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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 1 2006

Metais e ligas metálicas Joana de Sousa Coutinho

ENSAIOS MECÂNICOS
Permitem perceber como os materiais se comportam
quando lhes são aplicados esforços

Ensaios Destrutivos provocam a inutilização do material ensaiado


Tipos

1
Ensaios Não Destrutivos

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 1 2006


Metais e ligas metálicas Joana de Sousa Coutinho

Objectivo dos ensaios


Na indústria Para controlar a qualidade de produção

Na investigação Para comparar e seleccionar materiais

O procedimento de cada ensaio em geral está


normalizado.
normalizado
A norma de ensaio especifica o método correcto que torna os resultados
obtidos, para o mesmo material, reprodutíveis onde quer que se faça o ensaio
NP Norma Portuguesa
NP EN European Norm
ASTM American Society for Testing Materials
DIN Deutches Institut für Norming
AFNOR Association Francaise de Normalisation
ISO International Organization for Standadization 2
BSI British Standards Institution

1
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 1 2006
Metais e ligas metálicas Joana de Sousa Coutinho

Ensaios mecânicos

Ensaio de tracção
Ensaio de dobragem
Ensaio de dureza
Ensaio de choque
Ensaio de fadiga (solicitações cíclicas)
Ensaio de fluência

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Ensaio de tracção

MPa

600

500

400

300
F F, ∆L
Tensão

200

100

0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3
extensão adimensional
∆L

2
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2003
Metais e ligas metálicas Joana de Sousa Coutinho

Ensaio de tracção
NP EN 10 002 - 1 (2006) -
célula de carga
Materiais metálicos:
Ensaio de tracção. Parte 1:
Método de ensaio (à
temperatura ambiente)
extensómetro
solicitar provete com uma força
provete
de tracção uniaxial,
continuamente crescente até à
rotura.

deformação no provete
Registo:
força e
alongamento
com instrumentação apropriada 5
Máquina de tracção

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Ensaio de tracção

Extensómetro

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Metais e ligas metálicas Joana de Sousa Coutinho

Medicão de extensões
célula de carga
Extensão= ∆L/Le

extensómetro
extensómetros
provete
Le medem a variação de
F
comprimento ∆L
(deformação) entre dois
pontos distanciados
∆L inicialmente dum valor,
designado por
base de medida
Le 10

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Medição de extensões
célula de carga

de pequena base base≤ 10 cm


extensómetros

extensómetro
(laboratório)
provete

de grande base de base até


alguns metros;
L0
F principalmente
nas obras

extensómetros mecânicos
∆L extensómetros acústicos ou de corda vibrante
extensómetros eléctricos de resistência
extensómetros ópticos
11

4
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Metais e ligas metálicas Joana de Sousa Coutinho

extensómetros

ampliação
relação entre a distância percorrida pela agulha
indicadora na escala do aparelho e a grandeza a medir
equivalente;
campo de medida
maior valor da grandeza a medir que se consegue
avaliar, com o aparelho
sensibilidade

menor valor da grandeza a medir que se pode detectar


com o aparelho. 12

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Metais e ligas metálicas Joana de Sousa Coutinho
célula de carga

NP EN 10002-1:2006
extensómetro
provete

Diagrama tensão/extensão
F ∆L
σ=R = ε=
S0 L
e
F Le
S0 área da secção inicial
Le compto de base do
deformação
∆L
extensómetro 13

5
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Metais e ligas metálicas Joana de Sousa Coutinho
célula de carga

F ∆L
ε=
extensómetro

σ=
provete

S0 L
e
Por ex. C
Tensão
D
(Força Unitária)
convencional
B’
B
A
F Le

∆L O O'
Extensão
14

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Metais e ligas metálicas Joana de Sousa Coutinho
célula de carga

F ∆L
σ= ε=
extensómetro
provete

S0 L
e
forma e amplitude

composição,
tratamento térmico,
história anterior de deformação
plástica,
velocidade de deformação, Tensão
C
D
(Força Unitária)
depende

B’
temperatura e A
B

estado de tensão.
15
O O'
Extensão

6
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Metais e ligas metálicas Joana de Sousa Coutinho

•zona inicial OA proporcionalidade entre as tensões e as extensões

σ = Eε lei de Hooke

C
módulo de Tensão
D
elasticidade ou (Força Unitária)
B’
módulo de B
Young A

O O'
Extensão
16

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C
D
a)

módulo de elasticidade ou módulo de Young


B’
B
A

•constante para cada metal ou liga metálica,


O O'
Extensão

•medida da rigidez do material, quanto maior for o módulo de


elasticidade, menor será a deformação elástica resultante da
aplicação de uma determinada tensão

•E depende das forças inter-atómicas

•Se num determinado tipo de aço, por exemplo, as resistências mecânicas


puderem aumentar apreciavelmente através de factores que afectem a sua
estrutura (tratamentos térmicos, pequenas adições de elementos de liga,
etc.), esses factores praticamente
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não influem no módulo de elasticidade do material.

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Metais Módulo Ligas Metálicas Módulo de


elasticidade elasticidade
(MPa) (MPa)
Ferro, Níquel 210000 Aços-carbono e aços-ligados 210000
Molibdénio 350000 Aços inoxidáveis austeníticos 196000
Cobre 119000 Ferro fundido nodular 140000
Alumínio 70000 Bronzes e Latões 77000-119000
Magnésio 45500 Bronzes de Manganês 105000
Zinco 98000 Bronzes de Alumínio 84000-133000
Zircónio 101500 Ligas de Alumínio 70000-74500
Estanho 42000 Monel (liga de Níquel) 130000-182000
Berílio 257000 Hastelloy (liga de Níquel) 189000-215000
Ósmio 560000 Invar (liga de Níquel-ferro) 140000
Titânio 100000 Inconel (liga de Níquel) 160000
Chumbo 17500 Illium (liga de Níquel) 187000
Ródio 297500 Ligas de Titânio 112000-121000
Nióbio 105000 Ligas de Magnésio 45500
Ouro, Prata 78500 Ligas de Estanho 51000-54000
Platina 158000 Ligas de Chumbo 14000-29500

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Metais e ligas metálicas Joana de Sousa Coutinho

•lei de Hooke só é válida até ao ponto A


• tensão limite de proporcionalidade
•tensão para a qual a extensão deixa
de ser proporcional ao esforço
C
aplicado Tensão D
(Força Unitária)
B’
B
A
Em OA comportamento elá
elástico
•deformação reversível, sempre
que se efectue uma descarga
O O'
Extensão

•A curva de descarga segue a


curva de carga
•sem deformação residual, ou
seja, o provete volta à forma e
19
dimensões originais

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Metais e ligas metálicas Joana de Sousa Coutinho

tensão limite de elasticidade


máxima tensão que o material
pode suportar sem sofrer
deformação permanente C
Tensão D
(Força Unitária)
B’
B
A
•A linearidade termina em A
mas até B o material ainda
tem comportamento elástico.

O O'
Extensão
Em geral, (Carbono baixo e médio)

A≡B
20
•B acima de A ou ao contrário

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Depois de B, o aço entra no domí


domínio plá
plástico

C
Curva de Tensão
(Força Unitária)
D

descarga passa B
B’

A
a não coincidir
com a curva de
carga
O O'
Extensão

deformação residual permanente

21

9
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Metais e ligas metálicas Joana de Sousa Coutinho

C
Tensão
D
(Força Unitária)
B’
B
Extensão OO’’

A
TOTAL =
Deformação/

elástica+plástica

O O' Extensão
plástica
Extensão OO’
Deformação/

def. plástica
def. elástica
residual
permanente def. total
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Metais e ligas metálicas Joana de Sousa Coutinho

comportamento comportamento
transição variável
elástico plástico

•alguns metais
•em particular aços <<C
•Exibem efeito de cedência
• ocorre uma
deformaç
deformação plá
plástica
sem aumento da forç
força

Zona instável 23
deformação heterogénea

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Durante esta instabilidade linhas inclinadas de


cerca de 45º em
alterações superficiais relação ao eixo de
visíveis a olho nu tracção,
conhecidas como
bandas de Lüders

•ferro impuro
•aços de baixo teor de carbono,
•cádmio, zinco, alumínio e suas ligas, molibdénio e
titânio.
•aços ligados com níquel e crómio. (cedência
praticamente sob tensão constante) 24

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comportamento Deformação permanente


plástico

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11
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Tensão Tensão

Efeito transitório Efeito transitório


ReH inicial inicial
ReL ReH
ReL

0 0 Extensão
Extensão

Tensão Tensão

ReH
ReL
ReL

26
0 0
Extensão Extensão

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tensão de cedência superior (ReH)


valor da tensão convencional no instante, em
que se observa a primeira queda da força;

tensão de cedência inferior (ReL)


menor valor da tensão convencional durante a
cedência, desprezando eventuais fenómenos
transitórios.

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Metais e ligas metálicas Joana de Sousa Coutinho

metais e ligas metálicas em o ponto de separação


que não aparece nitidamente das zonas elástica e
o fenómeno da cedência plástica????

se interromper o Tensão A

ensaio de tracção
na fase plástica
Rpη

0 Extensão
deformação permanente %
28
residual ou plástica

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o ponto de separação
das zonas elástica e
plástica ?
método gráfico depois do ensaio
Tensão A
limite convencional de
proporcionalidade Rpŋ

descarga
Rpη
Procede-se à descarga a partir
de uma tensão até à obtenção
de uma
extensão permanente especificada, 0 Extensão
determinando-se o
limite convencional de %
29
elasticidade Rrŋ

13
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 1 2006
Metais e ligas metálicas Joana de Sousa Coutinho

descarga

limite convencional de
elasticidade Rrŋ

Procede-se à descarga a
partir de uma tensão até à
obtenção de uma
extensão permanente especificada η

η
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Metais e ligas metálicas Joana de Sousa Coutinho

Em geral

η = 0,2%
(0,002 por unidade de
comprimento)

ligas metálicas que se deformam relativamente η = 0,1%


pouco, de médio (0,001 por unidade de
e alto teor de carbono ou ligas não ferrosas duras comprimento)

η = 0,01%
aços para molas (0,0001 por unidade
31
de comprimento)

14
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tensão de rotura à tracção Rm

Fm força máxima
Rm =
S0 área secção inicial da zona útil do provete
est Na
ricç estricção a
ão secção real
vai
diminuindo
………

32

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Tensão
ea l
sã or
Ten

B'

F B' são
c
cio
onven nal

σ= Ten

Extensão

33

15
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Metais e ligas metálicas Joana de Sousa Coutinho

Aço macio é um aço cujo diagrama


tensão/extensão apresenta patamar de
cedência.

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T.de rotura

600

Rm 500

400
Re
T.de cedência

300
Tensão

200

100

0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3

Extensão total na força máxima


extensão

Agt

Indicador da
Indicadores da resistência ductilidade 35

16
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Tensão

Rm - tensão de rotura

Rm Ag - extensão permanente
na força máxima

Agt - extensão total na


0 Extensão
força máxima
Ag

A - extensão após rotura


A gt (εmax)
At - extensão total na rotura
A

At

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Ductilidade
Capacidade de um aço se deformar plasticamente
sem romper, depois de ultrapassado o limite elástico

Pode ser caracterizado por vários parâmetros:


1. Agt Extensão total na força máxima
2. Rm/Re relação entre a tensão de rotura e tensão de cedência
3. A Extensão após rotura
4. Z Coeficiente de estricção

5. ET Tenacidade corresponde à capacidade do material de


se deformar plasticamente e absorver energia antes da
rotura
37
6. Id Índice de tenacidade

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Metais e ligas metálicas Joana de Sousa Coutinho

1. Agt Extensão total na força máxima


2. Rm/Re relação entre a tensão de rotura e tensão de cedência
T.de rotura

600

Rm 500

400
Re
T.de cedência

300
Tensão

200

100

0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3
extensão

Agt
38
Extensão total na força máxima

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3. A Extensão após rotura


4. Z Coeficiente de estricção

extensão após rotura A


indicadores
(2 dos)

coeficiente de estricção Z da ductilidade

comportamento dúctil
rotura é precedida de uma deformação
plástica bastante intensa Exs. Os aços com
C <<<, o cobre, o alumínio, o chumbo e o ouro

comportamento frágil
apresenta pequena deformação plástica
antes da rotura isto é, a rotura dá-se
muito próximo do limite de elasticidade
Exs. aços de médio e alto teores de carbono e 39
alguns tipos de ferros fundidos.

18
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3. Extensão após rotura A

(L u − L 0 )
A= × 100
L0

Lu comprimento final entre referências


:

L0 comprimento inicial entre referências

0 frágil dúctil 1

Como considerar L0 ?? 40

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Se
circular
NP EN 10 002 L0=5Ø

k = 5,65
L 0 = k S0
não maquinados

proporcionais
maquinados ou

Lo > 20mm
Se S0<<< k=11,3
Provetes

não proporcionais

41

19
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4. coeficiente de estricção Z

(S o − S u ) Frágil Z <
Z= ×100
S0

S0 área da secção inicial do provete Dúctil Z >


Su área da secção final do provete

Dúctil Z > Frágil Z < 42

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5. ET Tenacidade corresponde à capacidade do material se


deformar plasticamente e absorver energia antes da
rotura

6. Id Índice de tenacidade

Tenacidade (ET)
corresponde à capacidade Tensão
do material de se deformar
plasticamente e absorver
energia antes da rotura
ET=EE+EP

resiliência (ou energia


elástica) EE EE 45

Extensão

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resiliência (ou energia elástica) capacidade de um


metal absorver energia quando se deforma
elasticamente, devolvendo essa energia após a
descarga do esforço que provocou a deformação (EE)

Tensão

R R - Tensão de cedência
superior ou tensão limite
convencional de proporcionalidade

EE
46
Extensão

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tenacidade (ET) corresponde à


capacidade do material de se deformar
plasticamente e absorver energia antes da (ET=EE+EP)
rotura.
Módulo de tenacidade
(ou simplesmente
tenacidade)
tenacidade) Tensão

energia absorvida até


até à
rotura,
rotura, por unidade de
volume do material (Ur)
Módulo de tenacidade
(ou simplesmente
tenacidade)
tenacidade)
energia absorvida até
até à
carga má
máxima,
xima, por
unidade de volume do Extensão 47
material (ET)

21
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Módulo de
Re MPa Rm MPa Agt % Ur mm×N/mm3
tenacidade (ou
Aço 178 370 44 121
simplesmente
(0,13%C)
tenacidade)
Aço 302 521 36 148
energia (0,25%C)
absorvida até
até à Aço
rotura,
rotura, por (0,53%C)
590 919 11 82
unidade de
Aço 892 1234 9 30
volume do
(1,2%C)
material (Ur)
1%C
Módulo de
tenacidade (ou Tensão 0,7%C
simplesmente 0,55%C
tenacidade)
tenacidade)
0,23%C
energia
absorvida até
até à
0,11%C
carga má
máxima,
xima,
por unidade de
volume do
material (ET)
48
0 Extensão

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Variação com o teor em C

1%C

Tensão 0,7%C
0,55%C

0,23%C

0,11%C

0 Extensão
49

22
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 1 2006
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Módulo de
tenacidade (ou
simplesmente Ur Unidades???
tenacidade) (área no diagrama)
energia
mm×N/mm3 tensão×extensão
absorvida até
até à MPa×sem unidades=MPa
rotura,
rotura, por
unidade de
volume do
material (Ur)

Módulo de
tenacidade (ou
simplesmente N
tenacidade)
tenacidade) mm × × mm2
mm × N mm2 mm × MPa × mm2
= = = MPa
energia
absorvida até
até à
mm3 mm3 mm3
carga má
máxima,
xima,
por unidade de
volume do
material (ET)
50

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Tenacidade corresponde a um modo de avaliar a


ductilidade importante para projecto de peç
peças que podem
estar sujeitas a tensões na zona plá
plástica sem atingir a
rotura Exs:
Exs: engrenagens, engates, molas, correntes, e
també
também armaduras de betão.
Índice de tenacidade ET EE + EP
Variável adimensional
Id = =
EE EE

Tenacidade pode ser determinada


pela energia absorvida num ensaio
pg44 Sergio Souza de choque 51

23
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> resiliência

< resiliência

52

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< tenacidade
> tenacidade

material frágil tem uma


maior resiliência e
menor tenacidade que
o material dúctil.

53

24
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Variação com o tratamento térmico

3
Tensão 2

0 Extensão

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Varões de aço para betão armado


ARMADURAS ORDINÁRIAS

REBAP – Regulamento de Estruturas de Betão


Armado e Pré-esforçado, Decreto-Lei 349-C/83

•Especifica os tipos de armaduras


•Especifica as principais características de
cada tipo de armadura
•Estipula a obrigatoriedade da sua prévia
CLASSIFICAÇÃO pelo LNEC
59

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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 1 2006
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REBAP Quadro V - Tipos correntes de varões

Designa- Processo de Configur Caracterí Características mecânicas


ção fabrico ação da sticas de
Tracção (1) Dobragem (2)
superfície aderência
Tensão de Tensão Extensão Dobra Dobragem-desdobragem
cedência ou t. de após gem (5)

limite rotura rotura (3) simpl

18<Ø≤25
25<Ø≤32
12<Ø≤18

32<Ø≤40
convencional de fsuk εsuk es (4)
proporcionalidade MPa %
a 0,2%
fsyk ou fs0,2k
MPa
A235NL Laminado a Lisa Normal 235 360 24 2φ - - - -
quente
A235NR Rugosa Alta 2φ(6) 5φ 7φ 8φ 10φ

A400NR Laminado a Rugosa Alta 400 460 14 3φ(6) 6φ 8φ 10φ 12φ


quente
A400ER Endurecido a Rugosa Alta 400 460 12 3φ(6) 6φ 8φ 10φ 12φ
frio
A400EL Endurecido a Lisa Normal
frio c/ torção
A500NR Laminado a Rugosa Alta 500 550 12 4φ(6) 8φ 10φ 12φ 14φ
quente
A500ER Endurecido a Rugosa Alta 500 550 10 4φ(6) 8φ 10φ 12φ 14φ
frio
60
A500EL(7) Lisa Normal 4φ - - - -

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Agora NP EN
10002-1

(1)Ensaio segundo a Norma Portuguesa NP 105. Para os aços endurecidos,


estas características devem ser determinadas após envelhecimento artificial
(30 min a 250oC e arrefecimento à temperatura ambiente).
(2)Os valores indicados no quadro designam os diâmetros dos mandris,
sendo φ o diâmetro dos varões.
(3)Comprimento de referência inicial igual a 5φ.
(4)Ensaio segundo a Norma Portuguesa NP 173, com ângulo de dobragem de
180º.
(5)Dobragem a 90º segundo a Norma Portuguesa NP 173, seguida de
aquecimento durante 30 min a 100oC, arrefecimento à temperatura ambiente
e posterior desdobragem de 20º.
(6)Somente exigido para varões com diâmetro igual ou menor que 12 mm.
(7)Somente sob a forma de redes electrossoldadas. 61

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REBAP – Regulamento de Estruturas de Betão


Armado e Pré-esforçado, Decreto-Lei 349-C/83

MAS: Devido à evolução da normalização internacional incluindo o Eurocódigo 2


o LNEC publicou uma série de especificações em que se apresentam as condições a
que os varões devem obedecer com vista à classificação pelo LNEC.
ESPECIFICAÇÃO DO LNEC E 449 VARÕES DE AÇO A400NR PARA ARMADURAS DE
BETÃO ARMADO. Características, ensaios e marcação. 1998

ESPECIFICAÇÃO DO LNEC E 450 VARÕES DE AÇO A500NR PARA ARMADURAS DE


BETÃO ARMADO. Características, ensaios e marcação. 1998
ESPECIFICAÇÃO DO LNEC E 455 VARÕES DE AÇO A400NR DE DUCTILIDADE ESPECIAL
PARA ARMADURAS DE BETÃO ARMADO. Características, ensaios e marcação. 2002

ESPECIFICAÇÃO DO LNEC E 460 VARÕES DE AÇO A500NR DE DUCTILIDADE ESPECIAL


PARA ARMADURAS DE BETÃO ARMADO. Características, ensaios e marcação. 2002

ESPECIFICAÇÃO DO LNEC E 456 VARÕES DE AÇO A500ER PARA ARMADURAS DE 62


BETÃO ARMADO. Características, ensaios e marcação. 2000

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Textos de
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conteúdos
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 1 2006
Metais e ligas metálicas Joana de Sousa Coutinho

Varões para betão armado (mais usados)


A400 NR A400 NR SD A500 NR A500 NR SD A500 ER
Alta ductilidade Ductilidade especial Alta ductilidade Ductilidade especial Ductilidade normal
(A500 EL só para redes)
LNEC E 449-1998 LNEC E 455-2002 LNEC E 450-1998 LNEC E 460-2002 LNEC E 456-2000
Re
mínimo; k (5%) 400 MPa 400 MPa 500 MPa 500 MPa 500 MPa (Rp 0,2%)
Re/400 ≤ 1,20 (90%) Re/500 ≤ 1,20 (90%)
Rm mínimo, k (5%) 460MPa 460MPa 550MPa 550MPa 550MPa
Rm/Re
Mínimo; k (10%) 1,08 1,15 1,08 1,15 1,05

Máximo; k (90%) - 1,35 - 1,35 -

Agt Extensão total na força 5% 8% 5% 8% 2,5%


máxima; mínimo; k (10%)
soldabilidade Sim pois Ceq <0,52 * Sim pois Ceq <0,52 * Sim pois Ceq <0,52 * Sim pois Ceq <0,52 * Sim pois Ceq <0,45 *
Diâmetros (mm) 6 8 10 12 16 20 25 32 40 6 8 10 12 16 20 25 32 40 6 8 10 12 16 20 25 32 40 6 8 10 12 16 20 25 32 40 6 8 10 12 e outros para redes
Superfície rugosa de alta
aderência

2 séries semelhantes de nervuras


2 séries de nervuras transversais 3 séries de nervuras transversais
2 séries de nervuras transversais 2 séries de nervuras transversais transversais cada uma
Uma série com nervuras com a
Com diferentes afastamentos Com afastamentos iguais e a constituída por duas subséries de
nos dois lados do varão. mesma inclinação nos dois lados
mesma inclinação e afastamento
A outra série contêm duas
inclinações diferentes e 64
Na mesma série as nervuras têm uniformemente espaçadas
subséries de nervuras com o
a mesma inclinação. mesmo afastamento mas de
inclinações diferentes

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 1 2006


Metais e ligas metálicas Joana de Sousa Coutinho

A400 NR A400 NR SD A500 NR A500 NR SD A500 ER


Alta ductilidade Ductilidade especial Alta ductilidade Ductilidade especial Ductilidade normal
(A500 EL só para redes)
Aptidão à dobragem Dobragem simples até Φ12mm Dobragem simples até Φ12mm Dobragem simples até Φ12mm Dobragem simples até Φ12mm Dobragem simples
Dobragem-desdobragem para Dobragem-desdobragem para Dobragem-desdobragem para Dobragem-desdobragem para
Φ>12mm Φ>12mm Φ>12mm Φ>12mm

Matéria prima A partir de biletes procedentes de A partir de biletes procedentes de A partir de biletes procedentes de A partir de biletes procedentes de A partir de varão liso laminado a
lingotes ou por vazamento lingotes ou por vazamento lingotes ou por vazamento lingotes ou por vazamento quente de aço macio
contínuo contínuo contínuo contínuo
Processo de produção laminagem a quente laminagem a quente laminagem a quente laminagem a quente endurecimento a frio em geral por
laminagem a quente e tratamento laminagem a quente e tratamento laminagem a quente e tratamento laminagem a quente e tratamento laminagem a frio com impressão
superficial através de água, na superficial através de água, na superficial através de água, na superficial através de água, na do perfil nervurado combinada ou
linha de laminagem linha de laminagem linha de laminagem linha de laminagem não com estiragem ou trefilagem.
laminagem a quente e laminagem a quente e
deformação a frio posterior com deformação a frio posterior com
diminuição da secção inferior a diminuição da secção inferior a
10% 10%
Fadiga É aplicada força de tracção cíclica É aplicada força de tracção cíclica É aplicada força de tracção cíclica É aplicada força de tracção cíclica É aplicada força de tracção cíclica
entre um valor max. e um min. até entre um valor max e um min. até entre um valor max. e um min. até entre um valor max e um min. até entre um valor max. e um min. até
romper ou até alcançar 2×106 romper ou até alcançar 2×106 romper ou até alcançar 2×106 romper ou até alcançar 2×106 romper ou até alcançar 2×106
ciclos ciclos ciclos ciclos ciclos
σ max = 240MPa σ max = 240MPa σ max = 300MPa σ max = 300MPa σ max = 300MPa
σ min = 90MPa σ min = 90MPa σ min = 150MPa σ min = 150MPa σ min = 150MPa
freq. = 1 a 200Hz. freq. = 1 a 200Hz. freq. = 1 a 200Hz. freq. = ≤ 200Hz. freq. = ≤ 200Hz.

Ensaios cíclicos O provete de varão terá de O provete de varão terá de


alternados resistir a 10 ciclos de histerese resistir a 10 ciclos de histerese
tracção compressão com: tracção compressão com:
Deformação max.= ± 2,5% Deformação max.= ± 2,5%
Frequência < 3Hz. Frequência < 3Hz.
Comprtº livre do provete: 10Φ Comprtº livre do provete: 10Φ
Marcas de identificação
Código que consiste no engrossamento de certas nervuras transversais.
O início da identificação e o sentido de leitura é assinalado por uma nervura normal entre duas engrossadas à esquerda do observador. Depois da 2ª nervura
engrossada há um conjunto de nervuras normais que identifica o país (7 Portugal). Segue-se outra nervura engrossada. A seguir aparece a identificação do fabricante
através de uma ou duas séries de nervuras normais entre uma ou duas nervuras engrossadas.
Este código é repetido uniformemente ao longo do varão

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