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FURTADO, Lucas dos Reis. Estruturas de Concreto II: Pilares – Parte 1.

Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2017.

Estudar concreto armado é conhecer os diversos elementos de um


sistema estrutural e analisa-los, verificando suas deformações, comparando
as cargas e resistências dos materiais para que no fim, os usuários de uma
edificação possam ter segurança com relação ao seu uso.

Dentre os principais elementos que compõem um sistema estrutural


existem as lajes, vigas, pilares e as fundações. Até agora já pudemos
conhecer lajes e vigas, nos restando conhecer pilares e as fundações. Como
as fundações serão estudadas em uma disciplina específica, para concretizar
o nosso estudo de elementos estruturais devemos estudar os pilares.

Nesta aula, iremos ter o primeiro contato com esse elemento vertical,
que irá receber a maior parte das cargas da estrutura. Vamos descobrir por
que os pilares são de extrema importância e como classifica-los, tratando dos
pormenores de seu dimensionamento.
Introdução

Dentro de um sistema estrutural, composto de lajes, vigas e pilares, o


fluxo de cargas ocorre conforme a Figura 01:

Figura 1 - Cargas na estrutura

Fonte: http://www.ctec.ufal.br/ceeng/iframe/conteudo/images/img30.gif

Acessado em 20/04/2017

 As lajes, dispostas na horizontal, são responsáveis por resistir as


cargas permanentes e variáveis de utilização. Os carregamentos são
oriundos de móveis, pessoas, e etc.

 As vigas, dispostas na horizontal, são responsáveis por resistir as


cargas das lajes e as transferem para os pilares.

 Os pilares, dispostos na vertical, são responsáveis por resistir as cargas


das vigas e transferem às fundações.
Dessa forma, é correto dizer que os pilares são os que recebem a maior
quantidade de carga, portanto são elementos de grande responsabilidade,
pois se entrarem em colapso colocam toda a estrutura em risco.

Apesar da incumbência de receber cargas das lajes e vigas, os pilares


são privilegiados pela posição vertical em que se encontram, observe o
esquema da Figura 02:

Figura 2 - Esquema de um pilar

Fonte: Adaptado de http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAAgRTQAK-0.jpg

Acessado em 20/04/2017

De acordo com o esquema, que representa o comportamento padrão


de um pilar, é fácil observar que os esforços predominantes são de
compressão, situação favorável para peças de concreto armado, tendo em
vista que o concreto possui boa resistência a compressão.
Analisando as circunstâncias acima nos perguntamos: Se os pilares
trabalham à compressão, por que não prescindem de armaduras de aço?
Diferente de estacas utilizadas em fundações, que tem comportamento
semelhante aos pilares mas são confinadas no solo, os pilares tem liberdade
para se deslocar lateralmente, afinal, os seus apoios extremos – no topo e na
base – são fixos, mas como podemos observar na Figura 03, a sua região
central não tem nenhum vínculo que impeça sua movimentação.

Figura 3 – Movimentação lateral no pilar

Fonte: http://www.ebanataw.com.br/trelica/trelicafoto33.jpg

Acessado em 20/04/2017

Além disso, existem causadores de movimentação lateral em uma


edificação, como a carga de vento. Sendo considerada como uma força de
sentido horizontal, a mesma invalida o conceito de que os pilares receberão
apenas esforços de compressão. Veja na Figura 04 a representação desse
comportamento.
Figura 4 - Ação do vento

Fonte: O Autor

Finalmente, em casos de engastamento entre viga e pilar, os pilares


irão receber transferência de momento fletor oriundo das vigas, conforme
indicado na Figura 05. Sucessivamente os momentos resultarão em flexão
nos pilares, que causarão esforços de tração em determinadas regiões,
exigindo a necessidade de armadura de aço para combate-las.

Figura 5 - Momento fletor em pilares

Fonte: O autor
Flambagem

Antes de aprofundar nas recomendações de norma vamos entender,


de forma pedagógica, um conceito fundamental para o estudo de peças
comprimidas. O assunto flambagem é um dos temas mais complexos da
mecânica das estruturas, por isso deve ser apresentado de forma clara.

Acompanhe a introdução do assunto apresentada por BOTELHO


(2011):

Considere uma chapa de metal de pequena espessura e com extensão


de aproximadamente 30 centímetros e imagine que as extremidades sejam
comprimidas como mostra a figura 06.

Figura 6 - Chapa de metal

Fonte: Adaptado de BOTELHO (2011)

Podemos notar que a peça anteriormente plana agora se curva.


Aumentando a força de compressão a peça se encurvará ainda mais. Se
repetirmos a experiência com uma ripa de madeira, o comportamento será o
mesmo, ou seja, este fenômeno acontece com qualquer material.

Entretanto, se fizermos a experiência, seja com uma ripa de madeira


ou com chapa de metal, mas com comprimento menor, ficará mais difícil de
dobrar a peça. Intuitivamente, nota-se que a peça “ganha resistência”
conforme o comprimento diminui. De forma análoga ocorrerá com os pilares
de um prédio, quanto maior seu comprimento maior a facilidade de ser
“encurvado”.

[...] O fenômeno da variação de resistência de uma peça comprimida


(flambagem) depende fundamentalmente do comprimento da peça (L) e do
seu grau de liberdade em se deformar [...] (BOTELHO, 2011).

Agora iremos analisar dois pilares com a mesma seção transversal,


mas de alturas diferentes conforme a figura 07, e vamos aplicar a mesma
força P à ambos. Os pilares têm mesma forma e área e, portanto, igual
Módulo de resistência.

Figura 7 – Comparação entre pilares

Fonte: Adaptado de BOTELHO (2011)

Intuitivamente o pilar “A” tem aparência visual mais resistente e mais


estável, tecnicamente a afirmação mantem-se verdadeira devido ao
fenômeno da flambagem. Entretanto, se os pilares fossem construídos de
forma geométrica perfeita, se a força fosse centrada no eixo ou tivesse uma
distribuição perfeitamente uniforma em toda a área do pilar, não ocorreria a
flambagem.
Acontece que na prática os pilares podem possuir irregularidades em
sua construção, a carga dificilmente é aplicada geometricamente no meio e
não tem distribuição perfeita na área superior do pilar. Assim, para entender
o que aconteceria em uma construção real, vamos admitir, conforme Figura
08, que devido a uma excentricidade “ 1 ” onde exista a aplicação de uma

força “P”, ocorra então um Momento fletor M 1. Esse momento fletor


acrescentará tensões no pilar. Além disso, tenderá a deslocar o pilar de sua
posição inicial, aumentando assim a excentricidade “ 1 ” para “  2 ”.

Figura 8 - Tensões adicionais em um pilar

Fonte: Adaptado de BOTELHO (2011)

O acréscimo de deformação causado pelo momento fletor M 1 leva a um


deslocamento “  2 ” e isso aumenta o Momento Fletor para M2. O momento

fletor M2 leva a uma situação mais crítica, gerando uma excentricidade “  3 ”.

Observação: O Momento fletor “M1” existente inicialmente no pilar é


denominado momento de 1ª ordem. O Momento adicional “M2” gerado pelo
deslocamento horizontal oriundo do momento de 1ª ordem é chamado de
Momento de 2ª ordem.
Assim, o fenômeno poderá crescer sucessivamente e, com ele, crescem
as tensões de compressão do pilar, podendo chegar até um ponto em que a
tensão de compressão no pilar será superior a tensão de resistência limite do
material fazendo com que o pilar se rompa.

De acordo com BOTELHO (2011) o fenômeno de flambagem está ligado


à:

 Tensões crescentes de compressão.

 Altura do pilar.

 Liberdade de movimentação do eixo do pilar, face aos momentos


fletores causados por excentricidade de cargas ou geometria irregular.

Solicitações nos pilares

Os esforços em pilares podem ser de forças normais e momentos


fletores, ocasionando os seguintes casos de solicitação:

 Compressão simples

Um pilar sofrerá compressão simples sempre que a força normal for


aplicada no centro geométrico da seção transversal, veja na Figura 09:

Figura 9 – Compressão simples

Fonte: O Autor
Flexão composta normal

A flexão composta normal, conforme Figura 10, é aquela causada pela


combinação da compressão causada por Nd e o momento fletor “M” no
eixo das abscissas ou das ordenadas representado pela equação:

M  Nd .e

Figura 10 – Flexão composta normal

Fonte: O Autor

 Flexão composta oblíqua

A flexão composta oblíqua, conforme Figura 11, é aquela causada pela


combinação da compressão causada por Nd, o momento fletor no eixo das

abscissas “Mx” representado pela equação M x  Nd .ex e o momento

fletor no eixo das ordenadas representado pela equação M y  N d .ey


Figura 11 – Flexão composta oblíqua

Fonte: O Autor

Características geométricas

Para realizar as verificações de cálculo em pilares, é necessária a


classificação e determinação das características geométricas. Abordaremos
como as normas técnicas brasileiras nos orientam quanto a este assunto.

 Dimensões mínimas:

De acordo com a ABNT NBR 6118:2014,

“A seção transversal de pilares e pilares-parede maciços, qualquer que


seja a sua forma, não pode apresentar dimensão menor que 19 cm.”

Entretanto, conforme a tabela 01 extraída da própria norma acima citada,


caso os esforços solicitantes de cálculo sejam multiplicados pelo
coeficiente  n (relacionado com sua dimensão “b”), são permitidas

dimensões entre 19 e 14 cm. Em todo caso, os pilares não devem possuir


seção transversal com área inferior a 360 cm².
Tabela 1 – Valores do coeficiente  n em função de b

Fonte: ABNT NBR 6118:2014

Comprimento equivalente

De acordo com a ABNT NBR 6118:2014, o comprimento equivalente e

do elemento comprimido (pilar), suposto vinculado em ambas as


extremidades, deve ser o menor dos seguintes valores:

 h
e  0

Onde:

0 é a distância entre as faces internas dos elementos estruturais,

supostos horizontais, que vinculam o pilar.

h é a altura da seção transversal do Pilar, medida no plano da estrutura


em estudo.

é a distância entre os eixos dos elementos estruturais aos quais o pilar


está vinculado.

Em pilares com a base engastada e o topo livre, temos que e 2 .


Veja a representação do Comprimento equivalente na Figura 12:

Figura 12 – Comprimento equivalente

Fonte: PINHEIRO, L; SCADELAI, M (2005)

Raio de giração

O raio de giração, que será necessário para calcular a esbeltez dos


pilares, está relacionado com as características geométricas da seção, veja:

I
i
A

Onde:

i = radio de giração;

I = Momento de inércia em relação ao eixo mais suscetível à


flambagem;

A = Área da seção transversal do pilar.


Observação: Sabe-se que em seções retangulares o momento de
b.h ³
inércia é , portanto o raio de giração de pilares com seção retangular
12
b.h³
I 12  h²  i  h
pode ser descrito como i  
A b.h 12 12

Observação: Pode se analisar o raio de giração em relação ao eixo “x”


e em relação ao eixo “y” dependendo do valor que se adotado para “b” ou
para “h”, Conforme Figura 13:

Figura 13 - Raio de Giração

Fonte: O Auto

Índice de esbeltez

A seguinte equação define o índice de esbeltez:

 e

i
Conforme o valor resultante, o pilar se encontrará em uma das
seguintes classificações:

a) Pilar curto se   35 ;

b) Pilar médio se 35    90 ;

c) Pilar medianamente esbelto se 90    140 ;

d) Pilar esbelto se 140    200 .

A perda de equilíbrio causada pela flambagem também depende dos


vínculos de apoio nos pilares, quanto maior a liberdade em se deslocar maior
será a possibilidade de flambagem. Assim, apenas o cálculo do índice de
esbeltez não é suficiente para representar as condições de flambagem,
deve se acrescentar um coeficiente “k” com valor estabelecido para cada um
dos 5 casos a seguir representados na Figura 14:

Figura 14 - Casos de vinculação em pilares

Fonte: Adaptado de BOTELHO (2011)


O valor de “k” será:

Para o caso 1, k=1;

Para o caso 2, k=2;

Para o caso 3, k=0,5;

Para o caso 4, k=0,7;

Para o caso 5, k=0. (Não ocorrerá flambagem)

Exemplo:

Calcule o índice de esbeltez para o pilar com seção transversal 20x20 cm,
conforme o esquema da Figura 15:

Figura 15 – Pilar
b.h³
I 12  h²  i  h
i 
A b.h 12 12
20
i  5, 77
12

250
 e
  43,32
i 5, 77

Ao aplicar o coeficiente “k=0,5” do caso 3:

d  k.  0,5.43,32  21,66

Obs: Trata-se de um pilar curto.

Fonte: O Autor

Temos que b= 20 cm, h = 20 cm


Classificação quanto ao posicionamento

Conforme a determinação do modelo estrutural, os pilares poderão ser


classificados em três tipos básicos: pilares intermediários, pilares de canto e
pilares de extremidade.

a) Pilares intermediários

Representados na Figura 16, os pilares intermediários se encontram


entre a continuidade de vigas ou lajes. Nesse caso as excentricidades que
geram momento fletor são desconsideradas, apenas a compressão centrada
é avaliada.

Figura 16 – Pilares intermediários

Fonte: BASTOS, P (2015)

b) Pilares de extremidade

Os pilares de extremidade, conforme a Figura 17, são aqueles que


apoiam as extremidades das vigas e não suas continuidades, na maioria dos
casos, se encontrarão nas bordas das edificações, por isso também podem
ser chamados de pilares de borda.
Figura 17 – Pilar de extremidade

Fonte: BASTOS, P (2015)

Observação: O pilar de extremidade não ocorre necessariamente na


borda da edificação, ou seja, pode ocorrer na zona interior de uma edificação,
desde que uma viga não apresente continuidade no pilar.

Nessa situação ocorrerá a flexão composta normal que irá gerar um


momento de 1ª ordem no topo e na base do pilar, na direção de apenas
um dos eixos (x ou y) da seção transversal. Os momentos fletores são
provenientes da ligação não contínua da viga com o pilar representados na
Figura 18, calcula-se o valor das solicitações pelas seguintes equações:
Figura 18 – Momentos fletores nos pilares de extremidade provenientes da ligação
com a viga não contínua sobre o pilar

Fonte: BASTOS, P. (2005), apud FUSCO (1981)

rinf
M inf  M eng
No lance inferior do pilar:
rinf  rsup  rviga

rsup
No lance superior do pilar:
M sup  M eng
rinf  rsup  rviga

Sendo:

Meng = Momento de engastamento perfeito na ligação entre a viga e o pilar;

I
r = índice de rigidez relativa;

I = Momento de inércia da seção transversal do pilar na direção considerada;

= vão efetivo do tramo adjacente da viga ao pilar extremo, ou comprimento


de flambagem do pilar.
Na determinação dos momentos fletores de 1ª ordem que ocorrem nos
pilares de edifícios de pavimentos deve-se considerar a superposição dos
efeitos das vigas dos diferentes níveis (Figura 18). Considerando-se por
exemplo o lance (tramo) do pilar compreendido entre os pavimentos i e i+1,
os momentos fletores na base e no topo do lance são:

M base  M sup,i  0,5M inf,i 1


M topo  M inf,i 1  0,5M sup,i

Se os pavimentos i e i+1 forem pavimentos tipo, ou seja, idênticos, os


momentos fletores na base e no topo serão iguais e:

M sup,i  M inf,i 1
M base  M topo  1,5M sup,i  1,5M inf,i 1

c) Pilares de canto

De modo geral, conforme Figura 19, os pilares de canto encontram-se


posicionados nos cantos dos edifícios. Na situação de projeto ocorre a flexão
composta oblíqua, decorrente da não continuidade das vigas apoiadas no
pilar. Existem, portanto os momentos fletores de 1ª ordem, nas suas duas
direções do pilar (em x e y). Esses momentos são calculados da mesma forma
como apresentado nos pilares de extremidade.

Figura 19 – Pilar de canto

Fonte: BASTOS, P (2015)


Esbeltez: Em concreto armado, esbeltez se refere a característica de um
pilar com relação a suas dimensões. Quanto maior o comprimento do pilar e
menor for a sua seção transversal, maior será sua esbeltez.

Flambagem: Perda de estabilidade lateral de uma peça ao sofrer


compressão.

Engaste/Engastamento: Vínculo no qual o apoio oferece resistência à


forças verticais, horizontais e momentos fletores.

Momento de 1ª ordem: Momentos fletores em pilares causados por


excentricidades provenientes de fatores naturais, como disposições
arquitetônicas e irregularidades geométricas.

Momento de 2ª ordem: Momentos fletores em pilares causados por


excentricidades provenientes dos momentos de primeira ordem.
Concreto armado - Pilares – Flambagem

 Vídeo que demonstra visual e tecnicamente os conceitos de


flambagem.

https://www.youtube.com/watch?v=faYvcXhThF8

Acessado em 24/04/2017

Pilar de 9, 12 ou 14 cm? NBR 6118 X NBR 15575

 Vídeo que explica como devem ser atendidas as dimensões mínimas


de um pilar para que não ocorra flambagem, atendendo as normas
técnicas ABNT NBR 6118 e ABNT NBR 15575.

https://www.youtube.com/watch?v=ql7RmSJQeCo

Acessado em 24/04/2017

Tempo 11:01
Questão 1: Explique por que os pilares não podem ser compostos apenas de
concreto e necessitam de armadura de aço.

Questão 2: Assinale a alternativa que representa fatores que influenciam na


flambagem de um pilar.

(a) Momento de inércia, Área da seção transversal, Comprimento


equivalente.

(b) Raio de flambagem, Altura do pilar e índice de esbeltez.

(c) Índice de flambagem, altura transversal e resistência característica do


concreto à compressão.

(d) Momento de inércia, Módulo de elasticidade e resistência do concreto à


tração.

(e) Resistência característica do concreto à compressão, Altura do pilar e


comprimento equivalente.
Questão 3: De acordo com a ABNT NBR 6118:2014 os pilares não podem
ter seção transversal menor que:

(a) 225 cm²

(b) 300 cm²

(c) 420 cm²

(d) 360 cm²

(e) 240 cm²

Questão 4: Calcule o índice de esbeltez para o pilar com seção transversal


12x30 cm (considerando que b=12 e h=30), conforme o esquema da Figura
20:

Figura 20 – Vista e corte transversal de um pilar

Fonte: O Autor
Questão 5: Calcule o índice de esbeltez para o pilar com seção transversal
20x35 cm e comprimento equivalente de 700 cm (considerando que b=20 e
h=30), conforme o esquema da Figura 21:

Figura 21 – Esquema estrutural e corte transversal de um pilar

Fonte: O Autor
Finalizando:

Neste tema, pudemos ver como se comportam os pilares, vimos que


são elementos de grande responsabilidade em um sistema estrutural pelo
fato de transferirem as cargas de vigas e lajes às fundações.

Além disso, nesta aula foi apresentado o conceito de flambagem, que


será fundamental para realizar os dimensionamentos das armaduras de aço
que veremos na próxima aula. Finalmente, vimos como a ABNT NBR
6118:2014 classifica os pilares quanto as suas dimensões e quais são as
recomendações de dimensões mínimas para manter a estabilidade e
durabilidade de pilares.
BOTELHO, M. H. C.; MARCHETTI, O. Concreto Armado eu Te Amo. 6ªed.
Editora Edgard Blücher, 2010, v.1.

BOTELHO, M. H. C.; MARCHETTI, O. Concreto Armado eu Te Amo. 6ªed.


Editora Edgard Blücher, 2011, v.2.

ABNT NBR 6118:2014 Projeto de Estruturas de Concreto –


Procedimento.

BASTOS, P. Pilares de Concreto Armado – Bauru: Universidade Estadual


Paulista, 2015.

SCADELAI, M.; PINHEIRO, L. Estruturas de Concreto – Pilares – São


Carlos: Universidade de São Paulo, 2005.
Tema 4 : Pilares – Parte 1

Questão 1: Os pilares de concreto armado devem ser compostos por dois


materiais o concreto e o aço. Os pilares, tem como esforço predominante a
compressão, que é bem resistida pelo concreto. Ainda assim, os pilares
podem sofrer flexão devido a esforços horizontais (como a ação do vento),
devido ao engastamento com vigas e a flambagem de um modo geral, para
combater esses esforços de flexão, existe a necessidade da armadura de aço.

Questão 2: Alternativa

(a) Momento de inércia, Área da seção transversal, Comprimento


equivalente.

Questão 3: De acordo com a ABNT NBR 6118:2014 os pilares não podem


ter seção transversal menor que:

(d) 360 cm²


Questão 4: Calcule o índice de esbeltez para o pilar com seção transversal
12x30 cm (considerando que b=12 e h=30), conforme o esquema da Figura
20:

Figura 20 – Vista e corte transversal de um pilar

Fonte: O Autor

Temos que b= 12 cm, h = 30 cm

Para seções retangulares:

b.h³
i
I
 12  h²  i  h i  30  8, 66
A b.h 12 12 12

300
 e
  34, 64
i 8, 66

Ao aplicar o coeficiente “k=2” do caso 2:

d  k.  2.34,64  69, 28


Questão 5: Calcule o índice de esbeltez para o pilar com seção transversal
20x35 cm e comprimento equivalente de 700 cm (considerando que b=20 e
h=30), conforme o esquema da Figura 21:

Figura 21 – Esquema estrutural e corte transversal de um pilar

Fonte: O Autor

Temos que b= 20 cm, h = 35 cm

Para seções retangulares:

b.h³
i
I
 12  h²  i  h i  35  10,10
A b.h 12 12 12

700
 e
  69,30
i 10,10

Ao aplicar o coeficiente “k=0,7” do caso 4:

d  k.  0,7.69,30  48,51

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