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CENTRO DE ENGENHARIAS
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
MOSSORÓ/RN
2017.2
BONIEX MANOEL DA SILVA
CLAUDIA YANARA MEIRA DA COSTA
ÉRICA KARINE FILGUEIRA COSTA
JULIANA CARLA FRUTUOSO DE SOUZA
MARYANE HOLANDA DE MELO
VICTOR JOSE GOMES DE OLIVEIRA
MOSSORÓ/RN
2017.2
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4
2. CASOS DE GEOMETRIA PARA ESTUDO ........................................................... 4
3. DADOS DE ENTRADA ........................................................................................... 5
4. CÁLCULO DAS CARGAS ATUANTES ................................................................ 6
5. CÁLCULO DOS MOMENTOS ............................................................................... 7
6. VERIFICAÇÃO DAS FLECHAS ............................................................................ 7
7. REAÇÃO DAS LAJES NAS VIGAS ....................................................................... 8
8. DETERMINAÇÃO DAS ARMADURAS ............................................................. 10
9. VERIFICAÇÃO DE LAJES AO CISALHAMENTO ............................................ 11
10. DETALHAMENTO DAS ARMADURAS ........................................................ 11
10.1. Espaçamento entre barras ............................................................................. 12
10.2. Armaduras máximas e mínimas ................................................................... 12
11. RESULTADOS: QUADRO RESUMO .............................................................. 13
12. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 14
13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 14
1. INTRODUÇÃO
Do ponto de vista estrutural, a lajes são placas de concreto. No caso de lajes maciças
de concreto armado, elas são apoiadas por vigas em seu contorno ou bordo. Um bordo
eventualmente sem viga de sustentação denomina-se “bordo livre”. Trata-se de uma laje
moldada no local, que apresenta como uma das vantagens a distribuição das cargas
recebidas para as vigas de contorno, diferente das pré-moldadas, tendo um melhor
aproveitamento das vigas do pavimento (CARVALHO; FIGUEIREDO FILHO, 2012).
Como dito anteriormente, foi proposto em sala o estudo de cinco casos de contorno
de lajes maciças. Logo, as lajes são calculadas na planilha isoladamente (sendo
necessário uma discretização prévia do pavimento para aplicação do cálculo
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apresentado) pelo método elástico, por meio da teoria das placas delgadas em alguns
dos casos. Em outros casos, a análise é feita usando a teoria das vigas. Cada caso será
discutido em cada etapa do projeto. Os casos são representados na figura a seguir:
Como pode-se ver na Figura 1, de acordo com a legenda, os casos são descritos da
seguinte forma:
3. DADOS DE ENTRADA
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• Resistência característica do concreto, estabelecido pelo projetista de acordo
com as configurações da obra;
• Peso específico do concreto armado, considerado usualmente como 2500kg/m³
(NBR 6118:2014);
• Tensão de escoamento do aço, de acordo com o tipo de aço escolhido.
Na planilha foram indicadas as unidades com as quais os valores devem ser
inseridos de modo que as equações sejam compatíveis.
Com os dados de entrada, calculou-se o parâmetro adimensional referente a
geometria da laje, dado por:
As cargas atuantes na laje são de três tipos: peso próprio, revestimento e carga
acidental.
O peso próprio (𝒈𝟏, em kN/m²) é definido de acordo com a equação:
𝒈𝟏 = 𝜸𝒄. 𝒉
sendo
𝜸𝒄: peso específico do concreto armado (kN/m³);
𝒉: espessura da laje(m).
A carga oriunda do revestimento (𝒈𝟐, em kN/m²) é dado pela equação abaixo,
observando as unidades:
𝒈𝟐 = 𝜸𝒓
sendo
𝜸𝒓: pesso específico do revestimento (kN/m2).
A carga acidental (q, em kN/m²) é definida de acordo com a NBR6120:1980, em
função da utilização da edificação. Aqui, considerou-se 𝒒 = 𝟐, 𝟎𝟎𝒌𝑵/𝒎².
Dessa forma, a carga total (P, em kN/m²) é dada como:
𝑷 = 𝒈𝟏 + 𝒈𝟐 + 𝒒
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5. CÁLCULO DOS MOMENTOS
Nos casos 3, 4 e 5 as lajes são apoiadas de tal maneira que podemos considerar
seu comportamento como de uma viga. Assim, utilizamos o teorema das vigas para
achar os valores de momentos máximos, os quais ocorrem na metade do comprimento
nos casos 3 e 4 e no engaste no caso 5. As equações para esses momentos são
apresentadas na tabela 02.
Tabela 02: Equações para cálculo dos momentos máximos, casos 3,4 e 5.
𝑷. 𝒍²
Momento máximo caso 3 𝒎=
𝟖
𝑷. 𝒍²
Momento máximo caso 4 𝒎=
𝟐𝟒
𝑷. 𝒍²
Momento máximo caso 5 𝒎=
𝟐
Fonte: Autoria própria, 2018.
𝑙 é a medida do vão formado pelos apoios e P o valor da carga distribuída.
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possam resultar em danos a estrutura. As flechas máximas são determinadas de acordo
com a vinculação da laje.
Para este dimensionamento foi considerado o deslocamento máximo para a
aceitabilidade sensorial, ou seja, vibrações indesejáveis ou efeito visual desagradável.
Para os Casos 1 e 2 de vinculação, a flecha é calculada a partir da equação abaixo.
𝑃𝑙𝑥 4 𝛼
𝛿=
𝐸ℎ3 × 100
Sendo:
E o módulo de elasticidade longitudinal;
h é a espessura da laje;
lx é o menor vão;
α é o coeficiente fornecido pelo método de Bares, obtido a partir do caso de
vinculação e da relação entre vãos (λ=ly/lx).
Para o Caso 3, calcula-se a flecha a partir da seguinte equação.
5𝑃𝑙𝑥 4
𝛿=
384𝐸𝐼
Para o Caso 4, temos a equação abaixo.
𝑃𝑙𝑥 4
𝛿=
384𝐸𝐼
Para o Caso 5, a flecha é obtida da seguinte forma.
𝑃𝑙𝑥 4
𝛿=
8𝐸𝐼
A seção 13.3 da NBR 6118:2014 apresentam os valores limite de deslocamento.
Estes valores podem ser calculados pelas equações abaixo.
Deslocamentos visíveis em elementos estruturais:
𝐿
𝛿=
250
Vibrações sentidas no piso:
𝐿
𝛿=
350
Como já é sabido, o carregamento nas lajes são transferidos para as vigas. Para
mensurar as reações que chegam às vigas para os cinco casos analisados nesse trabalho,
foram utilizadas duas vertentes. Nos casos 1 e 2, as reações são encontradas pelo
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método das charneiras plásticas. Já para os casos 3, 4 e 5, devido aos lados livres, as
reações são calculadas como em uma viga. Especificamente para o caso 4, que a laje é
biengastada tem-se uma viga hiperestática, em que as reações e momentos nos bordos
são obtidos através de conceitos aprendidos em mecânica das estruturas 2.
No método das charneiras plásticas, a NBR 6118:2014, no item 14.7.6.1, prescreve
que para o cálculo das reações de apoio das lajes maciças retangulares com carga
uniformemente distribuídas podem ser feitas as aproximações a seguir:
a) As reações de cada apoio são obtidas a partir das áreas dos trapézios e triângulos
formados pelas charneiras plásticas. Essas reações podem ser, de forma
aproximada, consideradas uniformemente distribuídas sobre os elementos que
lhe servem de apoio.
b) As charneiras podem ser aproximadas por retas inclinadas a partir dos vértices
com as seguintes angulações: 45° entre apoios do mesmo tipo; 60° a partir do
apoio engastado se o outro for simplesmente apoiado; e 90° a partir do apoio
quando a borda vizinha for livre (Figura 2).
Figura 2: Angulações das charneiras nas lajes para reações nas vigas.
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Fonte: Autoria própria, 2018.
O coeficiente 𝑘 é dado pela Tabela das Charneiras Plásticas, anexada na planilha,
em função do coeficiente .
Tabela 4: Equações para cálculo das reações nas vigas, casos 1 e 2, onde P é carga
distribuída e 𝑙 a largura da viga (1m).
𝑷∗𝒍
Reação na viga caso 3 𝒒=
𝟐
𝑷∗𝒍
Reação na viga caso 4 𝒒=
𝟐
Reação na viga caso 5 𝒒=𝑷∗𝒍
Para verificação o ELU (Estado de Limite Último), deve ser calculada uma área de
aço que faça com que o momento fletor solicitante seja igual ao momento resistente. O
cálculo das armaduras das lajes, nas direções x e y, é feito para uma faixa de laje de
largura unitária (1 metro). Portanto, a armadura encontrada deve ser distribuída ao longo
dessa largura. Para chegar à área de aço da armadura, são utilizadas as fórmulas
adimensionais na ordem a seguir:
𝑀𝑑
𝐾𝑀𝐷 =
𝑏𝑤 ∗ 𝑑 2 ∗ 𝑓𝑐𝑑
𝐾𝑋 = 1,25 − 1,9174 ∗ √0,425 − 𝐾𝑀𝐷
𝐾𝑍 = 1 − 0,4 ∗ 𝐾𝑋
𝑀𝑑
𝐴𝑠 =
𝑑 ∗ 𝐾𝑍 ∗ 𝑓𝑦𝑑
Onde, para garantia da ductilidade, KX deve ser menor ou igual a 0,45.
Md: Momento resistente de projeto é 1,4 * Momento fletor máximo solicitante.
bw: largura unitária (1 m).
d: altura útil da laje.
fcd: resistência de projeto do concreto à compressão.
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fyd: tensão de escoamento do aço
Lajes maciças conseguem resistir ao esforço cortante, fazendo com que seu efeito
não se torne crítico para estrutura, sendo assim, apenas o concreto é suficiente para
suportar seu esforço. Contudo, há casos especiais, que é necessário o uso da armadura
transversal para que possa resistir as forças de tração provenientes da força cortante.
Portanto, haverá a necessidade da armadura transversal se a força cortante de cálculo
(VSd) for maior que à resistência de projeto do cisalhamento (VRd), caso contrário não
haverá a necessidade.
𝑉𝑆𝑑 ≤ 𝑉𝑅𝑑1
Com isso haverá duas situações possíveis quanto a classificação: lajes sem
armadura para força cortante e lajes com armadura para força cortante, de acordo com o
resultado obtido da equação acima.
A força resistente de projeto é obtida a partir da seguinte expressão
Sendo:
𝜏𝑅𝑑1 = 0,0375. 𝑓𝑐𝑘 2/3 (com fck em Mpa);
𝐾 = 1,6 − 𝑑 ≥ 1 (com d em metros);
𝐴𝑠1
𝜌1 = 𝑏𝑤.𝑑 ≤ 0,02 (As1 = Armadura efetiva de tração);
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Os próximos subtópicos trazem parâmetros pertinentes ao detalhamento de
armaduras longitudinais positivas e negativas em lajes maciças de concreto armado.
O número de barras (n) é dado pela divisão entre a área de aço total por unidade de
largura da laje (As, em cm²/m) e a área de uma barra escolhida (Asϕ, cm²). A
quantidade n é dada por:
𝐴𝑠
𝑛=
𝐴sϕ
Além disso, o espaçamento entre as barras (m) é a largura unitária da laje (1m)
divido pelo número de barras:
1 𝐴𝑠
𝑠= =
𝑛 𝐴sϕ
Porém, é necessário saber o espaçamento máximo, que não pode ser superior a duas
vezes a altura da laje, nem superior a 20cm. O diâmetro máximo de uma barra não pode
ser superior a 1/8 da altura da laje.
Sabendo que:
As,mín = ρmín * (bw * h)
Onde:
As,mín = área de aço mínima;
bw = largura da laje (1m);
h = largura da laje;
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ρmín = taxa mínima de armadura de flexão, dada pela Tabela 5, que depende do fck
do concreto.
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Os resultados da planilha são dispostos em um quadro com todos os dados que
importam para a execução da laje então dimensionada. No quadro de resultados feito
neste trabalho, ao inserir os dados de entrada, o quadro de resultados devolve os dados
das armaduras positivas e negativas contendo nas especificações: as informações para
os eixos x e y; a área de aço; um espaço onde o projetista escolhe a bitola (a escolha fica
por sua conta, pois depende da disponibilidade de compra do material, facilidade de
execução pelos colaboradores na obra e demais fatores que o engenheiro considerar
relevantes); de acordo com a bitola escolhida, tem-se os valores do espaçamento,
número de barras, comprimento unitário (para 1 metro de largura da laje), comprimento
total (que leva em consideração o valor dado no início), o peso total e o detalhamento
seguindo a convenção mostrada no tópico anterior.
Além disso, também é dado o volume de concreto, informação essencial para o
projetista. Consiste na diferença entre a área da laje menos a área total de aço.
Com esses resultados, tem-se, finalmente, o que é necessário para o
dimensionamento de uma laje maciça de concreto armado.
12. CONCLUSÃO
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BEZERRA, Eric Mateus Fernandes. Notas de aula de Estruturas de Concreto
Armado I: Lajes maciças - Análise. Mossoró, 2017. 44 slides.
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