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Índice
1. Artigo Correlato
1.1. Litisconsórcio ativo necessário: possibilidade de sua formação e efeitos
2. Assista!!!
2.1. O que se entende por Litisconsórcio necessário passivo?
2.2. O que se entende por litisconsórcio necessário unitário e facultativo?
3. Simulados
1. ARTIGO CORRELATO
Tem-se litisconsórcio quando, em qualquer dos pólos da demanda – ou em ambos –, concentra-se mais
de uma pessoa, cuja relação de afinidade de interesses autoriza a cumulação [01].
O litisconsórcio não pode ser visto como uma forma de intervenção de terceiros porque todos que o com-
põem são partes no processo, inexistindo subordinação entre eles. Cada litisconsorte é uma parte autô-
noma e, salvo exceções [02], as condutas de um não prejudicam ou beneficiam o outro [03]. Esta autonomia
entre os litisconsortes não induz, contudo, uma pluralidade de processos; "o processo litisconsorcial é u-
no, com a peculiaridade de que um dos pólos da relação jurídica processual, ou ambos, abrigam duas ou
mais pessoas em vez de uma só em cada um deles." [04]
A pluralidade de partes que configura o litisconsórcio pode ser classificada como: ativa (quando formado
no pólo ativo da demanda); passiva (quando a pluralidade está no pólo passivo); mista (quando ocorre
em ambos os pólos da relação processual); inicial (quando se forma desde o início do processo); ulterior
(forma-se no curso do processo); necessária (advém de determinação legal ou pela própria natureza da
pretensão); facultativa (forma-se pela iniciativa e vontade das partes); simples (quando a decisão pode
ser diferente para os litisconsortes) e unitária (quando a decisão deve ser a mesma para todos os litiscon-
sortes).
A presente análise cinge-se ao estudo do litisconsórcio ativo necessário, onde a presença de todas as pes-
soas ligadas à relação de direito substancial é imprescindível para a análise do feito [05].
O litisconsórcio necessário encontra sua regulamentação no artigo 47 [06] do Código de Processo Civil que
traz, conforme aponta prestigiosa doutrina, uma evidente falha ao vincular a necessariedade à uniformi-
dade da decisão que será proferida.
O litisconsórcio necessário não se confunde com o unitário, não sendo este uma espécie daquele; são ins-
titutos diversos que podem, ou não, estar presentes conjuntamente. O elemento caracterizador do litis-
consórcio necessário [07] é a inexistência de facultatividade em sua formação e não a prolação de decisão
uniforme para todos que o compõe [08], o que torna plenamente possível a existência de decisões diferen-
tes para os diversos litisconsortes [09].
O estudo do litisconsórcio passivo necessário não encontra qualquer dificuldade, existindo, tanto na dou-
trina quanto na prática, inúmeros exemplos de sua ocorrência. No entanto, quando se discute a existência
do litisconsórcio ativo necessário, os processualistas não chegam a um consenso.
BIBLIOGRAFIA
NOTAS
01
MARINONI, Luiz Guilherme. ARENHART, Sérgio Cruz. Manual do Processo de Conhecimento. 3º ed. São
Paulo: Ed. Revista dos Tribunais, 2004.
02
A doutrina aponta, como exceção a esta autonomia, o litisconsórcio unitário.
03
"Todos são partes principais, guardando sempre certa posição relativamente ao objeto do processo
(...). Entre litisconsortes não há relação de principal e auxiliar. Havendo dois ou mais autores ou mais de
um réu, cada um é, em relação ao outro, litisconsorte; é inadequado falar na parte e seu litisconsorte."
(DINAMARCO, Cândido Rangel. Instituições de Direito Processual Civil. V. II. 5º ed. São Paulo: Malheiros
Ed., 2005. p. 333).
04
Idem. Ibidem. p.334.
05
TEIXEIRA FILHO, Manoel Antonio. Cadernos de Processo Civil: litisconsórcio e assistência. São Paulo: LTr
Ed., 1999.
06
"Art. 47. Há litisconsórcio necessário, quando, por disposição de lei ou pela natureza da relação jurídica,
o juiz tiver de decidir a lide de modo uniforme para todas as partes; caso em que a eficácia da sentença
dependerá da citação de todos os litisconsortes no processo.
Parágrafo único. O juiz ordenará ao autor que promova a citação de todos os litisconsortes necessários,
dentro do prazo que assinar, sob pena de declarar extinto o processo."
07
De acordo com Calamandrei, no litisconsórcio necessário "la relación substancial controvertida es sólo
uma, y uma sola la acción; pero, como lá relácion substancial es única para varios sujetos, em forma que
las modificaciones de ella, para ser eficaces, tienen que operar conjuntamente em relación a todos ellos,
la ley exige que al proceso em que hay que decidir de esa única relación, sena llamados necesariamente
todos los sujetos de ella, a fin de que la decisión forme estado en orden a todos ellos." (CALAMANDREI,
Piero. Instituciones de Derecho Procesal Civil. Vol. II. Buenos Aires: Ediciones Juridicas Europa-America,
1986. p. 310).
08
SILVA, Ovídio A. Baptista da. Curso de Processo Civil. Vol. I. 4º ed. São Paulo: Ed. Revista dos Tribu-
nais, 1998.
09
Luiz Guilherme Marinoni cita, como exemplo de litisconsórcio necessário simples, a ação popular, cuja
Lei n.º 4.717/65 determina a citação de todos aqueles que tenham contribuído para ação ou omissão,
sem que, no entanto, a decisão deva ser idêntica para todos. (Idem. Ibidem. p. 202).
10
Homero Freire sintetiza a questão: "Se o litisconsórcio é indispensável, das duas uma: ou se nega o
direito de ação a essa pessoa, ou se obrigam as demais a com ela demandar." (inEstudo sobre Litiscon-
sórcio Necessário Ativo. Revista dos Tribunais. São Paulo, Vol. 349, p.14-32, 1964).
11
NERY JUNIOR, Nelson e NERY, Rosa Maria Andrade. Código de Processo Civil Comentado. 5º ed. São
Paulo: Ed. Revista dos Tribunais, 2001. p. 448.
Fonte: http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=7943
2. ASSISTA!!!
Fonte: http://www.lfg.com.br/public_html/article.php?story=20090525092531798
Fonte: http://www.lfg.com.br/public_html/article.php?story=20090525092348132
3. SIMULADOS
3.1. Em causas que versem sobre direitos reais imobiliários, os cônjuges são litisconsortes necessários se
réus, mas não o serão se autores.
Certo ( ) Errado ( )
Resp. C
3.3. A nomeação à autoria visa corrigir a legitimação passiva, formando-se litisconsórcio sucessivo facul-
tativo entre o nomeado e o réu da ação originária, com a finalidade de integrá-lo na relação jurídica pro-
cessual, para que seja abrangido pela eficácia da coisa julgada material resultante da sentença, assegu-
rando-se, assim, o direito de regresso do nomeante.
Certo ( ) Errado ( )
Resp. E