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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Improbidade Administrativa – Lei 8.429/92����������������������������������������������������������������������������������������������������2
Sujeitos dos Atos de Improbidade Administrativa��������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Sujeitos Ativos���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Sujeitos Passivos������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Disposições Gerais�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Improbidade Administrativa – Lei 8.429/92


A improbidade administrativa tem sua base estabelecida na Constituição Federal, estando regu-
lamentada pela Lei 8.429/92.
Constituição Federal, art. 37, § 4º: Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos
direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na
forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

Sujeitos dos Atos de Improbidade Administrativa


Sujeitos Ativos
São as pessoas que podem praticar um ato de improbidade administrativa e eventualmente ficar
submetidas às penalidades previstas na lei:
1) QUALQUER AGENTE PÚBLICO → Trata-se do conceito em sentido amplo. Alcança os exer-
centes de mandato, cargo, emprego ou função (dados por eleição, nomeação, designação, contra-
tação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo). Não importa se o exercício é dado de
forma transitória ou sem remuneração. São os chamados sujeitos ativos próprios.
2) PARTICULARES (sujeitos ativos impróprios) → Também pode ser enquadrado na lei aquele
que, mesmo não sendo agente público:
˃˃ induza ou concorra para a prática do ato de improbidade; ou
˃˃ dele se beneficie (direta ou indiretamente).
Prevalece na jurisprudência que os agentes políticos estão também sujeitos às disposições da Lei
de Improbidade Administrativa, salvo quanto ao Presidente da República, que é julgado com base na
Lei 1.079/50, que trata dos crimes de responsabilidade.
Lei 8.429/92 – Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda
que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer
outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas
no artigo anterior.
Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público,
induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta
ou indireta.

Sujeitos Passivos
São as pessoas (entidades) contra quem pode ser praticado um ato de improbidade administrativa:
1) Administração DIRETA (União, Estados, Distrito Federal, Municípios) de qualquer dos três
Poderes da República e INDIRETA (Autarquias, Fundações Públicas e Privadas, Empresas
Públicas e Sociedades de Economia Mista).
2) Empresa incorporada ao patrimônio público.
3) Entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cin-
quenta por cento do patrimônio ou da receita anual.
4) Entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público e
entidades para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cin-
quenta por cento do patrimônio ou da receita anual, quando o ato for praticado contra seu
patrimônio (nesse caso, entretanto, a sanção patrimonial está limitada à repercussão do ilícito
sobre a contribuição dos cofres públicos).
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
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Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a ad-
ministração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade
para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por cento do
patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei.
Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade praticados contra
o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão
público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos
de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimo-
nial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.

Disposições Gerais
Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita observân-
cia dos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos que
lhes são afetos.
˃˃ LESÃO AO PATRIMÔNIO PÚBLICO → integral ressarcimento do dano (no caso de ação ou
omissão, dolosa ou culposa).
˃˃ ENRIQUECIMENTO ILÍCITO → o agente público (ou terceiro beneficiário) perderá os bens
ou valores acrescidos ao seu patrimônio.
Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito,
caberá à autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público,
para a indisponibilidade dos bens do indiciado (sobre bens do indiciado que assegurem o integral ressar-
cimento do dano ou sobre o acréscimo patrimonial resultante do enriquecimento ilícito).
O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está
sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança.
Exercícios
01. As penalidades aplicadas ao servidor ou a terceiro que causar lesão ao patrimônio público são
de natureza pessoal, extinguindo-se com a sua morte.
Certo ( ) Errado ( )
02. Se um agente público regularmente processado e condenado por ter causado lesão ao patrimô-
nio público vier a falecer antes de submeter-se às penalidades que lhe tiverem sido impostas,
estas não poderão afetar os seus sucessores, tampouco atingir a herança.
Certo ( ) Errado ( )
03. Somente são sujeitos ativos do ato de improbidade administrativa os agentes públicos, assim
entendidos os que exercem, por eleição, nomeação, designação ou qualquer outra forma de
investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função na administração direta, indireta
ou fundacional de qualquer dos poderes da União, dos estados, do DF e dos municípios.
Certo ( ) Errado ( )
04. Consideram-se sujeitos ativos dos ilícitos previstos na Lei de Improbidade Administrativa o
agente público e o terceiro particular que, mesmo não sendo agente público, induzir ou con-
correr para o ato ou dele se beneficiar direta ou indiretamente.
Certo ( ) Errado ( )
05. De acordo com a legislação que trata de atos de improbidade administrativa, são considerados
agentes públicos as pessoas em exercício de cargo eletivo em autarquia federal, mesmo que sem
remuneração.
Certo ( ) Errado ( )
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
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06. George, diretor financeiro de uma sociedade anônima da qual a União detém participação
societária minoritária, direcionou as aplicações financeiras da companhia a fundos de investi-
mento que sabia serem de altíssimo risco, gerando, com isso, perdas patrimoniais expressivas
para a companhia. Restou provado que a aplicação foi fruto de conluio com o gestor do fundo,
envolvendo pagamento de comissão ao diretor da companhia.
Referido diretor veio a ser processado por ato de improbidade administrativa e, em sua defesa,
alegou que a legislação que rege a matéria não o alcançaria. De acordo com o que dispõe a Lei n°
8.429/92, tal alegação afigura-se
a) correta, pois apenas agentes públicos podem ser sujeitos ativos de ato de improbidade.
b) correta, pois apenas atos praticados em prejuízo da Administração pública, suas autarquias
e fundações podem ser capitulados como de improbidade.
c) correta, pois somente se o poder público detivesse a maioria do capital social da empresa é
que os prejuízos poderiam ensejar a capitulação da conduta como ato de improbidade.
d) incorreta, pois as condutas que causem prejuízo à Administração são passíveis de enqua-
dramento na Lei de Improbidade, limitada a sanção patrimonial à repercussão do ilícito
sobre a contribuição da União à empresa.
e) incorreta, pois, em face da participação minoritária da União na empresa, os dirigentes da
mesma podem ser equiparados a agentes públicos para fins de enquadramento na legislação
em tela.
07. Vinícius é empresário, proprietário de gráfica e papelaria situada no Município de Boa Vista.
O Ministério Público do Estado de Roraima ingressou com ação de improbidade administra-
tiva contra Vinícius argumentando que, embora não seja agente público, beneficiou-se, in-
diretamente, de ato de improbidade administrativa. As disposições da Lei de Improbidade
Administrativa
a) são aplicáveis, no que couber, a Vinícius.
b) não se aplicam a Vinícius, tendo em vista sua condição de particular.
c) são aplicáveis, em sua totalidade, a Vinícius, inclusive as destinadas especificamente aos
agentes públicos.
d) não se aplicam a Vinícius, haja vista que o benefício indireto não justifica a incidência da
citada lei.
e) e não se aplicam a Vinícius, pois apenas o particular que induzir ou concorrer para a prática
do ato ímprobo é que estará sujeito às disposições da citada lei.
Gabarito
01 - Errado
02 - Errado
03 - Errado
04 - Certo
05 - Certo
06 - D
07 - A

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