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Resumo Do Livro Criando Organizacoes Eficazes
Resumo Do Livro Criando Organizacoes Eficazes
Baseado em: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas,
2003.
Histórico:
Influência da Igreja Católica Através dos séculos, as normas administrativas e princípios de
organização pública foram-se transferindo das instituições dos Estados para as instituições da
nascente Igreja Católica e para as organizações militares.
Ao longo dos séculos, a Igreja Católica foi estruturando sua organização, sua hierarquia de
autoridade, seu estado-maior (assessoria) e sua coordenação funcional. Hoje a Igreja tem uma
organização hierárquica tão simples e eficiente que a sua enorme organização mundial pode
operar satisfatoriamente sob o comando de uma só cabeça executiva.
De qualquer forma, a estrutura da organização eclesiástica serviu de modelo para muitas
organizações que, ávidas de experiências bem sucedidas, passaram a incorporar uma infinidade
de princípios e normas administrativas utilizadas na Igreja Católica.
Na ciência administrativa
As primeiras publicações focam a estrutura formal, o relacionamento oficial e documentado
entre membros da organização. Duas escolas de pensamento dominaram a bibliografia até os
anos 50, uma preocupada com a supervisão direta, a outra, com a padronização.
A escola dos “princípios da administração”, patrocinada por Henri Fayol estava
preocupada, principalmente, com a autoridade formal – isto é, com o papel da supervisão direta na
organização. Popularizaram os termos: unidade de comando, cadeia de comando e amplitude de
controle.
A segunda escola, na realidade, inclui dois grupos que promoveram o mesmo assunto – a
padronização do trabalho em toda a organização. Ambos os grupos foram estabelecido no início do
século XX por Frederick Taylor e Max Weber. O primeiro liderou o movimento da “administração
científica”, cuja principal preocupação era a programação do conteúdo do trabalho operacional. Já
Weber escreveu a respeito da mecanização do trabalho ou das estruturas “burocráticas”, em que
as atividades eram formalizadas por regras, descrições de tarefas e treinamento.
Durante a metade do século XX, a estrutura organizacional significou um conjunto de
relações de trabalhos oficiais e padronizadas, construídos em torno de um sistema de autoridade
formal rigorosa.
Em 1939 Roethlisberg e Dickson, com seu experimento em Hawthorne demonstraram que
outras coisas aconteciam na estrutura organizacional – relacionamentos não oficiais no grupo de
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trabalho – a estrutura informal. E constataram que o ajuste mútuo serve como importante
mecanismo de coordenação em todas as organizações. Isso levou à criação de uma terceira
escola de pensamento nos anos 50 e 60, originalmente denominada da “relações humanas”, cujos
proponentes procuravam demonstrar que confiar na estrutura formal – especificamente nos
mecanismos de supervisão direta e na padronização – era, na melhor das hipóteses, uma
orientação má,e na pior, um perigo para a saúde psicológica do trabalhador..
ATENÇÃO....COBRADO EM PROVA......
Coordenação dos 5 mecanismos de coordenação (mecanismos básicos pelos quais
as organizações obtêm a coordenação)
Aos vários meios de coordenar um trabalho chamamos de MECANISMOS. Os
mecanismos dizem respeitos ao controle, à comunicação e à coordenação (p.14)
Os mecanismos de coordenação dos “cinco” parecem explicar as maneiras
fundamentais pelas quais as organizações coordenam o seu trabalho:
1• Ajuste mútuo
A organização deixa de ser simples quando uma pessoa passa a ser responsável pelo
trabalho de outras, dando-lhes instruções e supervisionando suas ações.
1• Padronizações dos processos de trabalho
A padronização é obtida antes do trabalho ser realizado, sem ajustamento mútuo ou
supervisão direta. Os operários sabem o que esperar do trabalho uns dos outros em
circunstâncias ordinárias. Então, os processos do trabalho são padronizados quando o
conteúdo do trabalho for especificado ou programado.
1• Padronizações dos resultados do trabalho
Os outputs são padronizados quando os resultados forem especificados. Então, sua
coordenação entre as tarefas é predeterminada.
1• Padronizações das habilidades dos trabalhadores
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O tipo de treinamento exigido para o desempenho do trabalho é especificado. A
padronização das habilidades atinge indiretamente o que a padronização dos processos de
trabalho (ou outputs) faz diretamente: controlar e coordenar o trabalho.
“Na maioria das fábricas automatizadas (isto é, plenamente padronizadas), as
máquinas quebram, os operários deixam de apresentar-se para o trabalho, as programações
devem ser mudadas no último minuto. Os supervisores devem intervir e os operários devem ter
a liberdade para lidar com o problemas inesperados”. Uma organização favorecerá um
mecanismo de coordenação sobre outros.
Os mecanismos são substituíveis e nem pode confiar em um único mecanismo, na prática as
organizações adotam um misto dos 5. As organizações contemporâneas têm que existir com
liderança e comunicação informal.
Estes são os elementos básicos da estrutura, a ‘cola’ que mantém as organizações
unidas.
A estratégia pode ser vista como uma força mediadora entre a organização e seu meio
ambiente.
13. A linha intermediária
É utilizada para tornar o trabalho das outras pessoas mais eficaz com seus planos,
mudanças, treinamentos e projetos. Os analistas de controle da tecnoestrutura efetivam certas
formas de padronização da organização. Quanto mais padronização uma organização usa,
mais confia em sua tecnoestrutura. Podemos distinguir 3 tipos de analista de controle:
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1a. os analistas de sistemas e métodos – padronizam os processos de
trabalho
2b. os analistas de planejamento e controle – padronizam os outputs
3c. os analistas de pessoal – padronizam as habilidades
São unidades especializadas criadas para dar apoio à organização fora de seu fluxo de
trabalho operacional.
Funcionamento da Organização
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organizações e que ricas redes de comunicação informal complementam e, às vezes,
contornam os canais de autoridade e regulamentação.
A organização como um sistema de constelação de trabalho. As pessoas da
organização agregam-se em grupos de amigos (não relacionados à hierarquia, ou mesmo,
necessariamente às cinco configurações) para realizar seu trabalho. Cada grupo ou
constelação lida com decisões distintas, apropriadas a seu próprio nível hierárquico, com
pouco relacionamento entre si.
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Como Herbert Simon (1969) destaca, a essência das ciências feitas pelo homem – sejam
engenharia, medicina ou administração – é o design. Design presume descrição, uma habilidade
para alterar um sistema. No caso da estrutura organizacional, design significa girar os botões que
influenciam a divisão do trabalho e os mecanismos de coordenação, que afetam as funções da
organização. As questões básicas do design estrutural que discutiremos sugerem um conjunto de
nove parâmetros de design a serem vistos a partir de agora.
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Baixa Trabalhos profissionais Todos os outros
(núcleo operacional e unidades de trabalhos gerenciais.
apoio)
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aprendizagem – isto é, em serviços não especializados – e confia na formalização do
comportamento para obter a coordenação.
Entretanto, quando um trabalho envolve um corpo de conhecimento e um conjunto de
habilidades complexas e não racionalizadas (como uma operação, por exemplo), o trabalhados
deve passar muito tempo aprendendo-o (normalmente fora da empresa, como em faculdades).
Esse tipo de trabalho é denominado profissional. Assim, o treinamento é um parâmetro importante
no design em qualquer trabalho que chamarmos de profissional.
Doutrinação é o processo pelo qual a normas organizacionais são adquiridas. A
“socialização” – quando um novo membro aprende o sistema de valores, as normas e os padrões
de comportamento exigido pela sociedade, organização ou grupo em que está sendo admitido.
Treinamento e Doutrinação por parte da organização
Não importa qual a parte da organização; o treinamento é mais importante quando os
trabalhos são complexos, envolvem dificuldades, habilidades específicas e corpos de
conhecimento sofisticados – trabalhos de natureza essencialmente profissional. A doutrinação é
mais importante quando os trabalhos são sensíveis ou remotos e quando a cultura e a ideologia da
organização demandam forte lealdade a ela.
O treinamento e doutrinação são utilizados extensivamente em muitas unidades de apoio.
Já nas unidades estratégicas e intermediárias o treinamento ainda não é considerado um
importante parâmetro de design. Talvez, a doutrinação exerça papel mais importante na hierarquia
gerencial, uma vez que os gerentes são, afinal, os guardiões da ideologia da organização.
Relacionando os parâmetros do design de posição
Ficou evidente que a especialização, a formalização, o treinamento e a doutrinação não
são parâmetros de design totalmente independentes. Essencialmente, descrevemos dois tipos
fundamentalmente diferentes de posição. Um denominado posição não especializada porque o
trabalho é
altamente racionalizado, envolve especialização extensiva nas dimensões horizontal e vertical e,
freqüentemente, coordenado e controlado pela formalização direta do comportamento. A outra
denominada posição profissional porque o trabalho é complexo, não pode ser facilmente
especializado na dimensão vertical ou formalizado pela tecnoestrutura da organização. Entretanto,
é horizontalmente especializado – os profissionais são especialistas em campos bem definidos – e
a coordenação é obtida com freqüência pela padronização das habilidades em programas
extensivos de treinamento, geralmente, ministrados fora da organização (universidades).
Isso sugere que a formalização e o treinamento são, basicamente substitutos. O que não
quer dizer, que um não possa complementar o outro.
A organização profissional cede grande parte do controle na escolha de seus
trabalhadores, bem como seus métodos de trabalho, às instituições externas que os treinam e os
certificam, e conseqüentemente, que estabelecem os padrões que os orientam na condução de
seu trabalho. Como controle, passa a dedicação; os profissionais tendem a identificar-se mais com
a profissão do que com a organização.
Por nossas definições, nota-se que profissionalismo e burocracia podem coexistir na
mesma estrutura.
Design da Superestrutura
O design organizacional pode seguir o procedimento de “cima para baixo”, indo das
necessidades gerais às tarefas específicas. E de “baixo para cima”, das tarefas específicas à
hierarquia global.
À medida que as metas e as missões mudam, o redesign estrutural inicia-se de cima para
baixo; à medida que o sistema técnico do núcleo operacional muda, o redesign estrutural inicia-se
de baixo para cima.
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2. Tipicamente, o agrupamento requer posições e unidades para compartilhar recursos
comuns;
3. Cria medidas de desempenho também, comuns;
4. Além de encorajar o ajuste mútuo.
Assim, o agrupamento pode estimular em importante grau dois mecanismos importantes
de coordenação – a supervisão direta e o ajuste mútuo – e pode formar a base para um terceiro
mecanismo – a padronização dos outputs – ao fornecer medidas de desempenho comuns.
Pela mesma razão, por que o agrupamento encoraja a forte coordenação dentro uma
unidade, ele cria problemas de coordenação entre as unidades. As unidades tornam-se
diferenciadas em suas várias orientações – metas, perspectivas de tempo, etc. Logo, o
agrupamento em unidades encoraja a coordenação intragrupal à custa da coordenação intergrupal.
12. Agrupamento por processo de trabalho e função – as unidades podem estar baseadas no
processo ou atividade usado pelo trabalhador. Ex: Empresa manufatureira: soldagem,
oficina mecânica, fundição, elétrica. Ou, por função: Finanças, Relações públicas,
operação, marketing.
23. Agrupamento por tempo – os grupos são formados conforme o tempo em que o trabalho é
feito. Ex: diversos turnos de uma fábrica.
34. Agrupamento por output – as unidades são formadas na base dos produtos que fabricam
ou serviços que prestam. Ex:Manufatureira: esportivos, offroad, utilitários, luxo, etc.
45. Agrupamento por cliente – formados para lidar com diferentes tipos de clientes. Ex.:
Pessoa Física, Pessoa Jurídica.
56. Agrupamento por local – os grupos podes ser formados conforme as regiões geográficas
em que a organização opera. Ex.: Norte-nordeste; Sudeste; Centro-oeste, etc. Ou, América
latina, América do Norte, Europa, etc.
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para conter as principais interdependências recíprocas; os grupos de ordem superior são
então formados para lidar com quaisquer interdependências coletivas remanescentes.
22. Interdependência de processos. Uma segunda classe importante de interdependência
relaciona-se aos processos usados nos fluxos de trabalho. Por exemplo, um operador de
torno pode ter que consultar outro que trabalha em uma linha de produtos diferentes (isto
é, em um fluxo de trabalho diferente) sobre que ferramenta de corte usar em uma
determinada tarefa. Na verdade, temos interdependências relacionadas à especialização,
que favorecem o agrupamento funcional.
33. Interdependência de escala. O terceiro critério para o agrupamento relaciona-se às
economias de escala. Grupos podem ser formados para atingir tamanhos grandes o
suficiente para funcionarem eficientemente. Por exemplo, cada departamento da fábrica
requer manutenção. Contudo, isso não necessariamente justifica alocar um funcionário de
manutenção a cada departamento, agrupando-o por fluxo de trabalho. Pode não haver
trabalho suficiente para cada funcionário de manutenção. Entretanto, um departamento
central de manutenção pode ser criado para toda a fábrica.
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contêm todas as interdependências seqüenciais e recíprocas importantes. Assim, permanecem
apenas as da estrutura comum e, em troca, contribuem com seus superávits e lucros para ela.
Mercados, não processos, atraem a atenção dos funcionários e, sem dúvida, com o ajuste mútuo
necessário e a supervisão direta na própria unidade, a organização necessita menos da
formalização para a coordenação e tende a emergir como menos burocratizada.
Em geral, a estrutura baseada no mercado é menos mecanizada, menos capaz de realizar
satisfatoriamente uma tarefa especializada ou repetitiva. Entretanto, pode executar mais tarefas e
muda-las com mais facilidade, sendo que sua flexibilidade essencial decorre do fato de suas
unidades serem relativamente independentes umas das outras. Novas unidades podem ser
facilmente adicionadas e algumas antigas extintas.
A estrutura baseada no mercado desperdiça mais recursos do que a funcional – na
unidade de menor nível hierárquico, se não na hierarquia administrativa -, uma vez que deve
duplicar o número de pessoas e equipamentos para não perder as vantagens da especialização.
Além disso, a estrutura baseada no mercado, em razão da menor especialização, não pode ter a
vantagem da economia de escala proporcionada pela estrutura funcional. Pode haver também
concorrência desnecessária na estrutura baseada no mercado, como, por exemplo, quando lojas
da mesma cadeia competem pelos mesmos clientes.
Chegamos à conclusão de que, ao escolher a base de mercado para agrupamento, a
organização opta pela coordenação do fluxo do trabalho às expensas da especialização por
processo e por escala. Assim, se as interdependências do fluxo do trabalho forem significativas e
se não puderem ser facilmente acomodadas pela padronização, a organização deve tentar
acomodá-las em um agrupamento baseado no mercado para facilitar a supervisão direta e o
ajustamento mútuo. Entretanto, se o fluxo do trabalho for irregular (como em uma oficina de
manutenção), se a padronização não puder facilmente acomodar as interdependências de
processo e de escala forem significativas (como no caso das organizações que trabalham com
maquinário sofisticado), a organização deve buscar as vantagens da especialização, optando pelo
agrupamento em base funcional.
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Em outras palavras, a padronização das habilidades e dos outputs deve também levar a
maior tamanho da unidade. No caso das habilidades, quanto mais altamente treinados forem os
funcionários, menor a necessidade de supervisão acirrada e, assim, maiores podem ser suas
unidades de trabalho. Similarmente, quanto mais padronização os outputs, maior o tamanho da
unidade de trabalho.
Em comparação à padronização e, freqüentemente, à supervisão direta, quanto maior a
confiança no ajustamento mútuo (envolvendo as interdependências entre as tarefas complexas),
menor o tamanho da unidade de trabalho.
Um ponto final deve ser mencionado. Há na realidade, dois tipos de trabalho profissional –
independente e interdependente – que exigem duas formas estruturais diferentes. Em uma
situação, a padronização das habilidades está presente na maioria das interdependências. Assim,
há pouca necessidade de ajustamento mútuo, e o profissionalismo pode funcionar
independentemente nas unidades maiores. Em outra situação, permanecem as interdependências
que não podem ser trabalhadas pela padronização das habilidades. Portanto, deve haver
considerável ajuste mútuo. Os profissionais devem trabalhar cooperativamente em pequenas
unidades informais.
Assim, examinar o tamanho da unidade em termos de todos os mecanismos de
coordenação ajuda a eliminar alguma confusão. Entretanto, antes de concluirmos essa discussão,
devemos mencionar algumas constatações sobre estruturas planas (com unidades maiores e
poucos níveis hierárquicos) versus verticalizada (com pequenas unidades em cada nível, que
possibilitam a criação de muitos níveis ou de uma hierarquia verticalizada).
As estruturas verticalizadas interrompem mais freqüentemente o fluxo de informação de
cima para baixo, o que pode levar a maior distorção; e as planas exigem mais discussão e consulta
para a tomada de decisão. A estrutura vertical, em vez de encorajar a supervisão acirrada, pode
liberar o gerente da necessidade de gastar tempo na supervisão, podendo ocupar-se de outras
atividades.
Para concluir a discussão geral, vimos que o tamanho da unidade aumenta por: (1)
padronização de todos os três tipos, (2) similaridade das tarefas desempenhadas, (3) necessidade
dos funcionários por autonomia e auto-realização e (4) necessidade de redução da distorção do
fluxo de informação hierárquica acima.
O tamanho da unidade diminui por (1) necessidade de supervisão direta acirrada, (2)
necessidade de ajustamento mútuo entre tarefas interdependentes complexas, (3) extensão em
que o gerente de uma unidade possui tarefas não de supervisão a desempenhar e (4) necessidade
de acesso freqüente dos membros da unidade ao gerente para consulta ou orientação, talvez por
motivos de segurança.
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da assessoria. Os fatores anteriormente discutidos indicam pequenos tamanhos para as unidades
de assessoria que agrupam profissionais.
Para concluir, esperamos, em geral, que o núcleo operacional da organização assuma um
formato plano, que a linha intermediária tenha formato de cone, com lados progressivamente
íngremes, e que a tecnoestrutura e as unidades de apoio mais profissionais sejam mais
verticalizadas.
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O planejamento das ações surge como o meio pelo qual as decisões e as ações não
rotineiras de toda uma organização, tipicamente estruturada em base funcional, podem ser
desenhadas como um sistema integrado.
A unidade deve avaliar o efeito de todas as suas ações específicas sobre os resultados
globais, desde a passagem do planejamento das ações ao controle do desempenho.
Quanto mais globais as responsabilidades de uma unidade, maior a propensão para o controle de
seu desempenho global em vez de suas ações específicas.
Podem –se distinguir dois tipos de estruturas matriciais: uma forma permanente, em que as
interdependências permanecem mais ou menos estáveis e, como resultado, o mesmo sucede com
as unidades e seus funcionários; e uma forma mutante, ajustada ao trabalho com projetos, em que
as interdependências, as unidades de mercado e seus funcionários estão em freqüente mudança.
A estrutura matricial mutante é utilizada nos trabalhos com projetos, em que os outputs
mudam com freqüência, como nas empresas aeroespaciais, laboratórios de pesquisa. Uma
característica fundamental das equipes usadas na estrutura matricial mutante é que seus líderes
são gerentes muito experientes (das unidades baseadas no mercado), com autoridade formal
(conjuntamente compartilhada com os gerentes das unidades formais) sobre seus membros. Isso é
o que os distingue dos líderes das forças-tarefas e dos gerentes integradores anteriormente
descritos.
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A estrutura matricial também apresenta problemas. Embora para ser um dispositivo mais
eficaz par ao desenvolvimento de novas atividades e para a coordenação de interdependências
múltiplas e complexas, não há lugar para as pessoas que necessitam de segurança e estabilidade.
Dispensando o princípio da unidade de comando, cria confusão, estresse e conflito
consideráveis e requer de seus participantes habilidades interpessoais altamente desenvolvidas e
considerável tolerância à ambigüidade. Há também o problema da manutenção do equilíbrio
delicado do poder entre diferentes tipos de gerentes. Um desentendimento em uma outra direção
equivale a uma reversão para a cadeia única da hierarquia tradicional, com a resultante perda dos
benefícios da estrutura matricial. Há também, nessa estrutura o problema do custo de
administração e de comunicação. “O sistema exige que as pessoas tenham que passar muito mais
tempo em reunião discutindo em vez de fazendo o trabalho do que em uma estrutura de autoridade
mais simples. Além disso, como veremos em breve, a estrutura matricial requer muito mais
gerentes do que as estruturas tradicionais, aumentando consideravelmente os custos
administrativos.
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freqüência, a ligação telefônica informal, a reunião improvisada da força-tarefa com a presença de
seus participantes ou a reunião regular do comitê permanente.
Descomplicando a Descentralização
Quando todo o poder para a tomada de decisão situa-se em um único ponto da
organização – afinal, nas mãos de uma pessoa -, sugerimos uma estrutura centralizada. Na
extensão em que o poder está disperso entre muitas pessoas, sugerimos a estrutura
descentralizada.
Porque descentralizar a estrutura?
A centralização é o meio mais seguro de coordenar a tomada de decisão na organização.
Então, por que uma organização deve descentralizar? Simplesmente porque nem todas as suas
decisões podem ser entendidas em um centro, em um cérebro. Às vezes, a informação necessária
não pode ser levada a esse centro, talvez por ser difusa e difícil de ser transmitida. Como o
vendedor de Bagdá explica a natureza de seus clientes ao gerente da Inglaterra?
A outra razão relacionada à descentralização é que ela permite à organização responder
rapidamente às condições locais.
Uma última razão para a descentralização é que ela constitui um estímulo para a
motivação. As pessoas criativas e inteligentes exigem amplo espaço de manobra.
Algumas aberturas conceituais na centralização/ descentralização
1• Qual é a mais centralizada: uma biblioteca considerada “centralizada” por estar em
apenas um local, embora a maior parte do poder de decisão esteja dispersa entre suas
chefias departamentais, ou uma biblioteca “descentralizada”, que consistem em
bibliotecas-satélites amplamente espalhadas, em que seus (suas) bibliotecários (as)
chefes centralizam o poder sem compartilhá-lo com nenhum funcionário?
2• E uma organização em que o poder de tomada de decisão está disperso em grande
número de pessoas, mas em razão de as decisões serem fortemente monitoradas por
um indivíduo com poder de despedi-las a qualquer momento, elas tomam as decisões
avaliando cuidadosamente os desejos do chefe? Ou no caso de um padre jesuíta ou
um agente da CIA que tem total autonomia no campo, exceto que foi cuidadosamente
doutrinado para decidir de determinada forma antes de deixar sua sede? Essas
organizações são descentralizadas?
3• Nos Estados Unidos, as corporações divisionalizadas que adotam o sistema de controle
de desempenho para coordenar suas atividades são denominadas “descentralizadas”,
ao passo que os norte-americanos estão habituados a dizer que as economias
comunistas são “centralizadas”, muito embora estejam organizadas como gigantescas
corporações divisionalizadas que também adotam o sistema de controle de
desempenho. Qual delas é descentralizada?
4• Quando um trabalhador, por estar sujeito a grande número de regras, está livre de
supervisão direta, podemos afirmar que ele tem poder sobre suas decisões? De modo
geral, são burocracia centralizadas ou descentralizadas?
5• E o caso de um gerente de linha que tem autoridade para tomar uma decisão, mas seus
consultores, em razão de conhecimento técnico superior, orientam-no em sua escolha?
Ou o caso do gerente que toma decisão, mas, ao colocá-la em prática, seus
subordinados mudam o resultado de acordo com sua preferência? Organizações são
centralizadas em virtude da
distribuição do poder formal ou são descentralizadas, em razão da distribuição do poder
informal?
1• Finalmente, o que dizer da organização em que algumas decisões – por exemplo, as
relativas a finanças e a recursos humanos – são tomadas pelo executivo principal e
outras – digamos, da área de produção e marketing – estão dispersas entre os
gerentes de nível inferior? Ela é centralizada ou descentralizada?
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11. A dispersão do poder formal cadeia abaixo ou delegação da autoridade de linha será
denominada descentralização vertical.
22. O poder de decisão informal ou a descentralização horizontal refere-se à extensão em que
os não-gerentes controlam os processos de decisão.
33. O termo descentralização é usado para referir-se à dispersão física dos serviços. Essa
descentralização per se não tem a ver com o poder de tomada de decisão. Para este
conceito será usado os temos centrado ou disperso.
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A descentralização vertical paralela para as unidades baseadas no mercado constitui
”descentralização”? Certamente não; mas transfere considerável poder de tomada de decisão a
algumas pessoas. Isto é, a divisionalização constitui uma forma limitada de descentralização
vertical.
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22. O poder do especialista funde-se com a autoridade formal. Essa situação de poder
conferido aos especialistas fundiu-se com a própria autoridade formal e deu origem à
descentralização seletiva na dimensão horizontal, isto é, os especialistas com poder em
algumas decisões e não em outras. Em outras palavras, parece que a descentralização
seletiva ocorre ao mesmo tempo nas dimensões horizontal e vertical.
33. O poder do especialista com os operadores. Nesse terceiro e mais descentralizado tipo de
poder do especialista, os próprios operadores são os especialistas. Essa experiência dá-
lhes considerável poder, que, por sua vez, descentraliza a organização em ambas as
dimensões: o poder está no núcleo operacional, na base da hierarquia com os não-
gerentes. Sem dúvida, os operadores especializados são profissionais, o que nos leva a
um relacionamento importante que está bem fundamentado na pesquisa: quanto mais
profissional é uma organização, mais descentralizada é sua estrutura em ambas as
dimensões.
Esses autores e outros sugerem que os trabalhadores não estão realmente interessados
em assuntos não relacionados a seu trabalho.
Esses movimentos na democracia organizacional mexeram pouco com os Estados Unidos.
O que tem recebido considerável atenção nesse país é a “administração participativa”. Na
discussão desse conceito, duas de suas proposições devem ser claramente distinguidas. Uma de
natureza factual, isto é, testável, afirma que a participação leva a aumento da produtividade. A
outra, uma proposição de valor e, assim,
não sujeita à verificação, afirma que a participação tem seu próprio mérito: “Em uma sociedade
‘democrática’, os trabalhadores têm o sireito de participar das organizações que os empregam”.
Em qualquer situação, a administração participativa dificilmente pode ser chamada de
democratização, uma vez que está baseada na premissa de que o gerente de linha tem poder
formal e opta em compartilhá-lo entre seus funcionários. Pede-lhes orientação e, talvez,
compartilham também as escolhas. Entretanto, a democracia não depende da generosidade
daqueles que detêm o poder formal. Ao contrário, ela distribui esse poder consitucionalmente por
toda a organização.
Antes de deixar o assunto, podemos mencionar outras pesquisas que tratam dessa
questão. As constatações, a seguir, sugerem algumas conclusões interessantes sobre a
descentralização horizontal. Em algumas situações, a organização centralizada pode ser mais
eficiente sob certas circunstâncias, particularmente nos estágios iniciais do trabalho. Em contraste,
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a organização horizontamente descentralizada – a democrática – parece favorecer o moral das
pessoas. Entretanto, esta última pode, às vezes, ser instável, e eventualemente retornar a uma
estrutura mais hierarquizada – e centralizada – para conluir suas tarefas. De fato, isso é
exatamente o que os estudos de campo indicam: que a democratização leva, paradoxalmente, à
centralização.
Assim, a resposta a nossa questão sobre a democracia pode ser negativa. Parece que na
melhor situação, teremos que estabelecer a meritocracia, não a democracia, em nossas
organizações não voluntárias e apenas quando ela for exigida nas tarefas de natureza profissional.
Descentralização nas cinco configurações
Parece que cinco tipos distintos de descentralização vertical e horizontal
emergem de nossa discussão. De fato, eles podem ser distribuídos ao longo de um único
continuum, da centralização em ambas as dimensões em um extremo à descentralização em
ambas as dimensões em outro extremo.
Tipo A: Centralização vertical e horizontal (figura 5.4 (A)). O poder de decisão está concentrado
nas mãos de um único indivíduo, o dirigente situado no topo da hierarquia – a saber, o executivo
principal.
Tipo B: Descentralização horizontal limitada (seletiva) (figura 5.4 (B)). Nesse tipo encontramos a
organização burocrática com tarefas não especializadas que confia na padronização dos
processos de trabalho para a coordenação. A estrutura é centralizada na dimensão vertical; o
poder formal está concentrado nos níveis hierárquicos mais elevados, especialmente na cúpula
estratégica. Em razão de seu papel na formalização do comportamento, os analistas estão
habilitados a ganhar algum poder informal, o que significa descentralização horizontal limitada.
Tipo C: Descentralização vertical limitada (paralela) (Figura 5.4 (C)). Nesse tipo, encontramos a
organização que está dividida em unidade de mercado ou divisões, cujos gerentes recebem
delegação (paralelamente) de muito poder formal para tomar as decisões concernentes a seus
mercados.
Tipo D: Descentralização vertical e horizontal seletiva (Figura 5.4 (D)). Vemos nossas
constatações sobre a descentralização seletiva em duas dimensões que se juntam. Na dimensão
vertical, o poder para diferentes tipos de decisões é delegado às constelações de trabalho em
vários níveis hierárquicos. Na dimensão horizontal, essas constelações utilizam seletivamente os
especialistas de assessoria, conforme a dimensão técnica das decisões que devem tomar. A
coordenação interna ou entre as constelações é efetuada principalmente mediante ajustamento
mútuo.
Tipo E: Descentralização vertical e horizontal (Figura 5.4 (E)). O poder de decisão está
amplamente concentrado no núcelo operacional – a única saliência da Figura 5.4 (E)-, porque seus
membros são profissionais cujo trabalho é amplamente coordenado pela padronização das
habilidades.
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Descentralização e outros parâmetros de design
A descentralização está fortemente relacionada ao design dos cargos. A formalização
prontamente retira poder formal dos operadores e dos gerentes que os supervisionam e o
concentra próximo ao topo da hierarquia de linha e na tecnoestrutura, centralizando a organização
em ambas as dimensões. O resultado é a descentralização Tipo A. O treinamento e a doutrinação
produzem efeitos exatamente opostos: desenvolvem especialização abaixo da linha intermediária,
descentralizando a estrutura em ambas as dimensões (Tipo E). Reunindo essas duas conclusões,
podemos perceber que a especialização do tipo não habilitado centraliza a estrutura em ambas as
dimensões quanto a especialização do tipo profissional ou habilitado descentraliza-a em ambas as
dimensões.
Examinamos vários relacionamentos entre a descentralização e o design da
superestrutura. O uso do agrupamento por mercado leva à descentralização vertical limitada de
natureza paralela (Tipo C). A estrutura funcional é possível com quase qualquer grau de
descentralização, em qualquer dimensão.
A mesma conclusão pode ser tirada para o tamanho da unidade ou para a amplitude de
controle, embora muitos outros fatores intervenham. Por exemplo, o grande tamanho da unidade
pode refletir o uso extensivo de formalização do comportamento, em que a estrutura é, ao
contrário, centralizada em ambas as dimensões (Tipo B). Entretanto, pode também refletir o uso
extensivo de treinamento e doutrinação, em que a estrutura é descentralizada em ambas as
dimensões (Tipo E). Pode também indicar a presença do agrupamento baseado no mercado, que
resulta em descentralização vertical limitada (Tipo
C). Similarmente, o pequeno tamanho da unidade pode indicar supervisão e centralização
rigorosas (Tipo A) ou a presença de pequenas equipes autônomas de trabalho e descentralização
seletiva (Tipo D).
Descentralização em parte da organização
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Até este ponto, tivemos pouca dificuldade de discutir cada um dos outros parâmetros de
design em parte das organizações. O mesmo não será verdadeiro para os dois tipos de
descentralização, uma vez que a distribuição de poder é um fenômeno amplo de uma organização.
Todavia, algumas conclusões podem ser tiradas.
Por definição, a descentralização vertical envolve apenas a cadeia de autoridade – isto é, a
cúpula estratégica e a linha intermediária. Em outras palavras, pode haver tendência à retenção de
poder acima do necessário na estrutura de linha, especialmente na cúpula estratégica.
Também por definição, a descentralização horizontal traz as outras três partes da
organização – a tecnoestrutura, a assessoria de apoio e o núcleo operacional – para o sistema de
poder. Todos têm poder informal na extensão em que detêm especialização.
Para finalizar, podemos observar que nas unidades tecnocráticas e nas unidades de apoio
de nível mais elevado, em que o trabalho é essencialmente profissional, esperamos encontrar
muita descentralização, tanto dos gerentes de assessoria, quanto dos especialistas de assessoria.
Após discutirmos os parâmetros de design com algum detalhe, vimos às várias formas que eles
podem assumir na estrutura, bem como a relação de cada um deles nos mecanismos de
coordenação. A supervisão direta é exercida mediante o design da superestrutura, notadamente no
agrupamento das unidades, que cria a hierarquia dos cargos gerenciais. É também, fortemente
influenciada pelo design do sistema de tomada de decisão – isto é, pelas descentralizações
horizontal e vertical. A padronização dos processos de tabalho é obtida mediante a formalização do
comportamento, a padronização das habilidades, via programa de treinamento e doutrinação, e a
padronização dos outputs, mediante o uso de sistemas de planejamento e controle. Finalmente, o
ajustamento mútuo é encorajado pela utilização de instrumentos de religação.
Também começamos a verificar alguns inter-relacionamentos fundamentais dos
parâmetros de design. Alguns são mutuamente exclusivos. Por exemplo, uma organização pode
confiar no treinamento pré-trabalho ou pode formalizar o comportamento mediante a utilização de
normas de execução do trabalho; raramente adota as duas formas. Outros parâmetros de design
são claramente utilizados concorrentemente – por exemplo, os sistemas de controle de
desempenho e o agrupamento baseado no mercado ou os instrumentos de religação e a estrutura
orgânica. Porém, mais importante é que vimos muita indicação de que é o conglomerado ou a
configuração de muitos desses parâmetros de design, não a itneração entre eles, que parece
possuir a chave para entendermos a estruturação das organizações. Entretanto, antes de
discutirmos esse conglomerado, devemos situar os parâmetros de design no contexto
organizacional.
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também certos espectos de sua situação: desenha seu próprio sistema técnico a , decide ou não
crescer, gravita em um ambiente que é estável ou dinâmico e assim por diante, Assim, os fatores
situacionais também podem ser agrupados. Essa conclusão possibilita-nos combinar as duas
hipóteses em uma única: hipótese de configuração ampliada: a estruturação eficaz requer
consistência entre os parâmetros de design e os fatores contigenciais.
Hipótese 5: Quanto maior a organização, mais formalizado será seu comportamento. Quanto
maior a organização, mais os comportamentos se repetem; como resultado, quanto mais
previsíveis se tornam, maior a propensão para formalizá-los. Além disso, quanto maior o tamanho ,
maior a confusão interna e, talvez, mais baixo o moral em função da impessoalidade. A
administração deve encontrar meios de tornar o comportamento mais previsível, e para isso, volta-
se para regras, procedimentos, descrição de tarefas etc., todos instrumentos que formalizam o
comportamento.
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Um número de modelos é proposto na bibliografia, mas parece descrever aspectos
deferentes da mesma seqüência. È comum às organizações começarem suas vidas como
estruturas orgânicas, não elaboradas. Algumas começam no estágio de artífice e, depois passam
ao estágio empreendedor assim que começam a crescer, embora muitas pareçam iniciar já no
estágio empreendedor, dirigidas por executivos poderosos que coordenam largamente por
supervisão direta.
Como organizações no estágio empreendedor que envelhecem e crescem, começam a
formalizar suas estruturas e, eventualmente, fazem a transição a um novo estágio, o da estrutura
burocrática. As tarefas são especializadas, as hierarquias de autoridade, construídas, e as
tecnoestruturas, acrescentadas para coordenar sua padronização
Freqüentemente, o maior crescimento e envelhecimento encorajam essas burocracias a
diversificarem e depois, como a ameba exuberante, dividem-se em unidades baseadas no
mercado ou em divisões, sobrepostas em sus estruturas funcionais tradicionais, passando, assim,
a um novo estágio, o da estrutura divisionalizada.
Finalmente, algumas evidências recentes sugerem que pode haver outro estágio para
algumas organizações, o da estrutura matricial, que transcende a divisionalização e provoca uma
reversão parcial à estrutura orgânica. Sem dúvida, todas as organizações precisam passar por
todos esses estágios, embora muitas pareçam passar por alguns deles na seqüência apresentada,
às vezes parando em algum estagio intermediário.
SISTEMA TÉCNICO
Tem sido difícil chegar a esse ponto sem discutir a tecnologia como fator no design
organizacional. Certamente, a estrutura está diretamente interligada com a tecnologia; antes de
considerarmos como isso ocorre, devemos deixar bem claro o significado dos termos que
utilizaremos. Tecnologia é a base do conhecimento da organização – usaremos o termo
complexidade e o discutiremos em relação ao ambiente. Os instrumentos usados no núcleo
operacional para transformar inputs em outputs, denominaremos de sistema técnico da
organização.
Estudo de Woodward referente à produção unitária, em massa e por processo Woodward
focou três sistema de produção básicos – por unidade (essencialmente sob encomenda), em
massa (de muitos itens padronizados) e por processo (o fluxo intermitente ou contínuo de fluidos).
Woodward constatou alguns relacionamentos marcantes entre esses três sistemas de produções
vários dos parâmetros de design. Especialmente, ao passar da produção por unidade para a
produção em massa e, depois, para a produção por processo:
1• A amplitude de controle dos executivos principais (CEOs) aumentou.
2• A amplitude de controle dos gerentes intermediários diminuiu.
• O índice de gerentes em relação a não-gerentes diminuiu (em média de 1 para 23, de 1 para 16
e de 1 para 8); suas qualificações aumentaram (as organizações por processo têm mais
graduados, mas treinamento gerencial e mais promoção interna).
1• O índice de funcionários de escritório e pessoal administrativo em relação ao pessoal de
produção (assalariados horistas) aumentou (de 1 para 1, de 4 para 1, de 9 para 1).
2• O número de níveis administrativos do departamento de produção aumentou.
Mais ainda:
1• A amplitude de controle dos supervisores de primeira linha era maior nas empresas de
produção em massa (cerca de 48, comparada a 13 nas empresas de processo e a 23 na
de produção por unidade).
2• As empresas de produção em massa apresentavam maior produção de trabalhadores sem
qualificação.
3• As empresas de produção em massa eram de estrutura burocrática, enquanto as de
produção por processo e por unidade tendiam a ser organicamente estruturadas.
Entretanto, o que distingue esse estudo de outros não são observações aleatórias, mas a
forma que Woodward as usou para pintar um quadro integrado dessas três estruturas
organizacionais diferente e distintas, associadas aos três sistemas técnicos.
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Hipótese 6: Quanto mais regular o sistema técnico, mais formalizado o trabalho operacional e mais
burocrático a estrutura do núcleo operacional. À medida que o sistema técnico torna-se mais
regular – isto é, separado em tarefas simples e especializados que removem o bom julgamento dos
que têm que usá-lo -, o trabalho operacional torna-se mais rotineiro e previsível; como resultado,
pode mais facilmente ser especializado e formalizado. O controle torna-se mais impessoal,
eventualmente mecânico, em que os analistas de assessoria que desenham o fluxo do trabalho
crescentemente tiram o poder dos trabalhadores não especializados que o operam e dos gerentes
que os supervisionam
Hipótese 7: Quanto mais sofisticado (difícil de entender) o sistema técnico, mais elaborado a
estrutura – não operacional a assessoria de apoio, maior a descentralização seletiva (dessa
assessoria) e maior o uso dos instrumentos de religação (para coordenar o trabalho dessa
assessoria) Se uma organização for usar maquinários complexo, deve contratar especialistas de
assessoria que possam entender o funcionamento desse maquinário, com habilidades para
desenhá-lo, comprá-lo e modificá-lo; deve dar-lhe considerável poder para tomar decisões em
relação a esse maquinário; e eles, por sua vez, devem trabalhar em equipes e forças-tarefas para
tomar essas decisões.
Ambiente
Até agora, discutimos a influência dos fatores intrínsecos, à própria organização sobre a
estrutura – sua idade, tamanho e o sistema técnico que utiliza em seu núcleo operacional.
Entretanto, toda organização insere-se em um meio ao qual deve responder ao desenhar sua
estrutura. Agora, consideremos os fatores situacionais associados a esse meio.
1 – Estabilidade. O ambiente de uma organização pode variar de estável a dinâmico, desde o do
entalhador de madeira cujos clientes pedem as mesmas esculturas de pinho década após
décadas, até o do investigador de polícia que nunca sabe o que esperar no próximo caso. Vários
fatores podem tornar o ambiente dinâmico, incluindo instabilidades governamental, mudanças
imprevistas na economia, mudanças inesperadas na demanda do cliente ou na oferta do
concorrente
2 – Complexidade. O ambiente de uma organização (aqui, sua tecnologia) pode variar de simples
a complexo, desde o do fabricante de caixas dobráveis que produz produtos simples com
conhecimento também simples, ao da agência espacial que deve utilizar conhecimentos dos mais
avançados centros científicos para obter resultados extremamente complexos. Está claro que a
complexidade afeta a estrutura mediante a variável intermediária da compreensão do trabalho a
ser feito. Observe que o conhecimento racionalizado, não importa quão complexo em princípio, é
aqui considerado simples, porque foi dividido em partes facilmente compreensíveis. Assim, as
empresas automobilísticas enfrentam ambientes de produto relativamente simples em virtude do
conhecimento acumulado sobre as máquinas que produzem.
3 – Diversidade de mercado. Os mercados de uma organização podem variar de integrados a
diversificados, desde o de uma mineradora de ferro que vende seu único produto a apenas uma
siderúrgica, ao de uma entidade de promoção de exportação que procura divulgar todos os
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produtos industriais de um país por todos o mundo. Está claro que a diversidade de mercado afeta
a estrutura mediante a variável que intermedeia o tipo de trabalho a ser feito.
4 – Hostilidade. Finamente, o ambiente de uma organização pode variar de magnânimo a hostil. A
hostilidade é influenciada pela concorrência, pelas relações da organização com sindicatos,
governo e outros grupos externos e pela disponibilidade de recursos. Sem dúvida, os ambientes
hostis são tipicamente dinâmicos. Entretanto, a hostilidade extrema tem efeito especial sobre a
estrutura que desejamos distinguir. A hostilidade afeta a estrutura, especialmente mediante
variáveis que intermedeiam a velocidade da resposta necessária.
Hipótese 10: Quanto mais complexo o ambiente, mais descentralizada a estrutura. A décima
hipótese que a dimensão da complexidade tem feito muito diferente sobre a estrutura do que a
dimensão da estabilidade. Enquanto a última afeta a burocratização, a primeira afeta a
descentralização
Emergem dessa discussão dois tipos de estruturas burocráticas e dois tipos de estruturas
orgânicas, em cada caso um centralizado para os ambientes simples e outro descentralizado para
os ambientes complexos.
Hipótese 11: Quanto mais diversificados os mercados da organização, maior a propensão de ela
dividir-se em unidades baseadas no mercado (dada a economia de escala favorável). Nesta
hipótese, propomos um relacionamento entre uma terceira variável ambiente – a diversidade de
mercado – e um terceiro parâmetro de design – a base para o agrupamento por unidades. Esta
hipótese indica que a organização que pode identificar distintivamente mercados diferentes –
produtos ou serviços , regiões geográficas ou clientes – estará predisposta a se dividir em
unidades de alto nível nessa base e a dar a cada uma o controle de ampla variedade de decisões
que afetam seus próprios mercados. Em termos simples, a diversificação promove a
divisionalização
Hipótese 12: A hostilidade extrema em seu ambiente leva qualquer organização a centralizar
temporariamente sua estrutura. Quanto mais centralizado as redes de comunicação, mais
rapidamente elas se organizavam e exigiam menos comunicação para tomar decisão. Quando uma
organização enfrenta hostilidade extrema – a perda repentina de um cliente ou de uma fonte de
suprimento-chave, o ataque severo do governo ou algo semelhante-, sua sobrevivência está
ameaçada. Uma vez que deve responder rapidamente e de modo integrado, passa a centralizar-se
no líder.
Entretanto, o que ocorre quando a organização em ambiente complexo enfrenta hostilidade
extrema? A complexidade exige que ela descentralize a fim de entender o ambiente, ainda que a
hostilidade demande a velocidade e a coordenação de uma resposta centralizada. Forçada a fazer
uma escolha, a organização, presumivelmente, centraliza temporariamente o poder para
sobreviver. Isso a capacita a responder à crise, mesmo sem a devida consideração a sua
complexidade.
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Hipótese 13: As disparidades no ambiente encorajam a organização a descentralizar
seletivamente em constelações de trabalho diferenciadas. Nenhuma organização jamais existiu em
um ambiente uniformemente dinâmico, complexo, diversificado ou hostil em sua inteira amplitude O
que ocorre quando uma contigência não é dominante, quando disparidades ambientais requerem
respostas diferentes no design da estrutura. As disparidades ambientais encorajam a organização
a diferenciar sua estrutura, a criar áreas restritas – o que anteriormente denominamos
constelações de trabalho – para lidar com diferentes aspectos ambientes (subambientes diversos).
Cada constelação está localizada de acordo com o efeito de seu subambiente sobre a
organização – próxima ao topo se o efeito for global, mais abaixo dele se for local.
Um tipo de organização para cada um dos quatro ambientes. Quatro tipos básicos
emergem dessa discussão, mostrados na forma matricial seguinte:
Estável Dinâmico
Complexo Descentralizado Descentralizado
Burocrático Orgânico
(padronização das habilidades) (ajustamento mútuo)
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Os ambientes simples e estáveis dão origem às estruturas centralizadas e burocráticas o
tipo organizacional clássico que confia na padronização dos processos de trabalho (e no parâmetro
de design de formalização do comportamento) mediante a coordenação
Os ambientes estáveis e complexos levam a estruturas burocráticas, mas centralizadas, que
confiam na coordenação para padronização das habilidades. Em razão de seu trabalho ser
previsível, a organização pode padronizar; porque esse trabalho é de entendimento difícil, deve
descentralizar. O poder deve ser delegado aos profissionais altamente treinados do núcleo
operacional que tendem o trabalho complexo e rotineiro
Quando seu ambiente for dinâmico, embora simples, a organização requer a flexibilidade
da estrutura orgânica, mas seu poder pode permanecer centralizado e a supervisão direta torna-se
o principal mecanismo de coordenação.
Quando o ambiente dinâmico for complexo, a organização deve descentralizar as decisões
aos gerentes e especialistas que podem entender os problemas, permitindo-lhes integrar
flexivelmente em uma estrutura orgânica e, assim responder às mudanças imprevisíveis. O
ajustamento mútuo emerge como principal mecanismo de coordenação; sua utilização é
encorajada pelos instrumentos de religação.
A hostilidade extrema leva cada um dos quatro tipos a centralizar temporariamente sua
estrutura, não importando seu estado inicial de descentralização. (sem dúvida, dois tipos já eram
centralizados).
Todas essas condições assumem ambientes uniformes, ou pelo menos que podem ser
tratados como tais, em razão da prevalência de uma só característica.
Hipótese 14: Quanto maior o controle externo da organização, mais centralizada e formalizada sua
cultura. Os dois meios mais efetivos para controlar externamente uma organização são: (1) manter
seu tomador de decisão mais poderoso – seu executivo principal (CEO) – responsável por suas
ações e (2) impor padrões claramente definidos sobre ela, transformados em normas e
regulamentos. O primeiro centraliza a estrutura, o segundo a formaliza.
Além disso, o controle externo força a organização a ser especificamente cuidadosa sobre
suas ações. Em razão da necessidade de justificar seus comportamentos ao público externo, tende
a formalizá-los. A comunicação formal por escrito gera registros que podem ser reproduzidos
quando as decisões são questionadas. As normas asseguram tratamento justo a clientes e
funcionários. O controle externo também age no sentido de burocratizar a estrutura ao impor sobre
ela demandas mais amplas do que as usuais para a racionalidade.
Para concluir, a hipótese 14 indica que, quando duas organizações têm a mesma idade e
tamanho, utilizam o mesmo sistema técnico e operam no mesmo ambiente, a estrutura daquela
com maior controle externo – do governo, de uma organização principal, de sindicatos etc. – será
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mais centralizada e mais formalizada. A perda de autonomia não significa apenas a capitulação do
poder ao controle externo, mas também mudanças significativas, na estrutura da própria
organização, à burocratização do uso desse poder.
Hipótese 15: As necessidades de poder dos membros da organização tendem estruturas
excessivamente centralizadas. Tipicamente, todos os membros da organização procuram poder –
se não para controlar outros, pelos menos para controlar as decisões que afetam seu próprio
trabalho
Hipótese 16: A moda favorece a estrutura do dia (e a cultura), às vezes, mesmo quando
inapropriada. Provavelmente, parte do problema está nas publicações sobre negócios e nas
empresas de consultoria, ávidas para promover a próxima moda passageira. Paris tem seus salões
de alta costura; semelhantemente, New York tem seus escritórios de alta estrutura, as empresas de
consultoria que apresentam a última moda estrutural a seus clientes – planejamento a longo prazo,
sistemas de informações gerenciais, administração por objetivo, desenvolvimento organizacional.
A moda estrutural está em algum sentido, conectada à cultura A bibliografia também fornece
evidência para isso; por exemplo, de que certas sociedades européias – como a Alemanha –
aceitam mais a burocracia do que a norte-americana ou que a japonesa dá muito mais ênfase na
doutrinação do que a
maioria de outros povos.Para concluir nossa discussão sobre os fatores situacionais, observamos
que alguns deles tendem a afetar a estrutura em diferentes níveis, embora vários possam afetar o
mesmo parâmetro de design (como no caso da formalização do comportamento, que é afetado
pela idade, tamanho, sistema técnico, estabilidade ambiental e cultural). Os fatores da idade e
tamanho, embora significativos em todos os níveis, parecem mais pronunciados na estrutura
intermediária; é aí, ao criarem mudanças nos mecanismos de coordenação favorecidos, produzem
extensiva elaboração estrutural.
Está claro que o sistema técnico, abrigado no núcleo operacional, tem aí seu maior efeito.
Entretanto, há importantes efeitos seletivos em outros pontos da estrutura – por exemplo, nos
níveis intermediários que exigem assessoria de apoio extensiva quando a estrutura for sofisticada.
Perece que os fatores ambientais têm, exatamente, efeito oposto ao do sistema técnico. São os
gerentes e os especialistas de apoio próximos a cúpula estratégica que devem continuamente
operar nas fronteiras da organização, e que são os mais afetados pelas dimensões ambientais.
Essas dimensões também afetam a estrutura intermediária, embora tenmham apenas efeito
seletivo sobre o núcleo operacional, enquanto o restante d estrutura, de fato tenta isolar-se da
influência ambiental direta.
Finalmente os fatores de poder parecem atravessar todos os níveis a estrutura, mas
apqnas em base seletiva. Às vezes, o controle externo, as necessidades dos membros por poder, a
moda e a cultura modificam as estruturas que, de outro modo, resultariam apenas da consideração
dos fatores de idade, tamanho, sistema técnico e ambiente.
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Configuração Primeiro mecanismo Parte-chave da Tipo de
Estrutural De coordenação organização Descentralização
Estrutura simples Supervisão direta Cúpula estratégica Centralização vertical e
horizontal
Burocracia Padronização dos Tecnoestrutura Descentralização
mecanizada processos de trabalho horizontal limitada
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Em contraste, os membros do núcleo operacional procuram minimizar a influência dos
administradores – tanto gerentes quanto analistas – sobre seu trabalho. Isto é, promovem
descentralização horizontal e vertical. Quando são bem sucedidos, trabalham com relativa
autonomia, adotando qualquer coordenação que for necessária mediante a padronização das
habilidades. Assim, os operadores exercem força em direção ao profissionalismo – isto é, para a
adoção do treinamento externo que amplia suas habilidades. Na extensão em que as condições
favorecem essa força, a organização estrutura-se como Burocracia Profissional.
Os gerentes da linha intermediária também, procuram autonomia, mas devem obtê-la de
modo muito diferente – retirando poder da cúpula estratégica e, se necessário, do núcleo
operacional, para concentrá-lo em suas próprias unidades. Na verdade, favorecem a
descentralização vertical limitada como resultado, exercem uma força em direção á fragmentação
da estrutura, pulverizando o poder entre as unidades baseadas no mercado que podem controlar
suas próprias decisões, restringindo a
coordenação à padronização de seus outputs. Na extensão em que as condições favorecem essa
força, temos a Forma Divisionalizada.
Finalmente, a assessoria de apoio consegue a maior influência na organização, não
quando seus melhores membros são autônomos, mas quando sua colaboração é necessária para
a tomada de decisão, atribuível a sua experiência. Isso ocorre quando a organização é estruturada
em constelações de trabalho nas quais o poder é descentralizado seletivamente que são livres
para coordenar intra e entre si por ajustamento mútuo. Na extensão em que a coordenação
favoreça essa força em direção à colaboração, a organização adota a configuração de adhocracia.
Essas cinco configurações são o assunto das próximas discussões. A descrição de cada
uma delas atende a dois propósitos. Primeiro, possibilita-nos propor uma forma básica de categoria
as organizações – e as correspondências que temos observado dão-nos alguma confiança para
assegurar essa fundamentação. Segundo, ao possibilitar a reunião do material anteriormente visto,
as descrições servem como excelente meio de resumir e, mais importante, de sintetizar as
constatações apresentadas.
Ao descrever essas configurações, eliminamos a suposição de que os fatores situacionais
são as variáveis independentes, as que ditam a escolha dos parâmetros de design. Ao contrário,
adotaremos agora uma abordagem sistêmica, tratando as configurações dos parâmetros
contigenciais e situacionais como gestalts, conglomerados (clusters) de relacionamento fortemente
independentes.Não há variável dependente ou independente em um sistema; todas dependem das
demais.
Cada um dos próximos cinco assuntos descreve uma das configurações extraindo seu
material dos assuntos anteriores. Cada ponto começa com uma descrição, da estrutura básica da
configuração: como ela utiliza os mecanismo de coordenação e os parâmetros de design, além de
seu funcionamento – como a autoridade da, o material, as informações e os processos de decisão
fluem no decorrer de suas cinco partes. Isso pe acompanhado por uma discussão sobre as
condições da configuração - os fatores de idade, tamanho, sistema técnico, ambiente e poder
tipicamente associados a ela. (Todas essas conclusões estão resumidas na tabela 12.1)
Procuramos também identificar exemplos bem conhecidos de cada configuração e
observar alguns híbridos comuns que ela forma com outras configurações. Finalmente, cada parte
encerra com uma discussão de alguma das questões sociais mais importante associadas à
configuração.
Um último ponto antes de iniciarmos, às vezes precisamos caricaturar ou fazer um
estereótipo da realidade para destacar as diferenças e, assim, melhor entendê-la. Dessa forma, a
apresentação de cada configuração é exagerada para ficar mais clara, não para sugerir que todas
as organizações – de fato, qualquer organização – ajuste-se exatamente a determinada
configuração. Cada configuração é um tipo puro (o que Weber denominou tipo ideal), uma
combinação que, teoricamente, consiste nos parâmetros situacionais e no design. As cinco
configurações juntas podem ser imaginadas como limitando um polígono no qual a organização
real pode ser encontrada.
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ESTRUTURA SIMPLES
Consiste numa estrutura enxuta, centralizada, orgânica, ou seja, a organização que a
utiliza tem pequena ou nenhuma estrutura, poucos assessores de apoio, divisão do trabalho não
rigorosa, diferenciação mínima entre suas unidades e pequena hierarquia gerencial. Pouco de seu
comportamento é formalizado e faz uso mínimo de planejamento, treinamento e de instrumentos
de religação.
A coordenação de uma Estrutura Simples é largamente efetivada por supervisão direta,
especificamente o poder sobre todas as decisões importantes tende a estar centralizado nas mãos
do executivo principal (CEO). Assim, a cúpula estratégica emerge como parte-chave da estrutura;
de fato, a estrutura consiste freqüentemente em pouco mais de uma cúpula estratégica de uma
pessoa e de um núcleo operacional orgânico.
As condições da Estrutura Simples tende a ser, ao mesmo tempo, simples (porque um
único indivíduo é que detém o controle da tomada de decisão) e dinâmico (porque a situação futura
não pode ser prevista e a organização não pode efetuar a coordenação por padronização). A nova
organização tende a adotar a Estrutura Simples, não importa qual seja seu ambiente, porque não
houve tempo para elaborar sua estrutura administrativa. Ela é forçada a confiar na liderança para
fazer com que as coisas aconteçam. Assim, podemos concluir que a maioria das organizações
passa pela Estrutura Simples em seus anos de formação.
A empresa empreendedora é a melhor ilustração global da Estrutura Simples, combinando
quase todas as suas características. Geralmente, a empresa é pequena para que possa
permanecer orgânica e o empreendedor possa reter controle rigoroso. Freqüentemente, é também
jovem, em parte porque o grau de atrito entre as empresas empreendedoras é alto, em parte
porque as que sobrevivem tendem a adotar uma configuração mais burocrática à medida que
envelhecem.
O empreendedor tende a ser autocrático e, às vezes, também carismático; tipicamente,
fundou sua própria empresa, porque não pôde tolerar os controles impostos sobre si pelas
burocracias em que trabalhou. No interior da organização, tudo gira ao redor do empreendedor.
Suas metas são as da organização, a estratégia da organização é a sua visão de como ela está
posicionada no mundo. A maioria dos empreendedores detesta procedimentos burocráticos – e as
tecno-estruturas decorrentes - como imposições a sua flexibilidade. Assim, suas manobras
imprevisíveis mantêm estruturas enxutas, flexíveis e orgânicas.
A Estrutura Simples também tem os seus problemas, pois é a mais arriscada das
configurações, uma vez que depende da saúde e dos caprichos de um indivíduo. Entretanto, por
não ter uma administração bem desenvolvida, a Estrutura Simples passa a ser um problema em
razão de suas condições limitadas. Sua situação orgânica impede-a de fornecer os produtos ou
serviços padronizados exigidos por um ambiente estabilizado ou por uma organização de porte
maior.
BUROCRACIA MECANIZADA
Um correio nacional, um órgão de segurança, uma empresa automobilística gigantesca:
todas essas organizações parecem ter várias características estruturais em comum. Acima de tudo,
seus trabalhos são altamente padronizados. Essas características dão origem às Burocracias
Mecanizadas de nossa sociedade, estruturas bem definidas para operar como máquinas reguladas
e integradas.
Núcleo Operacional - Uma configuração clara dos parâmetros de design tem-se
consistentemente mantido na pesquisa: tarefas operacionais rotineiras e altamente especializadas;
procedimentos no núcleo operacional; proliferação de normas, regulamentos e comunicação
formalizada em toda a organização; grandes unidades no nível operacional; confiança na base
funcional para agrupamento das tarefas.O ponto de partida óbvio é o núcleo operacional, com seu
fluxo de trabalho altamente racionalizado. Como resultado, as tarefas operacionais são simples e
repetitivas, e geralmente exigem habilidade mínima e pouco treinamento freqüentemente apenas
horas, raramente mais de algumas semanas, e geralmente na própria empresa. Isso leva a um
aclara divisão do trabalho no núcleo operacional a tarefas estreitamente definidas, especializadas
tanto vertical quanto horizontalmente e a ênfase na padronização dos processos de trabalho por
meio da coordenação.
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A regulação rigorosa do trabalho operacional sem dúvida, o confinamento do núcleo
operacional para evitar influências ambientais perturbadoras - requer que a estrutura administrativa
seja altamente elaborada.Componente Administrativo Embora a padronização se encarregue da
maioria das interdependências operacionais, ambigüidades inevitavelmente permanecem e origem
de conflitos.Esses não podem ser facilmente tratados por ajustamento mútuo entre os operadores,
uma vez que a comunicação informal é inibida pela padronização extensiva. Assim, tendem a ser
tratado por supervisão direta pelas ordens de gerente da primeira linha. Em razão de esses
conflitos surgirem entre operadores que trabalham lado a lado no fluxo do trabalho, a tendência
natural é submetê-los à supervisão comum em outras palavras, agrupamos operadores em
unidades que lidam com partes distintas do fluxo do trabalho que resulta na base funcional
espalha-se hierarquia acima, dos departamentos de produção e manutenção, que confiam no
gerente da fábrica para a solução de muitos de seus conflitos, aos vice-presidentes de manufatura
e marketing, que, freqüentemente, esperam o mesmo do presidente da empresa.
Em razão de a burocracia Mecanizada depender principalmente da padronização de seus
processos de trabalho operacionais por meio da coordenação, a coordenação, a tecnoestrutura
que abriga os analistas que fazem a padronização – emerge como parte chave da estrutura.
Cúpula Estratégica
Os dirigentes estão preocupados, com o melhor ajustamento das suas máquinas
burocrática em busca constante por meios eficientes de produzir determinados OUTPUTS. São
eles também os responsáveis por sanar os conflitos.
A cúpula estratégica concentra um alto poder na burocracia mecanizada, por ter ela a alta
administração centralizada com poderes na dimensão vertical e descentralizada, porém com
extensão limitada, na divisão horizontal.
Elaboração Estratégica
Todo o poder está focado na cúpula estratégica que é a responsável pela a elaboração das
atividades de cima para baixo, que são estudadas e conforme são elaboradas estas são
transmitidas via cadeia hierárquica para implementação dos programas e posteriormente os planos
de ação.
Existem duas principais características a serem observadas:
1 – Todas as decisões da organização devem estar vinculadas a um sistema
rigorosamente integrado. Ficando as exceções para serem tratadas no nível em que seu efeito ficar
restrito a uma única unidade e finalmente na cúpula estratégica se interferirem em outras funções
importantes.
32
2 - Segunda, única para essa estrutura é a nítida dicotomia entre formulação e
implementação da estratégia. Isto é a cúpula estratégica formula e a linha intermediaria e o núcleo
operacional implementa pelos meios teoricamente.
Alguns problemas associados à burocracia mecanizada
Nenhuma estrutura tem despertado mais debates acirrados do que a burocracia
mecanizada. Um de seus mais eminentes estudiosos assim observou: Por um lado, a maioria dos
autores considera a organização burocrática como incorporação da racionalidade do mundo
moderno e, como tal, é intrinsecamente superior a todas as outras formas possíveis de
organização. Por outro lado, muitos desses autores freqüentemente os mesmos a consideram um
tipo de levitã que prepara a escravidão da raça humana.
Sem duvida, Weber enfatizou a racionalidade dessa estrutura, de fato a palavra máquina
vem diretamente de seus escritos.
Uma máquina é certamente precisa, confiável, de fácil controle e eficiente pelo menos
quando restrita ao trabalho que foi destinada a executar. Essas são as razões que levam muitas
organizações a ser estruturada como Burocracias Mecanizadas.
Quando um conjunto integrado de tarefas simples repetitivas deve ser precisa e
consistentemente desempenhado por seres humanos, a Burocracia Mecanizada é a estrutura mais
eficiente de fato, a única conceptível.
33
Os elaboradores estratagemas, as pilhas de papel e a burocracia, os escalões sobre escalões de
supervisão e o crescimento luxuoso da assessoria - todos são evidência da dificuldade de controlar
as organizações humanas em termos dos princípios mecanicistas.
É uma ironia da Burocracia mecanizada que, para atingir o controle necessário, a
especialização reduzida de seu núcleo operacional deve ser espelhada em sua estrutura
administrativa. “Pela extensa re-divisão do trabalho entre trabalhadores e gerentes, Taylor
aumentou a carga da administração, tornando essencial uma considerável divisão do trabalho
entre os gerentes”. Essa divisão do trabalho administrativo leva a uma reduzida orientação
funcional.
Para conciliar os problemas de coordenação que surgem em seu centro administrativo, a
burocracia mecanizada fica apenas como um mecanismo de coordenação, a supervisão direta. No
mesmo grau em que os problemas humanos no núcleo operacional tornam-se problemas de
coordenação no centro administrativo, também os problemas de coordenação no centro
administrativo tornam-se problemas de adaptação na cúpula estratégica.
BUROCRACIA PROFISSIONAL
As organizações tornam-se um mecanismo de coordenação que permite, ao mesmo
tempo, a padronização e a descentralização - a saber, a padronização das habilidades. Com isso
iniciaremos o conceito de Burocracia Profissional comum em universidades, hospitais gerais,
sistemas escolares, empresas de auditoria, órgãos de trabalho social e empresas de produção
artesanal. Definimos Burocracia Profissional como uma coordenação da padronização das
habilidades e em seus parâmetros de design associados, o treinamento e a doutrinação. São
contratado profissional especializado e devidamente treinados para conhecimento profissional
conseqüentemente concedendo-lhe o controle de seu próprio trabalho. O profissional age
independentemente de seus colegas, com autonomia para exercer suas atividades.
Treinamentos e doutrinação são dois assuntos complicados na Burocracia Profissional.
Tipicamente, o treinamento inicial demora anos em uma universidade ou instituição especializada.
Aqui, as habilidades e o conhecimento da profissão são formalmente programados no que deve ser
o profissional. O treinamento no trabalho também completa o processo de doutrinação, que se
inicia durante o ensino formal. Uma vez esse processo concluído, a associação profissional
examina o traineer para determinar se ele possui o conhecimento, as habilidades e as normas
exigidas para entrar na profissão. Isso não quer dizer que o profissional e examinado pela última
vez na vida e que é declarado totalmente capaz.
Natureza da Burocracia
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Estrutura dessas organizações é,essencialmente, burocratizada, sua coordenação – como
a da Burocracia Mecanizada – é atingida pelo design, pelos padrões que predeterminam o que
deve ser feito.
Na Burocracia Mecanizada - baseia-se na autoridade de natureza hierárquica – o poder do
cargo;
Na Burocracia Profissional – enfatiza a autoridade de natureza profissional e o poder do
conhecimento especializado (expertise).
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Condições da Burocracia Profissional
Essa terceira configuração aparece sempre que o núcleo operacional de uma organização
é dominado por trabalhadores habilitados – profissionais – que utilizam procedimentos difíceis de
aprender, embora bem definidos. Isso significa um ambiente complexo e estável – suficientemente
complexo para exigir o uso de procedimentos difíceis que podem ser aprendidos apenas em
programas extensivos de treinamento formal, embora estáveis o suficiente para que essas
habilidades se tornem bem-definidas – na verdade padronizadas. Assim, o ambiente é o principal
fator situacional na utilização da Burocracia Profissional.
O sistema técnico é um importante fator situacional apenas pelo que ele destoa da
Burocracia Profissional – não é nem altamente regulado e sofisticado ou automatizado.
Na Burocracia Profissional pura, a tecnologia da organização – sua base de conhecimento
– é sofisticada, mas seu sistema técnico – o conjunto de instrumentos que utiliza para aplicar essa
base de conhecimento – não é sofisticado.
A Burocracia Profissional é uma estrutura altamente sujeita ao modismo.
Alguns Problemas Associados à Burocracia Profissional
A Burocracia Profissional é única entre as cinco configurações que responde as duas das
necessidades supremas de homens e mulheres contemporâneos. É democrática ao disseminar o
poder diretamente a seus trabalhadores (pelo menos aos profissionais). Dá-lhes ampla autonomia
e libera-os da necessidade de coordenar o trabalho de seus colegas e de todas as pressões e
políticas existentes. Além disso, a autonomia permite aos profissionais aperfeiçoarem suas
habilidades, livres de interferência.
Problemas de Coordenação
Pode haver coordenação eficaz no núcleo operacional da Burocracia Profissional apenas
pela padronização das habilidades. A supervisão direta e o ajustamento mútuo são resistidos por
infringirem a autonomia do profissional, seja pelos administradores ou pelos colegas. A
padronização dos processos de trabalho e dos outputs é ineficaz para as tarefas complexas com
output mal definido. Entretanto, a padronização das habilidades é, na melhor situação, um
mecanismo de coordenação livre, que deixa de suprir muitas das necessidades que surgem na
Burocracia Profissional.
Talvez os problemas de coordenação entre os próprios profissionais sejam mais severos.
Diferentes das Burocracias Mecanizadas, as Burocracias Profissionais não são entidades
integradas. São grupos de indivíduos que trabalham com recursos e serviços de apoio comuns,
mas que não desejam qualquer interferência no que fazem. À medida que o processo de
categorização funciona eficazmente, podem agir desse modo. Entretanto, esse processo nunca
pode ser tão bom que as necessidades dos clientes não caiam na vala dos programas
padronizados. O mundo é um sistema de entrelaçamento contínuo. Dividi-lo em fatias, embora
necessário para o compreender, inevitavelmente o distorce
(admitidamente, este livro não é exceção). As necessidades que ficam à margem ou sobrepostas
em duas categorias tendem a ser forçadas – artificialmente – a ficar em uma ou outra.
Problemas de Autonomia
O profissional inescrupuloso é de maior preocupação-o que recusa atualizar suas
habilidades após a graduação, que está mais preocupado com o lucro do que com os clientes, ou
que fica tão apaixonado por suas habilidades que se esquece das reais necessidades de seus
clientes.
Este último caso representa uma inversão dos meios pelos fins, comum nas Burocracias
Profissionais e diferente do encontrado nas Burocracias Mecanizadas, embora igualmente sério.
Nesse caso, o profissional confunde as necessidades de seus clientes com as habilidades que
possui para lhes oferecer. Simplesmente, concentra-se no programa que favorece as expensas de
todos os outros – talvez porque o executa melhor ou, simplesmente, porque gosta mais. Isso não
representa um problema, contanto que lhe sejam encaminhados apenas que todos os clientes que
necessitam do programa favorecido.Todavia, haverá problemas se todos os clientes o procurarem.
Assim, temos psiquiatras que pensam que todos os pacientes (de fato, todas as pessoas)
necessitam de psicanálise: empresas de consultoria preparadas para elaborar o mesmo sistema de
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planejamento para todos os seus clientes, não importam quão dinâmicos sejam seus ambientes:
professores que utilizam o método de conferência seja para 500 ou cinco alunos: assistentes
sociais que sentem compulsão por revestir as pessoas de poder, mesmo quando elas não
desejam.
Problemas de Inovação
Nessas estruturas, a grande inovação também depende da cooperação. Os programas
existentes podem ser aperfeiçoados por especialistas individuais, embora os novos programas,
geralmente, vão além das especializações existentes – na verdade, exigem um rearranjo das
categorizações – e, portanto, requerem esforços interdisciplinares. Como resultado, a relutância
dos profissionais em trabalhar cooperativamente transforma-se em problemas de inovação.
Respostas Disfuncionais
Que respostas os problemas de coordenação, autonomia e inovação evocam? Mas
comumente, as pessoas fora da profissão -clientes, administradores não profissionais, membros da
sociedade ampla e seus representantes governamentais – vêem os problemas como resultado da
falta de controle externo do profissional e de sua entidade de classe. Portanto, fazem o
óbvio:tentam controlar o trabalho com um dos outros mecanismos de coordenação.
Especificamente, tentam utilizar a supervisão direta, a padronização dos processos de trabalho ou
a padronização dos outputs.
O fato é que o trabalho complexo não pode ser eficazmente desempenhado, a menos que
esteja sob o controle do operador que o executa.
Os controles também impedem o delicado relacionamento entre o profissional e seu
cliente, relacionamento esse atribuído ao livre contato pessoal entre ambos.
Além disso, o incentivo para a perfeição, mesmo para a inovação – fraca na maioria das
vezes na Burocracia Profissional – pode ser reduzido por controles externos.
FORMA DIVISIONALIZADA
Conforme o autor a forma divisionalizada é uma organização integrada em unidades de
linhas intermediárias que são utilizadas amplamente pelas empresas do setor privado da economia
industrializada. As unidades são denominadas de divisões e administradas por escritório central.
Nessa situação o fluxo do poder é de cima para baixo, ou seja, verticalizado. Podemos cita
como exemplo as empresas estatais onde elas são as divisões enquanto o Governo é o escritório
central.
Deste modo a forma divisionalizada foca o relacionamento entre o escritório central e as
divisões.
As divisões são criadas de acordo com o mercado a que atendem. A forma divisionalizada
apresenta um modelo descentralizado mais de variedade vertical limitado e paralela através de um
sistema de controle de desempenho, onde o escritório central permite amplo autonomia para que
as divisões tomem suas próprias decisões, mais monitorando os resultados.
Nos poderes das divisões e do escritório central. O autor descreve a estrutura de forma
nítida da divisão do trabalho entre o escritório central e as divisões. A comunicação é feita de forma
largamente formal, restrita a transmissão de desempenho hierárquico. Desta forma esta estrutura
tende a incentivar decisões interdivisionais, podendo as divisões decidir seus negócios, criando
estratégias sobre sua responsabilidade.
O escritório central fica com a responsabilidade de substituir e contratar os gerentes das
divisões, monitoria e comportamento, fornecendo serviços de apoio as divisões.
A organização que atua em apenas um mercado integrado não pode simplesmente dividir-
se em divisões autônomas.
As pesquisas demonstram a difusão da divisionalização como resposta direta à
diversificação de produto. A estrutura acompanha a estratégia.
Aqui temos um excelente exemplo disso. Chandler argumentou que a estrutura
acompanha a estratégia, que a divisionalização estrutural é resultado da diversificação estratégica.
A estrutura e a “escola” interna facilitou a exploração rápida e lucrativa de novas idéias, um
elemento chave para as estratégias de crescimento das empresas.
Vamos discutir três tipos de diversificação
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Existem três tipos de diversidade de mercado: produto, serviços e região.
A estrutura passa a ser orientada para a burocracia mecanizada integrada, mas com uma
diferença: suas operações são divididas em unidades distintas baseadas no mercado.
Entretanto, mercados dispersos, associados a autos custos de transportes ou produtos
perecíveis, encorajam a organização a replicar suas instalações de produção em diferentes
regiões.
Ambiente
A competição é outra variável sugerida como determinante ambiental da forma
divisionalizada. Em particular, Franko (1974), concluiu com um estudo sobre multinacionais que a
ausência de competição pode retardar a adaptação de forma divisionalizada, não obstante a
diversificação de produtos.
A mudança estrutural sempre retarda a mudança situacional e esse atraso é influenciado
pelas pressões a eficiência
Idade e Tamanho
Encontram-se maiores oportunidades de crescimento no exterior. Assim diversificou para
depois divisionalizarem. Além disso como anteriormente observada, a divisionalização cria um
grupo de gerentes gerais agressivos que buscam maior diversificação e crescimento.
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independente; dilui seus riscos, más também dilui as conseqüências desses riscos; protege
operações vulneráveis durante recessões econômicas, incluindo algumas que, posteriormente,
mostram que não valeu a pena serem protegidas; seus sistemas de controle encorajam a melhoria
continua do desempenho financeiro, todavia desencorajam a verdadeira inovação empreendedora;
seu escritório central faz um melhor trabalho de monitoramento do desempenho do negocio do que
o conselho diretor da corporação amplamente dirigida, mas sua inerente diversificação é uma das
causas de as corporações serem amplamente dirigidas e de os conselhos serem mal informados; e
na analise final, a divisionalização pode fazer pouco mais do que um conselho de diretores para
corrigir os problemas fundamentais de um negocio - definitivamente, ambos não tem outra opção a
não ser mudar a administração.
Globalmente, a forma divisionalizada pura(isto é, a forma de conglomerado) pode oferecer
algumas vantagens sobre um sistema fraco de conselhos de diretores e de mercados de capitais
ineficientes; mas a maioria dessas vantagens, provavelmente desapareceria se certos problemas
dos mercados de capitais e conselhos fossem reformulados.
Desempenho social do sistema de controle de desempenho
O sistema de controle de desempenho da forma divisionalizada é um de seus parâmetros
fundamentais de design e a principal fonte de sua eficiência econômica, todavia esse sistema
também produz uma de suas conseqüências sociais mais sérias.
A forma divisionalizada requer que o escritório central controle as divisões, principalmente
por algum critério de desempenho quantitativo sendo o controle financeiro um dos mais adotados.
O problema é que essas medidas de desempenho tornam-se obsessões virtuais.
O sistema de relatórios financeiros pode realmente inibir a responsabilidade social. Ao
focar o desempenho econômico, mesmo com salvaguardas apropriados para se proteger do
sacrifício de benefícios a longo prazo, tal sistema direciona energia e recursos para atingir
resultados mensurados em termos financeiros.
Os dirigentes do escritório central, envolvidos em relações públicas e responsabilidade de
coordenação, são tentados a intervir diretamente nas respostas das divisões sobre as novas
questões sociais.
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que acreditam nas metas sociais a ser perseguidas e depois, estabelecer o mecanismo para algum
tipo de revisão pessoal periódica de seu progresso (na verdade, exigindo a criação de algum tipo
de conselho de diretores independentes).
A forma divisionalizada pura (conglomerada) emerge como uma configuração
simbolicamente situada à beira do abismo, no final de uma extenso caminho.
ADHOCRACIA
Períodos de intensa concorrência como os atuais, estão fazendo com que as organizações
passem por constantes processos de inovação. Muitas empresas já percebem que para inovar é
preciso lançar-se mais no mercado, ter plena segurança em seus profissionais e minimizar as
formalidades. Mas, para essa inovação acontecer, faz-se necessário entender que inovar é entrar
em ruptura com as tradicionais rotinas estabelecidas. A organização inovadora não pode apoiar-se
em nenhuma forma padronizada para coordenar as suas atividades.
A Adhocracia é a estrutura que melhor se adequa a inovação, pois de todas as
configurações estruturais, ela é a que respeita menos os princípios clássicos de gestão, e
especialmente a unidade de comando. Segundo Henry Mintzberg:
“Na Adhocracia, temos uma quinta configuração distinta: uma estrutura altamente orgânica,
com pouca formalização do comportamento; sua especialização do trabalho é altamente
horizontalizada, baseada em treinamento formal; tendência a agrupar especialistas das unidades
funcionais para propósitos de organização interna divididos em pequenas equipes e projeto,
baseadas no mercado, que visam à execução de um trabalho específico; confia nos instrumentos
de interligação para encorajar o ajustamento mútuo, mecanismo chave de coordenação interna e
entre as equipes; e adota a descentralização seletiva das equipes localizadas em vários pontos da
organização, envolvendo vários grupos formados por gerentes de linha, especialistas operacionais
e assessores”.
Por ser uma estrutura inversa a Estrutura Burocrática, a Adhocracia possui equipes
temporárias de trabalho, autoridade descentralizada poucas regras e regulamentos. Seu objetivo é
o de atingir resultados no prazo determinado, sem permitir que “nada” atrapalhe o cumprimento da
tarefa. Teve sua origem na Segunda Guerra Mundial, quando alguns exércitos estabeleceram
como estratégia a criação de forças-tarefas visando melhorar o desempenho de seus batalhões,
estes grupos de militares foram denominados de equipes “ad hoc” (aqui e agora), desta forma as
equipes poderiam ser formadas e dispersas quando necessário.
Entre as principais características da adhocracia estão: estrutura muito orgânica, com
pouca formalização do comportamento, grande especialização horizontal do trabalho baseada na
formação, equipe-tarefa temporária, autoridade descentralizada e menor número de regras.
Segundo Mintzberg (1995), esse tipo de estrutura tem tendência para agrupar especialistas em
unidades funcionais formando equipes multidisciplinares. Em resumo, as equipes ad-hoc, são
constituídas somente quando há necessidade, e em seguida são dissolvidas. Elas são temporárias,
cooperam entre si, e a quantidade de equipes varia conforme a necessidade da organização. Seus
integrantes são relativamente auto-administrados e criativos, capazes de uma aprendizagem
rápida.
A componente administrativa de uma Adhocracia aparece como uma massa orgânica de
quadros hierárquicos e de expertise funcionais que trabalham em conjunto, em um âmbito de
relações que mudam constantemente. O poder de decisão é distribuído entre os gestores e não-
gestores em todos os níveis da hierarquia, em função da natureza das decisões a tomar.
Em uma organização podem existir dois tipos de Adhocracias: a Administrativa e a
Operacional. A Administrativa empreende projetos para servir a si própria, separando distintamente
a sua componente administrativa do seu centro operacional é o caso das empresas petrolíferas
que adotam parcialmente a configuração da Adhocracia Administrativa, em razão da sua alta
automação. A Operacional empreende projetos para satisfazer seus clientes, esse tipo de
Adhocracia é uma alternativa viável quando se requer inovação e flexibilidade e quando as tarefas
são técnicas, complexas ou não-programáveis, no caso das consultorias, empresas de propaganda
etc.
O controle do processo de formulação estratégica na Adhocracia não está claramente
definido, se na cúpula estratégica ou em qualquer outro ponto da organização. Seu Planejamento
funciona a curto prazo envolvendo apenas situações rotineiras e previsíveis. Seus controles são
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genéricos, acentuando e reforçando o autocontrole. Sua direção é participativa e democrática,
centrada na pessoa e na tarefa com uma supervisão genérica e ampla.
As suas principais vantagens são a ampliação da responsabilidade dos participantes; a
ampliação do grau de conhecimento das tarefas; o alto grau de versatilidade e adaptabilidade, com
abertura para mudanças; a ampliação do envolvimento da equipe; a possibilidade de melhor
atendimento às necessidades e aos desejos dos clientes; a maximização do cumprimento dos
prazos; o planejamento dos investimentos dos recursos e a garantia da sua aplicação dentro dos
limites estabelecidos.
Como desvantagens associadas à Adhocracia, podemos citar que não existem limitadores,
ou seja, o céu é o limite e os resultados podem ser tanto maravilhosos como desastrosos. Não há
planejamento formal em longo prazo nem documentação do que é feito, simplesmente corre-se
atrás dos resultados de modo desenfreado e impulsivo. Sua formulação estratégica não está
claramente definida, se na cúpula estratégica ou em qualquer outro ponto da organização. A junção
de diferentes áreas de conhecimento traz conflitos de personalidade e liderança. Não há um líder
definitivo, pois cada etapa da solução pode necessitar "liderança" pela necessidade daquela etapa,
gerando desconforto devido á mudança de comando. A natureza temporária de sua atividade faz
com que a organização, com freqüência, “arrume trabalho” para as pessoas removidas após a
conclusão de um projeto.
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AS CONFIGURAÇÕES COMO UM CONJUNTO DE IMPLUSOS BÁSICOS DA ORGANIZAÇÃO
Repetindo uma afirmação anterior, as configurações representam um conjunto de cinco
forças que impulsionam a organização em cinco direções diferentes. Esses impulsos são
mostrados no petágono e listados a seguir:
1− O primeiro é o impulso exercido pela cúpula estratégica em favor da centralização, da
coordenação por supervisão direta e, assim, para estruturar a organização como uma estrutura
simples.
2− O segundo é o impulso exercido pela tecnoestrutura em favor da coordenação pela
padronização
3− O terceiro é o impulso exercido pelos operadores em favor da profissionalização, da
coordenação pela padronização das habilidades para maximizar sua autonomia e, assim, para
estruturar a organização como uma burocracia profissional.
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4− O quarto é o impulso exercido pelos gerentes intermediários em favor da fragmentação, da
autonomia para dirigirem suas próprias unidades, com a coordenação restrita pela
padronização dos outputs, e, assim, para estruturar a organização como uma forma
divisionalizada.
5− Quinto é o impulso exercido pela assessoria de apoio (e também pelos operadores na
adhocracia operacional) em direção à colaboradores (e inovação) na tomada de decisão, à
coordenação por ajustamento mútuo e, assim, para estruturar a organização como uma
adhocracia.
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Até aqui, falamos da estrutura híbrida apenas como uma combinação em toda a organização
dos parâmetros de design de diferentes configurações. Contudo, há também outro tipo de estrutura
híbrida, ou seja, a que utiliza diferentes configurações em partes diferentes da organização. Dessa
forma, pode haver consistência na estrutura de cada parte, se não em toda a organização. Um
exemplo é a empresa jornalística, com sua função editorial estruturada como uma adhocracia e
sua função de impressão estruturada como uma burocracia mecanizada.
Essa noção de diferente estrutura sem partes diferentes da organização é inconsistente
com o tema tratado nos cinco pontos precedente, de que todas as organizações podem ser
descritas em termos de configurações únicas? Não necessariamente. Há forças que levam muitas
grandes organizações a favorecerem uma configuração global. Contudo, nessas configurações, há
sempre forças que favorecem diferentes estruturas em locais diferentes.
Novamente concluímos enfatizando que as cinco configurações são destinadas a ser
tratadas não como sistemas mutuamente exclusivos, mas como um modelo de referência integrada
ou uma teoria – um pentágono – para nos orientar na tentativa de entender e desenhar as
organizações complexas do mundo real.
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Dessas características básicas originam-se, virtualmente, todas as outras características
da estrutura missionária pura. Nesta há uma divisão do trabalho não rigorosa, com a rotação de
tarefas em lugar da especialização por tarefa e distinção mínima ou inexistente entre gerente e
operador ou entre linha e assessoria. A organização atinge a forma mais pura de descentralização,
sem qualquer grupo privilegiado (tornando-a a configuração mais próxima da democracia ideal,
embora a liderança forte e carismática – a Estrutura simples – precisa-se existir como precondição
para criar a ideologia pela primeira vez). O agrupamento está na base do mercado (isto é, a
missão) em uma unidade relativamente pequena. A organização deve crescer e tenderá a se dividir
em pequenas unidades (ou grupos minoritários), todas autônomas, exceto na participação da
ideologia comum. Isso ocorre porque o contato pessoal é a única forma de manter a ideologia forte.
Independentemente dessas características estruturais, faltam a estrutura Missionária
outras características, a saber: quase nenhuma supervisão direta ou padronização do trabalho, dos
outputs ou da habilidades, possibilitando hierarquia mínima, nenhuma tecnoestrutura, linha
intermediária escassa e ausência virtual de formalização, treinamento externo, planejamento de
ações e controle de desempenho. Qualquer ajustamento mútuo que for necessário para reforçar a
padronização das normas pode ser informalmente atingido, com pouca necessidade de
instrumentos de interligação semiformais. Em outras palavras, temos aqui uma configuração dos
parâmetros de design (e dos fatores situacionais) não menos consistente do que qualquer uma das
outras – e no sentido literal, bem mais harmoniosa.
Obviamente, podemos encontrar algo próximo à configuração Missionária pura nas
organizações voluntárias com fortes sistema de crenças – partidos políticos tradicionais, grupos,
como os alcoólicos anônimos, e assim por diante. Entretanto, as características da configuração
Missionária aparecem também em organizações mas convencionais, quando desenvolvem suas
próprias ideologias poderosas e exclusivas – como na universidade altamente idealista de cidades
pequenas ou na empresa manufatureira cujos funcionários acreditam profundamente em seus
produtos cuidadosamente elaborados e únicos.
De fato, o interesse atual na organização da empresa japonesa concentra-se em suas
características missionárias, que mostram nítido contraste com as burocracias Missionárias
ocidentais. Essas burocracias ocidentais nunca tiveram uma era Missionárias em que essa
configuração estivesse em moda. Talvez nossos descendentes, dos desejo de escapar da
instabilidade e dos relacionamentos interpessoais em sua era pós-adhocrática, retornarão
crescentemente para ideologia e a configuração Missionária na estruturação de suas organizações.
Uma última consideração: por que introduzir uma sexta configuração nessa fase de nossa
discussão? Em seu próprio interesse, para você estar seguro, desde que isso seja importante na
estruturação eficaz das organizações, e parece que vai ser cada vez mais dessa forma.
Assim, oferecemos uma hipótese final da eficácia organizacional que, embora compatível
com as exigências das outras por congruência e consistência, as transcende. Denominando ela de
hipótese de criação: às vezes, uma estruturação eficaz requer a criação de ma nova configuração,
uma combinação original, embora consiste, dos parâmetros de design e dos fatores situacionais.
Nem todas as organizações podem criar uma forma estrutural totalmente nova. Algumas, porém,
para serem verdadeiramente eficazes, devem. É por isso que as organizações que possuem a
verdadeira magia pensam além das cinco configurações.
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