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ESTADO DO PARÁ

PREFEITURA MUNICIPAL DE ABAETETUBA


CONSELHO DE ACOMPANHAMENTO E CONTROLE SOCIAL – CACS

ATA – CONSELHO MUNICIPAL DO FUNDO DE MANUTENÇÃO E


DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA – FUNDEB
06/11/2018 – 14h

Ata de Reunião do Conselho Municipal do


FUNDEB, ocorrida em 06/11/2018, das 14h às
17h, realizada no Auditório do Ministério
Público de Abaetetuba-PA, para tratar sobre o
Transporte Público Escolar fornecido pelos
rabeteiros e os atrasos de pagamento destes
profissionais que prestam o serviço à prefeitura.

1 Nesta tarde de terça-feira, aos seis dias do mês de novembro do ano de dois mil e dezoito, no
2 auditório do Ministério Público da cidade de Abaetetuba, Estado do Pará, o Conselho Municipal
3 de Acompanhamento e Controle Social do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação
4 Básica – FUNDEB esteve presente para tratar sobre a situação crítica do Transporte Público
5 municipal, principalmente a situação em que se encontra a classe dos rabeteiros, que são
6 profissionais contratados para prestar serviço de transporte público fluvial a alunos da rede
7 municipal e estadual de ensino. O momento inicia-se com a fala do Doutor Frederico Augusto de
8 Moraes Freire que agradece a presença de todos e saúda com boas vindas. Após apresentar os
9 casos que envolvem estes profissionais, foi discutido sobre as dificuldades enfrentadas. Entre elas
10 está a regularização da profissão, pois para isso necessita de formação na área de transporte fluvial,
11 segurança do transporte e a devida habilitação. Todos estes fatores são necessários para que a
12 categoria se enquadre nos parâmetros legais que os proteja enquanto uma profissão regularizada.
13 Comentou-se ainda os desafios em aceitar estas exigências, pois para isso os cadastrados como
14 agricultores teriam de mudar de categoria e se enquadrarem como rabeteiros, precisando tomar a
15 difícil decisão de perder os benefícios de programas sociais. São, pois, fatores dificultam a
16 execução de um contrato. Outra situação conflituosa é a falta de pagamento aos motoristas
17 transportadores fluviais e de estrada, cujo tempo de atraso atinge vários meses. A presidente do
18 Conselho de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica – FUNDEB, professora Waldira
19 do Perpétuo Socorro Calado Dias, questionou sobre o adicional de tempo aplicado ao contrato
20 licitatório que prorroga os serviços de transporte público. Observou que o Conselho do FUNDEB
21 ficou “de fora” desses fatos e que não foi comunicado pela Secretaria de Administração. O Doutor
22 Bruno Francisco Cardoso, Secretário de Administração (conferir se era este o cargo que
23 ocupava na época) da Prefeitura Municipal desta cidade, explica que já existe autorização
24 expressa na cartilha nacional que permite a prorrogação de igual período. Então o Doutor Frederico
25 observa que, relativo à peculiaridade local, a competência municipal se sobrepõe à norma geral e
26 às subsidiárias do Estado e por isso, como solução, sugeriu para que pautassem uma solicitação do
27 Conselho do FUNDEB e do Conselho de Educação à Câmara Municipal para que a Prefeitura
28 editasse uma lei, estabelecendo os limites máximos que se pode exigir para o transporte escolar,
29 na realidade fluvial e estrada, institucionando as características locais, informando ainda o que
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30 existe de folgas orçamentárias, garantindo ao mesmo tempo a qualidade do serviço. Ainda
31 assegurou que, em função das condições peculiares de nosso município, o Tribunal de Contas não
32 poderá desaprovar as contas para esse fim. Na sequência, o senhor João Andrade, técnico da Casa
33 do Conselho Municipal de Educação – CME, fala sobre o preço que custeia o pagamento desses
34 profissionais, orientando a se realizar uma consulta prévia antes de qualquer alteração, observados
35 todos os fatores envolvidos como a lotação escolar, quantidade de alunos, logística, gastos com
36 consertos mecânicos, etc. A fala passou aos representantes da categoria dos rabeteiros. Um dos
37 referidos representantes citou da falta de publicidade e transparência dos atos do governo.
38 Reclamou-se que o edital de licitação não estava disponível ao público e que a Cooperativa dos
39 Rabeteiros só veio a ter conhecimento do documento por terceiros. A advogada da Cooperativa,
40 senhora .............................................. explicou o histórico de como tudo aconteceu para chegar a
41 todo esse impasse. Explicou que o problema teve origem quando a prefeitura, após a realização do
42 pregão a duas empresas, estas deixavam de pagar os condutores rabeteiros. A advogada ainda
43 enfatizou haver dois grandes problemas, o primeiro a falta de consulta aos condutores pela média
44 dos valores e a falta de debate com eles. Fez comentários sobre uma cláusula do edital em que
45 exonera a prefeitura de qualquer responsabilidade junto aos condutores, tendo estes de pagar o
46 próprio combustível, a manutenção, assim como arcar com todas e quais quer culpas de acidentes.
47 Para ela, isso não existe, porque a administração é quem tem a obrigação reparar os danos. Atentou
48 também para a leitura do edital pelo condutor leigo que nunca entenderá esse problema. E que é
49 importante discutir a fase interna da licitação com a participação dos conselhos municipais de
50 Educação e do FUNDEB. O presidente da categoria afirmou, como pai e condutor, desejar para
51 seus filhos um transporte seguro, numa embarcação confortável e que apesar de todos os desafios
52 enfrentados, raros são os acidentes. E o pagamento em função deste serviço seja suficiente para
53 custear os gastos pelo menos da sua embarcação, mesmo que o combustível já esteja incluído numa
54 remuneração salarial segura e confiável. Outro representante da categoria pede que seja resolvido
55 o mais rápido o problema impossibilita os alunos das ilhas de frequentarem a escola por falta de
56 transporte. O doutor Frederico pergunta aos rabeteiros quais as razões por que ainda não
57 tenham apresentado propostas de melhoria na Chamada Pública. Um dos representantes
58 respondeu que a Cooperativa ainda não possui as condições necessárias para assumir o
59 contrato, contudo este foi o principal objetivo da existência da organização. Mas o doutor
60 explica que uma cooperativa não pode figurar como proprietário de uma empresa ou de
61 empreendimento, ou seja, não pode ter contrato com a pessoa jurídica de direito público. E
62 nessas condições, entende que a cooperativa precisa organizar-se para que se identifiquem como
63 marítimos e transportadores, evitando, assim, falsidade ideológica e o estelionato. Ao referir-se à
64 SEMEC, propõe a criação de uma planilha de custos que identifique o preço do serviço
65 oferecido para o transporte fluvial e indica a planilha do transporte rodoviário como
66 referência, garantindo a participação de todos nesse processo. A presidente do FUNDEB
67 reforça a ideia de criação desta planilha e na oportunidade pediu agilidade no encaminhamento. O
68 doutor Frederico aponta como encaminhamento que a SEMEC disponibilize as receitas
69 identificadas por fonte, informando o que convém à SEMEC, o que é receita suplementar e
70 receita própria do município, a identificação do aluno por escola, apresentação do
71 custo/aluno, enfim, tudo que leve em consideração as fontes de custeio da realidade existente.
72 O doutor Bruno faz um esclarecimento quanto aos gastos com rabeteiros. Realiza uma contagem
73 em milhas e, para uma contratação direta, o profissional rabeteiro, trabalhando nos dois turnos,
74 incluindo manutenção e combustível, a remuneração fica de dois mil, cento e noventa e três e
75 setenta e cinco centavos. Em seguida, o professor Carlos enfatiza o cumprimento de tal
76 encaminhamento e que se evitem as indefinições rotineiras. E para que a cooperativa conheça as
77 receitas de transporte fluvial, o doutor Frederico propõe que ela crie também uma planilha. O
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78 professor Raimundo de Jesus Ribeiro de Azevedo pede que haja celeridade no cumprimento das
79 decisões e que mesmo havendo proposta para médio e longo prazo, quer um encaminhamento com
80 ação imediata. Então, o doutor Frederico solicita aos cooperados um prazo para apresentarem a
81 planilha, o que se comprometem em dez dias. Pergunta também ao diretor da Secretaria de
82 Transportes, pastor ......................................., o que também se compromete em dez dias. A
83 professora Waldira informa que o Conselho Municipal de Educação e o Conselho do FUNDEB
84 estão à disposição para ajudarem. Sendo assim, decidiram marcar a próxima reunião, que ficou
85 marcada para o dia vinte e sete deste mês, às quatorze horas. Sem nada mais a tratar, a reunião
86 encerrou-se às dezessete horas e cinquenta minutos. A presente ata foi secretariada por mim,
87 Gleyson César da Silva Costa, e assinada pelos presentes:
Presidente:_____________________________, Secretário: _____________________________,

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