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RESUMO
Imagine-se numa viagem, quilômetros e quilômetros já foram percorridos, porém quase ao final
você é surpreendido pela falta de combustível para concluir seu objetivo, seja de férias ou a
trabalho o deslocamento atualmente necessita de uma fonte energética que garanta a conclusão de
seu percurso, dentre os diversos combustíveis existentes o petróleo ainda é de longe o mais
utilizado, porém as reservas não são infinitas e muitos estudiosos já veem um horizonte nebuloso
quanto ao destino da humanidade sem o uso do petróleo. Com esta incerteza, ou pelo menos a
certeza do fim deste combustível fóssil, a humanidade depara-se com uma decisão que poderá
alterar drasticamente seu modo de vida e quem sabe até mesmo sua existência, trata-se do uso de
rochas metamórficas que contém petróleo na sua composição, seu processo de extração
atualmente, além de ser extremamente poluente utiliza o bem mais precioso depois do ar, ou seja, a
água.
O petróleo é uma mistura complexa de hidrocarbonetos, sua origem geológica tem duas
teorias, a biogênica e a abiogênica, esta última estudiosos do continente oriental, especialmente os
russos, acreditam que os hidrocarbonetos são gerados em grandes profundidades e deslocam para
níveis próximos a superfície devido a movimentação das rochas continentais, o processo químico
sob uma faixa de temperatura utilizando oxigênio, metano e hidrogênio foi demonstrado no
processo Fischer-Tropsch, o qual é utilizado até hoje em escala comercial. Na Rússia há poços
perfurados que ultrapassam 40.000 pés (12000 metros), o petróleo e gás formado no processo
biogênico nesta profundidade sofreria ação da gravidade e subiria para superfície facilmente,
portanto a teoria abiogênica sugere que os hidrocarbonetos sejam contaminados durante sua
migração das profundezas para superfície, com isso o suprimento seria sob o ponto de vista do
tempo geológico muito maior do que o sugerido na teoria biogênica.
A teoria biogênica sugere que os detritos orgânicos soterrados nos diversos períodos
geológicos expostos a temperaturas e pressão constantes produzam o querogênio, o qual seria a base
de todos os hidrocarbonetos e enfim do petróleo extraído nos dias de hoje, o processo de conversão
da matéria orgânica em petróleo se daria então em três etapas, sendo diagênese (decomposição
bioquímica da matéria orgânica), catagênese (craqueamento pelo aumento de pressão) e metagênese
(formação final do óleo e gás natural do processo), assim as reservas naturais de petróleo seriam
então finitas e resultantes de um processo geológico lento que em comparação com a idade
geológica humana não poderia se repetir com a mesma velocidade com que estamos consumindo as
reservas.
No mesmo site verificamos que o Brasil estava em 2010 na 4° (quarta) posição, quando
comparado à outros países, ao que se refere ao comprimento total da rede rodoviária, considerando
rodovias pavimentadas e não pavimentadas, na 3° (terceira) posição em 2012 em referencia ao
comprimento total de rios navegáveis, canais e outros corpos de água, também na 2° (segunda)
posição em 2013 ao que se refere ao número total de aeroportos ou aeródromos pavimentados ou
não, incluindo instalações fechadas ou abandonadas reconhecíveis a partir do ar, já nas ferrovias o
Brasil quando comparado à outros países está classificado na posição 11° (décima primeira) em
2014, considerando a rede total da malha ferroviária; Nesta análise observamos que o pais usa o
modal rodoviário para seu deslocamento interno, possuindo ainda uma das maiores extensões de
rios navegáveis do mundo e sobre os aeroportos e aeródromos o Brasil também tem uma grande
demanda neste tipo de modal, enfim em todos estes o combustível necessita refino a partir do
petróleo.
Daquele momento histórico até os dias de hoje a Petrobrás teve uma evolução significativa
no cenário mundial, inúmeras tecnologias foram desenvolvidas para a exploração do petróleo em
águas profundas, patentes e inovações tecnológicas já fazem parte da história do petróleo, o Brasil
é reconhecido por sua política de proteção e preservação do meio ambiente oriunda da exploração
deste recurso natural, a preocupação com o legado às próximas gerações é um dos pilares da Cia, a
expertise da Petrobras em seu processo de exploração procura sempre poluir o menos possível,
embora em sua história alguns acidentes aconteceram estes foram usados para depurar e intensificar
os processos envolvidos no negócio. A exploração do petróleo em nosso pais é maior na área de
oceano, a marítima, já a exploração terrestre localiza-se nos estados de Espírito santo, Bahia,
Sergipe, Alagoas, Rio Grande do Norte, Ceará e Amazonas, este tipo de exploração, a terrestre,
utiliza as mesmas técnicas da exploração marítima, ou seja, o poço de petróleo recém perfurado
possui uma pressão de subida do óleo correlacionada ao gás natural presente no poço, com o devido
tempo de exploração o poço perde pressão e o óleo não sobe para a superfície com a mesma fluidez
do início, quando isso acontece é necessário injetar água e gás para forçar a saída do óleo, as
informações abaixo foram coletadas no site da Petrobras e auxilia a compreensão do que
explanamos acima.
a) Poço pioneiro: é o primeiro poço perfurado quando buscamos petróleo e/ou gás natural;
b) Poço estratigráfico: fazemos esse tipo de perfuração para mapear dados geológicos das
camadas de rocha e obter outras informações relevantes;
d) Poço pioneiro adjacente: perfuração que fazemos para descobrir novas jazidas em uma
área adjacente a uma descoberta anterior;
e) Poço para jazida mais rasa: quando queremos testar se existem jazidas mais rasas do que
as já descobertas numa determinada área;
f) Poço para jazida mais profunda: quando queremos testar se existem jazidas mais
profundas do que as já descobertas numa determinada área;
g) Poço de produção ou desenvolvimento: é com esse tipo de poço que drenamos o petróleo
de um campo;
1
Porosidade de uma rocha: capacidade de acumular fluidos.
2
Permeabilidade de uma rocha: capacidade de escoar fluidos.
FIGURA 3 – RECUPERAÇÃO TERCIARIA POR INJEÇÃO DE VAPOR
A Petrosix é uma tecnologia criada pela Petrobras para obter óleo combustível a partir do
xisto pirobetuminoso, o processo usa o minério xisto extraído de uma jazida a céu aberto e
conduzido até a unidade de processamento, ou seja, o processo é realizado em uma unidade e
diferencia-se do fracking, pois realiza o craqueamento do minerio e a transformação de subprodutos
utilizados na indústria química, como é o caso da nafta, gás natural e enxofre, não há injeção de
água e produtos químicos na jazida, a imagem do processo de extração do xisto pirobetuminoso
abaixo auxilia na compreensão da tecnologia.
FIGURA 8 – PETROSIX
Art. 1º Esta Lei estabelece medidas relativas à atividade de exploração de gás de xisto ou
gás de folhelho.
Art. 2º A exploração de gás de folhelho e a sua respectiva autorização ficam suspensas pelo
período de cinco anos.
Art. 3º No curso do período estabelecido pelo art. 2º desta Lei, o Poder Público deverá:
O projeto de lei está postergando a exploração do óleo e gás de xisto pelo período de 5
(cinco) anos para que haja uma reflexão da sociedade sobre o uso do fracking, porém deve haver a
contrapartida do poder publico, especificamente do poder legislativo, o qual deve desenvolver
estudos e métodos de regulação que assegurem o cumprimento do artigo 225 da Constituição
Federal brasileira, de acordo com a justificativa do PL.
https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/br.html
http://www.bp.com/en/global/corporate/energy-economics/statistical-review-of-world-
energy/natural-gas-review-by-energy-type/natural-gas-consumption.html
http://www.petrobras.com/pt/quem-somos/nossa-historia/
http://www.hotsitespetrobras.com.br/petrobrasmagazine/Edicoes/edicao56/pt/internas/sondagem-
terrestre/
http://www.indymedia.ie/fracking
https://pt.wikipedia.org/wiki/Xisto_betuminoso
http://www.geocities.ws/giovanitonel/chemical_eng_files/process_xisto.html
http://www.dangersoffracking.com/
http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/MEIO-AMBIENTE/444297-DEPUTADOS-E-
CIENTISTA-ALERTAM-PARA-RISCOS-NA-EXPLORACAO-DE-GAS-DE-XISTO.html
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=1EDB8F8C4A01A2D2
9590D64E8C3D1BEF.proposicoesWeb1?codteor=1207610&filename=PL+6904/2013