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02/03/2010
Primeira avaliação escrita (dissertativa) terá peso 5,0, em que 20% (1,0) corresponderá
sobre leitura obrigatória, nessa avaliação cairá sobre 2 artigos em que o professor irá
fornecer. Por exemplo, irá dar um caso, e a pergunta: explique ou julgue de forma
fundamentada e detalhada.
A terceira avaliação será escrita (dissertativa) com peso 10,0, em que 4 pontos será
sobre a leitura obrigatória (livro COMO SE FAZ UM PROCESSO).
Até dia 06/MAIO os alunos deverão assistir duas audiências de instrução e julgamento,
podem ser cíveis ou trabalhistas. Haverá um modelo de relatório para cada uma
(professor vai fornecer via email). O professor não está interessado na história do
processo. E sim, o rito da audiência.
CORREIA, Marcus Orione Gonçalves. Teoria Geral do Processo. São Paulo: Saraiva, 2004.
NOGUEIRA, Gustavo. Processo civil: teoria geral do processo. t I, Rio de Janeiro: Lumen Juris,
2006. Este é o mais didático. O problema é que trabalha só civil.
Direito material - são as regras ditam a nossa convivência em sociedade, o que posso
ou não fazer.
Direito serve para regular as vidas em sociedade, dirimir os conflitos. Direito é um mal
necessário.
O código civil e penal é direito material. E código processo civil e processo penal é
direito processual.
Quando falar sobre provas e ações sobre tal fato, estamos falando do direito
processual para que se cumpra o direito material.
2. A Disciplina de TGP
Nossa disciplina procura fornecer as bases para que saibamos todo sistema de
processo. Teremos grande base sobre os princípios processuais.
Norma é gênero. Dentro dela temos duas espécies: regras e princípios. Princípio é
abstrato, generalizado. A regra é específica. As regras devem observar os princípios.
Qualquer regra que vai de encontra a constituição, por exemplo, é inconstitucional.
Art 458, II
O art. 5 da CF diz que todos são iguais perante a lei. Isso é princípio, pois está
generalizando. Em TGP focalizará mais os princípios. Nessa disciplina estudaremos 3
temas: processo civil (mais focado)(CPC – 1973), processo penal (CPP – 1941) e
processo trabalhista (CLT 1943, em que é processual e também material depende do
artigo).
Não, Alguns fatos foram chamados, com ênfase, “a solução”, em que pouco se
conseguiu solucionar. A verdade é que simplesmente não existe fórmula de
validade universal – acredita o autor do texto – para resolver por inteiro a equação.
Temos de combinar estratégias e táticas, pondo de lado o receio de parecermos
incoerentes se, para enfermidades de diferente diagnóstico, experimentarmos
remédios também diferenciados.
Inicialmente, no campo civil, por sinal, não é pouco o que se vem fazendo na
tentativa de tornar um processo mais rápido, mediante reformas parciais do
diploma em vigor, por uma sequência de leis editadas a partir de 1992: simplificou-
se o procedimento da citação e da prova pericial, extinguiu-se a inútil liquidação
por cálculo do contador, aboliram-se formalidades supérfluas em procedimentos
especiais, deu-se ao agravo disciplina menos burocrática, generalizou-se
possibilidade da antecipação da tutela sob determinadas condições. Há algum
tempo surgiu a Lei 9.307 tratando-se sobre a arbitragem, tendo enfatizado-a como
Mário Luiz de Oliveira Rosa Júnior
Caderno de Teoria Geral do Processo 2010
Professor Lester Camargo - lester.camargo@unisul.br
“a solução”, em que procurou revigorar, como louvável diligência, porém até hoje
não se vislumbrou na realidade do foro sinais muito eloqüentes do esperado
desafogo da justiça, pois pouco tem conseguido solucionar. Outra tentativa para
melhorar o processo judicial, deixando-o mais veloz, foi que em vez da citação por
oficial de justiça, pôs-se como regra geral a citação pelo correio. A questão de fazer
um processo através da oralidade, para que o juiz conheça as pessoas, não apenas
através dos documentos.
09/03/2010
4. Jurisdição
Jurisdição nada mais é do que o dizer direito – Juris Dictio. Compete ao Estado em dizer
o direito, somente a Ele. Porém o estado está quebrado, e então, permitiu que
terceiros fizesse isso, por exemplo a lei 9307/96.
A tutela (cautela, cuidado) só ocorre em procedente. O estado só faz isso quando ele
julga favorável ao jurisdicionario (consumidor da justiça). Então, se além de prestar
jurisdição foi procedente, o estado forneceu a tutela jurisdicional, caso contrário, não.
5. Acesso à Justiça
Assim, a sociedade conhecendo os seus direitos teria bem mais acesso à justiça, pois
no momento têm a falta de conhecimento das leis atuais.
Além disso, o que impede de as pessoas não terem o acesso a justiça, além da falta de
conhecimento de seus direitos, é o fator mais importante: o dinheiro. E por quê? É esse
o valor para pagar o representante (Advogado) diante o judiciário. Um recurso em SC é
cerca de 230 reais, independente de qualquer ação, o princípio da isonomia. Noutros
Estados, quando maior o valor da ação maior é o valor do recurso.
A gratuidade
Desde 1988 foi criado a defensoria pública, porém não se conhece nenhum
defensor público, assim, mais de 20 anos que o Estado de SC não tem a respectiva
defensoria. Então, hoje em dia, o advogado se inscreve e aí é convidado e às vezes
nomeado pelo juiz para defender judicialmente a sociedade que não possui renda para
pagar um advogado. É uma das formas do Estado promover o acesso a justiça. Um
problema é que o Estado demora muito para repassar o dinheiro ao referido advogado.
Mesmo assim, SC não é um dos estados piores, pelo contrário, é um dos melhores em
relação a isto, há outros estados bem piores nessa questão do acesso à justiça por essa
forma. Numa pequena comarca (uma cidade pequena) pode-se ter apenas um
promotor, porém não pode ter apenas um defensor público, no mínimo Dois, pois se
for apenas um haverá conflito de interesses no caso de uma separação, por exemplo.
O estado tem que dar educação às pessoas para que conheçam o direito e dar
condições a elas para que tenham acesso à justiça gratuitamente, também.
A própria pessoa que sofreu danos pode mover uma petição, desde que tenha
capacidade para tal, porém não pode mover recursos, a não ser que tenha a função de
Advogado.
O ministério público tem a legitimidade para mover uma ação contra uma
empresa em que esteja vindo a prejudicar a sociedade, seja para com a saúde da
população pela poluição do meio ambiente, seja com um tipo de falcatrua que venha a
prejudicar as pessoas consumidoras. Chama-se assim de A 2ª ONDA RENOVATORIA – lei
7347/85, aquilo que, então, venha a prejudicar a população em geral, sendo assim um
acesso à justiça também.
Para se ter justiça é preciso se ter primeiro razão. Que tenha um representante
o advogado e alguém que julgue: o juiz. Por último, um devedor que possa pagar. E que
tudo isso ocorra dentro de um prazo razoável.
O primeiro juiz da causa é o advogado, quando o cliente lhe procura já deve perguntar
“o que ele pretende para a referida causa?” Se quer dinheiro, a razão, pois terá
incomodações.
Se tirarmos recursos para acelerar o processo esse fato estará de acordo com a 3ª
onda, indo ao encontro da mesma. Qualquer reformar que venha com intuito de
diminuir recursos vai ao encontro da 3ª onda, falando tecnicamente.
16/03/2010
Procedimento Sumário – inicia por escrito, e o parecer já diz o dia para uma audiência.
Art. 275 do CPP. Isto é, inicia-se, deste modo, pela oralidade.
Quanto mais ordinário mais seguro é o processo, quanto mais sumário menos seguro.
Bom é o equilíbrio entre os dois. Pois ordinário oferece segurança e o sumário rapidez.
Acesso a justiça é um termo técnico jurídico. Artigo 5º, inc. XXXVI + LXXVIII CF. As três
ondas ondulatórias (muito importante para a prova, estudar).
Em segurança jurídica teremos que compreender vários fatores como ampla defesa,
contraditório, duplo grau de jurisdição e uniformidade nas decisões judiciais.
Contraditório – sempre que uma pessoa fala, a outra tem o direito de falar também,
ocorrendo o equilíbrio entre as partes.
Duplo grau de jurisdição – tem o primeiro e o segundo grau. A pessoa tem o direito de
ser julgado em ambos.
TIPOS DE PROCESSOS
Processo de conhecimento – o juiz vai buscar a famosa verdade, descobrir quem tem
razão. O juiz não vai realizar atos concretos, dar o direito para alguém, ele vai tentar
descobrir quem foi o culpado, qual é a verdade.
Processo cautelar –
salvaguardar o cumprimento de ulterior decisão que lhe seja favorável. Os arts. 796
a 812 do Código de Processo Civil disciplinam a chamada Teoria Geral do Processo
Cautelar, merecendo destaque o art. 798, que autoriza o ajuizamento de Medidas
Cautelares Inominadas, que são as Cautelares genéricas, que não tem um “nome
específico”. A Antecipação de Tutela, como o próprio nome sugere, é o instituto
através do qual a parte que o requer visa antecipar os efeitos práticos da sentença
de mérito, antes desta ser prolatada. Seu deferimento pressupõe esteja presente o
conteúdo probatório a que se refere o art. 273, do Código de Processo Civil.
c) Isolamento dos atos processuais: diz que uma vez praticado um ato (se
ja começou esse ato), esse ato não pode sofrer uma influência de uma nova lei.
Respeita-se o ato processual ja praticado, mas os atos processuais seguintes
podem sofrer a influência da nova lei.
Jurisprudência: Se a lei não entrou em vigor até a publicação, ela não se aplica.
Por esta teoria, o processo é dividido em inúmeros atos processuais, e que,
individualmente (isoladamente) considerados, uma vez praticados, não podem
sofrer a aplicação de lei nova. Todavia, por este entedimento, um ato que ainda
não foi praticado, mesmo pertencente a uma mesma fase processual, sofrerá
aplicação da lei nova.
23/03/2010
TIPOS DE PROCESSO
Se houve trânsito em julgado quer dizer que a parte que ganhou é quem tem a
razão, já se chegou numa determinada certeza de conclusão do processo.
Situação – Quando um amigo aluga um imóvel, e pede que outro seja fiador e,
num certo dia, o locatário não paga mais, aí nem o pai dele teu condições, aí
moverá uma ação contra o fiador para que ele pague. E ainda mais, se o locatário
fica no imóvel, o locador terá que mover uma ação de despejo também. Assim, o
fiador não paga a dívida, o locador moverá um processo de execução, em que num
certo dia, o seu próprio imóvel será penhorado para um leilão, tudo por causa que
o seu amigo locatário não pagou os aluguéis. O Fiador irá alegar sobre a Lei
2. Execução
Através do art 585 do CPC já se pode ir direto para o processo de execução não
precisando passar pelo processo de conhecimento. Como o documento “cheque”, “not
promissória” dispensa o processo de conhecimento.
Titulo judicial – documento do juíz (decisão transitado em julgado) art. 475 L CPC
3. Cautelar
Só haverá cautelar serve quando há um risco sob pena de o direito não existir. Urgência
+ Probabilidade.
Antes de mover qualquer ação principal pode-se mover uma ação cautelar. Em suma,
esse processo cautelar serve para mudar o processo de conhecimento e de execução.
Pode-se ter apenas o processo de conhecimento, processo de execução (desde que
seja a titula extrajudicial), agora, processo cautelar, apenas, não.
A situação concreta é que vai dizer qual das duas deve-se ser concedida pelo juiz. A
mais difícil de o juiz conceder é a antecipada. Dependendo das provas é que o juiz
concederá uma dessas de urgência.
A condição física de uma pessoa é uma urgência, isto é urgência jurídica e não urgência
de vida.
4. Sincretismo Processual
Próxima Aula...
Tutela antecipada nada mais é do que a concessão, no início, daquilo que somente
iria ser dado à parte ao final, na sentença que julgasse a causa. Daí resulta que,
sobrevindo a sentença perde sentido a discussão sobre a tutela antecipada, concedida
ou negada, seja porque a decisão interlocutória restará revogada (se contrária a
decisão final), ou porque será substituída (se no mesmo sentido da sentença).
30/03/2010
Por exemplo, estamos num processo discutindo a posse de um carro, aí se uma das
partes ameaçou que poderia vender para outro e tal, algo do gênero, começa-se com o
processo cautelar para que ocorra a asseguração, em que o carro ficará na garagem
judiciária ou a própria satisfação da outra parte, em que dependendo das
circunstâncias o juiz determina que seja aplicada a tutela antecipada, em que o carro
ficará com a outra parte envolvida.
Tutela Jurisdicional:
Exemplo do Sorvete: Pense que o direito material, aquilo que se busca no processo,
que seria o sorvete, e ao longo do caminho até a sorveteria que é o processo, há
suspeita que a sorveteria está quebrada/falindo. Então, há possibilidades de UrgÊncia,
o juiz determina que uma bola de sorvete ficará dentro de uma caixa de isopor com ar
condicionado, é aí que garante que ao final do processo terá a bola de sorvete
(processo cautelar – asseguração do objeto), e também o juiz poderá determinar que a
parte poderá solicitar que fique com a bola de sorvete na casquinha pelo caminho
(tutela antecipada – satisfação imediata), em que poderá chegar ao fim do processo
sem o referido sorvete.
Para haver o processo cautelar é porque está arrolando um outro processo, porém não
vai junto com os autos, é outro processo, que vai anexado, porém não dentro, é um
procedimento mais completo, diferentemente da tutela antecipada que dentro do
próprio processo (conhecimento ou execução) ocorre uma situação de urgência e se
faz uma petição que é colocada dentro do próprio processo, mais uma vez enfatizando
que o processo cautelar não vai dentro do processo, é outro auto.
1. Sincretismo Processual
1. AUTONOMIA – as partes é que vão chegar a uma solução/decisão. Pode até ter
interferência de terceiros, mas são as partes que vão decidir.
1.1 Autotutela – as partes chegam a uma solução pelo uso da força. Vence o mais
forte. Hoje em dia, um exemplo que ocorre é quando a árvore do vizinho os
galhos passam para o meu terreno, aí eu posso cortar a referida tarde, sem
pedir decisão judicial. A greve é uma questão de Autotutela. Legítima Defesa é
outro exemplo de autotutela, o agente entra na minha casa para cometer um
crime e eu me defendo através da legitima defesa.
1.2 Autocomposição – as partes chegam a uma solução, porém não é imposta por
uma delas, sem o uso da força. Essa solução é consensual. Entre as partes ou
por um mediador ou conciliador. Pelos tipos de decisão abaixo:
Transação – art. 269, III CPC - é um acordo. A pessoa pede 100 reais e a outra da uma
“choradinha” para 70 reais, por exemplo. então, há um acordo entre as duas partes,
cada uma concede uma parte. “Às vezes é melhor um mau acordo do que uma má
sentença”.
Renúncia – desistência – art. 269, V CPC - eu renuncio ao meu direito, alguém bateu
em mim, e eu digo que pode ir, pois sei que a pessoa não tem condições financeiras. O
autor renuncia.
Renunciar e desistir (art. 267, VIII) de um processo. Quando o autor desiste é desiste da
ação do processo. E se for renunciar ele renuncia ao direito material. A diferença é que
se renunciar é porque está abrindo mão do direito, da indenização, isto é, nunca mais
vou ter direito a essa ação. E se desistir da ação processual, ele poderá outro dia, pensa
melhor, e mover a ação novamente. Então, é preferível que o réu renuncie o processo.
Coisa julgada material é o fim do processo de conhecimento.
Processo –
06/04/2010
Uma parte entra com indenização de danos morais por Calunia, e a pessoa quer
que o autor seja preso, o juiz da vara civil irá dizer que isso não é questão da área
civil e sim penal.
1.2 Vertical (está relacionada com a profundidade, por meio da qual o juiz analisa
as alegações e as provas produzidas pelas partes); cognição mais voltada para o
juiz = Exauriente e Sumária
Exauriente: demorando, exaustivo, o juiz com toda calma irá examinar as causas. Típico
do processo de conhecimento e execução. Dentro do processo de conhecimento há
três procedimentos: ordinário, sumário, sumaríssimo. Se tivermos esse processo, será
usado o procedimento ordinário por ser exaurante.
Sumária: mais rápido, isto é, o juiz precisa decidir rapidamente. Característico das
tutelas antecipada e cautelar (tutela de urgência)
Prazo próprio é aquele que se não cumprir gera uma conseqüência, e o impróprio é
justamente o contrário.
2. DIREITO INTERTEMPORAL
2.1 Teorias
a) Unidade processual
b) Fases processuais
c) Isolamento dos atos processuais.
Algumas considerações para a prova: Sanção vai de multa até a perda de direito de se
manifestar nos autos. Num processo tem a parte que quer mais rapidez ao processo e
a outra quer que demore, que atrase, onde para isso, utiliza-se de meio ilícitos para
isso, por exemplo, indica o endereço de uma testemunha errado, aonde o oficial de
justiça não localiza essa testemunha, entre outras maneiras. A tutela antecipada
precisa-se mais provas, muitas provas do que a cautelar, pois a tutela antecipada já
satisfaz no momento, já dar o patrimônio da outra parte para outrem, sendo que a
cautelar você vai assegurar, guardar para o fim do processo.
Direito processual serve para fazer funcionar o direito material. Tem-se que respeitar o
direito de propriedade, caso contrário, haverá uma ação de despejo.
2ª onda renovatória temos que defender os direitos que não são apenas de uma
pessoa, defender os direitos de sociedade. Direitos transindividual.
3ª onda renovatória, que hoje está atual, fala em efetividade, celeridade, devemos ter
um processo justo, célere.
Segurança jurídica e efetividade, dois valores antagônicos. Audiência, etc tem haver
com segurança... O juiz já pode pular alguns procedimentos e efetuar a sentença que
tem haver com celeridade.
20/04/2010
DIREITO INTERTEMPORAL
1. Introdução
Processo já se encerrou e vem uma lei nova, não se aplica ela. Agora se o
processo ainda não iniciou, e vem uma lei nova, aplica-se ela.
2. Teorias
2.1 Unidade Processual
A primeira, unidade processual, entende o processo como um todo
indivisível e, portanto, uma vez iniciado não poderia sofrer modificações
em virtude de leis novas.
Pela teoria da unidade processual, se for criada uma lei no meio do processo, de
maneira alguma poderá ser colocada em vigor para aquela referido processo, somente
para outros que ainda não iniciaram. Exemplo, se criou uma lei que exclui a fase
instrutória, para o processo pendente não será aplicado, somente para outro que for
inciado.
Unidade processual: uma lei nova não se aplica a um processo que ja nasceu. Essa lei
só vai se aplicar aos processos novos. Qualquer outra regra que surgir não vai ter
influencia sobre o processo que está em andamento. O processo é uno e indivisível e
não pode sofrer nenhuma alteração por lei posterior ao seu nascimento (propositura
da ação). Não é aplicada no direito processual brasileiro.
Se vier uma nova lei alterando uma determinada fase processual, só poderá ser
alterada, se no referido processo, a fase não tenha se iniciado. Ex.: Se estamos na fase
postulatória, no ato da contestação, e vem uma lei alterando atos processuais
posteriores, como saneamento e/ou audiência, será alterado, pois não começou ainda
esse ato processual da referida fase processual, então através dessa teoria, isto é
permitido.
uma fase e começa outra;não há limitação; uma fase se mistura com a outra. Uma lei
nova não poderia ser aplicada a uma fase que ja estivesse em andamento. Uma lei
nova, que diz respeito a réplica, sendo que a fase postularia ja começou, não poderia
ser alterada, tendo em vista que a fase postularória ja está em andamento. Diferente
de que, se o processo tivesse na parte da réplica (fase postularória), e uma lei nova
alteraria o ato da audiência de instrução (fase instrutória). Por ser uma fase que o
processo ainda não chegou, ele alteraria, e quando chegasse nessa fase, usaria-se a lei
nova. Conceito: por essa teoria, o processo é dividido em diferentes etapas (fases), e
uma vez inicidada uma dessas fases, a lei nova somente se aplicaria as fases seguintes
(posteriores). OBS: O defeito dessa teoria, é que não há um consenso onde realmente
começa e termina cada uma das fases processuais.
Isolamento dos atos processuais: diz que uma vez praticado um ato (se ja começou
esse ato), esse ato não pode sofrer uma influência de uma nova lei. Respeita-se o ato
processual ja praticado, mas os atos processuais seguintes podem sofrer a influência da
nova lei.
Jurisprudência: Se a lei não entrou em vigor até a publicação, ela não se aplica. Por esta
teoria, o processo é dividido em inúmeros atos processuais, e que, individualmente
(isoladamente) considerados, uma vez praticados, não podem sofrer a aplicação de lei
nova. Todavia, por este entedimento, um ato que ainda não foi praticado, mesmo
pertencente a uma mesma fase processual, sofrerá aplicação da lei nova.
1) Fase Postulatória
2) Fase instrutória’
3) Fase Decisória
4) Fase Recursal
PRINCÍPIOS PROCESSUAIS
Autor: Cássio Scapinella Bueno, hoje em dia, é um dos melhores autores sobre
processo civil.
1. Introdução
3.1 Devido processo legal –art. 5º, inc. LIV CF) - se for ferir um princípio
constitucional estará ferindo, além de qualquer outro, este princípio.
Bruno = (art. 5o, LIV da CF). É uma junção de todos os demais princípios. É o
“princípio Síntese”. É o modelo mínimo de atuação do Estado Democrático de
Direito. Reúne no seu conceito todos os demais princípios, dentre eles:
princípio da isonomia (igualdade), do contraditório, da ampla defesa e do duplo
grau de jurisdição (direito de recorrer).
Perguntas:
entendimento, não fere o princípio do contraditório, pois ele fica adiado, ele
ocorre, porém depois. Parece mais simples de entender, mas não é o melhor
entendimento. Ao invés da decisão ser depois, ela foi adiantada antes do
princípio do contraditório. Poder deferir a liminar, até pode.
Há dois entendimentos: 1) É possível, mas isso fere o princípio do
contraditório, porém não impede que ponderado os valores em discussão por
meio da regra da proporcionalidade o juiz prefira um determinado princípio
em detrimento do contraditório. 2) Não fere o contraditório, posto que a
parte contrária sempre será ouvida em um momento posterior. Em outras
palavras, existe apenas um adiamento do princípio do contraditório.
A maior vantagem seria a segurança jurídica. Porém se tem segurança jurídica irá
trazer a demora processual. Por que a decisão do segundo grau seria melhor que a
do primeiro? Geralmente, 80%, o juiz de segundo grau é de carreira, no mínimo 15
anos de magistratura, tem experiência, é de carreira, diferentemente do de
primeiro grau, que é recém-formado. Porém, será que por ser experiente é melhor
do que a do primeiro grau? Esse princípio evita a arbitrariedade, servindo como
vantagem. Segundo Maquiavel: se queres conhecer a pessoa dê poder a ela.
1)a) acertei.
b) ele propõe a ação equivocada e pretende desistir do direito. Neste caso, a parte
propõe um pedido de desistência, desistindo da ação equivocada que não impediria
ela de propor outra ação de processo. Caso este que não poderia ser a renúncia, pois aí
não poderia propor outra ação.
d) acertei
2)a) acertei
27/04/2010
Petição Inicial Decisão limitar Citação e Cumprimento da decisão (Efetivação) Oferecimento de defesa.
Contraditório (art. 5º, LV, CF) – manifestação nos autos – As duas palavras que
resumem o contraditório são: Ciência e Resistência. A parte é citada, tomando ciência
e preenche a citação, no prazo x que lhe foi estabelecida. Oferecer a defesa é a sua
possibilidade de se defender. Não há nenhum vício/ferimento a ordem processual o
não oferecimento de defesa, é diferente se a parte não é citada. No contraditório,
ouve-se muita as expressões: citação, intimação, notificação, tendo plena ligação com o
princípio do contraditório. A partir do art. 241 do CPC é que encontraremos essa
questão.
Ampla Defesa (art. 5º, LV, CF) – ligado a questão das provas – ampla possibilidade
de se defender. Não é só uma questão de defesa do réu, o autor também tem direito
de defender os seus direitos, seja no inquérito policial, no processo. Expressão
bastante usual: cerceamento da defesa – ferir a ampla defesa.
Art. 407 CPC, parágrafo único. Para cada caso pode-se ter 3 testemunhas. O juiz
indefere mais testemunhas, na audiência, quando houver mais que 4.
Existem 4 tipos de provas: prova oral (da parte e das testemunhas), prova documental
(fotografias, gravações), prova pericial (um engenheiro, agrônomo, pessoas expert em
determinada área), prova de inspeção judicial (aqui o juiz vai até o local do fato para
averiguação). Qualquer uma dessas pode gerar um cerceamento de defesa.
Assim, se o juiz que for julgar o recurso for este próprio juiz que julgou de primeira
instância fere o duplo grau de jurisdição.
No início que foi criado o juizado especial não se aceitava limitar (tutela de
urgência).
Os jurados tiveram que dizer ao juiz que o casal nardoni era culpado? Não. O juiz
deverá fundamentar o porquê da pena. Os jurados não têm conhecimento técnico
jurídico para poder fundamentar. Deste jeito, são pessoas que não necessitam de
fundamentação de sua decisão.
3) O art. 6º, inc. VIII da lei 8078/90 (CDC) fere o princípio da igualdade
constitucional?
O CDC prevê a inversão do ônus da prova. O referido artigo da Questão TEM QUE
ser visto com o art. 333 CPC (será usado na sentença do trabalho dos alunos). O
que o autor e o réu tem que alegar. No CPC o autor é que tem que provar na
maioria das vezes, já o réu não. No CPC, deve-se ter uma igualdade entre o autor e
o réu. Digamos que seja o autor uma pessoa física, e o réu uma grande empresa
expert em seu produto, assim o CPC diz que o réu é que tem que provar o porquê
que o produto estragou, se realmente foi mau uso do autor, etc. O juiz deve levar
em conta a capacidade econômica das partes. Desde modo arrolado, fere o
princípio de igualdade constitucional.
04/05/2010
5. Fundamentação (art. 93, IX, CF) – exige que todas as decisões judiciais sejam
fundamentadas.
Art. 458 do CPC exige que a sentença tenha três partes na sua estrutura: I –
relatório (narrar o que se passou no processo, sem emitir juízo), II – fundamentação
(por que o autor tem razão e por que o réu não tem razão ou controvérsia), III –
Dispositivo – “Decisum” - é a conclusão (começa com “isto posto, julgo
procedente/improcedente...), tem que ser claro para facilitar o processo de
execução.
Se o juiz não fizer seu fundamento, pode-se pedir para que ele complemente a sua
decisão para que aí se possa interpor recurso ao tribunal, através do art. 535 CPC,
chamado de embargo de declaração, ao tribunal de desembargadores ou turma
recursal.
Exceção de suspeição – isso ocorre quando o juiz é parente de alguma parte envolvida
no processo, como exemplo sendo primo do advogado, assim como o juiz tem uma
“queda”, algum tipo de relacionamento com o réu/autor. Desta forma, por algum
motivo de foro íntimo o juiz se abstém de julgar o processo, ou seja, o juiz se escusa do
julgamento.
O art. 188 CPC é inconstitucional por ferir o princípio da igualdade. O art. 475 CPC,
é um dispositivo interessante, em que toda sentença contrária a fazenda pública,
vai haver revisão do tribunal, caso não, não haverá trânsito em julgado. Ferindo
assim também o princípio da igualdade.
O processo das pessoas idosas tem uma celeridade maior através do estatuto do
idoso, sendo esse instalado para que se cumpra o princípio da isonomia.
8. Juiz Natural (art. 5º, XXXVII e LIII) – por meio do juiz natural é que se determina as
competências. Não se pode criar um tribunal após o fato sob pena de ferir outros
princípios.
Por este princípio deve existir sempre uma normatização prévia dos órgãos judiciais a
fim de determinar as competências para o julgamento das lides.
Do art. 109 ao 114 está quase tudo sobre as competências (crimes cometidos pelo
governador, presidente, quem será o órgão competente para julgar).
8.1 Imparcialidade – por esse princípio o juiz não pode ter interesse na causa, é
diferente de ele ser neutro, seria um juiz despido de qualquer noção do mundo
(religiões, etc). o juiz tem que ser imparcial, que não se tem interesse no
julgamento.
Art. 95, I, II, III CF – prevê que o juiz tem a inamovibilidade, e garantia da
vitaliciedade e irredutibilidade. Obtendo assim uma independência funcional, para
que o juiz tenha imparcialidade.
A pergunta que o juiz faz para a testemunha antes de pegar o depoimento pergunta
se a pessoa é parente, amigo, se tem alguma relação com a parte envolvida, para
que se tenha desde jeito a imparcialidade.
Obvio que sim. O art. 155 CPC. Em virtude de determinadas situações, como
trata-se os casos de família, por tratar de questões particulares, o juiz pode
determinar que se torne em segredo de justiça.
O inquisitivo dá mais liberdade ao juiz, o juiz tem que ser mais atuante. Os dois
princípios convivem juntos tanto no processo civil, trabalhista e penal, mas na
prática se dá mais valor/primazia. no processo penal ao inquisitivo, e ao processo
civil ao dispositivo. O dispositivo é aquele que o juiz atua, a-requerimento, - art. 273
- somente conforme as partes desejarem, e o ex-oficio - é que o juiz tem poder de
atuar sem as partes requererem, inquisitivo.
Art. 333 CPC – dispositivo – o ônus da prova. É a regra de julgamento do juiz, é com
base neste artigo que se sentencia o processo. É a máxima expressa do princípio do
dispositivo. O autor provou seu fato, julgo procedente. Não provou, julgo
improcedente.
Sentença citra/infra petita (nem a quem, abaixo do que foi pedido), ultra petita
(além do que foi pedido), extra petita (Fora do que foi pedido). Art. 128, 460.
Na extra petita, o juiz deve dar exatamente o que a parte pediu, por isso tem que
ter uma petição inicial bem elaborada.
11/05/2010
O judiciário não tem nada a esconder, portanto, todos os processos são de público
conhecimento, todas as pessoas têm acesso.
Existe diferença entre prova ilícita e prova obtida por meio ilícito? Sim. Pode-se usar
fotografia, gravação num processo. A questão é como se conseguiu a prova. Um
exemplo de prova ilícita é ter conseguido através de tortura, bater um monte para que
a pessoa fale que matou tal pessoa. Outro exemplo, é gravar a aula do professor sem
avisá-lo, sem ele permitir, daí ele xinga alguém, e usa-se a gravação como prova, desde
modo, não se usou por meio lícito, somente seria se ele tivesse permitido. Assim, os
meios para se conseguirem as provas têm que serem autorizadas judicialmente.
Lei 9296/96.
Por esse princípio o Estado concede um advogado com Isenção as custas e honorários
advocatícios, ou um defensor público (advogado concursado) que já possui seu salário
mensal do Estado, sendo ambos os profissionais servindo ao cidadão gratuitamente
(voltando a 1ª onda renovatória) por meio do Estado.
1. Dispositivo
O juiz fica, especialmente no que se refere a questão probatória, limitado
a iniciativa das partes (a-requerimento). É o princípio que na prática
prevalece no processo civil.
2. Inquisitivo
O princípio do inquisitivo o juiz tem a ampla liberdade de determinar
provas sem o pedido das partes (de ofício). Prevalece no processo penal.
Não pode-se ligar apenas a questão das provas, outras questões também
devem ser levadas em conta.
Art. 131 CPC, art. 342 CPC (interrogatório), art. 440 CPC, art. 417 CPC.
3. Demanda – tem haver com o limite que se vai julgar, até que ponto (até o que
fora pedido). A forma do juiz conduzir o processo depende do que a parte está
pedindo.
Está relacionado ao pedido da pretensão, o que a parte quer pra o processo. O juiz
está limitado/ligado/restrito o que a parte (autor) pede, mesmo que ele esteja
convencido que ela tem direito a mais.
Se julgar mais, será ultra petita. Mesmo que o juiz esteja convencido que a parte
tenha direito a mais do que pediu, ele deverá conceder apenas o que a parte pediu.
O juiz na sua decisão não pode julgar nem além (ultra-petita), nem aquém
(citra-petita), nem fora (extra-petita) do que fora pedido.
4. Oralidade
Se o juiz sai de férias, o processo deve esperar por este juiz para a sentença, o juiz
substituto não pode sentenciar. Há uma interpretação que diz que se o período for
longo, a juíza saiu por período de maternidade, tem-se como exceção e o juiz
substituto irá tomar o lugar desta.
Esse princípio não tem sido aplicado no processo penal. Que não é o ideal, o juiz
que preside a audiência, o depoimento, é quem deve sentenciar o processo.
O art. 538, § único CPC – possibilidade de o juiz aplicar uma multa. Esse artigo é um
excelente exemplo de deslealdade processual. O art. 557, §2º é praticamente o
mesmo texto que o 538. Essa multa reverte em favor da parte contrário que está
sendo prejudicada pela demora processual.
18/05/2010
4. Oralidade
Com esse princípio o juiz terá uma melhor noção do processo, tendo assim, uma
melhor qualidade na sua decisão por estar junto com as partes.
As alegações das partes e as provas para terem maior valor devem ser
produzidas oralmente. Sendo feitas no momento da AUDIÊNCIA. Traz-se o
juiz pra junto das partes para que se tenha uma melhor decisão judicial.
4.1 Imediatidade –
Art. 446, II CPC
4.2 Concentração
Art. 455 CPC.
Unir todos os atos no menos número possível.
Audiência é uma e indivisível.
No dia da Audiência uma das três testemunhas não vieram, o oficial de justiça não
conseguiu localizá-la, o ideal é que o juiz promova uma nova audiência com as três
juntas, para que possa agir de igualdade com as três nas perguntas, etc. Porém, com o
fato de obter celeridade, o fato de quem pode ser que na próxima audiência uma
dessas duas não podem a audiência, ele jah ouve as duas e marca outra audiência para
ouvir a que faltou, o ruim é que o advogado já irá dizer pra ela o que ele irá perguntar,
etc.
Bruno = o mesmo o juiz que presidiu a audiência, é o juiz que deve sentenciar
(proferir a sentença). vide art. 132 do CPC. / Se aplicado este princípio, a
decisão do juiz que não presidiu a audiência é nula. É um princípio não muito
observado, pois há muitas exceções. Segundo entendimento jurisprudencial,
este princípio não possui aplicação no processo geral.
Chamado de princípio da persuasão racional. Art. 131 CPC (traz um conceito preciso
do assunto).
Não existe uma prova que valha mais que a outra. O juiz tem que argumentá-las.
Exemplo típico: a parte confessou um crime. Tem prova mais valorosa que esta?
Confessar é admitir um fato contrário ao seu interesse.
6. Lealdade Processual
A estrutura de uma sentença está no art. 458 do CPC. Nele que se tem a base para
confecção de uma sentença.
O réu age de má fé para atrasar o processo. O juiz para punir o réu por essa atitude,
adianta, ainda que provisoriamente, o direito do autor. É um castigo bem melhor do
que aplicar a multa. Apreensão de um carro, etc.
25/05/2010
Pag. 12 - Parte em que se pergunta: por que o interesse das pessoas nos julgamentos?
Pag. 21 (no início) – diferença dos processos. No processo civil não existe a pena, há o
ilícito. O processo penal castiga os delinqüentes.
Pag. 33 –
O cuidado que o direito tem em relação de ser punível um pequeno crime se terá
posteriormente com a punição de grandes crimes.
O direito penal tem as duas funções de re-socializar as pessoas e puna-las por suas
práticas ilícitas.
O que na verdade o autor que dizer sobre a expressão “não julgueis”. Ele quer dizer
que julgar é difícil, e o juiz tem que fazer isso com cautela, cuidado.
O processo causa um dano sempre que absolve alguém. Pois, desta forma, o processo
não deveria ter existido. O custa monetário de manter uma pessoa presa não se
Liquidação é um mini processo em que vai se apurar o valor a ser pago por aquele que
teve a culpa no fato.
Na dúvida no processo penal o réu será absolvido por falta de provas, já no processo
civil não, pois será condenado pela probabilidade, julgador tem alguma noção do fato.
A coisa julgada em algumas partes vale do processo penal para o processo civil.
Quando se julga culpado o réu, ainda não se encerrou o processo, pois apenas finalizou
o de conhecimento iniciando o processo de execução.
Pag. 37 (terceiro parágrafo) – tem que ser uma pessoa razoável, obter controle para
saber julgar. A expressão “Não julgueis” não é questão de não fazer isso, e sim saber
como fazer, se colocar no lugar de outra pessoa. O juiz não sabe como é difícil estar no
lugar do réu. É neste aspecto que o juiz deveria ter um bom tempo de experiência
como advogado, uns 10 anos, para saber como é difícil, ver os clientes brigando,
colocando culpa nesses por não ter ganhado a causa, sendo inocente pelo fato de não
conhecer como funciona a justiça.
O juiz técnico, juiz de direito, por se tornar tão comum tal situação, perde o instinto, a
sensibilidade de julgar, vira rotina tais julgamentos.
O cérebro humano é assim, aprende coisas novas, já as mesmas coisas já são de rotina.
Ex.: ir para casa dirigindo seu veículo, daqui a pouco se vê que já está em casa, porque
já conhece as ruas destinadas a melhor chegar em casa.
O principal objetivo de trazer juízes técnicos aos populares é fazer com que outras
pessoas (da sociedade) participem do fato.
Pag. 63, 64 – a figura do juiz da equidade e juiz de direito. Equidade é a justiça do caso
singular. O juiz deve julgar tendo como base ambas as questões.
Mário Luiz de Oliveira Rosa Júnior
Caderno de Teoria Geral do Processo 2010
Professor Lester Camargo - lester.camargo@unisul.br
01/06/2010
7.
Recorribilidade das decisões interlocutórias
Recurso
PI Contestação Decisão interlocutória audiências sentença
Recurso apelação (ord.)
Cabe recurso de cada decisão interlocutória, e cada vez que interponho recurso
pára o processo.
Tem decisões interlocutórias que sabem em 1 mês, 6 meses, 1 ano. Se tiver
alguma outra prova, testemunha e tiver outra decisão interlocutória poderá
haver recurso. E o processo ficará suspenso até o julgamento. Tendo uma
vantagem da segurança jurídica e desvantagem pela celeridade.
isso se for improcedente, caso for procedente, foi a favor da parte, é claro que
não irá interpor recurso. Neste, há a celeridade, porém pode ser que não tenha
a segurança jurídica.
Não é possível a interposição de recurso logo após ter sido proferido uma
decisão interlocutória, mas por não haver preclusão, poderá a parte
prejudicada quando da interposição de recurso contra a sentença,
requerer a revisão de todas as decisões interlocutórias tomadas ao longo
do processo. Adotado no processo trabalhista e possivelmente adotado no
novo processo civil (CPC).
Exemplo prático: art. 273, §7º CPC. Se o juiz recebe um pedido de antecipação de
tutela e percebe que não é, aí ele pode deferir como cautelar, através dos
respectivos pressupostos da cautelar. Se a pessoa pede menos, não tem como
ganhar mais, através do princípio processual civil da DEMANDA, pois o juiz está
limitado ao que a parte pede. Assim, a instrumentalidade, é um princípio maior que
a demanda, em que fica evidente a mudança no resultado obtido em relação ao
pedido da parte.
Este princípio significa que o juiz deve utilizar o processo como um meio
de realização do direito material, afastando sempre que possível o
formalismo excessivo.
Na prova não será perguntado o conceito e sim será dado um caso e teremos que
analisar que tipo de princípio é o referido.
9. Sucumbência
O vencido arca com as custas e com os honorários do processo (as custas do oficial de
justiça). O réu além das custas da condenação, também as custas judiciais.
SENTENÇA PROCEDENTE –
Réu sucumbente terá que arcar com 100% das custas + honorários advocatícios - em
caso de procedência entre 10 a 20% do valor da condenação. (que inclusive tem
direito de uma ação de execução dos honorários). Art. 20 CPC.
Pode considerar qualquer tipo de valor, abaixo de 150 mil (do exemplo da nossa
sentença).
Só pode falar de valor se houve dano moral, entoa na fundamentação tem que
fundamentar o porquê houve o dano moral.
SENTENÇA IMPROCEDENTE –
A parte sucumbente é o AUTOR. Arcará com 100% das custas + honorários advocatícios
– através do trabalho do advogado do réu, o juiz colocará de 10 a 20% do valor da
causa.
Colocar jurisprudência por exemplo: um pai pagou 50 mil para a família d eum filho
que este morreu. Então não tem nem como pagar 150 mil reais porque o pai
abandonou um filho, não se compara com a morte do filho.
Parcial procedência em que condenou o réu a pagar 80%, e o autor 20%. Aí o réu irá
pagar 80% das custas e o autor os outros 20%.
Quanto aos honorários: o advogado do autor irá ganhar (art. 20 CPC – de 10 a 20%),
digamos 20%, do 80 mil, então será 16 mil para este. E para o advogado do réu será
20% do 20mil, segundo 4mil. Dica, irá somar 16 mais 4 e dará 20%. A quantidade de
porcentagem é o juiz que decidirá ao ver como foi o trabalho dos advogados.
Sumula não vinculante 326 – pede-se o valor ou UM VALOR COMPATÍVEL COM A DOR
SOFRIDA.
Sobre as testemunhas –
1 – O ônus da prova é sempre da acusação. Significa que o promotor é que tem que
provar que o réu é culpado. Se não for provado, o jugalmento será em absolvição.
Na dúvida a favor do réu. Muitos autores entendem como sinônimos de FAVOR REI.
Enquanto que o indubio pro réu é mais o entendimento do juiz, que na dúvida ele tem
que resolver a favor do réu. Testemunhas dizendo que o réu foi culpado e outras não.
Aquele velho raciocínio que mais vale apena soltar um criminoso do que prender um
inocente. ESTE É SUBJETIVO DO JUIZ na sua consciência julga pela absolvição por falta
de provas, por exemplo.
3. Favor Rei
Este seria mais regras expressas que são apenas em favor do réu e que não existe em
favor do autor. ESTE É OBJETIVO, está na regra dizendo tal coisa.
Ex.: que favorecem o réu – 1) EMBARGOS INFRIGENTES (ART. 609, § ÚNICO CPP). Esse
recurso só se dá em favor do réu. De 3 desembargadores, somente um julgou a favor
do réu, aí poderá interpor o recurso supracitado. Salvo se for condenado absolvição
por unanimidade, 3 desembargadores.
Pensando ao contrário, que a maioria, dois absolveram o réu, não pode o promotor
pegar o referido recurso e interpor o recurso para levar adiante o processo.
2)Outra situação – art. 621 CPP – ação de revisão criminal – uma ação posterior
para anular uma anterior. Somente o réu que tem legitimidade recursal para
propor. É o seguinte: transitou em julgado ao final do processo, até o supremo
decidiu sobre isso, não existe mais recurso. Aí depois de todo processo, por
exemplo, outra pessoa vai preso e confessa tudo, todos os crimes que cometeu,
inclusive o da pessoa que está presa (em tese, em inocência), aí o seu advogado
pode entrar com o referido recurso. Caso contrário, o promotor não poderá
fazer isso, pois é só a favor do réu, o juiz alegará sobre o referido princípio
FAVOR REI. O advogado tem interesse, depois de muito tempo, em provar a
inocência pelo fato de que poderá entrar com dano moral, que gera uma boa
grana.
Organograma do judiciário.
Jurisdição especial abrange justiça eleitoral, militar, justiça do trabalho art 114,
Justiça federal 109, e o da justiça comum e o que sobrar, se não se enquadrar
em nenhum dos outros é justiça comum, competência residual, as instâncias 1
e 2 e posterior instâncias excepcionais.
Exemplo. Utiliza-se do esgotamento das vias ordinárias para depois chegar até
ao supremo relacionado com as ações inconstitucionais.
O STJ é o guardião da lei federal, é o que vai dar a ultima palavra sobre lei
federal. Exemplo o cc é uma lei federal e esta devera passar pelas instancias e
chegar até STJ que é o responsável.
Capacidade Postulatória
Ministério Público.
Art 38 CPC modelo de procuração é uma base de procuração.
O tem duas formas de atuação, atua como parte ( no processo penal, digmos
como autor no civil tem casos também que PE autor da ação, no MP defende os
direitos coletivos, intransindividuais, e atua também com fiscal da lei. Art 81 do
CPC.
NE o MP não fizer parte na fiscal da lei cabe a nulidade do processo, nas duas
formas de atuar o MP pode recorrer da ação.
Condições da ação.
Teoria eclética defendida por um autor chamado Enrico Tullio Liebmann.
É o direito de obter do judiciário uma decisão de mérito, entretanto para se ter
esse direito, e necessário que estejam presente as condições da ação.
Legitimidade para agir, interesse de agir e Possibilidade jurídica do pedido
Legitimidade para agir – o casou se separa os dois tem suas rendas, tem um
filho, assim o filho fica com a guarda da mãe, quem é o titular do direito
material e a da criança, a titulariada do direito material e a criança esta e o
dono do direito, assim isto no processo é chamado de legitimidade do processo.
Existe no pólo passivo e ativo
Art 5 LXX da CF.
Possibilidade jurídica do pedido. Não exita uma proibição na contra meu pedido
do direito material. Jus postilandi