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ESTUDO DE CASO
Maceió - 2007
ESTADO DE ALAGOAS
SECRETARIA DE ESTADO DA DEFESA SOCIAL
POLÍCIA MILITAR
ESTUDO DE CASO
Referência:
1. Portaria Nº. 019/2007 – CG/ASS, de 11 de junho de 2007, publicada no
BGO Nº. 108, de 12 de junho de 2007.
2. Relatório Nº. 009/2007 – CGCDHPC, de 04 de junho de 2007.
3. Manual de Gerenciamento do Departamento de Polícia Federal.
1. INTRODUÇÃO
Temos que estar preparados para lidar com esses eventos, a fim de não
colocarmos em risco a vida das pessoas tomadas como reféns, dos policiais envolvidos na
solução da crise, das autoridades que se apresentam nesses locais e da população em
geral, que trafega ou reside nas áreas onde os cativeiros estão sendo localizados. Temos
que agir de modo profissional, procurando utilizar todas as técnicas, já sedimentadas em
outras co-irmãs e organizações policiais, consagradas como as mais adequadas e seguras
para sua solução.
Torna-se, pois, fundamental uma padronização de ações, através de
instrução permanente, embasada em uma doutrina a ser estabelecida pelo Comando Geral
da Corporação, a fim de que o comportamento da tropa, em qualquer lugar do estado,
seja uniforme, independente de quem esteja Gerenciando a Crise.
O conhecimento é fundamental, principalmente no que tange as questões
legais que cercam as diversas crises, a fim de não deixarmos respingar na Corporação a
responsabilidade pela má condução desses eventos, muitas vezes conduzida nessa direção
pelo afã ou mesmo pela pressa de ver solucionado o problema, ou mesmo pela sugestão
emocional de quem está no gerenciamento.
A tropa tem que ter em mente que o objetivo principal do Gerenciamento
de Crise é PRESERVAR VIDAS E CUMPRIR A LEI.
O presente Estudo de Caso visa levantar os fatos como eles aconteceram,
baseado em relatórios, entrevistas, noticiário, fotos, filmagens e levantamento do local,
montando o cenário do dia do evento, de modo a permitir uma análise do quadro
desenhado, buscando ao fundo os princípios doutrinários que regem a condução de
eventos críticos dessa natureza.
2. APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA
- 30 e 31 de maio de 2007.
2.2 LOCALIDADE
- Residência alugada na Rua Antero Amorim, Nº. 129 – Bairro São Francisco. Periferia
da Cidade de Palmeira dos Índios.
- 05 (Cinco) reféns:
Maria Helena Lisboa Almeida – Médica e ex-Prefeita de São Sebastião
Claudicéia Santos – Amiga seqüestrada junto com Helena
José Fábio Cavalcante Souto – Empresário seqüestrado em Arapiraca
Cícero Jânio Souto Pereira – Sobrinho de José Fábio
Rita de Cássia Rogério Nunes de Melo – Seqüestrada de Campo Alegre
alugada dias antes, que estava constantemente com a luz acesa e com movimento de
pessoas suspeitas. O Agente também ligou para o então Delegado Municipal Marcos,
passando a mesma informação.
O Agente e o Sgt PM Welington fizeram o reconhecimento do local,
passando em frente à casa suspeita e perceberam que as luzes estavam acesas, mas não
viram ninguém. Contornaram o quarteirão e solicitaram ao proprietário da casa, que fica
por trás da residência suspeita, para entrar e, observando o quintal da casa, por sobre o
muro, isso aproximadamente às 17h30min, virão dois elementos, que não reconheceram,
juntamente com uma garota, reconhecida como Jaqueline, sentados em uma rede, e outro
elemento de pé, que foi reconhecido como um meliante chamado Josivaldo Rodrigues de
Souza, vulgo “Carniça”. Estavam tomando cerveja.
Após o reconhecimento, o Sgt PM Welington ligou para o Ten Cel PM
Calaça e informou o que havia apurado. Este determinou que ele ligasse para o Sgt PM
Givanildo, comandante da guarnição do Pelopes do 10° BPM. O que foi feito. Marcaram
um encontro próximo à Churrascaria Lucena, que fica no bairro da casa suspeita.
O Agente Everaldo ligou para o Delegado Municipal e informou o que
havia colhido. Este solicitou informações à sede do TIGRE sobre possível seqüestro na
região e foi informado que uma ligação originada daquela região, entre Palmeira dos
Índios e Igaci, havia sido realizada pedindo resgate.
Na churrascaria, a guarnição do Pelopes encontrou com o Sgt PM
Welington e com o pessoal da Polícia Civil, que estava sob o comando do Delegado
Marcos. Combinaram fazer o cerco à casa suspeita. O Pelopes estava com uma guarnição
de 05 (cinco) policiais e o delegado com 07 (sete) agentes. Decidiram, então, para
reforçar a equipe, solicitar uma guarnição de RP do batalhão, comandada pelo Sgt PM
Gilson e mais 02 (dois) policiais. O Oficial de Operações, Cap PM Maílson, tinha
conhecimento da operação, apesar de não saber do que se tratava, ficando de fora de todo
processo, pois a missão tinha sido dada diretamente, pelo comandante da unidade, ao Sgt
PM Givanildo.
Para o cerco, aproximadamente às 18h30min, combinaram que o Sgt PM
Givanildo, mais quatro policiais militares e um civil, iria pela retaguarda, aproximando-
se pelo quintal da casa, enquanto que o delegado, juntamente com quatro policiais
militares e 06 (seis) policiais civis, iria pela frente da casa.
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Dra. Helena. Pediam que fosse colocado na garagem um veículo Siena, com o tanque
cheio, para utilizar na fuga com os reféns, o que não foi atendido.
À 00h20min, do dia 31 de maio, “NAL” pediu que a refém Claudicéia
fosse à cozinha pegar um maço de cigarros que se encontrava lá, prometendo ao
negociador que depois a liberaria. Porém, Claudicéia, vendo a oportunidade, fugiu do
cativeiro.
Através de Claudicéia, soube-se que Jaqueline era cúmplice de “NAL”,
quem eram os reféns, que nenhum estava ferido, do posicionamento dos perpetradores e
reféns dentro do quarto e da quantidade de armas que portavam.
À 00h30min, “NAL” pediu cigarros e ao receber mandou que Fábio
fumasse primeiro. Como Fábio é diabético começou a passar mal, levando o seqüestrador
a desconfiar que havia algo errado com os cigarros.
À 01h05min, furioso, “NAL” gritava que a polícia não tinha cumprido o
trato feito, que tinha levado uma refém e que mandara cigarros com droga. Ligou de um
celular para familiares de Fábio dizendo que mataria a todos e pedindo que eles fizessem
pressão para que a polícia cedesse às suas exigências. O seqüestrador pediu ao
negociador o número do telefone da juíza, porém foi dado o do CGCDHPC. “NAL” ligou
para Karine, sobrinha de Fábio, repassou o número, para que ela ligasse para a juíza.
Quando Karine ligou foi informada da situação pelo Centro de que profissionais
experientes estavam conduzindo a negociação e que tudo iria dar certo. Através de
Karine foi conseguido o número do telefone de “NAL”, 9928-9565, repassado para a
Dra. Sônia Beltrão, Juíza de Direito da Comarca de Palmeira dos Índios, que ligou para o
seqüestrador e garantiu que se ele se entregasse sua integridade física seria garantida.
Mas “NAL” insistiu que queria o veículo para fugir, reiterando suas ameaças de morte.
Às 02h50min, uma equipe do GAP trouxe a mãe de “NAL”, BENEDITA
MARIA DA CONCEIÇÃO e sua companheira VALTIENE MONTEIRO DA SILVA,
que se encontrava presa no Presídio Santa Luzia, pelo crime de Formação de Quadrilha, a
fim de ajudarem nas negociações. Ao saber da presença de seus entes, “NAL” pediu mais
uma vez cigarro e exigiu que fosse os de sua mãe, o que foi atendido. Logo em seguida
os reféns pediram ao negociador que mandasse água, pois estavam passando mal.
“NAL” continuava gritando que mataria todos os reféns se o seu pedido
não fosse atendido, dizendo que a polícia não estava valorizando suas vidas.
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Nesse estudo foi observado que a tropa da PMAL ainda não está
preparada para lidar com ocorrências de alta complexidade. Faltam instruções
específicas, cursos e estágios que propiciariam aos policiais que trabalham na
operacionalidade o conhecimento necessário para conduzir esse tipo de ocorrência, sem
colocar sua vida e a de terceiros em risco.
No caso específico de Palmeira dos Índios, por sorte, tivemos um bom
desfecho na crise que se apresentou, apesar de não ter havido um bom gerenciamento.
Graças a boa negociação, a ocorrência foi lograda de êxito.
Mas até quando iremos continuar trabalhando de maneira empírica,
contando com a sorte para resolver ocorrências de alta complexidade? É uma indagação
que deve ser feita e a resposta encontrada rapidamente. Mas ter só a resposta não é
suficiente, tem-se que criar os meios para que tenhamos uma tropa mais bem preparada,
não para resolver tudo, mas pelo menos sabendo que medidas adotar até a chegada de
suporte adequado que dará continuidade a sua resolução. Adquirir os equipamentos e
armamentos adequados, a fim de garantir a segurança dos policiais e das possíveis
vítimas.
Outro fator observado foi a falta de definição de quem comandaria o
teatro de operações. Porque o CGCDHPC em ocorrências desta natureza não gerencia a
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crise. A experiência tem mostrado que seu trabalho se restringe a negociar a solução
pacífica dos conflitos. E isto é apenas uma das vertentes do gerenciamento,
importantíssima, mas não suficiente. Mais cedo ou mais tarde encontraremos uma
situação em que a negociação não resolverá o problema. Nesse caso quem vai determinar
a entrada tática ou mesmo a anulação de um perpetrador. Os negociadores? Quem
negocia não gerencia.
Outro ponto observado foi o conflito de responsabilidades. Não se sabia
exatamente qual grupo tático seria utilizado, o BOPE ou o TIGRE. Quem definiu? O
Negociador, pela falta de alguém que, de fato, assumisse a gerência da crise.
Como não houve um isolamento adequado, varias pessoas ajuntaram-se
próximo ao ponto crítico, que deveria estar totalmente isolado, para permitir aos
negociadores que trabalhassem sem a interferência de ninguém, e não houvesse a
possibilidade de acidentes em caso de represália por parte dos perpetradores. Várias
autoridades circulavam pelo local, juntamente com seus assessores e amigos, como se ali
estivesse havendo um espetáculo. Em nada contribuindo para a resolução do problema,
pelo contrário causando desconforto em quem trabalhava, além da retirada do foco dos
negociadores, que se dedicavam a dissuadir o meliante de seu intento e libertar os reféns.
A imprensa, presente durante todo o processo, tem que ser abastecida com
informações que podem, naquele momento, ser divulgadas. Para isso um policial tem que
ser designado, para evitar tentativas de aproximação que possam comprometer o bom
andamento dos trabalhos. E todos têm que ser tratados de maneira igual, pois quando se
abre exceções geram-se problemas como os vislumbrados durante a crise, quando um
jornalista tentou aproximar-se e foi contido por um policial do BOPE, apesar de ter sido
permitida a entrada de outros no local almejado. O policial que barrou estava certo, o erro
foi de quem permitiu a aproximação de outras equipes que faziam a cobertura.
E esse fato gerou uma denúncia de agressão do policial do BOPE que
barrou a passagem do jornalista, que deve ser apurada, pois no isolamento preconiza-se
utilizar policiais enérgicos, nunca violentos.
Muitos policiais de serviço e de folga foram observados circulando na
área que deveria estar isolada, inclusive portando armas de grosso calibre, e em
determinados momentos apontando em direção ao ponto crítico. É um risco gratuito que
deveria ser evitado, pois como o objetivo principal do gerenciamento é preservar a vida,
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principalmente dos reféns, em hipótese alguma poderia se atirar para dentro do cativeiro,
mesmo em represália aos perpetradores. O tiro permitido é o do atirador de elite, caso ele
tenha uma visão clara do problema, identifique precisamente quem é o perpetrador e
perceba que a vida do refém está correndo um risco iminente. Nesse caso com a
autorização do gerente da crise ele anula a ameaça com um tiro de precisão.
Durante a entrada do grupo tático, vários policiais entraram juntos e
tomando a dianteira, inclusive empunhando suas armas. Um erro que deve ser corrigido
porque diante de um ameaça imprevista, poderá haver acidentes com conseqüências
imprevisíveis, principalmente para a imagem da Corporação, além das responsabilidades
civil e penal.
Observaram-se durante toda a crise dois grupos táticos prontos para a
incursão, todo o tempo postados do lado direito e esquerdo da entrada do ponto crítico.
Grupos de Corporações diferentes, que nunca treinaram juntos, nem adotam a mesma
doutrina, com equipamentos e armamentos diversos e em quantidade inadequada. Não
tinham conhecimento de quem era refém e perpetrador. Não conheciam as instalações
físicas do cativeiro. Melhor seria que tivessem reunidos elaborando um plano para uma
possível ação tática, colhendo as informações necessárias para uma entrada de sucesso.
Durante a prisão dos perpetradores, mais uma vez, o isolamento foi
totalmente abandonado, como se a crise já tivesse passado. Esse fato provocou uma
tentativa de agressão a companheira e a mãe de “NAL”, que eram conduzidas para a
viatura, bem como atrapalhou a ação dos agentes do GAP que faziam sua condução.
Levou também a violação do local do crime, prejudicando o levantamento que deveria
ser realizado pela polícia científica.
Nesse momento tão crítico, observou-se que os policiais envolvidos na
operação suspenderam o que faziam para fotografar, com seus celulares, os meliantes que
estavam sendo conduzidos.
Com relação ao atirador de elite, colocado sobre o telhado da casa
vizinha, que na verdade estava servindo como observador, portava uma arma inadequada
para anular o perpetrador, em virtude de seu calibre diminuto (22), quando que a
recomendada seria uma calibre 7,62. A arma utilizada pertencia ao próprio policial
militar.
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4. A DOUTRINA
N e g o cia ç ã o
T é c n ic as
N ã o -L eta is
T iro d e
C o m p ro m etim e n to
In v a sã o
T á tica
S o lu ç ã o d a
C r is e
4.1 A NEGOCIAÇÃO
Tem que ser conduzida por policial, seja militar, civil ou federal, pois
estes têm um compromisso com a Polícia.
O papel do negociador é servir de intermediário entre os perpetradores e o
que eles reivindicam, por isso que não podem deter o poder de decisão. Apesar disso o
seu trabalho não é de atender exigências e sim de satisfazer necessidades.
A receita para o sucesso na condução de uma negociação é exercitar a
CRIATIVIDADE, a FLEXIBILIDADE e a PACIÊNCIA. Moderação não é sinônimo de
fraqueza, por isso deve-se evitar atitudes imperativas.
O objetivo da negociação é dissuadir o meliante de seus intentos, através
de uma NEGOCIAÇÃO REAL OU DE UMA NEGOCIAÇÃO TÁTICA, neste caso
ganhando-se tempo, abrandando exigências e colhendo informações para prover o
suporte tático.
A equipe de negociação deverá ter a seguinte estrutura:
1. A troca de reféns: não deve acontecer por razões morais e éticas e por
interferir no desenvolvimento da “Síndrome de Estocolmo”.
2. Fornecimento de armas e munição: em nada vai abrandar a crise, pelo
contrário, irá agravá-la, principalmente se elas forem utilizadas contra os reféns. Causaria
ainda um mal estar na população, que iria cobrar da polícia a responsabilidade pelo
ocorrido.
3. Fornecimento de bebidas alcoólicas: o objetivo da negociação é trazer
as pessoas de volta a realidade e não deixá-las entorpecidas e fora de si.
9. Nunca diga “NÃO”: Essa resposta seca e direta pode provocar reações
violentas do perpetrador. Diga apenas que anotou a exigência e que irá repassá-la para
quem possa decidir;
10. Procure abrandar as exigências: a negociação existe para tornar as
exigências razoáveis, a começar pelos prazos, que devem ser elastecidos ao máximo;
11. Nunca estabeleça um prazo fatal e procure não aceitar um prazo fatal:
nunca prometer que as exigências serão atendidas dentro de determinado intervalo de
tempo;
12. Não faça sugestões alternativas: se uma determinada exigência não
puder ser atendida, o negociador não deve fazer uma sugestão alternativa, salvo se ele
tiver a anuência do gerente da crise;
13. Não envolva pessoas não-policiais no processo de negociação: pois é
assunto eminentemente policial;
14. Não permita qualquer troca de reféns, principalmente não troque um
negociador por refém: em nada contribui para a solução definitiva da crise, acarretando
sérios questionamentos de ordem ética e moral, além de aumentar a tensão no interior do
ponto crítico;
15. Evite negociar cara a cara: o negociador deve se manter a uma
distância mínima de 10 (dez) metros, se não houver obstáculos físicos e se estiverem no
mesmo plano, a fim de evitar ser tomado como refém.
posições mais seguras ou melhor guarnecidas, tenham acesso a mais armamento, enfim
que tenha condições de reunir meios de aumentar sua resistência e diminua a
possibilidade de sucesso policial.
5. PROPOSTA
6.2 O ISOLAMENTO
Fig. 10 – BOPE
Fig. 12 – SAMU
Fig. 37 – Casa vizinha do lado direito onde ficaram os Fig. 38 – Lado direito do ponto crítico – janelas dos
negociadores. quartos por onde era negociado.
Fig. 39 – Lado esquerdo da casa – as janelas permitem uma visão dos quartos
E da sala e cozinha.
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Fig. 46 – Atrito
Fig. 47 – Atrito
Fig. 48 – Atrito
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ANEXO I
1. REFERÊNCIAS
2. FINALIDADE
3. SITUAÇÃO
a. A Constituição Federal, em seu Artigo 144, parágrafo 5º, estabelece que às Polícias
Militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública, o que, além de
exigir ações predominantemente preventivas, requer as repressivas, para restaurar de
imediato a normalidade.
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4. OBJETIVOS
5. EXECUÇÃO
A instrução deverá ser ministrada por oficial e fazer parte do quadro de trabalho
semanal (QTS), elaborado pelo P/3 da OPM, com ênfase no papel do policial no local de
ocorrência de alta complexidade, principalmente os procedimentos a serem adotados pelo
primeiro interventor, e a sua condução até a chegada de equipes especializadas, se
necessário, baseando-se nas considerações seguintes:
3) Gerenciamento de crise
a) a Academia Nacional do FBI adota a seguinte definição: "Gerenciamento de
crise é o processo de identificar, obter e aplicar os recursos necessários à antecipação,
prevenção e resolução de uma crise"; e
b) devemos, também, levar em consideração que ”O gerenciamento de crises
pode ser descrito como um processo racional e analítico de resolver problemas baseado
em probabilidades".
5) Ponto Crítico
Local onde estão localizados os causadores da crise.
6) A Negociação
No gerenciamento de crises a negociação é uma das mais importantes missões.
A equipe de negociação deverá estar totalmente preparada e promover todos os contatos e
conversações com os causadores da crise, tendo como objetivo dissuadi-los de suas
intenções e, ao mesmo tempo, deverá coletar informações gerais, com a finalidade de
reduzir possibilidades de risco para com os reféns.
O negociador ou a equipe de negociação servirá sempre de intermediário entre
os causadores da crise e o Gerente da Crise.
todas as informações das equipes de apoio, técnicas e táticas, esgotadas todas as formas
de negociação, tempo de espera e cansaço dos delinqüentes, decidirá sobre a solução
tática do evento crítico, ou seja, pelo emprego de força letal para restabelecimento da
ordem pública.
1) Tanto nas ocorrências em que haja emprego conjugado de meios, como nas de
grande vulto ou passíveis de repercussão e/ou que demandem atenção especial, deverá
sempre haver um oficial no Teatro de Operações para a coordenação das medidas a serem
adotadas. Essa coordenação poderá ser de caráter emergencial ou efetivo.
d. Atribuições Particulares
2) Diretoria de Ensino
3) 3ª Seção do EMG
4) CGCDHPC
6. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
e. Não será permitida a participação conjunta, nas ações do Grupo de Ações Táticas
Especiais (GATE), de pessoal não pertencente à PM, mesmo em se tratando de outros
funcionários públicos, ainda que policiais.
exercício de função mais elevada, estes não deverão interferir na coordenação das ações e
emprego dos meios. Se o fizerem, deverão assumir o Comando do Teatro de Operações.
p. Em princípio, cada OPM ou fração de tropa deverá ser empregada em suas missões
peculiares.
______________________________________________
Comandante Geral da PMAL
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ANEXO II
DECRETO Nº _____ – 07
DECRETA:
Art. 2º - Nos casos de eventos críticos, com ou sem tomada de reféns, as decisões
estratégicas serão produzidas por um grupo de trabalho denominado Grupo de Decisão,
convocado pelo Secretario de Estado da Defesa Social e composto pelas seguintes
autoridades:
Palácio do Governo e de outras pessoas ou entidades que poderão ser convocadas pelo
titular da Secretaria de Estado da Defesa Social.
____________________
Governador do Estado
___________________________________
Secretario de Estado da Defesa Social
______________________
Chefe da Casa Civil
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ANEXO III
(Documento do Excel)