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PÓS-MODERNISMO
Momento histórico
Profundas transformações
sociais:
Noite de Domingo
Acabou-se a festa.
Resta, no silêncio,
o rumor da floresta.
O Lago Habitado
Na água trêmula
freme a pálida
anêmona.
As imaginações / Ode e elegia
Geir Campos
Tarefa
Geir Campos
Santos
Moça, tuas palavras
São duras - não as mereço.
Calam fundo, e embora eu ouça
Em silêncio tua fala,
Não a esqueço. Mas porém,
Guarda o teu ressentimento,
Não me agraves, pois bem sei
Que desprezo em boca amarga
De mulher que ama, são lágrimas
Secadas no travesseiro.
Um passarinho me contou
que a ostra é muito fechada,
que a cobra é muito enrolada,
que a arara é uma cabeça oca,
e que o leão marinho e a foca...
xô, passarinho! chega de fofoca!
Obras que
destacam a
preocupação
Morte e Vida Severina (1965) com a
Pedra do Sono (1942) realidade
Psicologia da Composição (1947) social, reflexão
sobre o fazer
Terceira Feira (1961)
artístico,
Agestes (1985) linguagem
Primeiros Poemas (1990) objeto.
A MORTE DO EU LÍRICO
Analogia ao nascimento de Jesus que
veio ao mundo resgatar o homem da
morte e do sofrimento. Denuncia as
injustiças e desigualdades sociais de
maneira universal.
Cena 1: Apresentação de Severino
Cena 2 à cena 10: peregrinação de Severino até Recife.
Cena 11 à cena 18: Severino em Recife.
Morte e Vida Severina - João Cabral de Melo Neto
— O há
como meu nomeSeverinos
muitos é Severino,
comE se
como somos
mães Severinos
não chamadas
tenho outroMaria,
de pia.
iguais
Como
fiquei emmuitos
há
sendo tudo
o dana vida,
Severinos,
Maria
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que é santo
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Zacarias. igual,
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[...] mortedeseverina:
me chamar
que é muitos
Severino
Somos a morte de que se morre
de Maria
Severinos
de velhice
como
iguais em antes
há tudo
muitos dos trinta,
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vida:
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com emboscada
mãescabeça antes
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Maria,
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que sepor dia
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mesmo ventree de doença
crescido
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sobre morte severina
pernas finas
e ataca
iguaisem qualquer
também idade,
porque o sangue,
quee até gentetem
usamos nãopouca
nascida).
tinta.
A prosa da geração de 45
Clarisse Lispector “Eu escrevo sem esperança de que o que eu
escrevo altere qualquer coisa. Não altera em
nada... Por que no fundo a gente não está
querendo alterar as coisas. A gente está
querendo desabrochar de um modo ou de outro...
Não sou uma escritora, mas uma sentidora.”
• Exploração do mundo
interior dos personagens;
•Suas construções
subconscientes
transformaram o enredo
além de aparências.
Sondagem psicológica e a
projeção do eu interior
O que havia mais que fizesse Ana se aprumar em desconfiança?
Alguma coisa intranqüila estava sucedendo. Então ela viu: o cego
mascava chicles... Um homem cego mascava chicles.
• A cidade sitiada;
• Laços de Família;
• A maçã no escuro;
• Felicidade clandestina;
• Água viva;
•Um sopro de vida
João Guimarães Rosa
Especialista na
mitopoese, sua narrativa
estabelece uma tênue
fronteira entre o
coloquial e o literário,
hipótese de que o
pensamento está sempre
além das palavras, ou
seja, aquilo que
conseguimos dizer não
•Regionalismo; expressa exatamente o
•Universalismo; que desejamos falar.
•Criação linguística;
Os contos e romances escritos por Guimarães
ambientam-se quase todos no chamado sertão
brasileiro. A sua obra destaca-se, sobretudo, pelas
inovações de linguagem, sendo marcada pela
influência de falares populares e regionais.
Neologismo
Saga: canto heróico, lenda
rana: a maneira de..., à
espécie de...
Alguns neologismos de
Guimarães Rosa:
Desafogareu
Cigarrando
Retrovão
Isbrisa
Desfalar
Justinhamente
Agarrante
Ossoso...
Expressão máxima do
universalismo regionalista da
literatura brasileira