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• Saussure

• Signo = Significante + Significado - relação vertical e horizontal

• Seu conteúdo (da palavra) s ó é verdadeiramente determinado pelo concurso do que existe fora dela. Fazendo
parte de um sistema, está revestida de uma significação como tamb ém, e sobretudo, de um valor, e isso é coisa
muito diferente. Alguns exemplos mostram que é de fato assim. O português carneiro ou o franc ês mouton
podem ter a mesma significação que o inglês sheep, mas não o mesmo valor, isso por várias razões, em particular
porque, ao falar de uma porção de carne preparada e servida à mesa, o inglês diz mutton e não sheep. A
diferenç a de valor entre sheep e mouton ou carneiro se deve a que o primeiro tem a seu lado um segundo
termo, o que não ocorre com a palavra francesa ou portuguesa (Saussure, Curso de Linguística Geral, 134)

• O mundo que experimentamos com suas categorias de animais, coisas, cores e assim por diante - não existe
antes da linguagem.

• Signos são arbitrários - não no sentido que os indivíduos fazem um uso arbitrário de seus significados, mas no
sentido de que as relações verticais e horizontais entre significante e significados são arbitrarias.
• Relações Sincrônicas e Diacrônicas - mudanças de significados

• Peku - posse móvel/posse de gado; torna-se então o termo para “ gado”, e posteriormente para a espécie de
gado predominante, o “ boi” (Benveniste, 1995, p. 57)

• Saussure - Relações entre Linguagem e signo como jogo de Xadrez

• Numa partida de xadrez, qualquer posição dada tem como característica singular estar libertada de seus
antecedentes; para descrever a posição, é perfeitamente inútil recordar o que aconteceu dez segundos antes.
• Palavras não se referem a coisas, nem são traduções fiéis das ideias

• Filósofos e linguistas sempre concordaram em reconhecer que, sem o recurso dos signos, seríamos
incapazes de distinguir duas ideias de modo claro e constante....Não existem idéias preestabelecidas, e nada
é distinto antes do aparecimento da língua.

• O papel característico da língua frente ao pensamento não é criar um meio fónico material para a expressão
das ideias, mas servir de intermediário entre o pensamento e o som, em condições tais que uma união
conduza necessariamente a delimitações reciprocas de unidades. O pensamento, caótico por natureza, é
forçado a precisar-se ao se decompor. Não há, pois, nem materialização de pensamento, nem
espiritualização de sons; trata-se, antes, do fato, de certo modo misterioso, de o "pensamento-som"
implicar divisões e de a língua elaborar suas unidades constituindo-se entre duas massas amorfas (Saussure,
Curso de Linguística Geral, 130- 131)
• Metafí sica da Presenç a

Husserl

• Senso e referencia/objeto
• Expressões podem ter diferentes significados, mas a mesma referência objetiva. Da mesma forma, expressões
com o mesmo significado podem ter diferentes refer ências objetivas (Investigações Lógicas)

• “ Vitorioso em Jena', ‘Derrotado em Waterloo’

• Segundo sua própria natureza, não há qualquer conexão necessária entre as unidades ideais que
factualmente funcionam como significações e os signos aos quais elas estão vinculadas [...]” “ As significações
formam um conjunto idealmente fechado de objetos universais para os quais é contingente o vir a ser pensado ou
expressado. Há, com efeito, incontáveis significações que, segundo o sentido habitualmente relacional
deste termo, são significações meramente possíveis, enquanto nunca são expressas e, por força das
limitações das capacidades cognitivas humanas, podem nunca ser expressas”
• Signos - Indicações

• Fala - Se examinarmos essas interconexões, veremos de imediato que todas as expressões na fala
comunicativa funcionam como indicações.

• Alguém pode dizer que, em solilóquio, fala-se a si mesmo e emprega as palavras como sinais, isto
é, como indicações de suas próprias experiências interiores ? Eu não posso pensar que essa visão
seja aceitável.

• Signos são contingentes às Significações


Derrida

Na percepção de uma melodia, distinguimos o tom dado agora, que chamamos de percebido, daqueles que
se passaram, que dizemos não serem percebidos. Por outro lado, chamamos a melodia inteira de percebida,
embora apenas o ponto atual seja realmente (Internai Time Consciouness)

Experiência do passado no presente

Assim que admitimos essa continuidade do agora e do não-agora, percepção e não-percepção ••• nos
admitimos o outro na auto-identidade (Derrida, Speech and Phenomenology)

A expressão já contém uma estrutura de oposições.

Differance/Difference - Temporalização e espacialização impossibilidade de um sentido imediato


• A coisa em si é um sinal. Uma proposição inaceitável para Husserl, cuja fenomenologia
permanece, portanto, em seu "princípio de princípios" - a restauração mais radical e mais
crítica da metafísica da presenç a.... De acordo com a "paneoroscopia" ou "fenomenologia" de
Peirce, a manifestação em si não revela uma presenç a, ela faz um sinal. Pode-se ler no Princípio
da Fenomenologia que "a ideia de manifestação é a ideia de um sinal". Não há, portanto,
nenhuma fenomenalidade reduzindo o signo ou o representador para que a coisa significada
possa brilhar finalmente na luminosidade de sua presenç a
• Frege

* Objetos: a coisa a que se refere

Ex.: Platão;
Em contexto de crença, ou discurso indireto, as próprias palavras.

A estrela da noite é a estrela da manhã

Sentido/referencia

O sentido de um objeto é o seu referente


O sentido de um conceito é sua funcionalidade semântica

Estrutura universal do pensamento: Objeto + Conceito


Nothing Nothings
* Principio da Composicionalidade
- O senso do todo depende senso das partes

• Ao se substituir uma parte por outra com mesmo valor de verdade, preserva-se o sentido

*Exceto em caso de contextos de crença

• Maria acredita que o homem de máscara é o Batmam


r

• Odisseu foi colocado deixado terra em Itaca enquanto estava dormindo.

• A expressão. "Odysseus“ (objeto), não tem um referente


• Como o valor de uma expressão complexa é determinado pelos valores semânticos de suas partes,
segue-se que essa frase em si não tem um valor de verdade (Não é verdadeira nem falsa)

• Maç as são azuis (Falsa)


• Unic órnios existem (Não é verdadeira nem falsa)
Gareth B Matthews

• ( I ) Sócrates não existe

• (2) É falso que há pelo menos e no máximo uma pessoa que ensinou Platão.

• -i( 3 x)(x Mp) (x - I)

• (3) Deus não existe

• (4) Nada se encaixa na descrição, "algo que nada maior pode ser concebido".

• (5) Para qualquer coisa dada, no entendimento ou na realidade, algo maior do que aquela coisa pode
ser concebido
• A refer ência de um nome pr óprio é o próprio objeto que por seu intermédio designamos; a representação
que dele temos é inteiramente subjetiva; entre uma e outra está o sentido que, na verdade, não é tão
subjetivo quanto a representação, mas que também não é o próprio objeto.

• A conexão entre o sinal e a coisa designada, para Frege ( 1978:62- 3), é arbitrária: “ ninguém pode ser
impedido de empregar qualquer evento ou objeto arbitrariamente produzidos como um sinal para
qualquer coisa" .

• Ao contrário, Saussure concebe a língua como um sistema de signos que por si só dão conta da
significação. Ao conceituar o que é signo, ele deixa marcada a distinção entre entidades psíquicas (que
constituiriam o signo) e físicas (que lhe seriam estranhas).

• Os termos implicados no signo linguístico são ambos psíquicos e estão unidos, em nosso c érebro, por um
vínculo de associação. (...) O signo linguístico une não uma coisa e um palavra, mas um conceito e
uma imagem acústica.
• Metafísica da Presenç a

• A expressão "ser da razão" é aplicada adequadamente às noções que a razão deriva dos objetos que
considera, por exemplo noções de gênero, espécie e semelhates, que não são encontrados na
realidade, mas são um resultado natural da consideração da razão (Comentário à Metafí sica)

• Cada parte tem, além de outros aspectos constitutivos (extensão, forma etc.), sua própria
vermelhidão individual, isto é, sua ocorr ência desta espécie de cor, embora isso não exista na parte
nem em qualquer outro lugar do mundo, e particularmente não "em nosso pensamento", na medida
em que este último faz parte do domínio do ser real, a esfera da temporalidade. Os significados
constituem, podemos dizer, uma classe de conceitos no sentido de "objetos universais“ (Husserl,
Logical Investigations, para. 31)

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