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(1819-1896)
Bibliografia:
A mais velha de 3 irmãos, Clara Wieck , mais tarde conhecida por Clara Schumann,
provinha de uma família musical, onde o pai, Friedrich Wieck, era professor de
piano renomado e a mãe, Marianne Tromlitz, era uma famosa cantora em Leipzig.
Depois do divórcio dos seus pais, Clara fica à custódia do seu pai
O mesmo desenvolveu o seu próprio método de ensino, o que lhe deu uma ótima
reputação de professor. Sob o ensinamento de seu pai, Clara teria já um
reconhecimento de pianista prodígio aos 15 anos de idade. Como maior parte dos
virtuosos da sua altura, Clara também compunha música para tocar os seus
concertos.
O seu pai trabalhava também como seu manager, tratando de cada detalhe da vida
de Clara, e foi muitas vezes considerado um tirano pela rigidez com que a tratava,
sendo que ela nunca minimizou os seus esforços, agradecendo-lhe o facto de ter
sido extremamente rigoroso , de outra maneira a sua música não teria sido o que é
hoje.
Aos 11 anos tem a sua estreia a solo na Gewandhaus em Weimar., e as 12 toca
pela primeira vez em Paris. Foi nomeada Konigliche und Kaiserliche
Kammervirtuosin (Virtuoso da Corte Real e Imperial),o título honorário mais alto da
corte Austríaca, e um membro honorário de Gesellschaft der Musikfreunde.
Clara teve o seu trabalho reconhecido por grandes nomes da época como Goethe e
Paganini, e músicos mais novos como Chopin, Lizst e Mendelssonh.
Á tenra idade de 13 anos, Clara foi uma das primeiras a tocar peças de memória,
algo que se tornou um standard para todos os pianistas profissionais.
Aos 20 anos já é considerada uma das pianistas mais importantes da Europa e já
teria publicado muito do seu trabalho em seu nome.
Não só lhe é dado o crédito de ter mudado o formato e repertório do recital de piano,
como também uma grande quantidade de obras, desde os concertos para piano,
música de câmara, e obras para voz e piano.
A sua bibliografia ficaria incompleta sem referir a sua relação e consequencialmente
o seu casamento com Robert Schumann.
Os dois têm o seu primeiro encontro aquando de um concerto em Leipzig, onde
Robert, com mais 9 anos que Clara, ficou encantado com o seu pianismo, acabando
por desistir do curso de direito e dedicando-se totalmente á música. Robert começa
a ter aulas com o pai de Clara e vive na sua casa durante 1 ano, criando assim uma
relação de amizade com Clara.
Obra e Legado:
Aos 14 anos escreveu o seu primeiro concerto para piano, com ajuda Robert
Schumann, e ela própria o estreou aos 16 anos.
Mas á medida que envelhecia, Clara acartava com mais responsabilidades, e deixou
gradualmente de compor depois dos 36 anos.
As suas únicas obras completadas que existem da sua vida mais tardia, não têm
opus, são “Vorspiele”, 1895, e 2 cadenzas para 2 concertos, um de Mozart, e outro
de Beethoven.
De música orquestral compôs, 2 Concertos para Piano, um trio para piano, e 3
romances (Drei Romanzen). Para piano solo, a quantidade era maior, e o género
mais vasto, passando por Polonaises, estudos, nocturnos, impromptus, preludios,
scherzos, romances…
No que toca à sua obra vocal, Clara Schumann escreveu vários ciclos de Lieder,
Op.13, Op.12, e Op.23. Compôs também outra variedade de Lieder mas sem
nenhum opus.
No que toca aos Lieder, a sua forma de composição era paralela à de Robert, o
piano e a voz trabalhavam como iguais para transmitirem as imagens e os
sentimentos do poema.
Apesar de não ter sido reconhecida como compositora durante muitos anos, a sua
reputação pianística dura até aos dias de hoje.