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XIX – 2018-2019
Docente: Ricardo Costa Agarez
João Manuel Mota Martins Serra (Número do aluno), ‘Exercício 1 da UC ‘Arquitetura do Século XIX’
Ficheiro de Leitura Ficha nº 01
Autor(es) Assunto
Notas de leitura
Segundo o historiador David Watkin, o neoclassicismo surge como uma reação ao estilo
barroco tardio e rococó. O Petit Trianon projetado pelo arquiteto francês Ange-Jacques Gabriel,
durante o reinado de Luís XV, é um excelente exemplo da transição do estilo rococó para o
estilo arquitetónico neoclássico, já que foi encomendado pelo rei como um lugar onde ele e sua
sua originalidade é atribuída às suas quatro fachadas, cada uma projetada de acordo com a
parte da propriedade onde está localizada. A ordem das colunas coríntias é a característica
decorativa dominante do castelo, com dois pilares destacados e dois semi-separados ao lado
do jardim francês formal, com as pilastras voltadas para o pátio e para a área anteriormente
ocupada pelas estufas de Luís XV. Os espaços interiores foram distribuídos de acordo com a
sua função e não tanto segundo as exigências estéticas da simetria. O exterior é muito
Uma nova fase na história do Petit Trianon teve início quando Marie-Antoinette toma posse do
Petit Trianon, em 1774, após a morte de Luís XV. Com a ajuda do seu jardineiro, Antoine
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Arquitetura do Séc. XIX – 2018-2019
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substituindo-os por um vasto jardim inglês, mais de acordo com os gostos contemporâneos.
Por esta altura já estava sedimentado o conceito de “jardin anglais”, amplamente disseminado
pela Europa e desenvolvido pelos ingleses. Neste modelo, a rigidez barroca do jardim francês
Esta procura de naturalidade aparente e simplicidade surgiu, no início do século, pela mão de
arquitetura universal a “cabana primitiva”, a qual consistia em quatro troncos de árvore que
sustentam um telhado rústico e em colunas o mais possível fechadas por vidros. O grego
dórico foi assim revestido de uma simplicidade primitiva em sintonia com o funcionamento da
própria natureza.
Um dos arquitetos do século XVIII mais considerados, por impulsionar a criação de uma nova
arquitetura, clássica, racional e reformada, foi Jacques-Germain Soufflot, cuja obra de maior
destaque foi a igreja de Sainte Geneviève. Em 1755, por recomendação de Marigny, o projeto
ao arquiteto Jacques-Germain Soufflot por Louis XV. Soufflot aproveitou a ocasião para
projetar uma igreja revolucionária, nada semelhante aos edifícios de Paris do século anterior,
outros arquitetos oriundos da Academia Francesa de Roma como Le Lorrain e Petitot. Era para
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ser construída no novo estilo neoclássico - uma decisão ousada na época. Os contemporâneos
moderno, da razão e do pitoresco. O edifício, em forma de cruz grega, possui vinte e duas
colunas em estilo coríntio e é coroado por uma cúpula de oitenta e três metros de altura, com
construções gregas. A forma como copiou os detalhes clássicos num novo contexto foi o que
1758 mas, devido a dificuldades financeiras e à morte de Soufflot em 1780, a sua construção
foi adiada. Foi finalmente retomada por um associado de Soufflot, Jean-Baptiste Rondelet, em
reuniram em menor escala muitos dos ideais racionalistas de Perrault, Laugier e Soufflot.
Projetadas por arquitetos da Academia Francesa de Roma, elas são: St Louis em St Germain-
Depois de Soufflot, Marie-Joseph Peyre (1730 a 1785) foi um dos arquitetos que exerceu maior
influência na ascensão do neoclassicismo do século XVIII. O seu objetivo era promover uma
nova arquitetura monumental inspirada nos protótipos antigos, com inúmeras colunatas
simétricas, cúpulas e pórticos. Além do Teatro de l'Odeon, em Paris, Peyre pouco construiu de
relevante. No entanto, o seu projeto mais notável, embora não executado, para um palácio
destinado ao príncipe de Condé, primo de Luís XV, inspirou o Hotel de Salm, construído no
início da década de 1780 por Pierre Rousseau para o príncipe Frederico de Salm-Kyrberg. O
para o Hôtel de Condé. Peyre projetou o tradicional hotel parisiense ou casa de cidade, em
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impressionante edifício foi descrito por Peyre como um "monumento [que] anunciava um
templo mais do que qualquer uma das nossas igrejas" (Peyre, A.-F. 414).
O teatro construído entre 1772 e 1780 por Victor Louis, na cidade de Bordeaux, foi outro
edifício muito admirado. Construído em pedra, o material de construção mais nobre, este
grande salão quadrado tinha o primeiro piso aberto com colunatas e a sua abóbada de guarda-
renascentistas e barrocas, na França dos séculos XVI e XVII. Foi projetado como um reino da
arte e da luz e possui uma fachada dotada de um pórtico com doze colunas de ordem coríntia
que sustentam um entablamento coroado por doze estátuas, represetando as nove musas e as
três deusas. O design do teatro era inovador, devido ao ênfase que Louis deu aos espaços de
escada e circulação, de modo a criar um espetáculo dramático, mesmo antes de o auditório ser
atingido. Esta inovação não só modificou o conceito de escadaria do século XIX como
De Wailly demonstrava interesse na recente pesquisa arqueológica, como pode ser visto nas
colunas de revivalismo grego do Hotel de Voyer, mas continuava ligado ao drama barroco, o
que se pode comprovar pelas colunas, arcos abobadados e espelhos no seu grandioso salão
perto de Dijon, construído entre 1764 e 1772 para o Marquês de la Marche. Montmusard é um
dos edifícios mais pitorescos e clássicos da França, pois projeta da sua fachada de entrada
uma colunata semicircular aberta. Este foi reivindicado como o primeiro edifício secular, na
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associado apenas a nobres e financistas. Assim, por volta de 1770, a casa parisiense
pôde dar nova vida aos motivos associados aos banhos e vilas da antiga Roma.
design de jardins. Jean Jacques Rousseau argumentou, nos seus dois volumes de Discours
publicados em 1750 e 1754, que o homem era originalmente livre, virtuoso e feliz, mas
corrompido pela sociedade e pela vida na cidade, fazendo, desta forma, um apelo lírico e
sentimental para o homem retornar a uma vida simples, em harmonia com a natureza. O
arquiteto tornara-se um visionário que poderia criar um novo mundo ou um padre que poderia
mudar o coração dos homens, um papel perigoso, que apenas foi conseguido pelo arquiteto
mais prático e mais ambicioso do século XVIII, Claude-Nicolas Ledoux. Além de projetar
inúmeras casas da cidade com uma elegância extrema e um pequeno número de castelos, foi
prisão de Aix, os portões da cidade ou as portagens de Paris, e um projeto visionário para uma
cidade em Chaux. Ledoux era diferente devido à sua originalidade arquitetónica, à sua
industrial. Propõe a autonomia dos elementos volumétricos, o sistema de pavilhões, que não
são partes, porém elementos independentes. A parte é livre no marco definido como todo.
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Arquitetura do Séc. XIX – 2018-2019
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Ledoux cria um projeto com uma geometria implacável: o recinto é organizado ao redor de uma
imensa região quadrada. As diferentes construções são dispostas segundo pontos de vista
prático, ao redor desta região central, ligadas por pórticos. Assim, temos algo como se fosse
uma única construção. As construções possuem várias colunas, fazendo com que as galerias
barroco tardio e dedica-se à projeção de vários edifícios públicos, inspirados pelas antigas
construções da Roma antiga. Um dos expoentes desse movimento é, certamente, Ledoux, que
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