo, du-
EÍe tÍêchodo poemã"No ranteo período da ditadura miitarno Bfasrl.
mundohár/ìutãsaÍmadhãs':de Naquelemomento,inúÍÌìeros escÍitoÌesar-
Ferre
raGuLlar,
denunciã
aÍâtãde .
Íi,(dãÍr d propria,ida pdraden-nriat eF
iguddadeentreaspessoas.
suasobras,a v olênca quetornavaa exs
r tênciaumaaventura arÍiscada.
i...1
Esús preso àüda como ouma Wf A leiÌ-rddê.sasoora\. nêsrìoouevF
5 varìos en sociêdâde deno(rarcae
úâu1a. S{ _rvÍe,'ìo' -nâ
e Estamos todos presos ec na a vaor|7ãrnos"o\.irÍêr-
K
nestajaula que Gagáín foi o fiS tos i'dv duãi!.no<a udâ a desê-volve'
Y , u-na TelloÍ (onsclenclê poit(a e soclol.
lpímeiÍo a ver peÍmite
I En resumo, que ohemosparaa
de fora e nos dizer é âzuÌ.
o nossah stórlae, conhecendo a guÍnasde
Ejá o sâbíamos.lanto
suãspassagens maisatefTadoras, busquemos
que não te mataslee não vâis
construirurnfutuÍomelhor.
Masnão é apenasem momentos de opÍessão política
e a8üentârás até o fin.
quea iteratura denuncia pof
â realdade.GraciianoRaTnos, exem-
p o, ao contara sagade Fabiano e suafamília,em yldãssecas,denuncÌa a
o certo é que nestajauÌa há
de umapaÍtedo Nordeste
tÍisÌefealidade brasileiro,
até hoiecondenadâ à
tos que tên secae à faltade perspectivas.
O poetaFerreifa Gullar,eÍnvárlosdeseuspoe-
mas,apontapaÍaas njustiças e asestretaspossibiidades de realização das
há os que têm tanto que Dessoas por
limitadãs umarealidade socaladveÍsa.
lsozinhospoderiam

e os que não têln nem pâÌa o r O pactocomo leitor


talmoço de hoje
t...1 Paraqueos mundos literárosganhemv dà,precsamos habitá-los.
Emouiras
palavras,temosde aceitaro convtefeto peloautor paraentrarmos, sem
CULIÁ& Feü€iE. &Ìt dz mr,
"el,Ê.
Rio deJarcúo:José olrmpio, 1998. medo,nosbosques criadospelaficçáo.
r. .l
CoÍnosabeÍ,porém,quecaÍninhos trilharernum rnundodesconhecido?
\***,**."..".",Ér O própíiotextoliterárionosoferecerá ossinaise àsp stasque,interpreta-
dos,indicaráo o camnho.Ìodo Ìextoestabelece um pactode cÍediblidadê
comseuspossÍves leitores:
casoelesaceÌtem ascondçõesqueregemo mun-
do ficcionalaliaDresentado. essemundoÍaÍásenttdo-

Aíte,literatuÊe seusaqentes 11 a
TI TER A T U R A
-

Vela,porexemplo,o quedizo narrador conto"O gatopre-


do conhecido
Umcontode suspense to", de Edgar
Al an Poe:
e mistério
"O gãtopreto"é um dosmais
conhec dosconlosdê Edgar
Allan
Po€.Nee,acompanhamos a his- Nâo cspcro nem peço que se .Ìe cródiro à hisróriâ sumamente exraordìnáia
tóra deunìhom€rìque,semcau- c, Do cntanto, bastmte doméstio que \ou nârrar. LoÌÌco seia cu se espcÌN{ d
5Aaparente,passa
a secornportaf coisn, tràtìndo{e de Lm c$o que os lÌÌc.u, próprios senridos se ÌìegaÌÌÌ a à.eiràr
de modomuitoviolento,mudan Não obstàÌìtc. nào cstou Ìolrco c, coÌÌì toda a ceri€ra. não sc,nho. Mas ànàúã
docompletamentedepeÌ5ona da posso rÌorcr e, por isí,, gostaÌia. hc,je, de aÌiüaÌ o ìÌeu espíriúr. NÍeu pÌ opósito
dê.ApósmataÍPuto,s€ugatode iÌDediato ó aprcsntd ao mudo, clâÌa c srcinramenre, ma! sem co ìeÌÌtárìos.
lma séric dc simFÌcs acontecimentos donéÍicos. Ì)e\ido a suasconseqúêÌìcias, È
tais acontccimentos me atenorizaftnj rornrraraÌì e desffuíruÌÌ_ No cnrìtrto,
nio tcntdci cscldccôlos. En mim, quase náo prodÌÌziüm ouha coisa seÌìào
horor - mas, em múias pessoãsi t?Ì\ez lhes pafeçarì menos teÌÌí\€is quc gro-
tcscos. Tallcz, m!üs tude, haja aÌguÌra inteligênciã $rc redüza o Ìneu lãÌÌtâsna a
cáves à apariçãode
u m se gundogat o, .ìlgo comuÌn - uma inteÌigência mais sereìÌa, mais ìógica e muiro menos .'xciá-
lcÌ do quc a minha, que perceba, Ììâs ciÌcÌrDstâDciàs a qüe ÌÌÌe reliro conÌ tcÌÌo!
nada mais do que ]Da sucessãocomum de causa! e efeibs ÍÌuito raturais.

POE. Edga ÁÌÌìÍ. O garo preÍo.In: .lliLúias dtrt0tlinarì^.


Trrdu!:no:BFno Silvein e ouúos.Sio Ìaulo: E
lbrìl (ìnnrral, 1978.(Ingmenb).

O naríadoÍcomeça declarandonãoespeÍar queosletoresacrediterÌl


nahìstó
Í a quevaicontarOÍa,senãoterntalexpectat va,dequeadiãntacontara hlstó 9
Ía? Observe que,apesar decaÍacteTizar
suahistóriãcomo "extraoÍdinária",
ele
afÍrna:"Nãoobstante, nãoestouloucoe, corntodaa certeza,
nãosonho".
D antedo desafiode er umahistó|aque,eÍnboraverdade ra,pareçêab
surda, a cufosidadedo leitoré estimuada.Porqueo naíadoÍmêgina não
sef possívelacredtar nela,mesmotendocenezade que os fatosocoÍÍidos
não sãotruto de suain'ìaginâção? A resposta é dadasob a forrnade uma
h póÌeseforrnuadanofinaldo trecho:

l!

T:ìÌvez, üìnis tàÌde, haja JÌgxma inteligôncia que redÌua o meu fanlasma a
aÌgc,comu - uÌÌx nìtelig€rcìa Ìnah serenâ, mais lósica e muiro menos exdú
Íel do qüe a mhha. que pelÌreba. ÌÌas circüÌsLâncias a que me refiÌo com teror
Ììrda ÌÌÌais do que uma sücessàocomum de causâse eÍòitos muito nanrÌais.

Dequemserìãessã"intelgênca rfa s serena, mas ógjcae muitomenos


exctável" quea do naÍador? A do leiÌoté claro!Enredado pelodesafio
pío
postopor quemcontaa história, só restaao eitorpÍosseguir suêaventuÍae,
chegando aof nâ|,produziÍunìaexplicação quemostÍecomoosÍatosnaÍfa,
dos,apaÍentemêntê nêcTeditáveis,
nãoDassam de "umasucessão comumde
causas e efertosmuto natuÍais".
Quando aceitao jogoproposto peloÌexto, o leitofreconhece
comoválidasãs
condiçÕes peo nârrador
crjadas e podeniciarsuaviagern pelomundodaf cçáo.
O pactoentreleitoretexto é produzido paraquea lteratura tenhaiberda
de f cconal.ErÌìbora sesaibãqueosacontecirnentos naÍrados
náosáoÍeas,
ádmitese que,se o mundotvesseêqueas caractefÍsticas apresentadas
no
texto,estepoderÌaserreal.PoÍ ssodizemosqueo textoé verossímil, queí
di,,ê.n"o ê .e-dddêi'o.-'ìd pareceverdàdeiro

a 12 CAP|TULA
1
L I Ì E RA T U R A

tr Asquestões
de I a 5 referem-se
âo texto 1.

Conünuidadedosparques
A históríade um homemque lê um romancenoslevaa indagar:quais
sãoos límitesentrc a realìdadee a ficção?A t€rto tumbém nospemite
pensarsobreuma dasfunçõesda !iteratura.
È

Começaràa ler o roma.ÌÌce.lias antes.AbandorÌou{


por negócìosuBentes, voÌtou à Ìeilura quando rc-
gressaÌade trem à fazerda; deixaíÌa-seinteressâr len-
tamentepela íama pelo desenhodos personagerÌs.
Nessatarde, depois de escreverulìta carla a seu pro-
curador, discüúr com o capatxz uma qüeslào de par-
ceria, \'o1.oÌr ao liiro na íaqüìlidade do esclitóúo
que da\a parâ o pârque dos caÌvâÌhos.RecostâdoenÌ
sua poltrona fàvorita,de costaspara a porta que o
teria iÌìcomodadocomo ÌÌma iÍirante possibilidade
dade escondida. Um diáÌogo enioÌ\enie coriâ peÌas
de intromissôes, deixou que suamãoesqüerdaacari-
páglràs como uÌn riacho dc seÌ?entes, e sentia-se qüe
ciasse,de quando em qüaÌÌdo, o Ìeludo \€rde e se
tudo estaÌ? decidido desdc o começo. Mesmo essa!
pôsa ler osútjmos capítÌ os.SuaÌnemória retinha senÌ
c,rÌícins qrÌe envolviam o corpo do ammte, como que
esforçoos nomese asimagensdosprclagonistâsia fân-
desejando retêlo e dissuadi-Ìo, desenhaw desagra-
a irì-riâno!€lesca âbsol-veu{ qüase enì seg.ìidà Cozavâ
davelmente a ligura de outro coryo quc era necessá-
do pr^zer meio peÌïerso de seâfastâÌtlinha a liÌúa, .la-
Iio desiruir. l,\ada foE esqueci.Ìo: impedimentos, üa-
qúÌo qüe o rodeala, e sentir ao ÌÌÌesÌnotenìpo que suâ
rcs, possiveis eÌÌos. A IrdtiÌ aÌesa hom, cada inÍmte
cabeçadesca$avacomodaÌnerte no veludo do àlto ree
tÌnha seu emprego minuciGamenre aúibuído. O ree-
i patdo, qüe oscigaros colìtiÌìuavâtrÌìao a.ÌcãÌceda mão,
ume cruel rÌaÌ se intenompia para que a mão de um
que além dosjânelõesdâÌÌçâvao ar do entar.lecer sob
acdictìsse a Íice do outIo. CoÌìeçalã a anoitcceÍ
oscâÌ'!alhos.Palâm por pãÌârà, absorlido peÌatÌ ágicn
desÌrniãodos heróis, deüàndo-se levàr pelas ìmaÍjeÌÌs .JásenÌ se oÌhnr Ìigados firmemente à tar€fà que
t os agÌnrdava, sepdaram se na poriada cabana. EÌa
que se ÍòÌïavrm e adquiriD co. c molimeÌÌto, Íòi
testemunha do úÌtimo enconúo na cabma do mato- deria coÌìtinuar peÌo caminho que ia ao Norte. Do
, i mi nho opu' rÕ. pl e \oìrou um i n' áì,,ê prra \ i-
'e
c Ìa coÌrer com o cabeÌo soÌ1o. CoÌreu poÌ sua rez,
,.q,,i \?' rdo-ç d. t^úri di ,Ìi rgui r , , â
ríNea bÌ'ttÌÌÌa do crepúscuÌo a alameda quc o Ìcvàriã
àcasa. Os cacÌÌonosnlo deüam ÌatiÌ, e não ÌntiraÌÌì-
O capataz não estaria àquela ÌÌora, e não cstava-
SÌrbiu os tlês iìegraus do pórtico e entrou. PeÌo san-
gue galopàndo em seus ouvidos chegavam lhe a, pa-
ìi \ n' di Inul h" r: pri rnpi r. umr.aL .yul . rìepui . u m a
vdanda, umâ escadariaatapetada.No aÌto, duas poÌ'
tas. Ninguém no p mciro qudto, ninguém no se-
Prim€iro €ntÌàva a mulher rcceosaj agora chegavao gl ndn. A fo, td do ' al i o . enrJ. o punhal nâ mi u. d
amante, a caraferida pelo chicotaço de um galho. Elâ lÌu dos.janelõcs,o aÌto respaÌdo de uma poÌtÌon.r de
eslâÌìcaraadmiràvelÌÌìente o s,ìrÌguecon seusbeüos, veÌudo verde, a cabeçado homem Ììa pohona lendo
mas eÌe recusaiâ as cârícias,Ììão vierà pâÍa repeúr as
cerimônias de uma pâi\ão secretâ,protegida por um coRTÁzAR,Juìio. dospaÌquesln:
CortiDuidade
nundo de folhas secase caminhos ftutivos, o pünhal Finalda tat.'lr^Itr\:n : Rent (lorgâ, fiìho. Rjo d..Jânciro:
ficarã mornojunto a seupeito, e debaiÌo baúa a liber- L:pr$ão . CnlNü, 197 | ,

Af.e,lìteÊtu@e seusaqentes 13 4
tI Ì E RA Ì U N A
-
\l
Todotexto narÍativo se constróiã partir dã pÍesençade ãlgun5elê-
mentos básicos:narradot personagens,cenário,tempo e enredo.
Quemcontaa históriaem "Continuidade dosparques"?
+ Quas sãoaspersonagens envolvdas na h stóÍa?CoanoeJassãocarac
terlzadas?
B O textoapresenta do s cenários.
Quas sãoeles?O quese descobre so-
breo primeÍocenárono I na dahistóra?
n EÍrìque intervdlode tempoa históÍd se passa?
n Há,no texto,um aconlecirÍento quedesencadeia a açãof nal Qual
é ele?
È
o êscrtoÍargentlno JulioCor- tì!, No conto,há duàshistórias
nârradas:
a do {azendeiroìeitor
e â dos
tázârfcoLrconhecrdo peìotrata arnantes.Uma reflete a outrâ, e as duas históriastermìnam por se
menrofantáíico d.doà r€alidâde êntÍelaçãr.
Expliquecomoo trâbalhode.onstruçãodo cenário,das
em slrasobrâsliteráras.Nãscdo personagense do enredo ajuda â promoveresseeÍeito,
eÍn1914,Coarázafganhâ famain- :!. Apósa leituÍado conto,podemosãÍirmarque â primeiraplstãque
ternâciorìalaopublicar,
em 1963,
CortázarnosfoÍnece sobreo caráter Ía ntásticode suanãrrativaé o
Jogode amareljrha,ronìanceque
podeser do de íorrna nearou título da história.Porquê?
naolìneaÌ, conÍÍu ndodiÍerentes Releiaa seguintepassagem
do conto.
h íóÍias, a depender do tÍajeto
adotado peo e tof l\4oreuem14
de feveíero de 1984,vítìmade
" 1...la fantasiano\€lescaâbsoÕru{ quaseem segrida.cozãlã do pra j

No conto"Contnuldade dos zcr mcio peNcrso dc sc aídtar, lnìha a linlia, daquilo que o Ìodea!ã l...l ."
paÍques",o e êmentofantástlco
p€lotrabãlho
é construído comos
doisp anosem quea histôa sê t O narradoÍdo conto,êo fâ ar do prazeÍsentdo pelofazendeÍo eitoÍ, j
desenÍoa o do letorquelê um aude a umadasfunçõesgerãmenteassocadas à iteÍalurâ.dentf
romêncee o do romance queé quea
iil, A lÌteraturae asdemais{ormasde artepodemlevâro serhumãnoâ
refletirsobreasangústiase alegriâs
da própriaexistência.
A leitura
do contonosajudariaa compreender Porquê?
melhora realidade?

UffiiAs questões6 e 7 referem-seâo texto 2

texÌo z
AurüstaealâmBada
Ao relembrarun epìsódìo
marcantede suaadolescência,
o escritor Érico Verissìmo
nosajuda a refletír sgbre
uma dasfunçõesda litentura.

LenÌbro-mc cÌc quc certa noite - eu tc r uns quatoÌze anos, quando


Ìnuito - cncancgarâm-mc dc segürâr uma limpada elérÌi.a à.abeceira
damesade operãções,enqÌranto um médico fâ7iaos primeìros curativos
num pob.e diabo que soldados da Polícìa N{Ìrnicipal haliaÌì "cârnea
do". f...1 Apesar do horror e da náusea, (o,ìtinrÌei firme oÌìde estaÌ1ì,
ialrez pensando assim: se essecabocÌii po.Ìe agìientu rxlo isso sem ge
ner poÌ qÌre não ÌÌei de poder ncar scgurando esrr Ìâmpada para ajudar
o.loutoÌ a cosnDar essestalhos e sâÌlrr essa\idal [...]
JJ'

4 14 CAP|TULA
I
I . I T E RA T U R A

Dcsdc quc, acÌulto, .orÌecci a escreïer e


.'-""..r, i.- rté hoje aidéia @
de que o DreDos -"."i-ado
qÌÌe o escritoÌ pode lier,
n u ma é p ocrÌ de âtrocìdades e i nj usti ças
como a nossa,é acender a $ra lânìpada, 1à-
\r::
,r" ì,, / + ,l ' r. i d. ,eL,x,L!,Ìu. r\i
' ..' l ,,l i dê
,J r ' ìô l ,, c côì" ê Fl e , l , i
'r ' - ' ri ,l ;u t,rupr, '
aos ìa.lfões, aos âssrìssìÌros e aos üraÌìos. Snn, sc
gurar a Ìâmpada, a clespeito da náusea e do hor
ror. Se não ti\'efmos unìa lâmpadâ eÌétÌicì, arcn.Ìa
moi o rÌosso rocc,cle lela ou, em últnÌÌo caso, risqueDros fósforos repe É
tidaÌÌÌeDte. coüÌo u1ÌÌ siÌral de que Ììão dcscrramos DossopoÍo.

Ì.'bAìegÌe, (;Ìobo, 1978.r: ì. (Iragmerto).

!:i, A lâmpada,no têxto,tem um s;gniÍicado


simbólico.
Quesignìfìcâdo
n ^ .la (Â r:rri hL'i .l ^ â êl ã )

ir A que Íunção literáriaErÌcoVerissimose reÍereem seudepoimento? l

l' Leiâa nolíciaâbâixo,

Sem que ningL!ém sâiìr? conìo


l! l
- e muitr menos por qrÌê - umâ
câtkca enfèrrujâd1 foi coìocâda cm
Ei
1i
r cnÌa de um peciestal no ÌaÌgo .lo ii.

Ârouche (ce'Ìtfo de SP), Ìocal lrn J;


tes ir.upado lelo busto do escdror ã';
GuilhemrecìeAìnleidá (1890-1969). 3l
ii;
É o "monuÌnento à cetrdca müsí
vel', infoÌma uma plâca prctâ .om
BÍêcherêt,
V ctor
rÌoÌdrÌra e letr:rs douradâs, coloca-
i
Depots
dabanhÒ
Esclltura
embronze,
1945 da abai\o do objeto, on.lc airda
se lè, "PÌo€rama pal1r a desca! aca,
O escutor Victor Brecherêt
nasceuem S;o Paulo, em 1894. Ìizaçãoda vida.Julho de 200,í".
Mesmoausente do pakenì1922, A estáluafica ìrem eÌÌÌ ffente à
panicipo!daSemana deAie N,4o AcadennaPaullstade Letns, ao Ladodâ esculÌura'Dcp.rj.sdo BâÍúo', ..
dêrnacom 12 obÍês lvlultasde de Victor BÌecheÌei. e de maís qÌretro pecì-.stâis.um .lcles 12nrbéfi :
escutuÍaspodernseÍvstas
sLras sem o busto de brcÌìze. j
êmpaÍquês êêspaços púbìicos dd
cidadede5ãoPaulo, cornooMo i
FaLhnú s.Paúta 1 te1..2Ò04,çóddì:uro. DjrporivcÌ ed: i
numenroàr bar.íelar, no Parque <hrÌp,//\s\$Ì.follÌru.ì..oú.br,/fsp/coti.lia!/lÌì]1O92OOil19.hú>. :,
(fmsoento). ..
-{{ e$o en: 3 ser,:00.1
..--''--.'-.-,'..''..-.-..
l!

/de, ,teféluré 15 I
ê 5eu5,rqertes
t I Ì E R AÌ U R A
-

't, Com seuscolegâs,discutâasseguìntesquestões.


6 Nasla op nião,o quesimboizaa "catraca invisíve
"?
rÌ VocêconsdeÍaesseTnonuÍrì€nto urnaobrade ãde? PoÍquè?
r Osd zeresda p ãca("ProgrãÍìaparaa descatracàlzãçãoda vida.lulho
de 2004') sugeÍemas possíveisinlencõesde quemcoo{ou a catraca
em um pedesta Qualsseriãmelas?
E Dequemaneira o localescoh do e a proxmidadede umãescuturad€
V ctof Brecheret
contribuemparâconstrur o sentdo da obÍa?
ã. Comovimosnestecapítulo,o públicoé um dosagentesdâ produ-
ção ãrtística.Leia,agora, dois depoimentossobre o monumenÌo à t
catracãÌnvisível.O primeirofoipublicadoemumjornaldeSãoPau-
lo e o segundo,divulgadoem um b/og,na internet.

'.':-'-'
:
1
5.9.04

Não possoclcixar dc comcntâr que o monumento à catracaÌNisivel é


snnpÌcsuÌentcdeúÌrisl \Íc dcscuhe lorye Coli, mas a arte não dependc
dc irÌstituiçõcs paÌa cxistiÍ Ela é e ponro fÌnal. ,{Ìte é erpresão, é bele
za, é o símbolo do in.ons(icnie, da ma do mundo. Se hoje rm mi.tó-
.io podc ser considerado ütc Dão é por cle esta
vocô diz, mas snn porquc cxpÌessr uma rcrdad€ da quãlÌÌão po.lenos
fugir o homcn sc csvaziou.
[...] Esraniosconplctaniente pÌesos clenúo daquilo que é polirica
rìcnte corÌcto, poÌiticamcrtc aceiáyeÌ, acépti.o, lÌipócÌita. 1...1
É por iso quc apóio o PÌograma dc Dcscatracalizaçãocla Própria
Vida. Lnquanro ainda houreÌ irrclerôncia, enquaÌÌto a afte pu.ler tra
zcr aÌí!io, cnquanto os dtistas dc lcrdadc lutarenÌ por seus espaços.

Dli SIÀIONE, (lLudir Pocnìrdo$â


Dnponírl.Íì, <hhÌt:,//írs.poenabLôgiâ.bloggcr.onì.bf /,>
en: 8 set.2004.(lragneÌtô) .
^.eso

F A partirdosdos depomentos, qualé o perfide púbicocomo quala


obrad aloga?
4 Vocêacredtâ qlrea reãçãodo comercantede florcsdecepcionãia
os
autoíesda olría?Porquê?
E QuaÌdasopinõesmaìsseapÍoxÍrìãdaquioquevocêtambénì

a 16 CAPi\ULO
1
Dar n na' , a n n r lè' Porolere pesquisor
Ër
httpJ/www.ltaucuÌtural.com.br/ C omosetratãde um capi tul odedi cadoàart e,
de modogeral ,sugerÌmos que vocêprocurea l
Deíaque para a en.lclopédiade artesvisuals, gumasobrasque abordam a trajetórÌa da arte
com â reproduçãodeobrasprimasdaaíte brasi- âo longo dos tempos.Os livÌosãbaixosâo ape-
lêira ê umâ opçãoque permltenavêgâíentíê os nãsa qumas ndicâçõesdos muitostextos sobrê
" m ar c osda ã Ítê b ra s iê i ía " .

http://wwwmêsp.ãrt.brl tní.iaçãoà histórÌada ârte,de H W lanson.


Ace$o ao acervode obfas do Museude Ane 4. ed 5áoPallo:lvlêÌ1ins
Fortes,20Q1.
de 5ão Paulo (MASP),ã ém de informaçõesso-
Paraentendera afte,.1eRóbertcumm n9 ço
bíê curoose exposçóes.Deíaque para as obras
m aisim poí ta n te sd a c o l e ç ã on, a q u a l íi g L rrâín
quadr osdê Mo n ê t, R e n o i r,D ê q a s ,C é z a n nê, Afte conentadat da pté-história ao pós-
ChagaÌ,Goya,TurnêÍ,Van Goghê, êntre os brê moderno,de C êrol 5l rckl ând
R i odel aneÍo
sileiros,AnitaMa fattl, DiCavalcanti, LasãrsegaI EdoLro,1999
História.lapìntura, de\t'lendyBe.kert São
http:/ Àuwmam.org-br/
Ateso ao acervo on-lme do Museu de Arte o que é árfe, de lorgeCo . 5ãoPaLìloBras-
fvlodêrnâde 5ào Paulo,inforínâcõessobreartls- ense,2003(C o P rmerosP assos)
tas, êxposlçõeseeventos.É possivêlver,na "vis
t ã v ir t uê|" ,ã ã ra n h ad e L o u i s eBo u rg e os q u e Questõesde arte, de Crn na CostaSãoPaulo:
It4oderna,2004
reproduzimosnestecãpítulo.

http://VWwmuseus.art.brl
5/fe coÍn/lrks para musêusdo Ínundo todo.

Poroossistir
+r
Sociedadedot poetas noftas, Ocàrtei roeopoeta,
de PeÌerWe r. EUA,1969 de lvlchaeRàdfordlÌé a, 1994

N uma remota i l ha d o
MediteÍáneo. Mario Ruo-
Achegâdade uín novo ppo o, um tímido esimp ó'
p ro fe s s o rd e l i te ratura rio fi ho dê pêscadores, é
tra n s fo rm ãa v ì da dos contratadopara êntregâr
ê l u n o s d a tfa d ci ona I cârtês ao poetâ P ãblo
Welton Academy.Desa- N erudã.C om o i nk o d a
fi a d o s a v i v e r i n tensa- amizadeentreosdois.Ma-
mente o moíÌìênto pre- ri o pede aj uda a N eruda
sentê.os jovensfundâÍn parâ âPrendêÍa usarrn-ê
a "sociêdadedos poetasmortos", insplíadospêlâs l hor às pà àv,àse coroui sràro co.àçàod€ Ln'è
palàv r âs
de T h o íê à J ": F J p à à o s b o s q u e parè
s v bel si na nJl heí.O dese.ode dorì' i na.àspâl ad ê'
vêr livremente,paÍa sugâra essêncâ da vida, parê fazcomqueMarìoreaprendaaoharomundoem
aniquilãr tu d ô oq u ê n ã o ê ra v i d â e , p â fã ,q uando qJe !i vê. ê.orhêíerdo ê poeri àem Lmd rd.ur- -
morer, não des(obrirque não vivi". zã quê l he é mui tofami l i ar.

Ádê, irtêráiurâê J€tlsáq€nt€s 17 |

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