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BIOTECNOLOGIA, TRANSGÊNICOS E
BIOSSEGURANÇA
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Embrapa Cerrados
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
BIOTECNOLOGIA, TRANSGÊNICOS E
BIOSSEGURANÇA
Editores Técnicos
Fábio Gelape Faleiro
Solange Rocha Monteiro de Andrade
Embrapa Cerrados
Planaltina, DF
2009
Exemplares desta publicação podem ser adquiridos na:
Embrapa Cerrados
BR 020, Km 18, Rodovia Brasília/Fortaleza
Caixa Postal 08223
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sac@cpac.embrapa.br
MARIANGELA HUNGRIA
Engenheira Agrônoma, Ph.D.
Pesquisadora da Embrapa Soja
hungria@cnpso.embrapa.br
Capítulo 1
Biotecnologia e Transgênicos ............................................................... 15
Capítulo 2
Engenharia Genética - Estado da Arte .................................................. 31
Capítulo 3
Breve Histórico da Biossegurança dos Transgênicos .......................... 49
Capítulo 4
A Biossegurança Ambiental .................................................................. 61
Capítulo 5
Biossegurança Alimentar ....................................................................... 77
Capítulo 6
Aspectos Legais da Pesquisa com Transgênicos no Brasil ................. 89
Capítulo 7
A Rede de Biossegurança da Embrapa .............................................. 109
Capítulo 8
As Plantas Transgênicas e a Microbiota do Solo ................................ 119
Capítulo 9
A Importância da Avaliação da Fixação Biológica do Nitrogênio em Soja
Capítulo 10
O Programa de Melhoramento de Soja Transgênica para o
BIOTECNOLOGIA E TRANSGÊNICOS
FÁBIO GELAPE FALEIRO
SOLANGE ROCHA MONTEIRO DE ANDRADE
BIOTECNOLOGIA E TRANSGÊNICOS
18 BIOTECNOLOGIA E TRANSGÊNICOS
uso de microrganismos visando à das plantas; o desenvolvimento de
biodegradação de lixo e do esgoto; plantas e animais melhorados por
o uso de bactérias fixadoras de meio de técnicas convencionais de
nitrogênio e fungos micorrízicos melhoramento genético e também a
para a melhoria de produtividade transformação genética.
a b
c d
Melhoramento
Clonagem
genético
Biotecnologia
Análises do
Produção DNA
das vacinas
Controle Transformação
biológico genética
Uso de
microrganismos
na agricultura
Plantas e animais
melhorados Multiplicação de
geneticamente recursos genéticos
Biotecnologia
Vacinas para o Testes de
homem e animais paternidade
dométicos
Plantas e animais
Biocidas transgênicos
Bactérias fixadoras
de nitrogênio e fungos
micorrízicos
Fig. 5. Principais
P i i i produtos
d t dad biotecnologia.
bi t l i
20 BIOTECNOLOGIA E TRANSGÊNICOS
A transformação genética, como rompida pela transformação genética,
uma das técnicas da biotecnologia abrindo novas possibilidades para o
moderna, é definida como sendo melhoramento genético. Mediante a
a introdução controlada de ácidos transformação, é possível transferir,
nucléicos (genes) em um genoma para as plantas, genes isolados de
receptor por meio da tecnologia plantas de outras espécies ou mesmo
do DNA recombinante. O DNA é o de microrganismos e de animais, o
constituinte celular que contém a que pode trazer vantagens para a
informação genética responsável por agricultura, meio ambiente, medicina
todas as características (fenótipo) e também para a pesquisa básica
de determinado organismo, sendo a no estudo da informação genética.
base do dogma central da biologia A transformação genética amplia
molecular (Fig. 6). consideravelmente a disponibilidade
de genes desejáveis e diminui o
A informação genética do tempo gasto para obtenção das
DNA é herdada dos parentais plantas melhoradas. A importância
depois do cruzamento entre e os avanços das pesquisas com os
eles. Os melhoristas de plantas transgênicos e a engenharia genética
e de animais utilizam-se dessa é o tema central do Capítulo 2.
capacidade de cruzamento para
gerar novos organismos com Diferentes técnicas de
características fenotípicas de transformação genética foram
interesse. Aproximadamente 50 % estabelecidas, recentemente, com
do aumento da produtividade das o desenvolvimento da cultura
culturas de soja, milho, arroz e trigo de tecidos e da engenharia
é atribuído a combinações gênicas genética. Essas técnicas podem
no DNA originadas de cruzamentos ser divididas em duas categorias:
realizados em programas de indireta e direta e são baseadas no
melhoramento genético. Esses procedimento para a transferência
de genes.
cruzamentos somente podem ser
feitos entre organismos da mesma Na transferência indireta, para realizar
espécie ou de espécies muito a transformação, utiliza-se um vetor,
relacionadas geneticamente, em como Agrobacterium tumefaciens e
virtude da barreira estabelecida pela Agrobacterium rhizogenes (Fig. 7).
compatibilidade sexual. Essa barreira é Esses vetores são bactérias que
Ambiente
Fenótipo
Agrobacterium
T-DNA
Plasmídeo
Região Ti
vir
Célula transformada
22 BIOTECNOLOGIA E TRANSGÊNICOS
Na transferência direta, são usados membrana celular, permitindo a
métodos físicos ou químicos que entrada do DNA e sua integração
objetivam romper a barreira da ao genoma. A microinjeção permite
parede celular e(ou) da membrana a introdução do DNA diretamente
plasmática para a livre penetração dentro do núcleo. Entretanto, é uma
do DNA na célula. Numerosos técnica que exige muito treinamento
sistemas de transformação para a manipulação do aparelho,
direta já foram descritos, entre sendo utilizada, sobretudo, para
eles, a aceleração de partículas, a transformação de células de
polietilenoglicol, eletroporação, animais.
lipossomos, micro e macroinjeção
Além do método de transformação
(Fig. 8).
propriamente dito, outras etapas
O método de aceleração de estão envolvidas na obtenção de
partículas consiste em “dar um um organismo transgênico, como
tiro” de DNA nas células-alvo de o isolamento e a caracterização do
transformação. Para isso, foram gene de interesse, a construção do
desenvolvidos aparelhos de alta cassete de expressão, a introdução
pressão a gás que “empurram” e a incorporação do gene, a
micropartículas de ouro ou regeneração e a seleção das células
tungstênio cobertas com o DNA transformadas, a aclimatação e
de interesse para as células-alvo. os diferentes testes genotípicos e
Essas partículas penetram nas fenotípicos com os transgênicos.
células e liberam o DNA, que é Essas etapas envolvem tecnologias
integrado ao genoma da célula. de engenharia genética e
Os métodos de transformação por também a cultura de tecidos.
polietilenoglicol e eletroporação Para realizar a transformação
utilizam principalmente protoplastos genética de determinada espécie,
(células vegetais sem a parede é essencial que todo o processo
celular), que ficam em contato com de regeneração e de seleção das
o DNA de interesse. O uso de um células transformadas mediante a
“detergente” (polietilenoglicol) ou cultura de tecidos esteja otimizado
de pulsos elétricos (eletroporação) (Fig. 9). Diferentes estratégias
induz a formação de poros na podem ser utilizadas em cada etapa
Biobalística Eletroporação
Microinjeção
Célula transformada
24 BIOTECNOLOGIA E TRANSGÊNICOS
Calo Organogenese
Células-alvo
Alongamento
Transgênico Aclimatação
Enraizamento
Seleção
Lei de
Biossegurança
n°8.974/1995 MP
n° 2.191/2001
Legislações
Decreto
Estaduais Decreto
n° 1.752/1995
Rotulagem
Nova Lei de
n° 4.074/2003
Biossegurança
Lei nº
Lei 10.8.14
10.688/2003
/2003
Lei de Lei Lei n°
RET Agrotóxicos Ambiental
IN 2002 10.165/2000
n°7.802/1989 n° 6.938
/1981 Resolução IN Ibama
305 Conama /2003
2002
26 BIOTECNOLOGIA E TRANSGÊNICOS
Na Embrapa, existe uma rede homem ou ao meio ambiente e
de pesquisa para estudar trouxeram, via de regra, benefícios
a biossegurança de quatro à sociedade. Entre os benefícios
transgênicos. O propósito da dos transgênicos, podem-se
Embrapa é gerar conhecimentos citar aqueles relacionados à
na área de biossegurança agricultura (plantas tolerantes a
considerando todos os riscos pragas, doenças e herbicidas,
potenciais dos transgênicos com maior tempo de prateleira,
relacionados à saúde humana e ao mais produtivas, tolerantes a
meio ambiente. Tais conhecimentos áreas pouco adaptadas ao cultivo
vão municiar os tomadores de e com maior valor nutricional); à
opinião, desenvolvendo protocolos medicina (produção de vacinas
e métodos para uma avaliação e fármacos em planta, aumento
eficiente dos riscos. A rede de da produção de compostos
biossegurança da Embrapa, terapêuticos) e à pesquisa básica
além de trabalhar diretamente na (entendimento dos processos
questão de biossegurança, tem de armazenamento, expressão e
como função capacitar o Estado regulação da informação genética)
para atuar efetivamente nessa o que traria benefícios a produtores,
nova área do conhecimento. consumidores e também ao meio
Nos capítulos 7, 8, 9 e 10, são ambiente. Na Fig. 12, estão alguns
relatadas mais informações sobre exemplos de plantas transgênicas.
o trabalho realizado na Embrapa
e, particularmente, na Embrapa Existem diferentes explicações para
Cerrados. a pressão contra os transgênicos
como questões comerciais,
Considerando todos os cuidados interesses de mercados ligados
com a biossegurança de a indústrias de agroquímicos e a
transgênicos, até o momento, desinformação.
os produtos desenvolvidos com
base nessas técnicas na área As informações repassadas para
de fármacos e agricultura foram a sociedade sobre a biotecnologia
produzidos e comercializados moderna, muitas vezes, são
sem evidência de danos ao deturpadas por ideologias, medo,
28 BIOTECNOLOGIA E TRANSGÊNICOS
Fig. 12. Alguns exemplos de plantas transgênicas: soja tolerante a herbicidas;
milho e algodão resistentes a insetos; feijão, mamão e batata resistentes a
vírus; tomate e alface resistentes a fungos; arroz, brócolis, milho e tomate
com melhores qualidades nutricionais; tomate com maior tempo de prateleira;
plantas ornamentais com características diferenciadas.
ENGENHARIA GENÉTICA –
ESTADO DA ARTE
FRANCISCO JOSÉ LIMA ARAGÃO
ENGENHARIA GENÉTICA - ESTADO DA ARTE
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em: 17 nov. 2004. maio 2005.
A BIOSSEGURANÇA AMBIENTAL
SOLANGE ROCHA MONTEIRO DE ANDRADE
FÁBIO GELAPE FALEIRO
A BIOSSEGURANÇA AMBIENTAL
64 A BIOSSEGURANÇA AMBIENTAL
Tabela 1. Espécies de plantas daninhas resistentes ao glifosato.
66 A BIOSSEGURANÇA AMBIENTAL
variedades ou biótipos diferentes) relevante na população selvagem.
por polinização seguida de No caso da canola resistente a
cruzamentos entre o híbrido dentro herbicida, cultivada há anos no
da população até a estabilidade do Canadá, não foram encontradas
gene na população (CERDEIRA; evidências de que esse cultivo
DUKE, 2006). Esse fluxo gênico tenha espalhado resistência
ocorre se as plantas doadoras na população selvagem de
e receptoras crescerem perto o canola. Embora estudos tenham
suficiente para a troca de pólen, demonstrado o aparecimento
pois, embora o pólen possa viajar de resistência dupla e tripla e
longas distâncias, seja por meio do herbicidas dentro da população
vento, insetos ou outros animais selvagem de canola, isso não
polinizadores, sua viabilidade conduziu ao aparecimento de
decresce com o tempo e as voluntárias multirresistentes,
condições ambientais. Ademais, sugerindo que o controle químico e
para ocorrer o fluxo gênico, é (ou) o manejo das plantas daninhas
necessário que ambas as espécies/ tem sido eficiente para evitar esse
variedades estejam na época de problema (SANVIDO et al., 2006).
floração e receptivas para o pólen
A preocupação principal da
(CERDEIRA; DUKE, 2006).
indução de resistência ao glifosato
Segundo Sanvido et al. (2006), era a possibilidade de haver
existe um consenso dentro transferência mediada por pólen,
da comunidade científica que ou seja, a ocorrência de fluxo
pode haver fluxo gênico entre gênico ou introgressão. No entanto,
as variedades transgênicas e as o aparecimento de espécies
espécies selvagens compatíveis resistentes está ocorrendo como
sexualmente. Estudos com canola conseqüência da pressão de
no Canadá demonstraram essa seleção pelo uso exagerado de
possibilidade. No entanto, esse glifosato (CERDEIRA; DUKE, 2006;
fluxo ocorre na mesma proporção SANDERMANN, 2006). Entretanto,
apresentada pelas espécies não- especialistas não consideram esse
transgênicas. A questão é se esse efeito catastrófico, pois pode ser
transgene causaria um impacto evitado pelo manejo correto do
68 A BIOSSEGURANÇA AMBIENTAL
Ingestão direta
(folha, pólen)
Herbívoros alvo
Inimigos
Planta
naturais
Herbívoros
não-alvo
Ambiente
(resíduos vegetais)
Fig. 1. Rotas de exposição a inimigos naturais de diferentes níveis tróficos a plantas produ-
toras de proteínas inseticidas.
Fonte: Adaptado de Sanvido et al., 2006.
70 A BIOSSEGURANÇA AMBIENTAL
monarca é negligível, pois os impactos ambientais de cada
resultados obtidos em laboratório ingrediente ativo do pesticida.
com altas doses de CRY1AB não Para ser obtido, multiplica-se a
refletem a disponibilidade de quantidade de ingrediente ativo
proteína para as borboletas em utilizado por hectare de cultivo
campo (SANVIDO et al., 2006). do OGM. A metodologia calcula
e compara o EIQ para plantios
Impactos nos sistemas convencionais e transgênicos
de produção vegetal e agrega o valor para níveis
nacionais. A quantidade de
Uma das grandes questões
pesticida utilizada nas áreas
no âmbito ambiental se refere
convencionais e transgênicas,
ao impacto dessas culturas na
em cada ano, foi comparada à
utilização de pesticidas, ou seja, o
plantio das culturas OGMs atuais quantidade que seria utilizada
aumenta ou diminui o uso de caso todo o cultivo tivesse sido
pesticidas? convencional em cada ano,
durante o período de 1996 a 2004.
Segundo James (2005), houve uma Segundo Brookes e Barfoot (2005),
redução cumulativa no ingrediente as lavouras OGM contribuíram
ativo de pesticidas de 172.500 t para uma significativa redução
entre 1996 a 2004, equivalente a no impacto ambiental global da
um decréscimo de 14% no impacto produção agrícola (Tabela 2). O
ambiental associado ao uso de uso de herbicida para a soja HT
pesticidas nas lavouras (Tabela caiu 4 % (Tabela 2). No entanto, em
2). Entretanto, esses números
alguns países, houve um aumento
precisam ser avaliados conforme o
relativo do uso de glifosato
tipo de OGM e do local onde ele é
referente aos níveis históricos de
introduzido.
uso. O maior ganho ambiental
O uso de pesticida é medido pelo foi referente ao algodão Bt, que
Quociente de Impacto Ambiental apresentou uma queda de 15 %
– EIQ, desenvolvido por Kovach no uso de inseticidas desde 1996
et al. (1992), e integra os vários (BROOKES; BARFOOT, 2005).
% alteração de
Alteração no
Alterações no uso ingrediente % alteração no
Trato uso do pesticida
EIQ campo ativo de pesti- EIQ footprint
(milhões Kg)
cida
72 A BIOSSEGURANÇA AMBIENTAL
cada cultura transgênica durante de Biossegurança foi aprovada
um ano é multiplicado pela somente em 2005, e a CTNBio,
quantidade de acres plantados que é responsável pelas avaliações
durante aquele ano. técnicas para liberação de plantios
para pesquisa e comerciais, foi
Baseado nesse cálculo, Benbrook
regulamentada somente no final
(2004) concluiu que o uso das três
desse ano. A Embrapa desenvolve
culturas (soja, algodão e milho)
um projeto de biossegurança
resistentes a herbicidas aumentou
alimentar e ambiental de alguns
o uso do produto em 5%, enquanto
OGMs produzidos pela Empresa.
o uso de cultivares Bt diminuiu
São eles: soja RR, algodão Bt,
em 5 % o uso de inseticidas. O
batata, mamão e feijão resistentes
mesmo autor se refere que nos
a vírus. Esse projeto finalizou em
três primeiros anos de cultivo
2008, e os resultados serão em
(1996 a 1998) houve uma queda
breve divulgados.
no uso do glifosato, mas a partir de
1999 houve uma inversão no uso,
provavelmente porque as plantas
Referências
daninhas desenvolveram resistência BENBROOK, C. Genetically engineered
ao glifosato. crops and pesticide use in the United
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74 A BIOSSEGURANÇA AMBIENTAL
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76 A BIOSSEGURANÇA AMBIENTAL
CAPÍTULO 5
BIOSSEGURANÇA ALIMENTAR
SOLANGE ROCHA MONTEIRO DE ANDRADE
FÁBIO GELAPE FALEIRO
BIOSSEGURANÇA ALIMENTAR
80 BIOSSEGURANÇA ALIMENTAR
A liberação de um alimento se considerar que a introdução
geneticamente modificado ocorre de uma seqüência estranha
caso a caso e para isso o AGM pode causar efeitos intencionais
em questão precisa ser analisado e não-intencionais, previsíveis
por avaliação preliminar de perigo, ou não, pois a incorporação do
em que se analisa, além da DNA no genoma pode interferir
Equivalência Substancial, o aspecto na expressão de outros genes,
nutricional e toxicológico. podendo alterar o metabolismo
da planta. Além disso, o produto
Conceitos de risco e da expressão do DNA é uma
perigo proteína que pode ter efeito tóxico,
alergênico, antinutricional ou
Antes de se discutir cada etapa mesmo alterar o valor nutricional do
da análise de risco, é necessária alimento.
a compreensão dos conceitos de
risco e de perigo. A Organização Efeito do DNA
Mundial de Saúde (WHO-World recombinante (DNArec)
Health Organization) juntamente
Dentro desse contexto,
com a Food and Agriculture
é possível identificar qual é o
Organization (FAO) definiram
perigo e o risco de um alimento
perigo como a presença do
transgênico. Um dos primeiros
agente causador de danos, isso
pontos a ser discutido é a hipótese
é, o agente nocivo capaz de
de haver perigo na ingestão do
causar algum efeito prejudicial;
DNArec introduzido no alimento,
e risco como a probabilidade de e a possibilidade de haver uma
ocorrência do agente (WATANABE; transferência horizontal desses
NUTTI, 2002; LAJOLO; NUTTI, genes para bactérias intestinais ou
2003). Como exemplo, pode-se mesmo para as células do intestino.
considerar perigo a presença de O DNA é constituído de seqüências
uma casca de banana jogada na de nucleotídeos e cada nucleotídeo
calçada; e risco, a probabilidade de apresenta uma base nitrogenada
alguém pisar na casca e sofrer um (adenina, guanina, citosina e
tombo. Em relação a OGMs, pode- timina), um açúcar (pentose) e um
82 BIOSSEGURANÇA ALIMENTAR
modificação desenvolvido pelo componente dele e envolve uma
microrganismo para degradar o resposta anormal do sistema
DNA estranho. imunológico do corpo. O tipo mais
comum de alergia a alimentos
6) O DNA teria de ser integrado
é o mediado pela produção
ao genoma ou plasmídios do
de anticorpos específicos, as
hospedeiro, o que requer a
imunoglobulinas E específicas
homologia de pelo menos 20
(IgE). Em uma resposta alérgica
pares de base em ambas as
mediada por IgE, os primeiros
extremidades do DNA a ser
sintomas ocorrem alguns minutos
transferido, possibilitando a
ou horas após a ingestão do
recombinação genética.
alimento e exposição do corpo
O Conselho da FAO (1996) ao agente alergênico. Algumas
concordou com decisão do alergias comuns mediadas por
workshop de 1993, ponderando IgE são as induzidas por pólen,
que, embora a transferência do esporos, pêlos de animais,
DNA para as bactérias do trato picadas de insetos e alguns tipos
intestinal seja remota, em caso de alimentos. Existem também
de genes que poderiam afetar a respostas alergênicas mediadas por
saúde humana ou animal, como é reações celulares, que, em geral,
o caso da resistência a antibióticos, ocorrem cerca de 8 horas após a
esses não deveriam ser utilizados ingestão do alimento, por exemplo,
em alimentos geneticamente a alergia ao glúten (FAO, 2001).
modificados. O conselho também
Respostas alergênicas mediadas
considerou que o princípio da
por IgE afetam de 10 % a 25 %
Equivalência Substancial (ES)
da população de países em
deveria ser uma etapa-chave
desenvolvimento, embora as
no processo de avaliação da
alergias causadas por alimentos
segurança alimentar (FAO, 1996).
afetem menos de 2,5% da
população. As crianças são
Alergenicidade mais atingidas que os adultos
A alergia a um alimento é e, segundo dados da FAO/
uma reação adversa a algum WHO, crianças abaixo de 3 anos
84 BIOSSEGURANÇA ALIMENTAR
alergênico dos organismos Mundial de Saúde. Essa árvore de
geneticamente modificados é decisões, largamente adotada pela
bastante alta. Por conta disso, indústria de alimentos derivados
diversas discussões internacionais da biotecnologia, considera a
têm sido realizadas. Em 1996, origem do gene, a homologia
o Conselho Internacional de de seqüência com alergênicos
Biotecnologia de Alimentos e o conhecidos, a ligação imunoquímica
Instituto de Alergia e Imunologia do da proteína produzida com IgE
International Life Science Institute de soro sanguíneo de indivíduos
(ILSI) desenvolveu uma árvore conhecidamente alérgicos ao
de decisões sobre o potencial organismo doador do gene
alergênico (Fig. 1), revisada introduzido e as características
posteriormente, em 2001, por um fisioquímicas dessa proteína
conselho da FAO e da Organização (METCALFE et al., 1996; FAO, 2001).
Fonte do gene
(alergênica)
SIM NÃO
Homologia de seqüência Homologia de seqüência
SIM
NÃO NÃO
SIM NÃO
+/+ -/-
Possivelmente +/-
alta baixa
alergênico
Probabilidade de alegenicidade
86 BIOSSEGURANÇA ALIMENTAR
Considerações finais METCALFE, D. D.; ASTWOOD, T.
D.; TOWNSEND, R.; SAMPSON,
Assim, do ponto de vista alimentar, H. A.; TAYLOR, S. L.; FUCHS, R. L.
o nível de segurança dos alimentos Assessment of the allergenic potential
of foods derived from genetically
geneticamente modificados (AGMs)
engineered crop plants. Critical
é muito alto, uma vez que esses Reviews in Food Science and
alimentos são submetidos a uma Nutrition, v. 36, p. 165-186, 1996.
bateria de testes extremamente
ORGANIZATION FOR
rigorosa. Com isso, é possível ECONOMIC CO-OPERATION
dizer que o risco que um alimento AND DEVELOPMENT. Safety
transgênico oferece pode ser evaluation of foods produced by
considerado menor que o de outro modern biotechnology: concepts
tipo de alimento liberado para and principles. Paris, 1993.
Disponível em: <http://www.oecd.org/
consumo humano que não passa por
dataoecd/57/3/1946129.pdf >. Acesso
uma bateria de testes tão rigorosa.
em: 30 maio 2005.
88 BIOSSEGURANÇA ALIMENTAR
CAPÍTULO 6
Autorização campo
Autorização lab.
Lei Biossegurança
Ibama / MMA
Registro lab.
Mapa (Atec)
Licenciamento
e Lei Ambiental
Ibama / MMA
Mapa
I, II - (LALC)
EIA / Rima
EIA
CTNBio
Protocolo de Cartagena
CQB
Conama
P&D - Plantas (I)
Rotulagem
Produto
Biotecnologia / Biossegurança
CTNBio P. Cult.
Regulamentação no Brasil
Registro
Lei Biossegurança
e Lei Agrotóxicos
Produto
e Lei Ambiental
Biopesticidas
Ibama??
exp. campo maiores (5 ha),
campos de multipl. sementes Macrozoneamento
3 fases mais licenças acima
Mult. Sementes
Fig. 1. Arcabouço legal vigente no Brasil até 2005, mostrando a complexidade de autorizações
e licenças necessárias para aprovação de atividades envolvendo OGM e seus derivados.
Fonte: Sampaio, 2004.
1
As implicações da Lei 11.105/2005 para o desenvolvimento de pesquisas com células-tronco não
serão tratadas nesta obra, em virtude da especificidade e características próprias da matéria.
2
Essa autorização é o chamado Certificado de Qualidade em Biossegurança – CBQ. As regras para
sua emissão foram determinadas pela CTNBio na Resolução Normativa 1, de 20 de junho de 2006.
3
São eles: Ministério da Ciência e Tecnologia, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
Ministério da Saúde, Ministério do Meio Ambiente, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ministério
do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Ministério da Defesa, Secretaria Especial de Aqüicultura, e
Pesca e Ministério das Relações Exteriores.
4
Os membros do CNBS são os seguintes: Ministro de Estado Chefe da Casa Civil da Presidência da
República (Presidente do CNBS), Ministro de Estado da Ciência e Tecnologia, Ministro de Estado
do Desenvolvimento Agrário, Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ministro
de Estado da Justiça, Ministro de Estado da Saúde, Ministro de Estado do Meio Ambiente, Ministro
de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Ministro de Estado das Relações
Exteriores, Ministro de Estado da Defesa e Secretário Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência
da República.
5
De acordo com o art. 17 do Decreto 5.591/2005, a CTNBio constituirá subcomissões setoriais
permanentes na área de saúde humana, na área animal, na área vegetal e na área ambiental, e
poderá constituir subcomissões extraordinárias, para análise prévia dos temas a serem submetidos ao
plenário.
A REDE DE BIOSSEGURANÇA DA
EMBRAPA
ANDRÉ NEPOMUCENO DUSI
DEISE MARIA FONTANA CAPALBO
MARIA JOSÉ AMSTALDEN MORAES SAMPAIO
A REDE DE BIOSSEGURANÇA DA EMBRAPA
AS PLANTAS TRANSGÊNICAS E A
MICROBIOTA DO SOLO
FÁBIO BUENO DOS REIS JUNIOR
IÊDA DE CARVALHO MENDES
AS PLANTAS TRANSGÊNICAS E A MICROBIOTA DO
SOLO
Introdução genes têm sido inseridos em
grande número de culturas a fim de
Em apenas um grama de solo que expressem novas e desejáveis
podem ser encontradas cerca características. Esses genes e seus
de 10 mil espécies de bactérias produtos, eventualmente, serão
(TORSVIK; OVREAS, 2002). liberados nos solos, possibilitando
Sem dúvida, o maior celeiro de oportunidades de ocorrer interação
genes no planeta reside na fração com a comunidade microbiana
microbiana da biodiversidade. (Fig. 1). Donegan et al. (1995)
Os microrganismos presentes no sugerem que alterações não
solo representam papel-chave esperadas nas características
na ciclagem de nutrientes e na das plantas, resultantes de
manutenção de sua fertilidade, modificações genéticas possam,
além de desempenhar funções igualmente, causar impacto
como agente de controle biológico sobre a microbiota do solo.
de doenças e pragas da agricultura, Sendo assim, as comunidades
biorremediadores de poluentes, microbianas, associadas a plantas
promotores de crescimento geneticamente modificadas, podem
de plantas. Esses organismos ser diferentes das plantas que não
podem apresentar, também, alto sofreram modificações.
valor biotecnológico, sendo um
manancial de fármacos, corantes, O desenvolvimento e o uso
enzimas e ácidos orgânicos, entre de plantas transgênicas têm
muitos outros produtos ainda promovido acalorado debate
inexplorados. público nos últimos anos. As
plantas transgênicas representam
As primeiras plantas transgênicas uma promessa para incrementar o
foram desenvolvidas ainda nos desenvolvimento do setor agrícola.
anos 1980. Desde então, diferentes No entanto, seu potencial para
Planta transgênica
com gene RH expresso
em todos os tecidos
Transgene
Ex: gene RH
Cultivo convencional
Exsudados radiculares Transgene misturado
Transgene na rizosfera ao solo
LOTTMANN, J.; HEUER, H.; SMALLA, OGER, P.; MANSOURI, H.; DESSAUX,
K.; BERG, G. Influence of transgenic Y. Effect of crop rotation and soil cover
T4-lysozyme-producing potato onalteration of the soil microfolora
plants on potentially beneficial generated by the culture of transgenic
plant-associated bacteria. FEMS plants producing opines. Molecular
Ecology, v. 9, p. 881-890, 2000.
Microbiology Ecology, v. 29, p. 365-
377, 1999. PIPKE, R. N.; AMERHEIN, N.; JACOB,
G. S.; SCHAFFER, J.; MARVEL, J.
LYNCH, J. M.; BENEDETTI, A.;
T. Metabolism of glyphosate in an
INSAM, H.; NUTI, M. P.; SMALLA, K.;
Arthrobacter sp. GLP-1. European
TORSVIK, V.; NANNIPIERE, P. Microbial
Journal of Biochemistry, v. 165, p.
diversity in soil: ecological theories, the
267-273, 1987.
contribution of molecular techniques
and impact of transgenic plants and RUMJANEK, N. G.; FONSECA, M.
transgenic microorganisms. Bioloy C. Possíveis efeitos do cultivo de
and Fertility of Soils, v. 40, p. 363-385, algodoeiro Bt sobre a comunidade de
2004. microrganismos do solo. In: PIRES,
A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO DA
FIXAÇÃO BIOLÓGICA DO NITROGÊNIO EM
SOJA TRANSGÊNICA COM RESISTÊNCIA
AO GLIFOSATO
O PROGRAMA DE MELHORAMENTO DE
SOJA TRANSGÊNICA PARA O CERRADO
PLÍNIO ITAMAR DE MELLO DE SOUZA
SÉRGIO ABUD DA SILVA
CLAUDETE TEIXEIRA MOREIRA
AUSTECLINIO LOPES DE FARIAS NETO
NELSON DOS SANTOS E SILVA
JOSÉ FRANCISCO DE FERRAZ TOLEDO
NEYLSON EUSTÁQUIO ARANTES
O PROGRAMA DE MELHORAMENTO DE SOJA
TRANSGÊNICA PARA O CERRADO
Início da pesquisa com daninhas, menos as plantas de soja
RR (MONSANTO, 2005).
organismos transgênicos
Na lavoura, a soja RR flexibiliza o
A primeira planta transgênica foi controle de ervas daninhas, facilita
aprovada em escala comercial em a rotação de cultura, economiza
1994, nos Estados Unidos, após tempo, combustível, custos
mais de 12 anos de pesquisas e operacionais, facilita a colheita e
estudos que comprovassem sua reduz o teor de impureza e umidade
eficácia e segurança. O primeiro nos grãos colhidos, otimizando
transgênico em soja que causou assim a produção. Para o meio
alto impacto na agricultura foi a ambiente, proporciona redução
soja transgênica RR (MONSANTO, da poluição pelo menor uso de
2005). Essa novidade chegou outros herbicidas, combustível e
ao campo pela primeira vez nos pelo incentivo ao uso do plantio
Estados Unidos, na safra de 1996. direto, em razão da maior facilidade
No ano seguinte, os agricultores no manejo da lavoura. Para a
argentinos também aderiram sociedade, além de melhorar as
novidade (MONSANTO, 2005). condições ambientais, espera-se
redução no custo de produção
A soja transgênica RR (Roundup
e, conseqüentemente, no custo
Ready) é assim conhecida por ter
dos produtos e subprodutos no
recebido um gene derivado da
mercado.
Agrobacterium sp. CP4, patenteado
por uma empresa privada com Os herbicidas à base de glifosato
o nome CP4-EPSPS. O gene são altamente eficientes no controle
expressa o elemento de resistência das plantas daninhas anuais e
ao herbicida glifosato, princípio perenes, tanto as de folhas largas
ativo do Roundup Ready (RR), que quanto as de folhas estreitas.
mata praticamente todas as ervas Seletivo à soja RR, o glifosato
Cruzamentos e bulks
Progênies e linhagens
Preliminar I
Preliminar II
P M T
Lançamento
Fig. 1. Estratégia de pesquisa do programa de melhoramento de soja transgênica da Em-
brapa Cerrados.
175
Pústula bacteriana Resistente* Resistente Resistente Resistente
Continua...
Tabela 1. Continuação.
Cultivares
Características Indicadores
BRS Favorita RR BRS Valiosa RR BRS Silvania RR BRS Baliza RR
Área de indicação GO, DF e MG GO, DF e MG GO, DF e MG GO, DF, MG e BA
Peso de 100 sementes (g) 15,7 15 13 13
Reação a peroxidase Negativa Negativa Negativa Negativa
População de plantas 260.000 - 360.000 260.000 – 360.000 250.000 – 300.000 260.000 – 320.000
176
Espaçamento 40 cm 11-14 11-14 10-12 10-12
Densidade Espaçamento 45 cm 12-16 12-16 11-13 11-14
Espaçamento 50 cm 13-18 13-18 12-15 14-16
Fertilidade do solo Corrigida Corrigida Corrigida Corrigida
Época recomendada de plantio 1/11 a 5/12 01/11 a 5/12 01/11 a 10/12 01/11 a 10/12
* Condições de campo.
ISBN 978-85-7075-050-1