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canto dada
vida
depressão: no
Em 2.500 anos de história, a melancolia inspirou grandes obras da arte e
da ciência – e é um dos maiores problemas que a humanidade precisa
enfrentar
horizonte avança
extasiados,
Céus desconhecidos!
Hoje em dia não se fala tanto de melancolia. A palavra ainda é usada para
casos profundos de depressão, esse sim, o termo médico em voga. Mas qual é
a diferença entre tristeza, melancolia e depressão? Bom, as fronteiras não são
bem claras. De uma maneira geral, pode-se dizer que o termo depressão
herdou boa parte dos atributos da melancolia do passado. Diferente dos
gregos, no entanto, o mundo de hoje vê a depressão como uma doença sem
qualquer implicação positiva. “A tristeza é uma emoção universal e tem o seu
valor: leva à introspecção, ajuda a elaborar a frustração e contribui para o
amadurecimento”, diz o médico Teng Chei Tung, do Instituto de Psiquiatria
do Hospital das Clínicas, em São Paulo. “Do ponto de vista clínico, a
depressão é uma doença incapacitante e, diferente da tristeza, não pode ser
controlada pelo paciente sozinho.” Ou seja, a balança agora está no lado
negativo.
A primeira droga capaz de agir sobre a serotonina sem tantos efeitos colaterais
foi o Prozac, que começou a ser vendido nos Estados Unidos em 1988. Graças
a ele, os antidepressivos se tornaram populares. “O remédio é tão seguro que
dá a impressão de que qualquer médico pode tratar a depressão”, afirma Tung,
do Hospital das Clínicas. “Mas hoje em dia a medicação é acompanhada com
mais cuidado. A associação dele com outros medicamentos pode gerar
intoxicação. Estudos sugerem até que tratamentos com antidepressivos podem
agravar a depressão ou levar ao suicídio.”