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O PAPEL DO COORDENADOR DO ENSINO SUPERIOR COMO


MEDIANDOR ENTRE PROFESSORES E ALUNOS

Sabino, Vandeicol Salviano1


Silva, Christyane Fernandes2

RESUMO
Este trabalho tem como objetivo refletir acerca de algumas ações do coordenador pedagógico,
seus papeis e desafios. Trabalhamos o perfil do coordenador e as habilidades que ele precisa
desenvolver para conseguir exercer a sua função gerencial pedagógica de forma estratégia e
inovadora. Buscamos contextualizar acerca do que é universidade hoje para compreender as
demandas que são exigidas do coordenador, sendo a universidade um universo em transformação
e mudanças constante e com os seus desafios próprio. O coordenador é o agente que
estrategicamente pode coordenar os interesses da instituição, os interesses do corpo docente e
dos alunos e conduzir estas demandas como um maestro conduz uma orquestra.

PALAVRAS-CHAVE: Papel da Coordenação, Universidade, Gestão, Demandas.

ABSTRACT

This work aims to reflect on some actions of the pedagogical coordinator, their roles and challenges. We
work on the profile of the coordinator and the skills that he needs to develop in order to be able to carry
out his pedagogical management function in a strategic and innovative way. We seek to contextualize
about what is university today to understand the demands that are required of the coordinator, being the
university a universe in constant transformation and changes and with its own challenges. The
coordinator is the agent who can strategically coordinate the interests of the institution, the interests of
faculty and students, and conduct these demands as a conductor conducts an orchestra

KEYWORDS: Role of Coordination, University, Management, Demands.

1 INTRODUÇÃO

A presente pesquisa procurará estudar sobre o papel da coordenação do ensino superior


na mediação entre as demandas de professores e alunos. Entendemos que o papel da
coordenação é abrangente, envolve a parte burocrática, administrativa e de gestão,
assim como também faz parte do trabalho a orientação de professores e alunos, o que
pode ocasionar convergências opostas de interesses, sendo o coordenador esta figura
que negocia, gerencia conflitos e demandas na busca de dar uma resposta aos
envolvidos da comunidade interna em particular e uma resposta à sociedade e a própria
instituição como um todo.

1
Professor Mestre em Educação. Orientador do Artigo Científico.
2
Discente em Pós Graduação em Docência do Ensino Superior pelo STBISULl, pós graduada em Dinâmicas
de Grupo pela SBDG e Graduada em Psicologia pela UNIC. E-mail Chris.psico32@Gmail.com
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A pesquisa buscará discutir alguns modelos que poderão auxiliar o coordenador


nesta missão de mediação de conflitos e de demandas de professores e alunos
na conversão do bem social da instituição e no atendimento dos indivíduos-alunos
que buscam formação no ensino superior para se tornarem profissionais
qualificados e contribuírem com a sociedade em seu exercício profissional.
O papel que o coordenador exerce dentro de uma universidade é amplo e requer
habilidades como gestor e gerenciador de conflitos e uma ampla capacidade de
relacionamento interpessoal, pois o mesmo deve fazer leituras e levantar dados
tanto do ambiente institucional, universidade, como as dificuldades enfrentadas
em sala de aula pelos professores, compreendendo o seu universo e dificuldade,
e em contrapartida ouvir as demandas dos alunos, visando conciliar as visões e
promovendo o crescimento e satisfação de todos os envolvidos no processo.

Marcon (2011) em seu artigo sobre as atribuições dos cargos de coordenação e


subcoordenação de graduação, citando Heerdt (2002), faz menção as
competências essenciais do coordenador, quando diz que:

...ao investigar as competências dos coordenadores para facilitar o trabalho de


recursos humanos e contribuir para o melhor desempenho das atividades de
coordenação, descobriu que a comunicação, a interação, o relacionamento
interpessoal, a lideranças, as atitudes pessoais, o planejamento e o
conhecimento são pontos importantes no papel do coordenador. (2011, p. 2).

Como podemos verificar, o coordenador se envolve em demandas Administrativas,


burocráticas, de gestão e de relacionamento. Cabe ao coordenador transmitir a
missão da instituição, sua visão, propósitos e valores na formação dos alunos,
conscientizar, e tornar os professores parceiros nesta missão institucional e
promover uma resposta social e mercadológica para a sociedade. Tem ainda
como função transmitir e fomentar nos professores a mesma missão e visão
formando parcerias para que nas disciplinas eles transmitam estes valores aos
alunos juntamente com o conteúdo específico de cada disciplina. Para isso o
coordenador tem que se movimentar com destreza e procurar fazer convergir os
interesses e demandas de forma harmônica, como uma orquestra onde temos
vários instrumentos e diferentes sons, porém juntos e em harmonia constroem
obras fabulosas. Segundo Marcon esta tarefa não é tão simples, pois:

A atenção é constantemente desviada por chamados diversos, fragmentando


sua ação e seu desenvolvimento em funções gerenciais, como o processo
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decisório, por exemplo, e podem ser consideradas condições dificultadoras


para a realização do trabalho. (2011, p. 2).

O coordenador deve ampliar seu leque de talentos, ser um gestor e


também alguém que saiba ¨ler¨ pessoas e situações e coordenar todos de forma a
cumprir um propósito que vai além do desejo particular de uma única pessoa.
Acreditamos que ele deve se munir de estratégias, planejamentos e foco. Saber
formar parcerias e reconhecer as pessoas chaves para auxiliar na tarefa de
mediador. Requer também do coordenador ação preventiva, curativa e pontual
em problemas que possam comprometer o andamento do trabalho e missão.

Para Marcon:

... As melhores estratégias, no caso das universidades, são aquelas que


permitem atender às necessidades e às expectativas dos seus alunos e
daqueles que irão usufruir de seus serviços e produzir conhecimento
relevante para a sociedade (2011, p.2 )

A coordenação hoje é vista muitas vezes como uma função de bastidor e apenas
burocrática, onde muitos não conhecem seu labor e os desafios que lhe são
propostos todos os dias, desacreditam ou muitas vezes menosprezam o trabalho
do coordenador. A chegada à função de coordenador muitas vezes acontece por
indicação, mas nem sempre tal profissional indicado está preparado para exercer
a função, o que prejudica o trabalho coletivo, pois o coordenador não tem as
habilidades necessárias e não conhece a abrangência do trabalho e assim pode-
se correr o risco de se pensar somente em uma parte do todo, seja administrativo
ou burocrático, deixando outras partes em aberto, como a gestão de pessoas e as
questões pedagógicas. Cabe lembrar que muitos profissionais da educação são
excelentes professores, mas nem todos serão bons coordenadores.

Neste sentido, será que os coordenadores, alunos e professores têm clareza da


função de um coordenador de curso do ensino superior? É possível um
coordenador mediar com tantas demandas e interesses de professores, alunos e
da própria instituição?

Ressaltamos a importância da figura do coordenador nas instituições como


mediador dos processos e pessoas, exercendo suas habilidades para um
crescimento coletivo e comunitário, valorizando a imagem da instituição,
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valorizando seus professores e correspondendo as expectativas dos alunos que


confiam à universidade seus sonhos e futuro. Assim, cabe ao coordenador
conduzir as demandas para o bem maior, a sociedade. Assim, partimos da
hipótese de que o coordenador é um mediador de conflitos e interesses e não
pode se perder nas questões burocráticas e administrativas da instituição, pois
seu papel é fundamental para que os objetivos, missão, valores e formação dos
profissionais sejam atingidas.

1.1 Procedimento Metodológico

Para a elaboração deste artigo utilizamos a pesquisa bibliográfica, buscando


também artigo científicos , explorar os temas relacionados à coordenação,
universidades e demandas mercadológicas a respeito das universidades e
formação dos alunos.

2. A UNIVERDIDADE E SEU PAPEL NA FORMAÇÃO DOS INDIVÍDUOS


PROFISSIONAIS.

A universidade brasileira vem passando por vários processos de mudança e


sofrendo transformações constantes, fator que faz com que ainda estejam longe
de ter uma identidade própria. Esta discussão não é atribuída somente a
universidade brasileira.

“Universidades foram criadas por todos os tipos de motivos: para


preservar uma velha fé, para granjear prosélitos para uma nova fé, para
treinar trabalhadores habilitados, para melhorar o padrão de profissões,
para expandir as fronteiras do conhecimento e mesmo para educar os
jovens. (Guimarães, 2013,p 29)

Estas mudanças e transformações são desafios que a parte administrativa e de


coordenação devem possuir desenvoltura para continuar a pensar e refletir a
universidade . Em contra partida é dentro deste processo que a universidade vai
fomentando a sociedade e criando a sua identidade.
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Este ano de eleição tivemos alguns debates, onde o papel da universidade foi
questionada, a sua missão, seus valores, sua produtividade como detentora do
conhecimento e a prática da pesquisa científica e também o tipo de alunos que
está formando, nos pareceu que os debates ideológicos socialistas e grupos
como as feministas e os LGBT tem dominado o ambiente universitário e muitos
questionaram o papel verdadeiro da universidade e sua função na sociedade
brasileira. O que a nossa universidade está formando e em que está contribuindo?
Fatores que geraram dúvidas referente a necessidade de ir a uma universidade,
medo por parte de familiares que enviam seus adolescentes para serem
moldados e não tem gostado do que tem recebido. Parece que a universidade
virou lugar para despertar da sexualidade, uso de álcool e drogas, porém
pergunta-se, onde está o saber? Citando Filho, Dr. José Camilo dos Santos, em
seu artigo Educação Geral na universidade, ele nos aponta uma direção do que
se espera por universidade.

A educação busca realizar dois propósitos básicos: ajudar os jovens a


preparar-se para o exercício de uma profissão em sua vida adulta e integrá-los
na sociedade, como cidadão e membros de uma cultura comum. Ou seja, a
educação tem o papel de formar jovens capazes para desempenhar uma
atividade profissional útil à sociedade, prepará-los para exercer o papel de
cidadãos numa sociedade democrática e ajudá-los a compreender e a partilhar
a cultura comum ocidental. Na realização destes objetivos, cabe papel
especial à educação geral que não termina na escola média, mas deve
continuar por toda a vida, não deixando de ser ampliada nos cursos de
graduação, período ainda de formação dos jovens. (Filho, 2017 , p2)

Há ainda aqueles que foram contemplados pelos programas educacionais,


Prouni, Fies e Cotas que chegam para realizar um sonho e tem este sonho
abortado, pois há muita evasão e matrículas trancadas. Ainda podemos destacar
os amados professores, que a nosso ver são heróis, que tentam manter a chama
acesa, porém o descaso, os baixos salários, a falta de reconhecimento e respeito
que tem muitas vezes tido um efeito adoecedor nos docentes, que são vencidos
pelo cansaço e as doenças psicológicas, como transtornos depressivos,
síndromes de ansiedade e Burnot.

Neste cenário tão desafiador da universidade brasileira faço uso das palavras da
Adriana A. Guimarães que em seu artigo sobre, o ideal da universidade,
analisando a obra de Robert Paul Wolff, sobre um dos tipos de universidade que é
abordado por ele e intitulado, A Universidade como santuário do saber, nos
remete o quão distante nossa universidade está desta realidade talvez alcançada
somente nos cursos de doutorado e phd.
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A imagem mais familiar da universidade é a torre de marfim, símbolo do


santuário no qual o erudito silenciosamente persegue seu ofício livresco. O
erudito é um homem de cultura, o Gelehrte, o leitor de línguas clássicas e
modernas, que laboriosamente domina a literatura da grande tradição
humanística juntamente com os comentários que seus predecessores fizeram
sobre ela e leva, então, a tradição um passo à frente com sua contribuição
original. A vida dos intelectuais se mantém afastada das questões imediatas
da ordem social. Quieta, contemplativa, frequentemente celibatária, ela é
avivada por disputas livrescas de notável virulência em que uma nota de
rodapé pode ferir tão profundamente como uma espada e uma resenha pode
esmagar com força fatal. Os eruditos verdadeiramente grandes são homens
de enorme estatura no mundo universitário. Por menos atraente que possam
ser em sua aparência e em sua falta, uma aura os circunda como a que desce
sobre o ganhador de um Prémio Nobel ( Guimarães, 2013, p29-30)

Alguns pesquisadores afirmam que no Brasil o ensino médio está se estendendo


à universidade, mas o nível superior que deveríamos encontrar na mesma,
deslumbramos apenas na pós graduação e nos mestrados, sendo assim,
percebemos que tivemos perda na qualidade, produção e pesquisa científica.
Este fenômeno afeta primeiramente os professores que precisam adaptar as suas
aulas a alunos que mau conseguem interpretar textos, mal “leem e mal escrevem”
como diz o ditado. Falar de pesquisa a quem não tem hábito de leitura e está
ainda mergulhado no senso comum é desafiador ao corpo docente da
universidade.

A Erudição está distante do contexto brasileiro, esta ideia de universidade como


santuário do saber é para nós uma utopia, algumas universidades provaram isso
no passado, mas para nós, universidade brasileira pós moderna chega a ser uma
utopia, pois parece um tanto distante pensar que algum dia poderemos chegar a
ter nossos eruditos reconhecidos e conhecidos.

Trata-se de um modelo que encontra muito pouca oposição real aos ideais e
aos tipo de atividade do erudito. Para Wolff(1993), mesmo os entusiastas de
outras tradições como os da pesquisa científica e da prestação de serviços
reconhecem essa atividade e concordam que os intelectuais humanistas
devem fazer parte de qualquer projeto de uma universidade ideal.
O problema que fica é que, em alguns casos, a erudição torna-se o único
conhecimento válido nas universidades. O modelo é, dentro do estágio atual
das ciências modernas, fora do seu tempo. (Guimarães, 2013 p 31)

Outro ideal de universidade, este mais presente na nossa realidade brasileira é a


“Universidade como campo de treinamento para as profissões
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liberais”( Wolff,1993). Principalmente na universidade privada, onde o viés


profissionalizante e mercadológico é a estratégia.

O ideal desse modelo de universidade pressupõe a existência de um número


de papéis ou categorias ocupacionais socialmente definidos, com
características semelhantes ao que pode ser usualmente definido como
profissão. Wolff (1993) argumenta que “tais papéis ocupacionais são
organizados como grupos auto-reguláveis e auto credenciáveis de homens e
mulheres que possuem e exercitam uma habilidade especial ou um conjunto
de conhecimentos técnicos”. Uma característica notória das profissões liberais
é o credenciamento profissional. Neste credenciamento, o profissional
submete seu trabalho à avaliação de outros membros da profissão, o que, na
sociedade americana, confere alto status social às profissões detentoras de
autonomia para tal prática. Trata-se de um poder que confere dignidade
profissional. (Guimarães, 2013 p 31, 32)

Neste ideal de universidade percebemos o destaque de cursos e profissões que


visem uma melhoria na situação financeira e traga prestígio social, cursos como
medicina, direito, engenharia são os mais buscados por aqueles alunos que
buscam essas melhorias, há uma verdadeira guerra e maratona que é travada
pelos interessados nestes cursos que praticamente ficam exclusivamente
estudando para passar no vestibular para galgar uma vaga no tão sonhado curso
dos sonhos e quando conseguem alguns se veem frutados, pois tem uma falsa
compreensão da profissão e consequentemente baixa produção de pesquisa,
somente uma absorção do conhecimento necessário para exercer a profissão e
ganhar os seus “milhões”, uma verdadeira corrida para se ter o melhor emprego.
Os professores que são valorizados são aqueles que conseguem sucesso na
profissão e este sucesso é caracterizado pelo dinheiro que ganha e a fama que se
tem por ser um excelente profissional. Steffen (1996) traz uma reflexão
interessante sobre os professores Elites.

O professor é valorizado principalmente pelo êxito que alcança no exercício


de sua profissão liberal. Entre os indicadores desse estado estão a
localização de seu consultório/escritório a classe social e o poder aquisitivo
de seus clientes, os casos “importantes” em que obteve sucesso no
encaminhamento, os congressos de que participa, devidamente divulgados
para o público e a relação afetiva que tem com os estudantes que, na maior
parte das vezes, já foram rigidamente selecionados pelo sistema
educacional. (1996, p58).

Abordamos alguns aspectos da universidade para compreendermos o contexto


onde o coordenador está inserido e os grandes desafios que precisam ser por ele
driblados, sabemos que a universidade é um universo vasto para ser estudado e
há numerosos artigos sobre ela. Para dar seguimento ao perfil do coordenador e
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abrir um pouco mais acerca das demandas que ele precisará estar preparado
para enfrentar, gostaria de me atentar a um novo modelo de universidade que
vem sendo proposto, que é denominado a universidade empreendedora. Fazendo
uma citação de Audy, Jorge luis Nicolas (2011) ele faz a seguinte observação; “ A
academia tem recebido diversos sinais, tanto do ambiente externo quanto do
ambiente interno, que apontam para pressões crescentes por uma renovação da
Universidade para fazer frente às novas demandas”. (2011, pg 265).
O Processo de transformação ocorrido a partir da década de 90 no cenário do
ensino superior alterou significativamente o processo de trabalho das
instituições de Ensino e com isso as responsabilidades para coordenar um
curso. Atualmente, coordenar um curso de ensino superior exige o
conhecimento das demandas existentes na área e a criação de soluções que
atendam as necessidades de todo o curso e das Instituições de Ensino
Superior - IES. São necessárias novas técnicas de gestão e de conhecimento
que resultem em novos procedimentos acadêmicos. ( 2008, pg 1)

Sabemos que a universidade privada tem despontado no Brasil, ela tem sido
responsável pela formação dos profissionais, precisando assim dar uma resposta
ao mercado e proporcionar profissionais qualificados, fator este que reforça o
pensamento de Audy sobre a necessidade da universidade empreendedora
dando suporte a ideia de universidade que forma profissionais para o mercado de
trabalho e profissional, como resposta as novas demandas da sociedade. O Autor
trata o modelo, denominado “O modelo da Tríplica Hélice”, que é um modelo de
relações interligadas entre Governo, Empresa e Academia. Cintado Audy:

O modelo da tripla hélice, que gera uma infra-estrutura de conhecimento em


termos de sobrepor à ação dos atores e, nesta intersecção, estabelecer as
condições de desenvolvimento de uma relação verdadeiramente produtiva.
O objetivo é desenvolver um ambiente propício à inovação, envolvendo
empresas surgidas de spin-off acadêmico, iniciativas trilaterais de
desenvolvimento econômico e social, alianças estratégicas entre empresas,
laboratórios de pesquisa acadêmica e governamentais atuando em conjunto,
etc. O papel do governo passa a ser o de articular e estimular estas
parcerias e não de controlar as relações. No espaço de inter-relações entre
os três atores surge um ambiente de rede trilateral e de organizações
híbridas. ( 2011, pg 267)

Ainda citando o autor, que faz referência á Etzowitz(2003) para definir o que seria
a universidade empreendedora.

...define a Universidade Empreendedora como tendo a capacidade de gerar


uma direção estratégia a seguir, formulando objetivos acadêmicos claros e
transformando o conhecimento gerado na Universidade em um valor
econômico e social. Considera a universidade um ambiente propício a
inovação, pela concentração de conhecimento e de capital intelectual, onde os
estudantes são uma fonte de potencial empreendedores. (Audy, 2011, pg 268)
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Podemos assim considerar que as universidades estão em constantes


transformações, há sem duvida diferenças entre as visões das universidades
federais, onde o governo tem uma influencia maior e a visão das universidades
privadas que tem uma autonomia maior na formação dos seus alunos e um foco
mais direcionado ao mercado profissional. Sendo assim o coordenador e seu
papel deve ser pensado com cuidado para que entenda o que se espera dele, um
articulador, ou por que não dizer um coordenador empreendedor. Assim
passaremos a nossa proposta que é focada na figura do coordenador.

3. O COORDENADOR E SEU PAPEL DE MEDIADOR

A gestão da educação, que antes atuava de forma passiva em seu ambiente


com funções burocráticas de registros escolares ou com função apaziguadora
de conflitos entre professores e alunos, não conseguiu ficar alheia ao mundo
empresarial. Estão sendo forçadas a serem pró-ativas em suas estratégias,
principalmente na identificação e satisfação das expectativas e necessidades
de um mercado cada vez mais seletivo e exigente. (2008, pg 3)

O coordenador é um personagem interessante no ambiente acadêmico e faz uma


grande diferença, ou não, na universidade dependendo de como atua. Alguns
exercem um papel timidamente, como de bastidor, coordena no anonimato e
deixa o holofote totalmente nos agentes que encenam, que seriam os professores
e alunos, podendo ser nomeados de coordenadores burocráticos, mas também
há outros, os coordenadores gestores, que encenam juntamente no palco com os
professores e alunos, protagonizando em conjunto, construindo uma história em
equipe e totalmente funcional. Ainda temos aqueles coordenadores que caem de
paraquedas, como que em um ambiente estranho, são nomeados a exercer uma
função e desempenhar um papel que não conhecem e podem assim,
comprometer o desenvolvimento da universidade.

Ao iniciarmos o estudo acerca desta figura, o coordenador, não imaginávamos a


teia que o cerca, as demandas que enfrenta e a importância de sua função. Ela é
sem dúvida uma função totalmente estratégica, requer dele um jogo de cintura e
bastante perspicácia e por ser assim, exige habilidades especiais, competências
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específicas e comportamentais. Atualmente não é mais possível um coordenador


apático e somente burocrático, este, não cabe mais no modelo de universidade
que tem tomado destaque, é necessário um coordenador que esteja atento as
mudanças e que responda as demandas de forma pró ativa, com bastante
criatividade e habilidade.

A Gestão educacional se configura entre a administração de mercado e a


pedagogia. No Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior -
SINAES, na dimensão dois relacionado ao Corpo docente verifica-se a
preocupação do Ministério da Educação com a função e o trabalho que o
coordenador de curso deve desenvolver, sendo destacado a titulação,
experiência acadêmica, regime de trabalho, participação e comando de
colegiados, com objetivo de conduzir com qualidade o projeto pedagógico do
curso. ( 2008, p 2).

Em uma pesquisa elaborada por CABEÇO, Ludimila Canuto e REQUENA, Ivan


Bim,(2012), publicada em seu artigo no ano de 2012, na revista Ibero-americana
de estudos em educação, intitulado, “Critérios para a Escolha do coordenador
pedagógico de curso do ensino superior privado”, onde os mesmos entrevistam
dois diretores de universidade privada do Estado do Mato Grosso e Paraná, nos
dá uma ideia do perfil do coordenador e as habilidades que são importantes para
exercer a função. As perguntas que foram feitas são: “1. Quais os problemas mais
comuns encontrados com coordenadores de curso durante sua gestão? 2. Quais
características mais importantes que um coordenador deve possuir, segundo um
Diretor Geral de curso? e 3. Quais critérios seriam capazes de avaliar os
candidatos a coordenação de curso no momento da contratação? (2012) . Eles
pontuaram as seguintes respostas;

Foi possível observar que em ambas as respostas a primeira pergunta, os


diretores ressaltaram a falta de liderança e dificuldade na gestão de
pessoas como um dos maiores problemas encontrados. Em relação a
segunda pergunta, os dois Diretores apontaram características semelhantes
em suas respostas, como liderança, perfil político e gerenciamento. Na
terceira, as respostas são distintas. O Diretor de Instituição privada da cidade
de Sorriso do Mato Grosso destaca o critério competências técnicas como
critério primordial, enquanto o Diretor de uma Instituição de Francisco Beltrão,
Paraná, faz referencia a um pool de qualidades como empatia, pontualidade,
comprometimento, criatividade, capacidade gestora e organização. ( 2012,
pg 111). grifo nosso.

Consultamos também no Relatório da Família, que informa sobre a função do


coordenador, disponível no site do ministério do trabalho, na classificação
brasileira de ocupações, as responsabilidades, habilidades e competência que o
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coordenador pedagógico deve buscar ter em seu repertório. Chegamos a


algumas considerações, que para se ter um coordenador competente em sua
função, que é estratégica, deve ser alguém que primeiramente deseja exercer
esta profissão, pois o coordenador deverá ser alguém que busque
constantemente conhecimentos e qualificação em várias áreas para ser alguém
relevante na universidade. Também deve buscar uma formação pedagógica, ter
experiência de sala de aula, lecionar no curso que deseja coordenar, buscar uma
formação de gestão administrativa e de recursos humanos, ser alguém que
contribui com pesquisa científica, que esteja sempre produzindo e por fim, ter
competência interpessoal demonstrada nos relacionamentos.

De acordo com o levantamento do presente trabalho, coordenar vai além,


desenvolver e executar o projeto político-pedagógico do curso, mediar conflitos
e interesses entre professores e alunos, é distinguir as necessidades da área
em que opera e adotar estratégias que possam beneficiar toda a comunidade
acadêmica, estar de acordo com as exigências do Ministério da Educação,
avaliar o corpo docente, estar comprometido com a missão, crença e valores
da Instituição. O coordenador precisa desenvolver habilidades interpessoais,
estar atualizado quanto as mudanças que ocorrem no mercado de trabalho a
fim de adequar e modernizar o curso, inovar com tecnologias. Essa
atualização é benéfica aos alunos que ao se desenvolverem, cooperam com o
crescimento da Instituição Privada na qual se forma, e o mais importante, nas
empresas os quais serão empregados futuramente. (2012, pg 112).

O coordenador deve estar ciente que a sua função, não é “quebrar o galho” de
ninguém, muito menos “tapar um buraco”, se ele não conhecer o universo que
está lhe sendo proposto, ele corre o risco do fracasso profissional. Coordenação é
uma função estratégica, política, gerencial, acadêmica e institucional (CABEÇO,
REQUEMA, 2012) e para exercê-la, precisa-se de pessoas competentes e que
estejam dispostas a se manterem ativas e produtivas, buscando se capacitar
constantemente e montar uma equipe que a auxilie nas funções secundárias,
como a parte burocrática.

O coordenador do curso deve comprometer-se com a missão, crenças e


valores da Instituição, assumindo o papel de gestor com competência para
realizar tarefas complexas como gerir e executar as determinações do
Ministério da Educação, o projeto pedagógico do curso, conhecer e operar
novas tecnologias, gerir equipes de professores avaliando o processo de
ensino-aprendizagem e adequar o curso às novas necessidades do mercado
de trabalho, sem perder a qualidade de ensino. (2008, pg 01).
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O coordenador vai precisar atuar em uma tríplice gestão, cuidar da parte


burocrática, pedagógica e relacional para que seja excelente em sua função, estar
atendo ao mercado e as mudanças que afetam diretamente os alunos que estão
em formação e ainda atento ao corpo docente para que não se torne arcaico e
retrógrado, mas esteja sempre em constante atualização e acompanhando
também as mudanças do mercado de trabalho e das instituições de ensino
superior.

3.1 - O Coordenador e seu papel burocrático

O coordenador nesta etapa do seu trabalho, denominado burocrático, exerce


tarefas que correspondem a parte administrativa. Neste aspectos o coordenador
está mais focado nos dados, leis, normas e regras, está trabalhando com papéis e
fazendo leitura dos números por assim dizer, propondo estratégias e mudanças,
mantendo o status do curso ou da universidade e sua competitividade no mercado.

Algumas das atribuições que requer esta parte burocrática não é menos
importante, o coordenador precisa dominar e desempenhar bem este papel para
ter um sucesso na sua função, é um recurso que se bem administrado, se torna
estratégico e norteador de todo o trabalho, porém ele não pode parar aí. Algumas
tarefas burocráticas tomam bastante tempo do coordenador, porém podem ser
delegadas a uma equipe de apoio, onde o coordenador somente vai gerir estas
informações e aplicar os levantamentos que são conhecidos. As tarefas vão
desde: Confecionar o diário de classe, criar e fiscalizar o cumprimento do
currículo do curso, juntamente com as ementas das disciplinas, cuidar dos
horários, faltas, atestados dos docentes, funcionários e alunos, tratar de toda a
documentação exigida, produzir boletins, históricos e certificação e controlar
horário de estágio, criar avaliações de desempenho, contratar pessoas para a
equipe de trabalho, fiscalizar andamento dos trabalhos da secretaria, limpeza e
higiene das salas de aula e instituição, propor reuniões, armazenar documentação
e estar sempre atendo as mudanças na legislação, além de cuidar da imagem da
instituição e do curso perante os órgãos responsáveis e aumentar ou manter a
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média do curso, mantendo a competitividade da universidade e do curso no


mercado.

A gestão estratégica é importante para o desenvolvimento de qualquer


organização, inclusive da Instituição privada. Neste contexto, a manutenção da
qualidade do ensino, de toda infra-estrutura no que se refere à aprendizagem,
bem como a tentativa de evoluir o curso no que tange o mercado de trabalho
requer constantes objetivos estratégicos. Neste contexto, é o coordenador que
propicia que atividades sejam realizadas, planejadas, organizadas e
estruturadas para que diante disso se alcance as metas da Instituição. (2012,
pg 114)

A parte burocrática precisa estar organizada, para que não tome o tempo do
coordenador de outras atividades que ele deve desempenhar, o que vai exigir do
mesmo a capacidade de organização e gestão de tempo, dispor de agenda que
facilite à ele fazer o melhor em todos os aspectos da sua função, seja burocrática,
pedagógica ou relacional.

Para o bom desempenho de todas estas funções, o coordenador precisará


lidar com todos os recursos que dispõe, e principalmente, com todo o tempo
que lhe é destinado para a execução destas tarefas. Similar ao que ocorre em
muitas empresas, o tempo que lhe é destinado não é o suficiente para o bom
desempenho destas funções. Este é um problema sério, que afeta os
resultados obtidos. Portanto, a gestão do tempo e a otimização de recursos,
assumem um importante papel no desempenho desta gestão. (2008, pg 3)

Ele precisará ser um líder e exercer a liderança com maestria, pois precisa fazer
com que pessoas da sua equipe trabalhem em favor do coletivo, da instituição,
alunos e professores. Para isso ele vai precisar ter grande capacidade relacional,
pois ele depende de outras pessoas para cumprir o seu papel de coordenador
gestor.

3.2 - O Coordenador e seu papel pedagógico e mediador

Neste tópico vamos refletir acerca do coordenador em seu papel pedagógico e


mediador, sendo que os interesses que devem ser administrados por ele, giram
em torno de três demandas maiores, que são os interesses das instituição, dos
docentes e dos alunos. Ao realizar seu papel, político-pedagógico, o coordenador
vai revelando as suas habilidades e competências, e é assim que o seu trabalho
vai ganhando forma e será cotado como bem sucedido ou não, é aqui que o
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coordenador vai exercer seu papel de liderança e demonstrar a sua capacidade


de trabalhar em equipe, onde ele deverá fazer com que interesses divergentes,
opiniões contrárias e criticas, trabalhem em conjunto para um bem maior,
facilitando as relações.

Uma das peças fundamentais para que o trabalho em grupo aconteça de


forma substancial é sem duvida a figura do coordenador pedagógico. Aquele
entendido como sujeito facilitador das mais variadas práticas pedagógicas,
aquele que leva o grupo a refletir a encarar desafios e que acima de tudo vê-
se como parte integrante do todo. (2012, pg 7)

Na parte política-pedagógica, o coordenador vai usufruir da organização


burocrática, no qual seu planejamento vai tomando forma e se tornando realidade,
onde a flexibilidade; criatividade; experiência; capacidade de ouvir e de influenciar
vai ser fundamental, onde a liderança do coordenador e sua capacidade de atuar
em múltiplas frentes e demandas vai ser evidenciada.

Este ano foi divulgado na mídia, uma pesquisa realizada por, “Varkey Foundation,
o Índice Global de Status de Professor 2018”. Neste levantamento o Brasil ficou
em ultimo lugar na pesquisa. Fator que revela uma preocupação para a educação
brasileira e uma meta de atuação para o coordenador. Na pesquisa foram listados
alguns aspectos que levaram o Brasil para o ultimo lugar da lista, dentre eles foi
citado; “Falta de respeito do aluno com relação ao professor e salário insuficiente
ao docentes” (2018), fatos que fazem com que a profissão não seja estimada ou
tenha prestígio, e assim, vá caindo em descrédito. Esta reportagem demonstra
uma tipo de demanda clássica que o coordenador deve estar apto para trabalhar,
demandas entre professores e alunos.

Trazemos mais alguns dados que influenciam no relacionamento entre


professores e alunos, no artigo “Educação Geral na Universidade”, de Filho (2017)
ele trás algumas informações dos problemas que encontramos na universidade,
dentre eles ele cita:

Os estudantes não sabem ler com compreensão; não sabem escrever com
desenvoltura; Os estudantes desconhecem uma língua estrangeira científica;
Os estudantes desconhecem os grandes mestres da literatura universal; Os
estudantes desconhecem os grandes traços e peculiaridades da cultura
brasileira; Os estudantes desconhecem os grandes mestres da cultura
ocidental e sua vinculação com a cultura brasileira; (2017, pg 4)
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Nestes aspectos citados acima, percebemos que o coordenador deverá buscar ter
uma desenvoltura para corrigir estes problemas em parceria com os professores,
pois como o aluno entra na universidade não deve ser como ele sairá, caberá
uma parceria entre coordenador e professores para que o processo com o aluno
seja crescente e gradativo, os alunos devem ser trabalhados em cada ano. O
coordenador deverá buscar agir como facilitador, ouvindo as queixas e propondo
medidas para diminuir às distancias entre o baixo prestígio do professor e a baixa
qualidade do aluno universitário, fazendo do professor o seu aliado para o
crescimento do aluno no decorrer dos anos na universidade.

Nas questões acadêmicas e pedagógicas, o contato com professores e alunos


mostra o que acontece com professores com o curso no dia-a-dia como
conflito em sala de aula, inadimplência, evasão, problemas familiares,
financeiros, emprego, violência, doenças e drogas que afetam o corpo
discente. Para se aproximar do aluno, o coordenador não pode observá-lo
como cliente distante. Deve falar a sua “língua”, deve entender as novas
tecnologias de informação utilizadas, entender as novas comunidades e o
novo perfil do jovem brasileiro. É preciso, ainda, observar a inserção desse
aluno no mercado de trabalho e qual o potencial de crescimento profissional
que o IES pode lhe proporcionar.( 2008, pg 2).

O coordenador é aquele que tem a visão geral do curso e da universidade, os


professores e alunos muitas vezes tem uma visão fragmentado do processo de
formação, pois o professor é responsável somente por uma disciplina e pensa que
sua responsabilidade é somente com a sua aula, cabe ai a figura do coordenador
para mudar a visão e os valores do professor e torná-lo um participante de todo o
processo, ou seja, fazer com que o professor entenda que ele faz parte de uma
engrenagem maior e que sua aula refletirá no todo. Em contra partida o trabalho
do coordenador com o aluno é de manter este aluno motivado, atuante na sua
formação, participando do seu crescimento, pois o seu sucesso ao sair da
universidade acarreta no sucesso do professor, do curso e da universidade. A
maestria do coordenador é atuar nestas brechas e fazer com que todos estejam
envolvido na missão, facilitando os relacionamento e agindo estrategicamente
para que todos trabalhem para um objetivo comum.

Sobre o perfil do Coordenador de curso é importante que, antes de tudo, seja


um líder capaz de incentivar e favorecer a implementação de mudanças que
propiciem a melhoria do nível de aprendizagem, estimulando a critica e a
criatividade de todos os envolvidos no processo educacional. O Coordenador
deve ser pro-ativo, com perfil de um gestor de oportunidades, contrapondo-se
ao de gestor de recursos, burocrata, cultor do status-quo, com atitudes apenas
reativas. (2006, pg 2)
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O coordenador deve ser também alguém acessível, tantos aos professore como
para os alunos, entendendo que o seu trabalho é receber e ouvir as pessoas a
quem ele lidera, para isso ele precisa ser alguém, que tanto professores, alunos
ou membros da equipe tenham facilidade de conversar e expor os problemas. Ele
precisa estar presente na rotina da universidade, ser uma figura conhecida,
precisa estar em sala de aula, precisa estar na sala dos professores recebendo e
motivando os mesmos para suas aulas, precisa estar em comunhão com os
membros da secretaria e administração. O coordenador deve ser aquele que
motiva e valoriza todos os que estão a sua volta.

A experiência docente do coordenador de curso não é apenas desejável, mas


sim necessária. O coordenador deve ministrar aulas no curso que administra.
A obrigação acadêmica em sala de aula com os alunos do curso, torna-o mais
“esperto” e “compreensivo” nas questões aluno/professor e professor/professor,
currículo, etc. Nenhum outro professor poderá alegar, por exemplo, que o
coordenador não está na linha de frente, no dia-a dia da sala de aula. (2006,
pg 2)

Finalizando, o Coordenador deve ser a figura que promove, ele deve buscar
parcerias com outras instituições para facilitar os alunos no mercado de trabalho,
em melhores estágios e oportunidades. Deve promover seus professores, dando
ênfase aos seus trabalhos científicos, promovendo bonificações e premiações
para assim ter a sua disposição pessoas altamente qualificadas para instruir na
universidade. Deve também promover a universidade, não descuidando da
infraestrutura e dos equipamentos, trazendo tecnologia e inovação para a sala de
aula e ambiente da universidade como laboratórios e biblioteca. O coordenador
deve sempre ter o foco na gestão da qualidade, buscando sempre o melhor para
contribuir para a sociedade a quem presta serviço maior.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Estudar as peculiaridade do universo da universidade e do papel que o


coordenador precisará desempenhar em sua jornada é algo que nos deixa
perplexos e motivados. Ser Coordenador requer ter sua função como um alvo,
uma meta de vida e profissão, pois requer uma atualização frequente, disposição
para mudança, capacidade de relaciona e fazer parcerias, é ser estratégico e
desenvolto. O coordenador precisa ser este maestro que fazem todos cooperarem
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para o bem comum e se sentirem introduzidos e pertencente a este lugar que é a


universidade e produzindo conhecimento para enriquecimento da sociedade.

Este artigo buscou contribuir com uma reflexão sobre as demandas e conflitos
que os coordenadores pedagógicos vivenciam todos os dias e buscou motivá-los
aqueles que estão desatualizados no seu contexto à buscar capacitação para se
adequarem ao que é esperado deles neste período de grandes mudanças e
transformações no contexto brasileiro.

REFERÊNCIAS

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universidade empreendedora. Capitulo 18, Brasilia DF: Inep, 2011

CABEÇO, Ludimila Canuto, REQUENA, Ivan Bim. Critérios para a escolha do


coordenador pedagógico de curso ensino superior privado. Araraquara, SP:
Revista Ibero-americana de Estudos em Educação, 2012. Disponível em
https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/4885. acesso em 14
de novembro de 2018.

CORRÊA, Shirlei de Souza, GESSER, Verônica. O planejamento educacional e


o papel do coordenador enquanto mediador neste ato político. Maringá, PR:
UEPR, 2012.

DELPINO, Rosemar, CANDIDO, Maria Lúcia Baltazar, MOTA, Ana Clara,


CAMPOS, Luciana, DEJUSTE, Maria Tereza. Ensino superior: O novo perfil do
Coordenador de curso. XII Encontro Latino Americano de Iniciação Cientifica e
VIII Encontro Latino Americano de Pós Graduação - Universidade Vale do
Paraíba, 2008
http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2008/anais/arquivosEPG/EPG00823_01_O.
pdf. Acesso em 14 de Novembro de 2018.

FILHO, Prof. Dr. José Camilo dos Santos. Educação Geral na Universidade.
Revista Eletronica:
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/educac
ao_geral_na_universidade.pdf. Acesso em 23/11/2018.

GUIMARÃES, Adriana Aparecida. Robert Paul Wolff e “O ideal da


universidade”. Itararé SP: Revista eletronica FAFIT/FACIC, UTFPR, 2013.
LEITE, Denise. Pedagogia Universitária, conhecimento, ética e política no
ensino superior. Porto Alegre: ed. universidade, UFRGS, 1999.

MARCON, Silvana Regina Ampressan. Atribuições dos cargos de coordenação e


subcoordenação de cursos de graduação. Florianopolis, IGLU, 2011.
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MARQUESIN, Denise Filomena Bagne. O coordenador de curso da Instituição de


ensino superior: atribuições e expectativas. São Paulo, Revista de Educação, vol XI,
Nº 12, 2008.

REZENDE, Antonio Muniz de. O saber e o poder na universidade: Dominação ou


Serviço. São Paulo, Cortez, 3º edição, 1984.

SILVA, Paulo Roberto da. O Coordenador de curso: atribuições e desafios atuais.


Revista Eletrônica Gestão universitária, 2006. http://gestaouniversitaria.com.br/artigos/o-
coordenador-de-curso-atribuicoes-e-desafios-atuais. acesso em 23/11/2018.

Site consultados:

Ministério do trabalho -
http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/pesquisas/BuscaPorTituloResultado.jsf. Acesso
em 14 de Novembro de 2018.

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