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MBA FAENE
ADMINISTRAÇÃO DE
RECURSOS DE
LONGO PRAZO
MINI-CURRÍCULO
1 EMENTA
2 OBJETIVOS
2.1 GERAL
2.2 ESPECÍFICOS
3 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
5 RECURSOS DIDÁTICOS
As aulas serão construídas com o uso de textos impressos e recursos técnicos e tecnológicos
como o quadro branco e acessórios, projetor multimídia, notebooks pessoais dos alunos,
internet ou laboratório de informática e outros, que se fizerem necessários durante o
desenvolvimento das aulas.
6 PROCEDIMENTOS AVALIATIVOS
7 REFERÊNCIAS
7.1 BÁSICAS
ABREU FILHO, José Carlos Franco de. [et al.]. Finanças corporativas. 11 Ed. Rio de Janeiro:
FGV, 2012.
ASSAF NETO, Alexandre. Finanças Corporativas e Valor. 7ª Ed. São Paulo: Atlas, 2016.
BREALEY, Richard A; MYERS, Stewart C.; ALLEN, Franklin. Princípios de finanças
corporativas [recurso eletrônico]. 10. Ed. Porto Alegre: AMGH, 2013.
ROSS, Stephen A. [et al.]. Fundamentos de administração financeira [recurso eletrônico].
9. Ed. Porto Alegre: AMGH, 2013.
7.2 COMPLEMENTAR
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ....................................................................................... 6
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS CORPORATIVAS........... 7
1.1 O Papel do Administrador Financeiro .......................................... 8
1.2 Decisões Financeiras de Curto e de Longo Prazo ....................... 9
1.3 Origem das Propostas de Investimento ....................................... 9
UNIDADE 2 – PLANEJAMENTO FINANCEIRO DE LONGO PRAZO . 11
2.1 Por que Elaborar Planos Financeiros? ...................................... 11
2.2 Dimensões do Planejamento Financeiro ................................... 14
2.3 Componentes do Modelo de Planejamento Financeiro ............. 15
2.4 Crescimento e Necessidade de Aportes Financeiros ................ 21
UNIDADE 3 – FONTES DE FINANCIAMENTO DE LONGO PRAZO ... 23
3.1 Características do Financiamento de Longo Prazo ................... 24
3.2 Fontes de Financiamento a Longo Prazo no Brasil ................... 25
UNIDADE 4 – ESTRUTURA DE CAPITAL ............................................. 28
4.1 Estrutura Ótima de Capital ........................................................ 29
4.2 Principais Indicadores de Estrutura de Capital (Endividamento) 31
UNIDADE 5 – CUSTO DO CAPITAL ....................................................... 33
5.1 Introdução ao Custo do Capital ................................................. 33
5.2 Mensuração do Custo do Capital Próprio .................................. 33
5.3 Custo Total de Capital ............................................................... 34
APRESENTAÇÃO
Esta apostila foi elaborada pelo Professor Danilo Pereira utilizando trechos dos
melhores livros de finanças corporativas para uso exclusivo dos pós-graduandos no programa
de MBA da Faculdade de Negócios Excellence (FAENE).
Para ROSS [et al.], 2013, quando você vai iniciar o seu próprio negócio é necessário
responder três questões fundamentais:
1. Quais serão os investimentos de longo prazo que você deverá fazer? Ou seja,
que tipo de instalações, maquinário e equipamento são necessários?
3. Como administrará suas atividades financeiras diárias, tais como cobrança dos
clientes e pagamento dos fornecedores?
Para Ross, et all. (2013, p. 4), o administrador financeiro tem duas preocupações
nessa área. Uma é quanto a empresa deve tomar emprestado? Qual a melhor combinação
entre passivo e patrimônio é melhor? A outra é identificar quais são as fontes mais baratas?
A combinação escolhida afetará o risco e o valor da empresa.
Algumas empresas detêm mais ativo circulante, isto é, possuem maior liquidez que
outras. Algumas empresas conseguem gerar caixa mais rapidamente que investir em projetos
com VPL positivo, assim elas investem grande parcela dos seus recursos em títulos de curto
prazo. A posse de recursos em caixa é necessária para fazer uso em situações imediatas e
inesperadas ou para garantir o investimento em pesquisa e desenvolvimento de novos
produtos. (BREALEY; MYERS; ALLEN, 2013)
Quando uma empresa percebe que a sua capacidade produtiva não é suficiente para
atender à demanda existente ela recorrerá a ampliação do seu capital. Nesta situação o
investimento deverá ser direcionado para a compra de máquinas, equipamentos e ampliação
das instalações ou na absorção de uma empresa concorrente. É importante destacar que a
Todos os outros investimentos que não possuem enquadramento nos que foram
tratados anteriormente serão incluídos na categoria outras origens. Este é o caso dos
investimentos em P&D, Serviços de Assessoria Externa, Publicidade e Propaganda. (ASSAF
NETO, 2016, P. 349)
a) Planejamento Contingente
diferentes cenários. Um cenário pode visualizar altas taxas de juros que contribuem para uma
desaceleração do crescimento econômico mundial e preços de mercadorias mais baixos. Um
cenário alternativo pode envolver uma economia doméstica em alta, um alto índice
inflacionário e uma moeda fraca. A ideia é formular respostas a surpresas inevitáveis. O que
você faria, por exemplo, se as vendas no primeiro ano acabassem sendo 10% mais baixas do
que o previsto? Um bom plano financeiro deve ajudá-lo a se adaptar à medida que há o
desenvolvimento dos eventos.
b) Considerando Opções
Além do objetivo geral de criação de valor, uma empresa normalmente tem muitos
objetivos específicos. Tais objetivos podem ser participação de mercado, retorno sobre o
patrimônio, alavancagem financeira e outros. Às vezes, os vínculos entre os diferentes
objetivos e os diversos aspectos dos negócios de uma empresa são difíceis de visualizar. Um
plano financeiro não apenas torna esses vínculos explícitos, mas também impõe uma
estrutura unificada para a conciliação dos objetivos e metas. O plano financeiro deve tornar
para focar no retorno sobre o investimento. A organização esperava que essa medida
pudesse estimular os gestores a extrair o máximo de lucro de cada dólar de capital investido.
2. Um caso normal. Tal plano exigiria as suposições mais prováveis sobre a empresa
e a economia.
Quase todos os planos financeiros exigem que lhes seja fornecida uma previsão. Nos
modelos a seguir, por exemplo, a previsão de vendas será o “guia”. Isso quer dizer que o
usuário do modelo de planejamento fornecerá esse valor e que a maioria dos outros valores
será calculada com base nele. Essa é uma organização comum para muitos tipos de negócios.
o planejamento se concentrará nas vendas futuras e nos ativos e financiamentos necessários
para dar suporte a essas vendas.
b) Demonstrações Projetadas
c) Necessidades de Ativos
O plano incluirá uma seção sobre os arranjos financeiros necessários. Essa parte do
plano deve discutir as políticas de dividendos e de endividamento. Sociedades anônimas
podem obter o aporte de caixa necessário mediante a emissão de novas ações ou mediante
a tomada de novos empréstimos. Nesse caso, o plano terá de considerar quais tipos de títulos
mobiliários precisam ser emitidos e quais métodos de emissão são os mais apropriados.
Esses são assuntos que consideraremos na Parte 6 deste livro, na qual discutiremos o
financiamento de longo prazo, a estrutura de capital e a política de dividendos.
e) A Variável de Fechamento
Depois de ter uma previsão de vendas e uma estimativa dos gastos exigidos em ativos,
certa quantidade de financiamento novo será necessária, porque o total projetado dos ativos
excederá o total projetado do passivo e do patrimônio líquido. Em outras palavras, o balanço
patrimonial não estará mais equilibrado.
Como pode ser necessário um novo aporte financeiro para cobrir todos os gastos de
capital projetados, uma variável financeira de fechamento deve ser selecionada. A variável de
fechamento é a fonte ou as fontes escolhidas de aportes financeiros necessários para lidar
com qualquer falta (ou excedente) de financiamentos e, portanto, fechar o balanço patrimonial.
Por exemplo, uma empresa com uma ou muitas oportunidades de investimento e fluxo
de caixa limitado pode ter de levantar recursos novos. Outras empresas, com poucas
oportunidades de crescimento e grande fluxo de caixa, terão um excedente de caixa e,
portanto, poderão pagar mais dividendos. No primeiro caso, os recursos novos são a variável
de fechamento. No segundo, os dividendos constituem essa variável.
f) Premissas Econômicas
vendas e que as relações são perfeitas. Isso significa que todos os itens aumentarão
exatamente à mesma taxa das vendas. Essa visão é obviamente simplificada, de forma que
a utilizaremos apenas para mostrar nosso ponto de vista.
A hipótese de que todas as variáveis crescerão 20% nos permite construir facilmente
o balanço patrimonial projetado:
Observe que aumentamos apenas 20% em cada item. Os números entre parênteses
são as variações em reais para os diferentes itens. Agora temos de conciliar essas duas
demonstrações projetadas. Por exemplo, como pode o lucro líquido ser igual a $240 e o
aumento do patrimônio líquido de apenas $50? A resposta é que a Zona do Computador
provavelmente terá pago a diferença de $240 - $50 = $190 em dividendos. Nesse caso, os
dividendos são a variável de fechamento.
Suponha que a Zona do Computador não pague os $190. Nesse caso, o acréscimo
aos lucros retidos é de $240. Assim, o patrimônio líquido da Zona do Computador aumentará
para $250 (o montante inicial) mais $240 (lucro líquido), ou $490, e parte da dívida deve ser
resgatada para manter o total do ativo em $600.
Com $600 de ativo total e $490 de patrimônio líquido, a dívida terá de ser de $600 -
$490 = $110. Como iniciamos com $250 de dívida, a Zona do Computador terá de resgatar
$250 - $110 = $140 dela. O balanço patrimonial projetado resultante seria assim:
Nesse nosso exemplo simples, é preciso observar que o modo como passivo e
patrimônio líquido mudam depende da política de financiamento da empresa e de sua política
de dividendos. O crescimento do ativo exige que a empresa decida como financiar esse
crescimento. Essa é uma decisão estritamente de alçada da alta administração. Observe que,
em nosso exemplo, a empresa não precisou de aportes financeiros. Em geral, esse não é o
caso, por isso exploraremos uma situação de porte financeiro ao final desta unidade.
muito bem-estar operando aquém da sua capacidade máxima, de modo que a empresa pode
inicialmente aumentar a produção sem quaisquer aumentos da capacidade. Contudo, se as
vendas continuarem a crescer, poderá precisar de um novo grande investimento na fábrica e
em equipamento.
Mas tenha cuidado para não introduzir uma complexidade excessiva: sempre há a
tentação de construir um modelo maior e mais detalhado. Você pode acabar com um modelo
exaustivo, pesado demais para uma utilização rotineira. O fascínio do detalhe, se ceder a ele,
desvia a atenção de decisões cruciais, tais como a política de emissões de ações e a política
de dividendos.
h) A Escolha de um Plano
Todavia, um modelo como esse não nos informa se o plano é ou não ideal, nem sequer
indica quais alternativas vale a pena examinar. Por exemplo, vimos que a Dynamic Mattress
está planejando um crescimento rápido das vendas e dos lucros por ação. Mas essas são
boas notícias para os acionistas? Bem, não necessariamente; isso depende do custo de
oportunidade do capital que a Dynamic Mattress precisa investir. Caso o novo investimento
renda mais do que o custo do capital, ele terá um VPL positivo e tornará os acionistas mais
ricos. Se o investimento rende menos do que o custo do capital, deixará os acionistas em pior
situação, apesar de ela esperar um crescimento sustentado dos lucros.
O capital que a Dynamic Mattress precisa depende da sua decisão de pagar 60% dos
seus ganhos como dividendos. Entretanto, o modelo de planejamento financeiro não nos
indica se esse pagamento de dividendos faz sentido ou qual é a composição de capital próprio
e de endividamento que a empresa deve emitir. Essa decisão final cabe à administração.
Gostaríamos de lhe dizer exatamente como fazer essa escolha, mas não podemos, uma vez
que não há nenhum modelo que englobe todas as complexidades encontradas no
planejamento financeiro e na tomada de decisões.
A terceira lei implica que nenhum modelo pode determinar a melhor de todas as
estratégias financeiras.
Exercício Nº1
Fatores, como taxas de juros e risco influenciam diretamente na escolha das fontes
de financiamentos que podem levar tanto a lucros como a prejuízos. Para suprir suas
necessidades recorrentes de financiamentos de bens, as empresas precisão escolher uma
das várias alternativas oferecidas pelo mercado financeiro.
Segundo Assaf Neto (2016), a classificação das instituições financeiras possui duas
categorias: as bancárias e as não bancárias. As primeiras são também conhecidas como
monetárias e são representadas pelos bancos comerciais, a outra é conhecida como não
monetária por não receberem depósitos à vista, exercendo exclusivamente atividades
financeiras, não monetárias.
A maioria das empresas, por receio de fazer uso do financiamento externo, utilizam o
financiamento interno por considerá-lo mais conveniente. Alguns autores ponderam que os
gestores preferem apresentar investimentos com VPL positivo que gerem aumento no preço
das ações, agradando aos investidores. Esses investidores optam pela via de menor
resistência evitando emissão de ações e possíveis questionamentos perigosos por parte dos
investidores potenciais. (ASSAF NETO, 2016; BREALEY;
Então, os financiamentos a longo prazo têm maiores taxas de juros do que aqueles a
curto prazo, em razão de vários fatores, dentre eles:
Os meios de financiamento com recursos próprios utilizados pelas empresas pode ser
via retenção dos resultados líquidos e com a integralização de novas ações. Os
procedimentos para a integralização de novas ações no mercado de capitais são: Empresa
Emitente; Instituição Financeira Intermediadora; e Mercado Primário e Secundário.
A maioria dos financiamentos das empresas são provenientes dos bancos comerciais.
As necessidades de financiamento dos investimentos produtivos são superiores às ofertas
existentes. Os custos dos investimentos são muitas vezes superiores aos retornos, somado à
pouca maturidade do mercado nacional que é insuficiente para promoção do equilíbrio
financeiro das empresas. O financiamento dos bancos comerciais é limitado ao curto prazo,
capital de giro em sua grande maioria. Os bancos privados têm dificuldades em oferecer
financiamentos a longo prazo. Assim, as linhas de crédito com prazos mais longos são
oferecidas por instituições financeiras oficiais, como o sistema do BNDES. A outra opção de
financiamento para as empresas brasileiras seria por meio de ofertas públicas de ações e
debêntures no mercado de capitais que ainda é pouco significativo.
Exercício Nº2
Como uma empresa deve escolher seu índice dívida/capital próprio? O princípio
é escolher um modo de maximizar o valor da ação. Porém, no que diz respeito às decisões
sobre estrutura de capital, isso é essencialmente o mesmo que maximizar o valor de toda a
empresa e, por questões de conveniência, tendemos a organizar nossa discussão em termos
do valor da empresa.
o dividendo extra. Esse é o Cenário II. No Cenário I, o valor da empresa aumenta para $1.250,
e os acionistas têm um lucro de $250. Em outras palavras, a reestruturação tem um VPL de
$250 nesse cenário. O VPL do Cenário III é de - $250.
A principal observação a ser feita aqui é que a variação no valor da empresa é igual
ao efeito líquido sobre os acionistas. Portanto, os administradores financeiros podem tentar
encontrar a estrutura de capital que maximize o valor da empresa. Em outras palavras, a regra
do VPL se aplica às decisões sobre estrutura de capital, e a variação no valor da empresa em
geral é o VPL de uma reestruturação. Assim, a JC deve fazer um empréstimo de $500 se
esperar o Cenário I. A pergunta crucial para determinar a estrutura de capital de uma
empresa é: qual o cenário que tem probabilidade de ocorrer?
a) Teoria Convencional
A empresa atribui o valor mínimo para o seu custo total de capital. Assim, a empresa
estabelece o valor que minimizaria seu custo de capital (CMPC) e maximizaria a riqueza de
seus acionistas.
Assaf Neto (2016, p. 521) afirma que “Esta taxa de custo de capital é utilizada para
todas as decisões financeiras que envolvem o uso de recursos de capital, sendo interpretada
como a taxa mínima de retorno exigida de maneira a justificar economicamente a atratividade
do investimento”. Assim, o custo de capital de terceiros, por outro lado, é dependente do risco
financeiro da empresa, e não da natureza da fonte de financiamento e do investimento a ser
financiado.
b) Teoria MM
A proposição I, para este cenário sem impostos, defende que o valor da empresa não
sofre influência da forma com ela financia a sua atividade. O valor de uma empresa é o valor
presente dos fluxos de caixa futuros esperados de seus ativos, independente da estrutura de
capital escolhida.
Na proposição II, com impostos, MM mantêm que o retorno do capital próprio será
proporcional ao risco do endividamento, entretanto, o endividamento proporcionará uma
economia de imposto de renda.
Exercício Nº3
Para ilustrar melhor esse ponto, imagine que estejamos avaliando um projeto sem
risco. Neste caso, está claro como determinar o retorno exigido: olhamos nos mercados de
capitais a taxa corrente oferecida por investimentos sem risco e depois usamos essa taxa
para descontar os fluxos de caixa do projeto. Assim, o custo de capital de um investimento
sem risco é a taxa sem risco.
Se um projeto tiver risco associado, então, assumindo que todas as outras informações
permaneçam iguais, o retorno exigido obviamente será mais alto. Em outras palavras, o custo
de capital para esse projeto, caso ele tenha risco, é maior do que a taxa sem risco, e a
taxa de desconto apropriada a excederia. Logo, os termos retorno exigido, taxa de desconto
apropriada e custo de capital sem distinção, todos esses termos significam essencialmente
a mesma coisa.
O custo de capital é estabelecido pelas condições com que a empresa obtém seus
recursos financeiros no mercado de capitais, sendo geralmente determinado por uma média
dos custos de oportunidade do capital próprio (acionistas) e capital de terceiros (credores),
ponderados pelas respectivas proporções utilizadas de capital, e líquidos do imposto de
renda. É conhecido na literatura financeira como weighted average cost of capital (WACC)
ou custo médio ponderado de capital (CMPC). O cálculo desse custo é processado pelo
critério da média ponderada pela seguinte expressão:
𝐂𝐌𝐏𝐂 = ∑ Kj x Wj
𝑗=1
Assim os custos totais das fontes de capital da empresa podem ser calculados da
seguinte forma:
CMPC = 21,8%
Um retorno menor que o CMPC informa aos acionistas que não haverá retorno
operacional e sim uma destruição de valor, isto é, o valor de mercado da empresa será
reduzido. Quando o retorno operacional é acima da taxa de atratividade significa que há
agregação de valor econômico à empresa. A geração de resultados é superior ao mínimo
exigido pelos proprietários de capital. As decisões financeiras das empresas determinarão se
ocorrerá a maximização do valor de mercado ou reduzirá o valor da riqueza dos acionistas.
Os juros pagos por uma empresa são dedutíveis para fins fiscais (isso inclui, no
caso brasileiro, o pagamento de juros sobre o capital próprio para os acionistas). Isso significa
efetivamente que o governo paga parte dos juros. Já os pagamentos aos acionistas na forma
de dividendos, não são dedutíveis. Assim, ao determinar uma taxa de desconto após
impostos, precisamos distinguir entre o custo da dívida antes e após impostos.
UM EXEMPLO:
Para ilustrar, suponhamos que uma empresa tome emprestado $1 milhão a juros de
9%. A alíquota tributária da pessoa jurídica é de 34%. Qual é a taxa de juros após impostos
sobre esse empréstimo? Os juros totais serão de $90.000 por ano. Esse montante é dedutível
dos impostos e, assim, os juros de $90.000 reduzem o total de impostos da empresa em 0,34
x $90.000 = $30.600. Portanto, os juros após impostos são de $90.000 - $30.600 = $59.400.
A taxa de juros após impostos é $59.400/$1 milhão = 5,94%.
Observe que, em geral, a taxa de juros após impostos é simplesmente igual à taxa
antes dos impostos, multiplicada por 1 menos a alíquota tributária. Se usarmos o símbolo T C
para a alíquota tributária da pessoa jurídica, então a alíquota após impostos que podemos
usar pode ser escrita como RD x (1 - TC). Por exemplo, usando os números do parágrafo
anterior, descobrimos que a taxa de juros após impostos é 9% x (1 - 0,34) = 5,94%.
Exercício Nº4
Quanto mais alto o grau de alavancagem operacional, maior será o perigo potencial
do risco de previsão. O motivo é que erros relativamente pequenos na previsão do volume de
vendas podem ser ampliados ou “alavancados” para erros maiores nas projeções de fluxo de
caixa. Agora que entendemos a parte conceitual vamos medir a alavancagem operacional.
EXEMPLO PRÁTICO:
A empresa “New Age S/A” vende seu produto por R$ 25 a unidade. Os custos variáveis
unitários totalizam R$ 10 e os custos e despesas fixas totalizam R$ 12.000. Atualmente, a
empresa tem um volume de vendas anual de 2.000 unidades e está projetando um
crescimento de 25% para o próximo ano. Qual o efeito sobre o LAJIR?
Concluímos que uma variação nas receitas provocará um impacto igual a 1,667 no
LAJIR.
alavancagem operacional. Isso significa que, toda vez que GAO > 1 há alavancagem
operacional. Em algumas situações, a alavancagem operacional é chamada de Risco do
Negócio.
Custos fixos são aqueles que permanecem constantes em certo período de tempo
independente do volume de produção e vendas.
Q (p - CVu) = CF isolando o Q:
𝐂𝐅
𝐐= Fórmula do ponto de equilíbrio (determinação
(𝐩 − 𝐂𝐕𝐮) do vol. de vendas em quantidade)
𝐂𝐅
𝐏𝐄𝐧 = Fórmula do ponto de equilíbrio Monetário
𝟏 − (𝐂𝐕/𝐑𝐓)
EXEMPLO PRÁTICO:
Isso significa que a empresa tem que obter um faturamento de R$ 200.000 para que
seu lucro seja zero. Qualquer venda inferior a este valor resultará em prejuízo. Em termos de
volume de vendas (em unidades) o ponto de equilíbrio será:
EXEMPLO PRÁTICO:
Utilizando a empresa “New Age S/A” como exemplo. Considere que as despesas
financeiras totalizam R$ 9.000 e que o Imposto de Renda é de 15%. Qual o efeito do aumento
das vendas de 2.000 para 2.500 unidades sobre o lucro líquido?
Isso significa que se o volume de vendas sofrer variações, o lucro líquido da empresa
flutuará 3,33 vezes. Por exemplo, se o crescimento projetado das vendas for de 15%, o lucro
líquido crescerá aproximadamente 50% (GAT = 15% x 3,333).
Exercício Nº5
EXERCÍCIOS
CASO - DYNAMIC
Quadro 1
Assim, há três passos para determinar o capital adicional que a Dynamic vai precisar
e das implicações no seu índice de endividamento:
Dynamic precisará levantar fundos adicionais de longo prazo. A primeira coluna do Quadro 3
mostra que, em 2009, a Dynamic necessitava levantar $30 milhões de novo capital. As outras
colunas projetam suas necessidades de fundos para os cinco anos subsequentes. Por
exemplo, pode-se ver que a Dynamic precisará emitir $144,5 milhões de obrigações em 2010
se expandir à taxa planejada e não vender mais ações.
Passo 3 Por fim, construa um balanço proforma, do tipo projetado, que incorpore os
ativos adicionais e os novos níveis da dívida e do capital próprio. Por exemplo, a primeira
coluna do Quadro 4 mostra o último balanço condensado para a Dynamic Mattress. As
colunas remanescentes mostram que o capital próprio da empresa aumenta com os lucros
adicionais retidos (lucro líquido menos dividendos), enquanto a dívida de longo prazo aumenta
constantemente até $691 milhões. Durante o período de cinco anos, prevê-se que a Dynamic
contraia um empréstimo adicional de $601 milhões e, até o ano de 2014, o seu índice de
endividamento terá subido de 20% para 54%. Os pagamentos dos juros ainda serão
confortavelmente cobertos pelos ganhos, e a maioria dos gestores financeiros pode
simplesmente suportar esse montante de dívida. No entanto, a empresa não poderia continuar
a tomar emprestado nessa taxa depois dos cinco anos, e o índice de endividamento poderia
estar próximo do limite imposto pelos bancos e credores da organização.
Quadro 2
Quadro 3
Quadro 4
O dono da empresa em que você vai prestar consultoria solicitou ao gestor financeiro
uma lista de linhas de financiamento para expansão das atividades. Com base nesta
informação, pesquise na internet e faça um parecer destacando quais linhas de financiamento
do mercado são mais apropriadas ao objetivo do empresário.
Vamos utilizar os dados fictícios da CIA Maranhão dos exercícios 2016 e 2017 para
avaliar a estrutura de capital apresentada.