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bens e serviços.
Quais serão as causas deste aumento dos preços? E as consequências?
Causas
Normalmente, são apontadas como principais causas da inflação o excesso de
moeda em circulação, o aumento dos custos de produção e as expectativas dos
agentes económicos.
• Excesso da moeda em circulação:
Quando a quantidade da moeda em circulação aumenta sem o correspondente
aumento da produção de bens e serviços, os preços têm tendência a subir em
virtude do aumento da procura.
• Aumento dos custos de produção:
Este aumento surge quer pelo aumento dos salários sem o correspondente
aumento da produtividade dos mesmos, quer pelo aumento dos preços das
matérias-primas.
Quando esse aumento se verifica nas matérias-primas essenciais ao processo
produtivo, acaba por se estender à generalidade dos bens e serviços.
• Expectativas dos agentes económicos:
As previsões relativas ao aumento dos preços provocam nos agentes económicos
um conjunto de comportamentos que contribuem para o agravamento do próprio
processo inflacionário:
- Os consumidores antecipam o seu consumo;
- Os trabalhadores reivindicam aumentos salariais;
- Os bancos aumentam as taxas de juro; etc.
Consequências
Relativamente às consequências da inflação, destacam-se a desvalorização da
moeda e a deterioração do poder de compra da população.
• Desvalorização da moeda:
O aumento dos preços provoca a depreciação do valor da moeda pois os
consumidores, com a mesma quantidade de moeda, compram cada vez menos
bens e serviços.
• Deterioração do poder de compra:
Quando os preços sobem, se não se verificar um aumento proporcional dos
rendimentos das famílias, verificar-se-á uma deterioração do seu poder de compra.
De uma forma geral, a inflação provoca a deterioração das condições de vida dos
cidadãos, em especial daqueles que auferem rendimentos fixos, como pensões e
reformas.
MERCADOS DE CAPITAIS
O mercado de capitais é um sistema de distribuição de valores mobiliários, que tem o
objetivo de proporcionar liquidez aos títulos de emissão de empresas e viabilizar seu
processo de capitalização. Isso quer dizer que o objetivo é direcionar os recursos financeiros
da sociedade (poupança) para o comércio, a indústria e outras atividades econômicas, assim
remunerando melhor o investidor e contribuindo para o desenvolvimento econômico do país.
Debêntures - Títulos emitidos também por sociedades anônimas. Seus recursos são destinados
principalmente para capital fixo das empresas e são remunerados em juros, participações nos
lucros, etc. As debêntures são títulos de longo prazo.
Commercial Papers - Notas promissórias de curto prazo, utilizados pelas empresas para
financiar seu capital de giro.
Qualquer ativo financeiro tem sua primeira negociação. Ou seja, quando uma Ação, Letra de
Cambio ou Certificado de Depósito Bancário (CDB) é negociado pela primeira vez. Essa
transação é realizada no mercado primário.
Quando o primeiro comprador revende este ativo a uma terceira pessoa, esta pessoa para
outra e assim por diante, desencadeando um processo de circulação do ativo, estas operações
ocorrem no mercado secundário.
1. Mercado primário
No Mercado Primário é onde se negocia a subscrição de novas ações ao público, isto é,
onde os valores mobiliários circulam pela primeira vez e onde a empresa obtém o capital
para seus empreendimentos, pois o dinheiro da venda vai para a empresa. é também onde
os bancos obtêm capital para financiar as empresas. O patrimônio financeiro obtido é
direcionado para a empresa ou banco que lançou o ativo financeiro.
Também é onde ações de uma empresa são vendidas ao público na Bolsa de Valores pela
primeira vez. Esta operação também é realizada com intuito de captar recursos para financiar
os seus projetos.
2. Mercado secundário
O mercado secundário é tão importante quanto o primário, uma vez que o funcionamento de
um depende do outro. Os ativos financeiros não seriam negociados no mercado primário se
não contassem com a capacidade do secundário de gerar liquidez a estes papéis.
Neste momento os valores resultantes das transações não são mais direcionados para a
empresa ou banco emissor do ativo, mas sim para os investidores que participam das novas
negociações.
Bolsa de Valores - onde são negociadas as ações - como a PETR4, VALE5, OIBR4, CIEL3, USIM5 -
e os contratos em Mercado Futuro de Dólar, Índice, Boi Gordo, Milho, Café e S&P 500.
O Mercado Cambial tem como principais centros financeiros o Reino Unido, os EUA e o Japão e
os principais pares de moedas transacionadas constroem-se em torno de divisas como o euro,
o dólar americano, a libra esterlina, o iene japonês e o franco suíço.
Um turista francês no Egito não pode pagar em euros para ver as pirâmides porque não é a
moeda localmente aceite. Como tal, o turista tem de trocar os seus euros pela moeda local,
neste caso a libra egípcia, à atual taxa de câmbio.
Em que consiste o mercado à vista? É onde as moedas são compradas e vendidas de acordo
com o preço atual. Esse preço, determinado pela oferta e pela procura, é um reflexo de
diversos aspetos:
Trata-se de uma transação bilateral através da qual uma das partes entrega uma quantia
acordada de moeda à outra parte e recebe uma quantia específica de outra moeda à taxa de
câmbio acordada.
Nos mercados a prazo e futuro negoceiam contratos com especificações quanto à moeda, ao
preço específico por unidade e à data futura para a liquidação. No mercado a prazo, os
contratos são comprados e vendidos over-the-counter entre duas partes, que determinam os
termos do acordo entre si. No mercado de futuros, os contratos são comprados e vendidos
com base numa dimensão padrão e data de liquidação. Os contratos de futuros têm detalhes
específicos, incluindo o número de unidades a serem negociadas, datas de liquidação e
incrementos mínimos de preço que não podem ser personalizados. O câmbio atua como
contrapartida para o trader, proporcionando liquidação. Ambos os tipos de contratos são
vinculativos e são normalmente liquidados após expiração – embora os contratos também
possam ser comprados e vendidos antes de expirarem. Os mercados a prazo e de futuros
podem oferecer proteção contra o risco quando se negociam moedas. Normalmente, as
grandes empresas internacionais utilizam estes mercados para se protegerem de flutuações
cambiais no futuro. No entanto, os especuladores também participam nestes mercados. Em
inglês, os termos FX, forex, foreign-exchange market e currency market são todos sinónimos e
referem-se todos ao mercado cambial.
SMI
Finda a guerra mundial tornava-se premente regularizar o comércio mundial, os pagamentos e
a circulação de capitais, evitando o circulo vicioso de desvalorizações monetárias e a
instabilidade das taxas de câmbio os anos 20 e 30.
FMI
Organização internacional criada na conferência de bretton woods, que visava ajudar na
reconstrução do SMI no pós IIGM, ao qual acorriam os bancos centrais dos países com
dificuldades em manter a paridade fixa da moeda ou equilibrar a sua balança de pagamentos.
Objetivos:
O plano Werner propunha a criação de uma UEM tendente a uma união política, a partir de
uma primeira etapa, o plano Barre, com início a 1 de janeiro de 1971 e deveriam seguir-se
progressivamente a criação de um fundo europeu de cooperação monetária, o mais tardar até
à segunda fase, a livre circulação de capitais, a limitação da flutuação de moedas, com o apoio
de fundos de reserva. Concluir-se-ia pelo congelamento das paridades monetárias e pela
introdução de uma moeda única prevista para 1980. Pelo caminho ficavam, por exemplo,
orientações comunitárias de politica económica e medidas destinadas à coesão económica e
social, da realização de um mercado interno unificado à liberalização do comércio mundial.
Previa-se a intervenção dos bancos centrais europeus assim que os limites máximos de
flutuação fossem atingidos. Visava-se uma zona de estabilidade relativa.
A fraqueza de várias moedas (libra, lira, coroa) saíram da serpente pois não eram capazes de
manter as margens e as restantes saem sucessivamente, não resistindo.
Sucesso:
o Estabilidade económica
o Disciplina financeira
o Resistiu ao 2º choque petrolífero 1979-80
o Resistiu à alta do dólar e taxas de juro de 1980-85
o Funcionou como mecanismo de pressão sobre os governos para estes
alterarem as suas politicas económicas e se comprometerem nas obrigações
resultantes do sistema monetário comum.
ZONA MONETÁRIA
Uma Zona Monetária (ou Área Monetária) é um conjunto de países ou territórios, criado na
sequência de um acordo formal ou em consequência de um estado de facto, e no qual são
observadas determinadas regras particulares relativamente às suas políticas e relações
monetárias. Geralmente, no âmbito deste tipo de acordos, é conferido à moeda do principal
destes países um papel fulcral nos pagamentos das transações internas da zona das transações
entre os países ou territórios da zona e o resto do mundo.
A criação de uma Zona Monetária é geralmente um passo natural nos processos de integração
económica, podendo evoluir para Uniões Monetárias como é o caso da Zona Euro.
Uma área monetária óptima (id.: 657 – 65) é uma zona geográfica dentro da qual se podem
manter fixas as taxas de câmbio, mantendo-se o equilíbrio externo sem criar desemprego,
sendo, normalmente, menos caro usar uma única moeda.
Entende-se área monetária óptima, como área económica onde a mobilidade dos factores de
produção é perfeita, particularmente do factor trabalho. O autor parte do princípio que preços
e salários são rígidos à baixa e, daí, a importância que atribui à mobilidade do trabalho como
factor de ajustamento. Numa situação em que um desvio da procura de produtos de uma
hipotética região A para produtos de uma hipotética região B provocasse desemprego na
região A (considera-se a existência de um choque externo sobre a procura de um produto
provocado pela concorrência de preços ou pela mudança dos gostos dos consumidores, ou
choque exógeno que afecte a oferta de factores de produção), o ajustamento só poderia ser
conseguido, ou pela deslocação de trabalhadores de A para B, dada a impossibilidade de
ajustar salários e por essa via preços (sustenta-se o princípio de que preços e salários são
rígidos à baixa), ou pela desvalorização cambial, que não é possível por definição, numa zona
de integração monetária.
Na sequência da crise financeira de 2008, que atingiu com especial intensidade a economia
europeia e, em particular, os países da zona do euro, a UEM iniciou a segunda década da sua
existência sujeita a um importante processo de ajustamento nas suas regras de funcionamento e
governação que, nomeadamente, visa garantir o aprofundamento da sua dimensão económica.
Objetivos
Organização das políticas orçamentais, definindo limites para a dívida e o défice públicos
Embora presente desde o início do processo de integração europeia, só a partir da década de 1980 é que se reuniram
as condições necessárias para a concretização do ideal de uma União Económica e Monetária. De salientar:
O relatório Delors apontava para um faseamento na prossecução da UEMe estabelecia directrizes em termos de política
económica e monetária.
Objeto de uma Conferência Intergovernamental (CIG) em dezembro de 1991, é no Conselho Europeu de Maastricht, em
dezembro de 1991, que se efetiva a vontade dos Estados-Membros de concretizar a UEM, nomeadamente através do
compromisso com processo de convergência económica consagrado no Tratado da União Europeia.
O Pacto de Estabilidade e Crescimento
O Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) constitui um sistema regulamentar de
coordenação das politicas orçamentais, de forma a garantir a solidez das finanças públicas dos
Estados-Membros. Definido no contexto do Conselho Europeu de Amesterdão, em junho de
1997 como complemento das disposições do Tratado da União Europeia referentes à UEM, foi
já sujeito a revisão.
O Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) é o conjunto de regras e instrumentos
estabelecidos a nível europeu com o objetivo de coordenar as políticas orçamentais e, por essa
via, garantir o saneamento das finanças públicas, corrigir défices excessivos, combater o
endividamento público e manter um nível de execução orçamental responsável.
Inscreve-se no contexto da terceira fase da União Económica e Monetária (UEM), que teve
início em 1 de janeiro de 1999, com o objetivo de garantir o prosseguimento do esforço de
disciplina orçamental dos Estados-Membros após o lançamento da moeda única, assegurando
uma convergência duradoura da UE.
Os Estados-Membros comprometeram-se a respeitar o objetivo de uma posição próxima do
equilíbrio. Os Estados-Membros comprometeram-se a tomar as medidas de correção orçamental
que considerem necessárias para alcançar os objetivos dos seus programas de estabilidade ou
de convergência.
Possibilidade de sancionar um Estado-Membro participante que não tome as medidas
necessárias para pôr termo a uma situação de défice excessivo. A sanção começará por assumir
a forma de um depósito sem juros junto da Comunidade, mas poderá evoluir para uma multa se
o défice excessivo não for corrigido nos dois anos seguintes.
Rígido. Alemanha e França desrespeitaram temporariamente e adotaram medidas próprias.
O Pacto de Estabilidade e Crescimento foi revisto em março de 2005 no sentido de tornar o
PEC num instrumento mais flexível, mais racional. Optou-se por valorizar mais o «C» de tendo
em conta o período de recessão económica que a UE atravessava em 2005.
As principais alterações assentam essencialmente no seguinte:
• O prolongamento dos prazos concedidos aos Estados-Membros com défice superior aos
3% para corrigir a situação. 4-5 anos
• O reforço das medidas de prevenção em caso de défice excessivo. Foram redefinidos
objetivos mais precisos de médio prazo para atingir uma situação orçamental equilibrada.
• O fim da automaticidade das sanções, que serão doravante aplicadas de acordo com a
situação económica e financeira de cada Estado-Membro.
• circunstâncias atenuantes que permita aos Estados-Membros justificarem o
incumprimento dos critérios, nomeadamente os custos da unificação alemã, as despesas
militares, os investimentos na investigação científica, as despesas ligadas às reformas das
pensões, as ajudas aos países em vias de desenvolvimento e as contribuições para o
orçamento comunitário.
Atualmente, com a estrutura baseada no tratado orçamental e nas disposições "Six Pack” e
"Two Pack”, o PEC assume uma vertente tripartida essencial:
• De prevenção (a vertente positiva): os países assumem o compromisso de cumprimento de
políticas orçamentais sólidas e responsáveis, assegurando a sua boa execução e a
coordenação efetiva a nível europeu. Cada um dos países tem um objetivo orçamental de
médio prazo (OMP), relativo ao défice, que é definido em termos estruturais. Na zona euro, os
países indicam as formas de prosseguir estes objetivos orçamentais no quadro de programas
de estabilidade ou de programas de convergência, cuja execução é avaliada no quadro do
Semestre Europeu.
• De correção (vertente corretiva): no procedimento por défices excessivos (PDE), pretende-
se a correção gradual dos défices públicos excessivos (3% do PIB) e das dívidas públicas
excessivas (60% do PIB).
• De execução: aplica-se no caso do desrespeito pelas regras das vertentes positiva e
corretiva, isto é, se os Estados violarem as disposições a que estão comprometidos no quadro
da UEM. No caso dos países da zona Euro, eventuais sanções podem assumir a forma de
advertências ou mesmo de coimas no valor de 0,2% ou 0,5% do PIB, além de ser possível
suspender autorizações ou pagamentos dos fundos estruturais e de investimento da UE.
o «6-pack» (que introduziu um sistema para monitorizar as políticas económicas em sentido lato, de
modo a detetar problemas como as «bolhas» no mercado imobiliário ou a queda precoce da
competitividade);
o «2-pack» (um novo ciclo de monitorização para a área do euro, com a apresentação, por parte dos
países, exceto aqueles com programas de ajustamento macroeconómico, dos seus projetos de planos
orçamentais à Comissão Europeia no outono de cada ano);
o Tratado de 2012 sobre Estabilidade, Coordenação e Governação (Pacto Orçamental) que introduz
disposições de natureza orçamental mais rigorosas do que o PEC.
Responsabilidade institucional
A responsabilidade pela política económica em decurso na UEM depende da articulação entre as instituições europeias e
os Estados-Membros. Deste modo:
A estas competências somam-se aquelas atribuídas na sequência da adoção de medidas de reforço da agenda
económica comum dos países da zona do euro, nomeadamente no âmbito da condução do Semestre Europeu.