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ESTUDO DIRIGIDO DE FARMACOLOGIA – Nº 2

FARMÁCOS QUE ATUAM NO SISTEMA DIGESTIVO

Fármacos que afetam o Sistema Digestivo

1. Faça um quadro com as informações abaixo para cada um dos seguintes Fármacos
Antiácidos:
a. Antagonistas do receptor H2 da histamina e c. Antiácidos gástricos
tradicionais

Fármaco Antak®, Antidin®, Bloculcer®

Indicação/Ação Tratamento de úlcera gástrica, úlcera


duodenal, DRGE com ou sem esofagite
erosiva, síndrome de Zollinger -Ellison e
outros estados hipersecretores, erradicação
do Helicobacter pylori
Farmacocinética Atua como alcalinizante através da
libertação de iões bicarbonato. Após a
administração oral, liberta bicarbonato capaz
de neutralizar a acidez gástrica.
Contraindicações e precauções Hipersensibilidade ao fármaco ou a outros
antagonistas H2
Reações adversas e efeitos colaterais Vertigem, cefaleia, alucinações, sonolência,
confusão mental, anemia hemolítica, anemia
aplásica, leucopenia, pancitopenia, eritema
multiforme, rash cutâneo, anafilaxia,
vasculite, arritmia, pancreatite, falência
hepática.
Interações Saquinavir, varfarina: pode ocorrer
aumento dos níveis plasmáticos desses
medicamentos, aumentando assim os seus
efeitos.
Atazanavir, cefuroxima, dasatinibe,
erlotinibe, fluconazol, fosamprenavir,
indinavir, nelfinavir, suplementos com
ferro: pode ocorrer diminuição dos efeitos
desses medicamentos pela interferência da
ranitidina.
Alimentos: não afetam a absorção do
medicamento.
Administração e posologia Modo de Administração:
Via oral: pode ser administrado com ou sem
alimentos. Os comprimidos podem ser
dispersos em água para pacientes com
dificuldades de deglutição.
Via sonda: no momento da administração, a
dieta enteral deve ser pausada e reiniciada
após o medicamento. A sonda deve ser
irrigada com água, no início e no término da
administração do medicamento.
Via intravenosa: Bolus: diluir cada ampola
em 20 mL de SF 0,9% e administrar na
velocidade máxima de 4 mL/min (5 min).
IV/intermitente: diluir cada ampola em 100
mL de SF 0,9% e administrar em 15 -30 min.
Via intramuscular: sem diluir o medicamento
em soro.
Posologia:
Adultos:
Úlcera duodenal e gástrica: 150 mg, 2x/dia;
ou 300 mg, 1x/dia, após o jantar, por 4-8
semanas.
DRGE sem esofagite: 150 mg/dia, por 14
dias.
DRGE com esofagite erosiva: 150 mg,
4x/dia, seguidos de dose de manutenção de
150 mg, 2x/dia, por 12 semanas.
Estados hipersecretores: dose inicial de 150
mg, 2x/dia, podendo ser ajustada
clinicamente até 6 g/ dia.
Erradicação do H. pylori: 150 mg, 2x/dia, em
esquema de tratamento combinado.
Crianças: Neonatos: VO, 2 mg/kg/dia, 2xdia;
IV, 1,5 mg/kg/dose como ataque, após, 1,5-2
mg/kg/dia, de 12/12 h. Crianças > 1 mês-16
anos: até 5 mg/kg/dose, 2x/dia, ou 3
mg/kg/dose, 3x/dia (máx. 300 mg/dia); IV,
2-4 mg/kg/dia, a cada 6 ou 8 h (máx. 200
mg/dia).
Implicações para a Evitar a administração em bolus pelo risco de
Enfermagem bradicardia. Evitar o uso de bebidas
alcoólicas e tabagismo e o uso excessivo de
café e medicamentos à base de ácido
acetilsalicílico. Manter hidratação adequada
do paciente. Monitorar reações adversas do
medicamento.

b. Inibidores da bomba de prótons

Fármaco Abedosec®, Elprazol®, Estomepe®

Indicação/Ação Tratamento de úlcera gástrica/duodenal;


síndrome de Zollinger-Ellison ou outros
estados hipersecretores; profilaxia de úlcera
de estresse; parte do regime de drogas para
erradicação do H. pylori; hemorragia
digestiva alta.
Farmacocinética A absorção de Omeprazol ocorre no intestino
delgado e é geralmente completada entre 3-
6h. A sua biodisponibilidade sistémica com
uma dose oral única é aproximadamente 35.
Após administração repetida de doses diárias,
a biodisponibilidade aumenta para
aproximadamente 60.
O volume aparente de distribuição em
pacientes saudáveis é aproximadamente
0,3l/kg. Em pacientes idosos e pacientes com
insuficiência hepática o volume de
distribuição verifica-se baixo.
A Semi-vida de eliminação plasmática de
Omeprazol é normalmente inferior a 1h.
Este fármaco é completamente metabolizado.
Aproximadamente 80 de uma dose oral de
Omeprazol é excretada como metabólito na
urina e o restante pelas fezes, originados da
secreção biliar primária.
Contraindicações e precauções Hipersensibilidade à droga
Reações adversas e efeitos colaterais O fármaco em geral é bem tolerado, sendo os
efeitos adversos pouco frequentes. Cefaleia,
tontura, hipotensão, hipertensão, taquicardia,
agitação, rash cutâneo, hipomagnesemia,
hipocalcemia, hipofosfatemia, hipoglicemia,
hiponatremia, hipernatremia, hipercalemia,
dor abdominal, diarreia, constipação, náusea,
vômito, flatulência, anemia, trombocitopenia,
fraqueza, distúrbio do paladar podem ocorrer.
Interações Carvedilol, ciclosporina, clozapina,
fenitoína, metotrexato, saquinavir,
tacrolimus, voriconazol: o omeprazol pode
elevar os efeitos desses medicamentos;
monitorar efeitos.
Fluconazol, cetoconazol: os efeitos do
omeprazol podem ser potencializados por
esses medicamentos.
Atazanavir, clopidogrel, clozapina,
dasatinibe, delavirdina, erlotinibe,
indinavir, suplementos de ferro,
itraconazol, cetoconazol, micofenolato,
nelfinavir, posaconazol: o omeprazol pode
diminuir os efeitos desses medicamentos.
Alimentos: reduzem a absorção e a
concentração plasmática do omeprazol.
Administração e posologia Modo de administração:
Via oral: administrar em jejum, 30 -60 min
antes do pequeno almoço. Os comprimidos e
as capsulas devem ser administrados inteiros,
e em caso de dificuldade de deglutição,
dispersar os comprimidos em meio copo de
água.
Via sonda: administrar os comprimidos via
sonda nasogástrica, diluindo -o em volume
adequado de água. No momento da
administração, pausar a dieta enteral pelo
maior tempo possível, irrigar a sonda com
água, administrar o medicamento e, ao
término, irrigar novamente a sonda com água.
Via intravenosa: Bolus: administrar direto,
sem diluição, em 2,5 min (4 mL/min).
IV/intermitente: diluir a dose em 100 mL de
SF 0,9% ou SG 5% e administrar em 30 min.
Via intramuscular/subcutânea: não
Posologia:
Adultos:
Úlcera duodenal, DRGE: 20 mg/dia, pela
manhã por 4 -8 semanas;
Úlcera gástrica: 40 mg/dia, por 4 -8 semanas;
erradicação do H. pylori: esquemas com 20 -
40 mg/dia em associações;
Estados hipersecretores: dose inicial de 60
mg/dia (doses diárias > 80 mg, administrar
em doses divididas);
Prevenção de úlcera de estresse: 40 mg/dia,
por até 14 dias.
Hemorragia digestiva alta: 80 mg, IV, e,
então, 8 mg/h até a endoscopia.
Crianças: 0,7 -3,5 mg/kg/dia, 1 -2x/dia.
Implicações para a Os medicamentos orais não podem ter seus
Enfermagem grânulos triturados ou esmagados
(diminuição de eficácia) e devem ser
administrados em jejum. O injetável só pode
ser reconstituído com o diluente que
acompanha o produto, pois ajusta o pH da
solução resultante. Não administrar o
injetável com outros medicamentos em via y.
Instruir o paciente a cumprir todo o
tratamento proposto, mesmo que apresente
melhoras. Pode causar boca seca.
Recomendar bochecho frequente com água
ou cubos de gelo para amenizar esse efeito

2. Faça um quadro com as informações abaixo para cada um dos seguintes Fármacos
Antieméticos, Metoclopramida e Ondasetrona:

a. Metoclopramida

Fármaco Aristopramida®, Eminil TM®, Fluccil®

Indicação/Ação Tratamento e prevenção de náusea e vômito;


estimulante do esvaziamento gástrico;
facilitador da colocação de sondas enterais
pós-pilóricas
Farmacocinética A Metoclopramida sofre metabolismo
hepático insignificante, exceto para
conjugação simples. Seu uso eficaz, tem sido
registado em pacientes com doença hepática
avançada, com função renal normal. Após a
dose oral, o pico plasmático é alcançado em
30-60 minutos. A sua excreção é feita
principalmente pela urina e a Semi-vida
plasmática é de aproximadamente 3 horas.
Contraindicações e precauções Obstrução gastrintestinal, perfuração ou
hemorragia; feocromocitoma; história de
convulsões.
Reações adversas e efeitos colaterais Diarreia, náusea, hepatotoxicidade, bloqueio
AV, bradicardia, hipotensão, hipertensão,
retenção hídrica, sonolência, fadiga, reações
distônicas agudas, confusão, depressão,
tontura, acatisia, alucinações, insônia,
sintomas Parkinson -like, convulsões,
discinesia tardia, síndrome neuroléptica
maligna, broncospasmo, agranulocitose,
leucopenia, neutropenia, amenorreia,
ginecomastia, rash cutâneo, urticária.
Interações Ciclosporina, sertralina, venlafaxina: os
níveis plasmáticos e os efeitos desses
medicamentos podem aumentar na presença
de metoclopramida. Antiparkinsonianos,
posaconazol: podem apresentar eficácia
reduzida pela presença da metoclopramida.
Peginterferon: pode diminuir os efeitos
esperados da metoclopramida.
Alimentos: não afetam a farmacocinética do
medicamento.
Administração e posologia Modo de Administração:
Via oral: administrar os comprimidos e a
solução oral 30 min antes das refeições e ao
deitar.
Via sonda: no momento da administração:
sugere -se pausar a dieta enteral 30 -60 min
antes, irrigar a sonda com água, administrar o
medicamento e, ao término, irrigar
novamente a sonda com água.
Via intravenosa: Bolus: doses de 10 mg
podem ser administradas lentamente, em 2 -3
min, sem necessidade de diluição em soro.
IV/intermitente: a administração deve ser
lenta, de 15 -30 min, na velocidade de 5
mg/min. A dose deve ser diluída na
concentração máxima de 5 mg/mL (50 mL),
em SF 0,9%.
Via intramuscular: sim.
Via retal: administrar o suspositório via retal.
Posologia:
Adultos:
Vômitos: 10 mg/dose.
Prevenção de vômitos induzidos por
quimioterapia: 1-2 mg/kg, IV, 30 min antes
do tratamento e, posteriormente, em
intervalos de 4 -6 h.
Prevenção de náusea e vômito
pós-operatórios: 10-20 mg, IV, antes do
término da cirurgia, seguido de intervalos de
4-6 h.
Acelerador do esvaziamento gástrico
(gastroparesia diabética): 10 mg, VO, 30 min
antes das refeições e na hora de dormir.
Colocação de sonda pós -pilórica: 10 mg, IV.
Crianças: VO/IM/IV: 0,1-0,2 mg/kg/dose,
de 6/6 ou 8/8 h; não ultrapassar 0,5
mg/kg/dia; crianças < 6 anos não devem
receber mais do que 0,1 mg/ kg por dose.
Implicações para a Monitorar a pressão arterial e efeitos
Enfermagem cardíacos (relacionados à infusão rápida).
Monitorar efeitos extrapiramidais.
b. Ondasetrona

Fármaco Ansetron®, Emistop®, Modifical®

Indicação/Ação Prevenção de náusea e vômito induzidos por


quimioterapia antineoplásica, radioterapia
corporal total ou abdominal; prevenção e
tratamento de náusea e vômito no
pós-operatório.
Farmacocinética As propriedades farmacocinéticas da
Ondasetrona permanecem inalteradas em
dosagens repetidas.
Absorção: observou-se exposição sistémica
equivalente após a administração
intramuscular e intravenosa.
Distribuição: A ligação às proteínas
plasmáticas é de cerca de 70-76%. Em
adultos, a disponibilidade da Ondasetrona
após dose oral é similar à observada após a
administração intravenosa ou intramuscular.
O volume de distribuição é de cerca de 140L
no estado de equilíbrio.
Metabolismo: A Ondasetrona é depurada
da circulação sistémica predominantemente
por metabolismo hepático, através de
diversas vias enzimáticas. A ausência da
enzima CYP2D6 não interfere na
farmacocinética deste fármaco.
Eliminação: é eliminada da circulação
sistémica predominantemente por
metabolismo hepático. Menos de 5% da dose
absorvida são excretados inalterados na
urina.
A Semi-vida de eliminação terminal é de
aproximadamente 3horas.
Contraindicações e precauções Hipersensibilidade à droga, a outros fármacos
da mesma classe ou a qualquer componente
da formulação.
Reações adversas e efeitos colaterais Cefaleia, fadiga e constipação. Reações
menos comuns incluem febre, tontura,
ansiedade, parestesia, sensação de frio,
diarreia, elevação das enzimas hepáticas,
retenção urinária, prurido, hipoxia.
Raramente ocorrem angina, arritmia,
bradicardia, alterações no ECG, palpitação,
taquicardia supraventricular, hipotensão,
choque, síncope, anafilaxia, angioedema,
urticária, visão borrada, broncospasmo,
dispneia, sintomas extrapiramidais,
convulsões, hipocalemia.
Interações Amiodarona, droperidol, enflurano,
halotano, pimozida, sotalol, tioridazina: há
risco de efeitos de cardiotoxicidade.
Ciclosfosfamida: pode ocorrer diminuição
do efeito da ciclosfosfamida.
Alimentos: favorecem levemente a
biodisponibilidade do medicamento
Administração e posologia Modo de Administração:
Via oral: administrar com ou sem alimentos.
Via sublingual: o comprimido sublingual
deve ser colocado em baixo da língua até
completa dissolução pela saliva. Não
mastigar ou engolir.
Via sonda: administrar via sonda a suspensão
oral feita a partir dos comprimidos. O
comprimido pode ser triturado, e o pó, pode
ser dissolvido em água com o volume
adequado para a administração. No momento
da administração, pausar a dieta enteral pelo
maior tempo possível, irrigar a sonda com
água, administrar o medicamento e, ao
término, irrigar novamente a sonda com água.
Via intravenosa: Bolus: administrar direto,
sem diluir, em 2 -5 min; IV/intermitente:
diluir a dose em 50 mL de SF 0,9% ou SG 5%
e administrar em 15 min.
Via intramuscular: sim.
Via subcutânea: não.
Posologia:
Adultos:
Prevenção de náusea e vômito induzidos por
quimioterapia: 0,15 mg/kg, 3x/dia, IV,
começando 30 min antes da quimioterapia, ou
0,45 mg/ kg, 1x/dia, IV, ou 24-32 mg, 1x/dia;
por VO para agentes com alto poder
emetogênico: 24 mg, 30 min antes do início
da quimioterapia; para os de médio poder
emetogênico: 8 mg, de 12/12 h, começando
30 min antes da terapia e continuando até 2
dias após completado o tratamento.
Para náusea e vômito pós-operatórios: 4 mg,
IV, 30 min antes do término da anestesia, ou
como tratamento se surgir vômito após a
cirurgia; por VO, administrar 16 mg, 1 h antes
da indução anestésica.
Irradiação corporal total: 8 mg, 1 -2 h antes
de cada fração diária de radioterapia.
Radioterapia fracionada abdominal: 8 mg, 1 -
2 h antes de cada fração diária de radioterapia,
mais 8 mg, 8 h após o tratamento.
Crianças: VO, < 4 anos: até 0,3 m2: 1
mg/dose, de 8/8 h; de 0,3 -0,6 m2: 2 mg/dose,
de 8/8 h; de 0,6 -1 m2: 3 mg/dose, de 8/8 h.
VO, 4-12 anos: 4 mg/dose, de 8/8 h. VO, > 12
anos: 8 mg/dose, de 8/8 h. IV, > 3 anos: 0,15
mg/kg/dose.
Implicações para a A administração do injetável em bolus é
Enfermagem indicada para náusea e vômito nos
pós-operatório. Em quimioterapia, deve ser
administrado 30 min antes da infusão do
antineoplásico. Pode causar sensação de boca
seca. Monitorar efeitos adversos do
medicamento
3. Faça um quadro com as informações abaixo para cada um dos seguintes Fármacos
Laxantes (Metilcelulose; Glicerina; Lactulose; Óleo de Rícino): (5 valores)

a. Metilcelulose:

Fármaco Colonac®, Duphalac®, Inlact®

Constipação crônica; adjuvante na prevenção


Indicação/Ação e tratamento da encefalopatia hepática (porto
-sistêmica).
Farmacocinética

Contraindicações e precauções Galactosemia, intolerância à lactose,


obstrução intestinal, apendicite.
Reações adversas e efeitos colaterais Diarreia, flatulência, dor abdominal, cólicas,
náusea, vômito.
Femprocumona, varfarina, dicumarol:
pode haver variações no INR e aumento dos
Interações efeitos anticoagulantes.
Alimentos: não afetam a absorção do
medicamento.
Administração e posologia Modo de administração:
Via oral: pode ser administrado com ou sem
alimentos, preferencialmente pela manhã.
Via retal: pode -se administrar o xpe por via
retal, diluindo-se a dose em água
Posologia:
Adultos:
Constipação: 15 -30 mL/dia.
Encefalopatia hepática: 20 -45 mL/ dose,
VO, a cada 2-6 h (ajustando para obter-se 2-3
evacuações diárias).
Crianças:
Constipação: 0,3 -0,5 mL/kg/dia, divididos
em 1 ou 2 doses.
Implicações para a Pode conter galactose ou lactose; deve -se
Enfermagem monitorar glicemia em diabéticos. Monitorar
PA e hidratação do paciente

b. Glicerina

Fármaco Clisterol®, Glicel®, Glicerin®

Constipação. Indicado para provocar


Indicação/Ação
evacuações estimulando o hábito diário.
Farmacocinética A glicerina quando administrada por via
rectal, exerce um efeito higroscópico e/ou
irritante local, extraindo a água dos tecidos
para as fezes e por via reflexa estimula a
evacuação. Atua normalmente entre 15 a 60
minutos, como lubrificante e promove o
amolecimento das fezes.
Contraindicações e precauções Obstrução intestinal, apendicite, hemorragia
retal, desidratação grave.
Reações adversas e efeitos colaterais Diarreia, flatulência, cólica, náusea, vômito,
irritação retal, hiperglicemia, cefaleia, tontura
Interações
Administração e posologia Modo de administração:
Via retal: inserir o supositório na região do
reto e retê-lo por 15 min
Posologia:
Adultos e crianças: deve ser utilizado 1
supositório (sempre em dose única e
esporádica).
Implicações para a Início de ação do supositório: entre 15 a 30
Enfermagem min. Avaliar o uso se o paciente se queixar de
dor abdominal, náusea e vômito. Observar
que os tamanhos dos supositórios infantis são
diferentes dos de adultos.

c. Lactulose:

Fármaco Colonac®, Duphalac®, Inlact®

Constipação crônica; adjuvante na prevenção


Indicação/Ação e tratamento da encefalopatia hepática (porto
-sistêmica).
Farmacocinética Uma vez ingerida, a Lactulose não é
absorvida pelo trato gastrintestinal nem é
hidrolisável pelas enzimas intestinais, devido
à ausência da enzima específica, a lactulase.
Dessa forma, chega ao cólon praticamente
inalterada, onde é fermentada pelas bactérias
sacarolíticas, produzindo o ácido lático, bem
como pequenas quantidades de ácido acético
e ácido fórmico.
Contraindicações e precauções Galactosemia, intolerância à lactose,
obstrução intestinal, apendicite.
Reações adversas e efeitos colaterais Diarreia, flatulência, dor abdominal, cólicas,
náusea, vômito.
Femprocumona, varfarina, dicumarol:
pode haver variações no INR e aumento dos
Interações efeitos anticoagulantes.
Alimentos: não afetam a absorção do
medicamento.
Administração e posologia Modo de administração:
Via oral: pode ser administrado com ou sem
alimentos, preferencialmente pela manhã.
Via sonda: administrar, diluindo -se a dose
em volume adequado de água No momento
da administração: pausar a dieta enteral,
irrigar a sonda com água, administrar o
medicamento e, ao término, irrigar
novamente a sonda com água.
Via retal: pode -se administrar o xpe por via
retal, diluindo-se a dose em água.
Posologia:
Adultos:
Constipação: 15 -30 mL/dia.
Encefalopatia hepática: 20 -45 mL/ dose, VO,
a cada 2-6 h (ajustando para obter-se 2-3
evacuações diárias).
Crianças:
Constipação: 0,3 -0,5 mL/kg/dia, divididos
em 1 ou 2 doses.
Implicações para a Pode conter galactose ou lactose; deve -se
Enfermagem monitorar glicemia em diabéticos. Monitorar
PA e hidratação do paciente

d. Óleo de Rícino:

Fármaco Bisalax®, Deltalax®, Dulcolax®

Constipação intestinal; para facilitar a


Indicação/Ação evacuação em procedimentos diagnósticos e
no pré ou pós-operatório
Farmacocinética Estimula a acumulação de água e eletrólitos
no lúmen do cólon e incrementa a motilidade
intestinal.
Contraindicações e precauções Obstrução intestinal; quadros abdominais
cirúrgicos agudos; desidratação; síndrome do
intestino irritável; retocolite hemorrágica
Reações adversas e efeitos colaterais Diarreia, dor abdominal, cólica, angioedema,
reações anafiláticas, proctite, hipocalcemia,
acidose metabólica, tontura, síncope.
Cimetidina, famotidina, carbonato de
cálcio, hidróxido de magnésio e ranitidina:
pode resultar em redução na eficácia do
bisacodil. Devese dar intervalo de, pelo
menos, 1 h entre esses medicamentos e o
Interações bisacodil.
Alimentos: não administrar o bisacodil com
derivados lácteos, pois o medicamento é
rapidamente degradado e pode causar
irritação gástrica ou duodenal devendo -se
observar um intervalo de 1 h entre um e outro.
Administração e posologia Modo de Administração:
Via oral: o bisacodil deve ser administrado à
noite, para a evacuação ser matinal. A
medicação não deve ser mastigada ou
triturada, e deve-se evitar o uso de leite ou
antiácidos 1 h antes e após a ingestão do
medicamento, a fim de evitar a sua ativação
estomacal (irritação). Administrar com água
(200 mL) e de estômago vazio.
Via sonda: não é recomendada a
administração via sonda, pois o bisacodil é
parcialmente solúvel em água, apresentando
risco de obstrução da sonda, e a sua trituração
pode propiciar a perda de eficácia do
princípio ativo (revestido).
Posologia:
Adultos:
Constipação: 5 -10mg/dia.
Procedimentos diagnósticos ou cirurgias: 10 -
20 mg na noite anterior ao procedimento.
Crianças:
Constipação: 5 mg.
Implicações para a Administrar 1 h antes de antiácidos e
Enfermagem derivados do leite. Não utilizar por mais de 7
dias.
ESTUDO DIRIGIDO DE FARMACOLOGIA – Nº 2
FARMÁCOS QUE ATUAM NO SISTEMA DIGESTIVO

4. Faça um quadro com as informações abaixo para cada um dos seguintes Fármacos
Antidiarreicos (Cloridrato de Loperamida; Probióticos): (5 valores)

a) Cloridrato de loperamida:

Fármaco Diafuran®, Diasec®, Enterosec®

Indicação/Ação Tratamento da diarreia aguda e da diarreia


causada por ressecção intestinal e da diarreia
crônica funcional.
Farmacocinética A maioria da loperamida ingerida é absorvida
do intestino, entretanto, como um resultado
de metabolismo de 1ª passagem é
significativo, a biodisponibilidade sistémica é
somente de aproximadamente 0,3%.
Este fármaco é quase completamente extraído
pelo fígado, onde é predominantemente
metabolizado, conjugado e excretado pela
bile. Devido aos vários efeitos intensos de 1ª
passagem, as concentrações plasmáticas do
ativo inalterado permanecem extremamente
baixas.
A semi-vida da loperamida em homens é de
aproximadamente 11h, com uma faixa de
variação de 9-14h. A excreção da loperamida
inalterada e de seus metabólitos ocorre
principalmente pelas fezes.
Contraindicações e precauções Evacuações com sangue, diarreias infeciosas
invasivas ou inflamatórias, colite
pseudomembranosa.

Reações adversas e efeitos colaterais Constipação, cólicas, distensão abdominal,


náusea, vômito, tontura, sedação, fadiga,
boca seca
Interações Itraconazol, saquinavir: podem aumentar as
concentrações plasmáticas da loperamida.
Hypericum: pode desencadear efeitos como
agitação, desorientação e delírio.
Alimentos: pode ser administrado com ou
sem alimentos, pois a absorção oral não é
afetada.
Administração e posologia Modo administração:
Via oral: administrar o medicamento com ou
sem alimentos.
Via sonda: para a administração via sonda,
triturar o comprimido e dissolver o pó em
volume adequado de água. No momento da
administração, pausar a dieta enteral, irrigar a
sonda e administrar o medicamento, ao
término, irrigar novamente a sonda com água.
Posologia:
Adultos:
Diarreia aguda: 4 mg de dose inicial, seguidas
de 2 mg a cada evacuação líquida, não
ultrapassando 16 mg/dia.
Diarreia crônica: tratamento inicial igual ao
da diarreia aguda, procurando usar, na
manutenção, a menor dose necessária para
controle dos sintomas.
Crianças:
Diarreia aguda: de 2 -5 anos: 1 mg, 3x/dia; de
6 -8 anos: 2 mg, 2x/dia; de 9 -12 anos: 2 mg,
3x/dia.
Diarreia crônica: 0,08 -0,24 mg/kg, a cada 8
ou 12h.

Implicações para a Manter hidratação adequada.


Enfermagem Observar aspeto das fezes.

b) Probióticos:

Fármaco Probióticos
Indicação/Ação Tratamento de diarreias não complicadas,
especialmente as causadas pelo uso de
antibióticos.
Farmacocinética

Contraindicações e precauções Hipersensibilidade a qualquer componente da


formulação.
Reações adversas e efeitos colaterais Odor de fermento nas fezes.
Interações
Administração e posologia 5 mL ou 100-200 mg, 2x/dia, por 2-3 dias.
VO. Deve ser ingerido com pouca água e no
intervalo das refeições.
Implicações para a
Enfermagem

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