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Aluna: Vivianne Vicino França

Professora Consteladora: Adhara Campos Vieira


Curso: Formação Jurídica Sistêmica
Data: 05/03/2018

RELATÓRIO – CONSTELAÇÃO NÚCLEO BANDEIRANTE – DIVÓRCIO


COM VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Trata-se de caso de divórcio com violência doméstica, onde a mãe encontrava


dificuldades para lidar com a aproximação do pai em relação aos filhos. Ela havia se
divorciado do homem e o excluído como pai, provocando um desequilíbrio no sistema.

Inicialmente, foi feita a dinâmica de representação, onde foram colocados 2


círculos para alternar os representantes. De um lado, estavam os quatro filhos do casal e
atrás, os avós maternos. De outro, o pai e os avós paternos. Na frente de todos,
principalmente do terceiro filho e lado a lado com o pai (ex-marido), estava a mãe.

Filho 1 Filho 2 Filho 3 Filho 4

Mãe (representante constelanda)


Pai, ao lado, a mãe dele (estrela)

Foi dada autorização para que os representantes se sentissem como estavam


nos papeis que lhes foram encarregados e se movimentassem. Logo no início, a
representante da mãe foi a primeira a falar e disse que quando os filhos se aproximaram,
sentiu taquicardia e se sentia incomodada com o fato de estar ao lado do pai das
crianças, seu ex-marido.

O pai disse que queria colaborar e que se sentia confortável ao lado da ex. Sua
mãe, sogra da ex-esposa, disse que sentia arrepiada. Nesse momento, a consteladora
pergunta para a constelanda como foi ver a composição do campo, ao que esta responde
que estava aceitando bem. Em seguida, a consteladora afirma que ficou clara a disputa,
pelo ex-marido, entre a mãe e sua ex-esposa. Ele queria ficar com a mãe, assumindo o
papel de filhinho da mãe.

Enquanto isso, o filho mais velho estava atrás da representante da mãe. Em


seguida, ele fica lado a lado com a mãe, com as mãos cruzadas, quando os demais se
juntam em torno dele, exercendo o papel de protetores da própria mãe. Nessa hora,
ficou nítido que a posição adotada pelos filhos quebrava a ordem da hierarquia de Bert
Hellinger. Os filhos não protegem os pais. Os pais protegem os filhos.

A representante da mãe perguntou como poderia separar a raiva dela e deixar o


ex-marido assumir seu papel como pai. O homem conversa com sua mãe e afirma
‘’querida mamãe, eu aprendi esse padrão de violência com você, por isso o devolvo para
você’’. A mãe assume e diz ‘’é verdade’’. Nesse momento, o homem afirma ‘’querida
mamãe, eu agradeço a vida e decido viver a minha vida.’’ A mãe diz ‘’eu te libero’’.

Pai (ex-marido) mãe (ex-mulher) filho 3 filho 4

Filho 1 filho 2
Mãe do pai (sogra da ex-mulher)

O filho mais velho se vira para o pai e diz ‘’querido papai, eu fiquei muito
assustado com a sua relação com a mamãe.’’ O pai diz ‘’eu te libero’’.

Ex-marido e ex-mulher se posicionam frente a frente. A ex-mulher afirma ‘’eu


excluí sua paternidade. Me separei do homem mas não posso excluir o fato de você ser
pai dos meus filhos.’’ O pai diz ‘’vamos arrumar uma forma de resolver esse conflito.’’
Ambos abaixam a cabeça um para o outro em sinal de honra e respeito.

A ex-mulher olha para a sogra. O ex-marido olha para a ex-mulher e diz: ‘’eu
estava encurralado à minha mãe.’’ A sogra diz para a ex-nora: ‘’eu sinto muito. Em
algum momento eu interferi’’.
A ex-mulher olha para a sogra e a agradece por ter cuidado da mãe dela. A
constelanda observa o desenrolar de longe. A representante da constelanda apresenta os
filhos para o pai e ele fala: ‘’Na minha ânsia de querer estar perto de você, posso ter
sido agressivo. A briga é entre eu e sua mãe, vocês não tem nada a ver com isso’’.

No final, a mãe reconhece que não o reconheceu como pai e que deixou a raiva
interferir na relação dele com os filhos. O campo se posiciona da seguinte forma:

Filho 1 Filho 2 Filho 3 Filho 4

Pai Mãe

Sogra (avó paterna) Avô materno Avó materna

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