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Curso de direito
Rondonópolis-MT
2019
JOSÉ DA SILVA MENEZES NETO
Rondonópolis-MT
2019
JOSÉ DA SILVA MENEZES NETO
BANCA EXAMINADORA
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Componente da Banca Examinadora – Nome, titulação, assinatura e instituição a que pertence
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DEDICATÓRIA
É difícil agradecer todas as pessoas que de algum modo, nos momentos serenos e ou
apreensivos, fizeram ou fazem parte da minha vida, por isso primeiramente agradeço à todos
de coração.
Dedico aos familiares Ana Rita Menezes de Souza e Danilo Rodrigues de Souza, pela
determinação e luta na minha formação e dos meus irmãos.
Dedico aos meus irmãos presentes, Gabriel Menezes Ramalho e Guilherme Menezes de
Souza, que por mais difícil que fossem as circunstâncias, sempre tiveram paciência e
confiança.
Dedico aos meus avós, Iracema Menezes e o José da Silva Menezes, pelos ensinamentos que
irei levar pelo resto de minha vida.
Dedico aos meus primos e primas, em especial a Leticia Menezes Veiga, uma pessoa doce e
amável, que foi e é uma grande amiga e companheira em todas as horas, uma ótima espiã
vermelha, e que rouba demais na canastra e no jogo da vida.
Dedico atodos os meus bichos de estimação, Princesa, Jeniffer, Linda, Charlotte, Diana, que
alegram a minha casa.
Dedico também aos meus bichos de estimação que infelizmente não estão mais entre nós,
minha cachorra: Pituca.
Dedico aos meus colegas de classe e com certeza futuros excelentes profissionais.
Dedico tambémà Sofia, o grande amor da minha vida, pessoa que me aguenta nos momentos
mais felizes e tristes da minha vida.
Dedico ao Marcos Paulo Ribeiro Lopes, que está comigo na luta diária e me ajudando nos
surtos psicóticos que esse TCC me causou.
Dedico também a turma do fundão, da qual tive orgulho de fazer parte, juntamente com
Leticia Corona (doida e parceira da música “abusadamente), ao grupo Quinteto Fantástico dos
trabalhos, em especial a Isabelle Megiatto (Que sempre me amparou nos trabalhos e ou
quando eu esquecia caneta, papel, borracha ou qualquer coisa, haha, nossa querida Macropel),
agradeço à todos pela amizade, paciência, ternura e convivência destes 5 anos, que serão
infindáveis.
Dedico aos professores do Curso de Direito por terem acreditado num sonho que agora é de
todos.
Dedico aos professores que desempenharam com dedicação as aulas ministradas. Em especial
ao Professor Leonardo Carvalho de Peixoto, parceiro de cerveja que foi levada a prova no
congresso em Salvador.
Dedico à minha querida e amável orientadora, Emily Garcia, que com paciência e pouco
fôlego, conseguiu corrigir os meus textinhos em azul e por ser uma excelente professora e
profissional, a qual me espelho.
Na época teleológica, havia na China uma lei infame denominada como “cinco penas”,
no qual os homicídios eram penalizados com a morte do agente, os furtos e as lesões eram
penalizados com a amputação dos pés, o estupro com a castração, o crime de fraude com a
amputação do nariz e os delitos menores com uma marca na testa.4
Na visão de Aristóteles, as penas seriam uma forma apta a fim de atingir o fim moral
pretendido à harmonização social, já que defendia no reflexo de intimidações das sanções.
Este, abraçava a ideia de que pessoas que infringiam as leis deviam ser punidas, porque estas,
de forma geral, só se privam de praticar atos ilegais por temerem as punições. Ademais,
defendia que a punição igualava de certa forma a o delito com a pessoa lesada.
Após a queda do império romano e com a invasão da Europa pelos povos bárbaros, se
dá início da Idade Média. Nesse período, em seus primórdios, a pena era marcada pela
maneira de como era imposta, eram assim aplicadas de forma arbitraria, conforme
determinação do juiz.
No início da Idade Média, as sanções eram marcadas pela forma que eram impostas,
sem que houvesse defesa da parte ré. O criminoso era submetido a caminhar sobre o fogo ou
até mergulhar em água fervente para provar sua inocência.9
Vale ressaltar que, não havia nessa época local adequado para o recolhimentos dos
detentos a fim de aguardar julgamento, os mesmos eram presos em lugares insalubres como,
castelos em ruínas, calabouços, torres etc. 11 Vislumbra Bitencourt que:
Nesse norte, as sanções como a pena de morte e de torturas, eram permitidas pela
igreja e eram aplicadas pelo Estado. A igreja denunciava a pratica de um crime e quando
adquiria o arrependimento do litigante o colocava a disposição do estado afim de que sua pena
fosse executada.13
Por isso tudo, as sanções da época medieval impostas visando o sistema de medo e
insegurança, não tendo assim a preocupação com a dignidade da pessoa humana.
Junto com o período moderno, começa a aparecer a fase de humanização das sanções.
Essa fase visa uma maior relativização das penas, deixando assim de ser menos cruéis
passando ter mais respeito e preocupação com a dignidade da pessoa humana15.
No período dos séculos XVI e XVII, ocorreu um grande aumento da indigência por
toda a Europa, aumento este estimulados por grandes guerras, repulsa de cunho religioso
desencadeou o aumento da criminalidade. Com a ampliação da sociedade urbana e juntamente
com a queda dos feudos desencadeou a insegurança para a população. Deste modo, o Estado
começou a intervir fortemente no que inicialmente viria ser a “segurança pública”, vindo
assim a construir prisões organizadas, com o objetivo de corrigir o infrator.16
Vale ressaltar que, a pena mais cruel era denominada como “pena de galés”, onde que
reunia um grupo de criminosos que acarretam grande perigo à sociedade onde eram
condenados ao trabalho escravo nas galés militares.17
14MACHADO, Felipe. A evolução histórica, filosófica e teórica da pena. Revista da EMERJ, v. 12, nº 45,
2009.
15OLIVEIRA, Alice. Evolução histórica das penas. Disponível em:
<https://aliceoliveira1.jusbrasil.com.br/artigos/347455966/evolucao-historica-das-penas> Acesso em 12 de
março de 2019.
16 ALVES, Luiz. O Sistema Prisional – Entre sua História, Seus Conceitos, a Perpetuação da Defesa Social
e Sua Crise. Disponível em: <http://www.ipebj.com.br/forensicjournal/download.php?arquivo=130> Acesso em
27 de março de 2018
17 SANTOS, Francisco. Penas das Galés. Disponível em < http://salvador-nautico.blogspot.com/2017/03/pena-
gales.html> Acesso em 28 de março de 2019.
I.IV – PENAS NA IDADE CONTEPORÂNEA
Após a idade moderna inicia-se a idade contemporânea, com novos métodos de punir.
Desde então, a sociedade precisaria alcançar uma forma mais humanitária de punir os
criminosos.
Nesse período Cessare Beccaria publicou um livro chamado Dos Delitos e das Penas,
onde ele se rebelou contra o absolutismo. Beccaria defendeu que deveria existir uma
proporção da pena ao delito praticado, se preocupando também com recuperação do
criminoso. 18
“Poderão os gritos de um desgraçado nas torturas tirar do seio do passado, que não
volta mais, uma ação já praticada? Não. Os castigos têm por finalidade única obstar
o culpado de tornar-se futuramente prejudicial à sociedade e afastar os seus
concidadãos do caminho do crime. Entre as penalidades e no modo de aplicá-las
proporcionalmente aos delitos, é necessário, portanto, escolher os meios que devem
provocar no espírito público a impressão mais eficaz e mais durável e, igualmente,
menos cruel no corpo do culpado.” (BECCARIA, 2014, p. 45).19
“[...] O nó que durante milênio se formou unido com mil fios pecado e delito, crime
e culpa, foi cortado por Beccaria com um único golpe. Que a igreja, se o desejasse,
se ocupasse dos pecados. Ao Estado cabia apenas a tarefa de avaliar e ressarcir o
dano que a infração da lei havia acarretado ao indivíduo e à sociedade. O grau de
utilidade ou não utilidade media todas as ações humanas. A pena não era uma
expiação.”20(VENTURI, 2003, p. 127)
“O criminoso é penalmente responsável, porque tem a responsabilidade moral e é
moralmente responsável porque possui livre-arbítrio. Este livre-arbítrio é que serve,
portanto, de justificação da pena que se impõe aos delinquentes como um castigo
merecido, pela ação criminosa e livremente voluntária.” (ARAGÃO, 1977, p. 59).21
18 CONCEIÇÃO, Éthore. Pena: origem, evolução, finalidade, aplicação no Brasil, sistemas prisionais e
políticas públicas que melhorariam ou minimizariam a aplicação da pena. Disponivel em:
<http://ambitojuridico.com.br/site/index.php?
n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=17376&revista_caderno=3> Acesso em 15 de abril de 2019.
19 BECCARIA, Cesare Bonesana. Dos delitos e das penas. Trad. Flório de Angelis. 2. Reimpr. São Paulo:
EDIPRO, 1999
20 VENTURI, Franco. Utopia e reforma no Iluminismo. Trad. Modesto Florenzano. Bauru: Edusc, 2003
21 ARAGÃO, Antônio Moniz Sodré de. As três escolas penais: clássica, antropológica e crítica (estudo
comparativo). 7.ed. Livraria Freitas Bastos, 1977.
Com a união desses conceitos e princípios, juntamente com a influência de Beccaria
foi que em 1789 a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão resguardou a liberdade e
a igualdade em face da lei.22