Você está na página 1de 35

8740 Diário da República, 1.ª série — N.

º 198 — 9 de outubro de 2015

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA dos equipamentos e instalações e dar um tratamento espe-


cífico à matéria relativa aos recintos itinerantes e provi-
Decreto do Presidente da República n.º 121/2015 sórios, que se encontra desenquadrada e excessivamente
regulamentada.
de 9 de outubro Mostra-se igualmente necessário acautelar a possibi-
lidade de se apresentarem projetos relativos a edifícios
O Presidente da República decreta, nos termos do n.º 2 existentes, de acordo com o estipulado no regime jurídico
do artigo 25.º da Lei Orgânica n.º 1-A/2009, de 7 de julho da urbanização e edificação, aprovado pelo Decreto-Lei
alterada e republicada pela Lei Orgânica n.º 6/2014, de 1 n.º 555/99, de 16 de dezembro, mas cujo cumprimento das
de setembro, o seguinte: condições de segurança contra incêndio em edifícios se
É confirmada a promoção ao posto de Vice-Almirante torna impraticável, desde que devidamente fundamentadas
do Contra Almirante da classe de Marinha António Maria e aprovadas pela ANPC, assim como a necessidade de
Mendes Calado, efetuada por deliberação de 25 de se- alteração do articulado relativo às medidas de autoprote-
tembro de 2015 do Conselho de Chefes de Estado-Maior
ção, clarificando a necessidade de a ANPC emitir parecer
e aprovada por despacho do Ministro da Defesa Nacional
sobre as mesmas, representam muitas das alterações e
de 30 do mesmo mês.
dos ajustamentos que se tornam necessários e que esta
Assinado em 7 de outubro de 2015. alteração vem permitir.
Foram ouvidos os órgãos de governo próprio das regiões
Publique-se. autónomas, a Associação Nacional de Municípios Portu-
O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA. gueses, a Ordem dos Arquitetos, a Ordem dos Engenheiros,
a Ordem dos Engenheiros Técnicos, a Associação Portu-
guesa de Segurança, a Associação da Hotelaria, Restau-
ração e Similares de Portugal e a Associação Portuguesa
MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA de Centros Comerciais.
Assim:
Decreto-Lei n.º 224/2015 Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Cons-
tituição, o Governo decreta o seguinte:
de 9 de outubro
O Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro, veio Artigo 1.º
consagrar o regime jurídico da segurança contra incêndio Objeto
em edifícios, tendo o seu artigo 35.º determinado a cria-
ção de uma comissão de acompanhamento da respetiva O presente diploma procede à primeira alteração ao
aplicação, presidida pela Autoridade Nacional de Prote- Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro, que aprova o
ção Civil (ANPC) e constituída por peritos representantes regime jurídico da segurança contra incêndio em edifícios.
do Instituto dos Mercados Públicos, do Imobiliário e da
Construção, I. P., do Laboratório Nacional de Engenharia Artigo 2.º
Civil, I. P., da Associação Nacional de Municípios Portu- Alteração ao Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro
gueses, da Ordem dos Arquitetos, da Ordem dos Engenhei-
ros, da Ordem dos Engenheiros Técnicos, da Associação Os artigos 1.º, 2.º, 3.º, 5.º, 6.º, 8.º, 9.º, 10.º, 11.º, 12.º, 13.º,
Portuguesa de Segurança e por um representante de cada 14.º, 16.º, 17.º, 18.º, 19.º, 21.º, 22.º, 23.º, 24.º, 25.º, 26.º,
um dos governos regionais das regiões autónomas dos 27.º, 29.º, 30.º, 31.º e 35.º do Decreto-Lei n.º 220/2008, de
Açores e da Madeira. 12 de novembro, passam a ter a seguinte redação:
Decorridos cerca de sete anos sobre a data de entrada
em vigor do referido regime jurídico, constata-se a neces- «Artigo 1.º
sidade de proceder a alguns ajustamentos, identificados [...]
quer pela ANPC e pela referida comissão de acompa-
nhamento, quer através da experiência colhida ao longo O presente decreto-lei estabelece o regime jurídico da
daquele período, que passam pela clarificação de alguns segurança contra incêndio em edifícios, abreviadamente
aspetos do articulado e pela correção de erros ou gralhas e designado por SCIE.
pela harmonização de requisitos técnicos, tudo sem alterar
os aspetos basilares da legislação. Artigo 2.º
As alterações agora introduzidas não dispensam uma [...]
revisão mais alargada do regime jurídico em causa, a qual
carece de um debate demorado e aberto a entidades exter- Para efeitos do disposto no presente decreto-lei e
nas e a especialistas em matérias específicas sobre aspetos legislação complementar, entende-se por:
estruturantes do mesmo, como sejam a abordagem à utiliza- a) ‘Altura da utilização-tipo’ a diferença de cota
ção de métodos de análise de risco, conjugada com a exis- entre o plano de referência e o pavimento do último
tência da prescrição de requisitos mínimos, a adequação da piso acima do solo, suscetível de ocupação por essa
legislação a novos edifícios situados em centros urbanos utilização-tipo. Quando o último piso coberto for exclu-
antigos, devendo ainda ser revisto o método para deter- sivamente destinado a instalações e equipamentos que
minação das categorias de risco, entre outras matérias que apenas impliquem a presença de pessoas para fins de
têm implicação na revisão geral do regulamento técnico. manutenção e reparação, tal piso não entra no cômputo
No entanto, existe desde já a necessidade de proceder da altura da utilização-tipo. O mesmo sucede se o piso
a ajustamentos relativos à periodicidade das inspeções, de for destinado a arrecadações cuja utilização implique
acordo com a experiência prática e o ciclo de manutenção apenas visitas episódicas de pessoas. Se os dois últi-
Diário da República, 1.ª série — N.º 198 — 9 de outubro de 2015 8741

mos pisos forem ocupados por espaços em duplex, de referência, é considerado o plano mais favorável para
pode considerar-se a cota altimétrica da entrada como o as operações dos bombeiros;
piso mais desfavorável. À mesma utilização-tipo, num r) ‘Recintos’ os espaços delimitados destinados a
mesmo edifício, constituída por corpos de alturas dife- diversos usos, desde os estacionamentos, aos estabele-
rentes, são aplicáveis as disposições correspondentes cimentos que recebem público, aos industriais, oficinas
ao corpo de maior altura, excetuando-se os casos em e armazéns, podendo dispor de construções de carácter
que os corpos de menor altura forem independentes permanente, temporário ou itinerante;
dos restantes; s) ‘Uso dominante de uma utilização-tipo’ é aquele
b) [...]; que de entre os diversos usos dos seus espaços, define
c) [...]; a finalidade que permite atribuir a classificação de de-
d) ‘Carga de incêndio’ a energia calorífica suscetível terminada utilização-tipo (UT I a UT XII);
de ser libertada pela combustão completa da totalidade t) ‘Utilização-tipo’ a classificação dada pelo uso do-
de elementos contidos num espaço, incluindo o reves- minante de qualquer edifício ou recinto, ou de cada
timento das paredes, divisórias, pavimentos e tetos; uma das suas partes, em conformidade com o disposto
e) ‘Carga de incêndio modificada’ a carga de in- no artigo 8.º
cêndio afetada de coeficientes referentes ao grau de Artigo 3.º
perigosidade e ao índice de ativação dos combustíveis,
[...]
determinada com base nos critérios referidos no n.º 5
do artigo 12.º; 1 — Estão sujeitos ao regime de segurança contra
f) ‘Categorias de risco’ a classificação em quatro incêndio:
níveis de risco de incêndio de qualquer utilização-tipo
a) [...];
de um edifício e recinto, atendendo a diversos fatores de
b) Os edifícios de apoio a instalações de armazena-
risco, como a sua altura, o efetivo, o efetivo em locais
mento de produtos de petróleo e a instalações de postos
de risco, a densidade de carga de incêndio modificada de abastecimento de combustíveis, tais como estabeleci-
e a existência de pisos abaixo do plano de referência, mentos de restauração, comerciais e oficinas, reguladas
nos termos previstos no artigo 12.º; pelo Decreto-Lei n.º 267/2002, de 26 de novembro, e
g) ‘Densidade de carga de incêndio’ a carga de incên- pelo Decreto-Lei n.º 302/2001, de 23 de novembro;
dio por unidade de área útil de um dado espaço; c) Os recintos permanentes;
h) [Anterior alínea g)]; d) Os recintos provisórios ou itinerantes, de acordo
i) [Anterior alínea h)]; com as condições de SCIE previstas no anexo II ao
j) ‘Edifícios independentes’ os edifícios dotados de regulamento técnico referido no artigo 15.º;
estruturas independentes, sem comunicação interior en- e) Os edifícios de apoio a instalações de armazena-
tre eles ou, quando exista, a mesma seja efetuada exclu- gem e tratamento industrial de petróleos brutos, seus
sivamente através de câmara corta-fogo, e que cumpram derivados e resíduos, reguladas pelo Decreto n.º 36270,
as disposições de SCIE, relativamente à resistência ao de 9 de maio, de 1947;
fogo dos elementos de construção que os isolam entre si. f) Os edifícios de apoio a instalações de receção, ar-
Consideram-se ainda ‘edifícios independentes’, as partes mazenamento e regaseificação de gás natural liquefeito
de um mesmo edifício com estrutura comum, sem comu- (GNL) reguladas pelos Decretos-Leis n.os 30/2006, de
nicação interior entre elas ou, quando exista, a mesma 15 de fevereiro, e 140/2006, de 26 de julho;
seja efetuada exclusivamente através de câmara corta- g) Os edifícios de apoio a instalações afetas à indús-
-fogo e cumpram as disposições de SCIE, relativamente tria de pirotecnia e à indústria extrativa;
à resistência ao fogo dos elementos de construção que as h) Os edifícios de apoio a instalações dos estabele-
isolam entre si e nenhuma das partes dependa da outra cimentos que transformem ou armazenem substâncias
para cumprir as condições regulamentares de evacuação; e produtos explosivos ou radioativos.
k) [Anterior alínea j)];
l) ‘Efetivo de público’ o número máximo estimado de 2 — [...].
pessoas que pode ocupar em simultâneo um dado espaço 3 — Estão apenas sujeitas ao regime de segurança
de edifício ou recinto que recebe público, excluindo em matéria de acessibilidade dos meios de socorro e
o número de funcionários e quaisquer outras pessoas de disponibilidade de água para combate a incêndio,
afetas ao seu funcionamento; aplicando-se nos demais aspetos os respetivos regimes
m) [...]; específicos, as instalações que não disponham de legis-
n) [...]; lação específica ou que dispondo de legislação especí-
o) ‘Inspeção’ o ato de verificação da manutenção das fica a mesma não contemple as referidas matérias.
condições de SCIE aplicáveis e da implementação das 4 — Nos edifícios de habitação, excetuam-se do
medidas de autoproteção, a realizar pela Autoridade disposto no n.º 1, os espaços interiores de cada habi-
Nacional de Proteção Civil (ANPC) ou por entidade tação, onde se aplicam as condições de segurança das
por esta credenciada; instalações técnicas e demais exceções previstas no
p) ‘Local de risco’ a classificação de qualquer área regulamento técnico.
de um edifício ou recinto, em função da natureza do 5 — Quando o cumprimento das normas de segurança
risco de incêndio, em conformidade com o disposto contra incêndio nos imóveis classificados ou em vias de
no artigo 10.º; classificação se revele lesivo dos mesmos ou sejam de
q) ‘Plano de referência’ o plano de nível, à cota de concretização manifestamente desproporcionada, são
pavimento do acesso destinado às viaturas de socorro, adotadas as medidas de autoproteção adequadas, após
medida na perpendicular a um vão de saída direta para o parecer da ANPC.
exterior do edifício. No caso de existir mais de um plano 6 — [...].
8742 Diário da República, 1.ª série — N.º 198 — 9 de outubro de 2015

Artigo 5.º das, dormitórios e, quando não inseridos num estabe-


[...]
lecimento escolar, residências de estudantes e colónias
de férias, ficando excluídos deste tipo os parques de
1 — A ANPC é a entidade competente para assegurar campismo e caravanismo, que são considerados espaços
o cumprimento do regime de segurança contra incêndio da utilização-tipo IX;
em edifícios. h) [...];
2 — À ANPC incumbe a credenciação de entidades i) [...];
para a emissão de pareceres e para a realização de vis- j) [...];
torias e de inspeções das condições de SCIE, nos termos k) [...];
previstos no presente decreto-lei e nas suas portarias l) [...].
complementares.
2 — [...].
Artigo 6.º 3 — [...]:
[...] a) Espaços onde se desenvolvam atividades adminis-
1 — [...]. trativas, de arquivo documental e de armazenamento ne-
2 — Os intervenientes referidos nas alíneas a) e c) cessários ao funcionamento das entidades que exploram
do número anterior subscrevem termos de responsabi- as utilizações-tipo III a XII, desde que sejam geridos
lidade, nos quais deve constar: sob a sua responsabilidade, não estejam normalmente
acessíveis ao público e cada um desses espaços não
a) No caso do termo de responsabilidade do autor possua uma área bruta superior a:
do projeto de SCIE, a referência ao cumprimento das
disposições de SCIE na elaboração do projeto; i) 10 % da área bruta afeta às utilizações-tipo III a
b) No caso do termo de responsabilidade do coorde- VII, IX e XI;
nador de projeto, a compatibilidade dos demais projetos ii) [...];
de especialidade com o projeto de SCIE;
c) No caso do termo de responsabilidade do diretor de b) [...];
obra e do diretor de fiscalização de obra, a execução da c) Espaços comerciais, oficinas, bibliotecas e espaços
mesma em conformidade com o projeto de SCIE. de exposição, bem como postos médicos, de socorros e de
enfermagem, desde que sejam geridos sob a responsabi-
3 — A manutenção das condições de segurança con- lidade das entidades exploradoras de utilizações-tipo III
tra risco de incêndio e a implementação das medidas de a XII e possuam uma área bruta não superior a 200 m2.
autoproteção aplicáveis aos edifícios ou recintos des-
tinados à utilização-tipo I referida na alínea a) do n.º 1 Artigo 9.º
do artigo 8.º, durante todo o ciclo de vida dos mesmos, [...]
é da responsabilidade dos respetivos proprietários, com
exceção das suas partes comuns na propriedade horizon- 1 — [...].
tal, que são da responsabilidade do condomínio. 2 — [...].
4 — Durante todo o ciclo de vida dos edifícios ou 3 — A qualificação da reação ao fogo dos materiais
recintos que não se integrem na utilização-tipo referida de construção e da resistência ao fogo padrão dos ele-
no número anterior, a responsabilidade pela manutenção mentos de construção é feita de acordo com as normas
das condições de segurança contra risco de incêndio e a em vigor.
implementação das medidas de autoproteção aplicáveis 4 — As classes de desempenho de reação ao fogo dos
é das seguintes entidades: materiais de construção e a classificação de desempenho
de resistência ao fogo padrão constam respetivamente
a) [...]; dos anexos I e II ao presente decreto-lei, do qual fazem
b) [...]; parte integrante.
c) [...]. 5 — Constituem exceção ao disposto no número
anterior, todos os materiais e produtos que são objeto
Artigo 8.º de classificação sem necessidade de ensaio prévio, pu-
[...] blicada em Decisão, ou em Regulamento Delegado, da
Comissão Europeia.
1 — [...]: 6 — Os elementos de construção para os quais o
a) [...]; presente decreto-lei impõe exigências de resistência
b) [...]; ao fogo devem possuir relatórios de classificação,
c) [...]; emitidos por organismos notificados pelo Instituto
d) [...]; Português da Qualidade, I. P., ou por organismos de
e) [...]; certificação acreditados pelo Instituto Português de
f) [...]; Acreditação, I. P., ou por organismo nacional de acre-
g) Tipo VII «hoteleiros e restauração», corresponde ditação relevante na aceção do Regulamento (CE)
a edifícios ou partes de edifícios, recebendo público, n.º 765/2008, do Parlamento Europeu e do Conselho,
fornecendo alojamento temporário ou exercendo ativi- de 9 de julho de 2008, ou ser objeto de verificação de
dades de restauração e bebidas, em regime de ocupa- resistência ao fogo por métodos de cálculo constantes
ção exclusiva ou não, nomeadamente os destinados a de códigos europeus.
empreendimentos turísticos, alojamento local, quando 7 — É também aceitável, para além do previsto
aplicável, estabelecimentos de restauração ou de bebi- no número anterior, recorrer a tabelas constantes dos
Diário da República, 1.ª série — N.º 198 — 9 de outubro de 2015 8743

códigos europeus, ou publicadas pelas entidades refe- destinados à utilização-tipo referida na alínea a) do
ridas nesse mesmo número. n.º 1 do artigo 8.º;
8 — Relativamente às normas referidas no presente n) Outros locais que possuam uma carga de incêndio
decreto-lei, são aplicáveis a sua última edição e ainda modificada superior a 10 000 MJ, associada à presença
as posteriores erratas, emendas, revisões, integrações de materiais facilmente inflamáveis e, ainda, os que
ou consolidações. comportem riscos de explosão.
o) [Revogada].
Artigo 10.º
4 — [...].
[...]
5 — [...]:
1 — Todos os locais dos edifícios e dos recintos, com a) [...];
exceção dos espaços interiores de cada fogo, das vias b) [...];
horizontais e verticais de evacuação e dos espaços ao c) Espaços turísticos destinados a alojamento, in-
ar livre, são classificados de acordo com a natureza do cluindo os afetos a turismo do espaço rural e de habi-
risco, do seguinte modo: tação;
a) [...]; d) [...].
b) [...];
c) Local de risco C — local que apresenta riscos 6 — [...]:
particulares agravados de eclosão e de desenvolvimento a) [...];
de incêndio devido, quer às atividades nele desenvolvi- b) [...];
das, quer às características dos produtos, materiais ou c) [...];
equipamentos nele existentes, designadamente à carga d) [...];
de incêndio modificada, à potência útil e à quantidade e) [...];
de líquidos inflamáveis e, ainda, ao volume dos com- f) [...];
partimentos. Sempre que o local de risco C se encontre g) Centrais de bombagem para serviço de incêndio.
numa das condições referidas no n.º 3 do artigo 11.º,
designa-se como local de risco C agravado; Artigo 11.º
d) Local de risco D — local de um estabelecimento
com permanência de pessoas acamadas ou destinado [...]
a receber crianças com idade inferior a seis anos ou 1 — [...]:
pessoas limitadas na mobilidade ou nas capacidades de
perceção e reação a um alarme; a) Situar-se, sempre que possível, próximo do piso de
e) [...]; saída para o exterior ou com saída direta para o exterior;
f) [...]. b) [...].

2 — [...]. 2 — Constituem exceção ao disposto no número an-


3 — [...]: terior, os seguintes locais de risco B:
a) [...]; a) [...];
b) [...]; b) [...].
c) Cozinhas em que sejam instalados aparelhos, ou
grupos de aparelhos, para confeção de alimentos ou sua 3 — A afetação dos espaços interiores de um edifí-
conservação, com potência útil total superior a 20 kW, cio a locais de risco C, desde que os mesmos possuam
com exceção das incluídas no interior das habitações; volume superior a 600 m3, ou carga de incêndio modi-
d) [...]; ficada superior a 20 000 MJ, ou potência instalada dos
e) Lavandarias ou engomadorias em que sejam ins- seus equipamentos elétricos e eletromecânicos superior
talados aparelhos, ou grupos de aparelhos, para lava- a 250 kW, ou alimentados a gás superior a 70 kW, ou
gem, secagem ou engomagem, com potência útil total serem locais de pintura ou aplicação de vernizes em
superior a 20 kW; oficinas, ou constituírem locais de produção, depósito,
f) Instalações de frio para conservação cujos apare- armazenagem ou manipulação de líquidos inflamáveis
lhos possuam potência útil total superior a 70 kW; em quantidade superior a 100 l, atribui a esses espaços
g) Arquivos, depósitos, armazéns e arrecadações de a classificação de locais de risco C agravado, devendo
produtos ou material diverso, com volume de compar- respeitar as seguintes regras:
timento superior a 100 m3; a) Situar-se, sempre que possível, ao nível do plano
h) [...]; de referência e na periferia do edifício;
i) [...]; b) Não comunicar diretamente com locais de risco D,
j) Locais afetos a serviços técnicos em que sejam E ou F, nem com vias verticais de evacuação que sirvam
instalados equipamentos elétricos, eletromecânicos ou outros espaços do edifício.
térmicos com potência útil total superior a 70 kW;
k) Locais de pintura e aplicação de vernizes em que 4 — [...].
sejam utilizados produtos inflamáveis;
l) [Anterior alínea m)]; Artigo 12.º
m) Locais cobertos de estacionamento de veículos
[...]
com área bruta compreendida entre 50 m2 e 200 m2, com
exceção dos estacionamentos individuais, em edifícios 1 — [...].
8744 Diário da República, 1.ª série — N.º 198 — 9 de outubro de 2015

2 — [...]: cujo desempenho ao nível da SCIE seja devidamente


justificado, no âmbito das disposições construtivas ou
a) [...];
dos sistemas e equipamentos de segurança;
b) [...];
b) [Revogada];
c) [...];
c) [...];
d) Utilizações-tipo IV e V — altura da utilização-
d) [...].
-tipo, efetivo, efetivo em locais de risco D ou E e, apenas
para a 1.ª categoria, saída independente direta ao exterior
Artigo 16.º
de locais de risco D, ao nível do plano de referência, a
que se refere o quadro IV; Projetos de SCIE e medidas de autoproteção
e) [...];
1 — A responsabilidade pela elaboração dos projetos
f) Utilização-tipo VII — altura da utilização-tipo,
de SCIE referentes a edifícios e recintos classificados
efetivo e efetivo em locais de risco E, a que se refere
na 1.ª categoria de risco, para as utilizações-tipo IV e
o quadro VI;
V e nas 2.ª, 3.ª e 4.ª categorias de risco, decorrentes
g) [Anterior alínea f)];
da aplicação do presente decreto-lei e portarias com-
h) Utilização-tipo XI — altura da utilização-tipo,
plementares, tem de ser assumida exclusivamente por
número de pisos abaixo do plano de referência, efetivo
um arquiteto, reconhecido pela Ordem dos Arquitetos
e a densidade de carga de incêndio modificada, a que (OA) ou por um engenheiro, reconhecido pela Ordem
se refere o quadro IX. dos Engenheiros (OE), ou por um engenheiro técnico,
i) [Anterior alínea h)]. reconhecido pela Ordem dos Engenheiros Técnicos
(OET), com certificação de especialização declarada
3 — [...]. para o efeito nos seguintes termos:
4 — [...].
5 — A carga de incêndio modificada a que se referem a) O reconhecimento direto dos associados das OA,
a alínea n) do n.º 3 do artigo 10.º e o n.º 3 do artigo OE e OET propostos pelas respetivas associações pro-
anterior é determinada com base nos critérios técnicos fissionais, desde que, comprovadamente, possuam um
definidos em despacho do presidente da ANPC. mínimo de cinco anos de experiência profissional em
SCIE, adquirida até à data de 15 de julho de 2011;
Artigo 13.º b) O reconhecimento dos associados das OA, OE e
OET propostos pelas respetivas associações profissio-
[...]
nais, que tenham concluído com aproveitamento as ne-
1 — [...]. cessárias ações de formação na área específica de SCIE,
2 — [...]. cujos requisitos tenham sido objeto de protocolo entre a
3 — [...]. ANPC e cada uma daquelas associações profissionais;
4 — No caso de estabelecimentos distribuídos por c) Os associados das OA, OE e OET que não te-
vários edifícios independentes, a categoria de risco é nham sido reconhecidos para a elaboração de projetos
atribuída a cada edifício e não ao seu conjunto. de SCIE das 3.ª e 4.ª categorias de risco e que, com-
5 — Aos edifícios e recintos de utilização mista provadamente, possuam experiência na elaboração
aplicam-se as exigências mais gravosas de entre as di- de projetos de SCIE da 1.ª categoria de risco, para
versas utilizações-tipo no que respeita às condições as utilizações-tipo IV e V, e da 2.ª categoria de risco,
de autoproteção dos espaços comuns, às condições de podem solicitar à respetiva Ordem o reconhecimento
resistência ao fogo dos elementos estruturais comuns, para a elaboração de projetos de SCIE relativos apenas
às condições de resistência ao fogo dos elementos de a essas categorias de risco.
compartimentação comuns, entre si e das vias de eva-
cuação comuns, e às condições de controlo de fumos 2 — A responsabilidade pela elaboração das medidas
em vias de evacuação comuns, podendo partilhar os de autoproteção referentes a edifícios e recintos clas-
sistemas e equipamentos de segurança contra risco de sificados na 1.ª categoria de risco, para as utilizações-
incêndio do edifício. -tipo IV e V, e nas 2.ª, 3.ª e 4.ª categorias de risco, tem
de ser assumida exclusivamente por técnicos associados
Artigo 14.º das OA, OE e OET propostos pelas respetivas associa-
ções profissionais com certificação de especialização
[...]
declarada para o efeito nos seguintes termos:
No caso de edifícios e recintos novos, quando, com-
a) Os associados das OA, OE e OET que não tenham
provadamente, as disposições do regulamento técnico
sido reconhecidos para a elaboração de medidas de
referido no artigo 15.º sejam desadequadas face às gran-
autoproteção das 3.ª e 4.ª categorias de risco e que, com-
des dimensões em altimetria ou planimetria ou às suas
provadamente, possuam experiência na elaboração de
características de funcionamento, ou de exploração ou
medidas de autoproteção da 1.ª categoria de risco, para
construtivas, tais edifícios e recintos ou as suas frações
as utilizações-tipo IV e V, e da 2.ª categoria de risco,
são classificados de perigosidade atípica e ficam sujeitos
podem solicitar à respetiva Ordem o reconhecimento
a soluções de SCIE que, cumulativamente:
para a elaboração de medidas de autoproteção relativas
a) Sejam objeto de fundamentação adequada baseada apenas a essas categorias de risco;
em métodos de análise de risco que venham a ser reco- b) O reconhecimento dos associados das OA, OE e
nhecidos pela ANPC ou em métodos de ensaio ou mo- OET, propostos pelas respetivas associações profissio-
delos de cálculo ou seja baseada em novas tecnologias nais, que tenham concluído com aproveitamento as ne-
ou em tecnologias não previstas no presente decreto-lei, cessárias ações de formação na área específica de SCIE,
Diário da República, 1.ª série — N.º 198 — 9 de outubro de 2015 8745

cujos requisitos tenham sido objeto de protocolo entre a risco e os edifícios de utilização exclusiva da utilização-
ANPC e cada uma daquelas associações profissionais. -tipo I da 2.ª categoria de risco.
5 — As inspeções extraordinárias são realizadas por
3 — A ANPC deve proceder ao registo atualizado iniciativa da ANPC ou de outra entidade com compe-
dos autores de projeto e medidas de autoproteção re- tência fiscalizadora.
feridos nos números anteriores e publicitar a listagem 6 — Compete às entidades referidas nos n.os 3 e 4 do
dos mesmos no sítio da ANPC. artigo 6.º, independentemente da instauração de pro-
cesso contraordenacional, assegurar a regularização
Artigo 17.º das condições que não estejam em conformidade com a
legislação de SCIE aplicável, dentro dos prazos fixados
[...]
nos relatórios das inspeções referidas no presente artigo.
1 — [...].
2 — [...]. Artigo 21.º
3 — Nas operações urbanísticas promovidas pela [...]
Administração Pública, nomeadamente as referidas no
artigo 7.º do regime jurídico da urbanização e edifica- 1 — A autoproteção e a gestão de segurança contra
ção, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de incêndio em edifícios e recintos, durante a exploração
dezembro, devem ser cumpridas as condições de SCIE. ou utilização dos mesmos, para efeitos de aplicação do
4 — [...]. presente decreto-lei e legislação complementar, baseiam-
-se nas seguintes medidas:
Artigo 18.º a) [...];
[...] b) [...];
c) [...];
1 — O pedido de autorização de utilização de edifí- d) [...];
cios ou suas frações autónomas e recintos, referido no e) Simulacros para teste das medidas de autoproteção
artigo 63.º do regime jurídico da urbanização e edifi- e treino dos ocupantes com vista à criação de rotinas de
cação, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de comportamento e aperfeiçoamento de procedimentos.
dezembro, deve ser instruído com termo de responsa-
bilidade subscrito pelos autores de projeto de obra e do 2 — As medidas de autoproteção respeitantes a cada
diretor de fiscalização de obra, no qual devem declarar utilização-tipo, de acordo com a respetiva categoria de
que se encontram cumpridas as condições de SCIE. risco, são as definidas no regulamento técnico referido
2 — Quando haja lugar a vistorias, nos termos dos ar- no artigo 15.º, sujeitas a parecer obrigatório da ANPC.
tigos 64.º e 65.º do regime jurídico da urbanização e edi- 3 — Sem prejuízo do disposto no n.º 2 do artigo 34.º,
ficação, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de para efeitos de parecer sobre as medidas de autoproteção
dezembro, ou em virtude de legislação especial em ma- a implementar de acordo com o regulamento técnico
téria de autorização de funcionamento, nas mesmas deve referido no artigo 15.º o processo é entregue na ANPC,
ser apreciado o cumprimento das condições de SCIE pelas entidades referidas no artigo 6.º, até 30 dias antes
e dos respetivos projetos ou fichas de segurança, sem da entrada em funcionamento do edifício, no caso de
prejuízo de outras situações previstas na legislação espe- obras de construção nova, de alteração, ampliação ou
cífica que preveja ou determine a realização de vistoria. mudança de uso.
3 — As vistorias referidas no número anterior, refe- 4 — [Revogado].
rentes à 1.ª categoria de risco para utilizações-tipo IV
e V e à 2.ª, 3.ª e 4.ª categorias de risco, integram um Artigo 22.º
representante da ANPC ou de uma entidade por ela
credenciada. [...]
1 — As medidas de autoproteção aplicam-se a todos
Artigo 19.º os edifícios e recintos, incluindo os existentes à data da
[...] entrada em vigor do presente decreto-lei, com exceção
dos edifícios e recintos da utilização-tipo I, da 1.ª e
1 — Todos os edifícios ou recintos e suas frações 2.ª categorias de risco.
estão sujeitos a inspeções a realizar pela ANPC ou por 2 — As modificações às medidas de autoproteção
entidade por ela credenciada. aprovadas devem ser apresentadas na ANPC, para pa-
2 — As inspeções classificam-se em regulares e ex- recer, sempre que se verifique a alteração da categoria
traordinárias. de risco ou da utilização-tipo.
3 — As inspeções regulares são obrigatórias e devem 3 — As modificações das medidas de autoproteção
ser realizadas no prazo máximo de seis anos no caso da não mencionadas no número anterior devem ser aprova-
1.ª categoria de risco, cinco anos no caso da 2.ª categoria das pelo responsável de segurança, constar dos registos
de risco, quatro anos no caso da 3.ª categoria de risco de segurança e ser implementadas.
e três anos no caso da 4.ª categoria de risco, a pedido 4 — A mudança da entidade responsável pela manu-
das entidades responsáveis referidas nos n.os 3 e 4 do tenção das condições de SCIE da utilização-tipo deve
artigo 6.º ser comunicada à ANPC.
4 — Excetuam-se do disposto no número anterior os 5 — Os simulacros de incêndio são realizados obser-
edifícios ou recintos e suas frações das utilizações-tipo I, vando os períodos máximos entre exercícios, definidos
II, III, VI, VII, VIII, IX, X, XI e XII da 1.ª categoria de no regulamento técnico referido no artigo 15.º
8746 Diário da República, 1.ª série — N.º 198 — 9 de outubro de 2015

Artigo 23.º técnicas constantes do regulamento técnico referido


Comércio, instalação e manutenção de equipamentos
no artigo 15.º;
e sistemas de SCIE h) O agravamento da respetiva categoria de risco, em
infração ao disposto nas normas técnicas constantes do
1 — As entidades que tenham por objeto a atividade regulamento técnico referido no artigo 15.º;
de comercialização, instalação e ou manutenção de equi- i) A alteração do uso total ou parcial dos edifícios
pamentos e sistemas de SCIE encontram-se sujeitas a ou recintos, em incumprimento das exigências legais
registo na ANPC, sem prejuízo de outras licenças, auto- de SCIE;
rizações ou habilitações previstas na lei para o exercício j) A ocupação ou o uso das zonas de refúgio, em
de determinada atividade. infração ao disposto nas normas técnicas constantes do
2 — O procedimento de registo é definido por porta- regulamento técnico referido no artigo 15.º;
ria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas k) O armazenamento de líquidos e de gases combustí-
da proteção civil, das obras públicas e da economia. veis, em violação dos requisitos determinados para a sua
localização ou quantidades permitidas, em infração ao
Artigo 24.º disposto nas normas técnicas constantes do regulamento
Competência de fiscalização técnico referido no artigo 15.º;
l) A comercialização de equipamentos e sistemas de
1 — [...]: SCIE, a sua instalação e manutenção, sem registo na
a) [...]; ANPC, em infração ao disposto no artigo 23.º;
b) Os municípios, na sua área territorial, quanto às m) A inexistência ou a utilização de sinais de segu-
utilizações-tipo I, II, III, VI, VII, VIII, IX, X, XI e XII rança não obedecendo às dimensões, formatos, materiais
da 1.ª categoria de risco; especificados e a sua incorreta instalação ou localização,
c) [...]. em infração ao disposto nas normas técnicas constantes
do regulamento técnico referido no artigo 15.º;
2 — [...]. n) A inexistência ou a deficiente instalação, funciona-
mento ou manutenção dos equipamentos de iluminação
Artigo 25.º de emergência, em infração ao disposto nas normas
técnicas constantes do regulamento técnico referido
[...] no artigo 15.º;
1 — [...]: o) A inexistência ou a deficiente instalação, funcio-
namento ou manutenção dos equipamentos ou sistemas
a) [...]; de deteção, alarme e alerta, em infração ao disposto
b) A subscrição de projetos de SCIE, medidas de nas normas técnicas constantes do regulamento técnico
autoproteção, emissão de pareceres, relatórios de vis- referido no artigo 15.º;
toria ou relatórios de inspeção, relativos a condições p) A inexistência ou a deficiente instalação, funcio-
de segurança contra risco de incêndio em edifícios, por namento ou manutenção dos equipamentos ou sistemas
quem não preencha os requisitos legais; de controlo de fumos, a obstrução das tomadas de ar
c) A obstrução, redução ou anulação das portas re- ou das bocas de ventilação, em infração ao disposto
sistentes ao fogo que façam parte dos caminhos de eva- nas normas técnicas constantes do regulamento técnico
cuação, das câmaras corta-fogo, das vias verticais ou referido no artigo 15.º;
horizontais de evacuação, ou das saídas de evacuação, q) A inexistência ou a deficiente instalação, funcio-
em infração ao disposto nas normas técnicas constantes namento ou manutenção dos extintores de incêndio, em
do regulamento técnico referido no artigo 15.º; infração ao disposto nas normas técnicas constantes do
d) A obstrução, redução, ocultação ou anulação dos regulamento técnico referido no artigo 15.º;
meios de intervenção, sinalética, iluminação e sistemas r) A inexistência ou a deficiente instalação, funcio-
automáticos de deteção de incêndio, em infração ao namento ou manutenção dos equipamentos da rede de
disposto nas normas técnicas constantes do regulamento incêndio armada, do tipo carretel ou do tipo teatro, em
técnico referido no artigo 15.º; infração ao disposto nas normas técnicas constantes do
e) A alteração dos meios de compartimentação ao regulamento técnico referido no artigo 15.º;
fogo, isolamento e proteção, através da abertura de vãos s) A inexistência ou a deficiente instalação, funcio-
de passagem ou de novas comunicações entre espaços, namento ou manutenção dos equipamentos da rede de
que agrave o risco de incêndio, em infração ao disposto incêndio seca ou húmida, em infração ao disposto nas
nas normas técnicas constantes do regulamento técnico normas técnicas constantes do regulamento técnico re-
referido no artigo 15.º; ferido no artigo 15.º;
f) A alteração dos elementos com capacidade de su- t) A inexistência ou deficiente instalação, funciona-
porte de carga, estanquidade e isolamento térmico, para mento ou manutenção do depósito da rede de incêndio
classes de resistência ao fogo com desempenho inferior ou respetiva central de bombagem, em infração ao dis-
ao exigido, que agrave o risco de incêndio, em infração posto nas normas técnicas constantes do regulamento
ao disposto nas normas técnicas constantes do regula- técnico referido no artigo 15.º;
mento técnico referido no artigo 15.º; u) A inexistência ou a deficiente instalação, funcio-
g) A alteração dos materiais de revestimento e aca- namento ou manutenção dos hidratantes, em infração ao
bamento das paredes e tetos interiores, para classes de disposto nas normas técnicas constantes do regulamento
reação ao fogo com desempenho inferior ao exigido técnico referido no artigo 15.º;
no que se refere à produção de fumo, gotas ou partí- v) A inexistência ou a deficiente instalação, funcio-
culas inflamadas, em infração ao disposto nas normas namento ou manutenção dos equipamentos ou sistemas
Diário da República, 1.ª série — N.º 198 — 9 de outubro de 2015 8747

de controlo de monóxido de carbono, em infração ao ll) A inexistência de medidas de autoproteção, em


disposto nas normas técnicas constantes do regulamento infração ao disposto no n.º 1 do artigo 21.º;
técnico referido no artigo 15.º; mm) A existência de medidas de autoproteção, não
w) A existência de extintores ou outros equipamentos entregues na ANPC, para parecer, em infração aos n.os 2
de SCIE com os prazos de validade ou de manutenção e 3 do artigo 21.º e ao n.º 2 do artigo 34.º, ou em infra-
ultrapassados, em infração ao disposto nas normas téc- ção ao artigo 33.º do anexo II ao regulamento técnico
nicas constantes do regulamento técnico referido no referido no artigo 15.º;
artigo 15.º; nn) A inexistência de projeto de SCIE ou da ficha de
x) A inexistência ou a deficiente instalação, funciona- segurança, quando exigível, em infração ao disposto nos
mento ou manutenção dos equipamentos ou sistemas de n.os 1 e 2 do artigo 17.º;
deteção automática de gás combustível, em infração ao oo) O incumprimento das condições de SCIE, em
disposto nas normas técnicas constantes do regulamento infração ao disposto no n.º 3 do artigo 17.º;
técnico referido no artigo 15.º; pp) O incumprimento da obrigação de notificação da
y) A inexistência ou a deficiente instalação, funcio- ANPC das alterações que respeitem ao registo, previsto
namento ou manutenção dos equipamentos ou sistemas no artigo 32.º e no artigo 3.º da Portaria n.º 773/2009,
fixos de extinção automática de incêndio, em infração ao de 21 de julho, em infração ao disposto no artigo 8.º
disposto nas normas técnicas constantes do regulamento desta portaria;
qq) A realização da manutenção de extintores por
técnico referido no artigo 15.º;
entidades com o serviço não certificado de acordo
z) O uso do posto de segurança para um fim diverso com a NP 4413, em infração ao disposto no n.º 9 do
do permitido, em infração ao disposto nas normas téc- artigo 8.º do anexo I ao regulamento técnico referido
nicas constantes do regulamento técnico referido no no artigo 15.º;
artigo 15.º; rr) A inexistência ou a deficiente instalação, fun-
aa) A inexistência de medidas de autoproteção cionamento ou manutenção de portas e divisórias re-
atualizadas e adequadas à utilização-tipo e categoria de sistentes ao fogo, em infração ao disposto nas normas
risco, ou a sua desconformidade nos termos do disposto técnicas constantes do regulamento técnico referido
nas normas técnicas constantes do regulamento técnico no artigo 15.º
referido no artigo 15.º;
bb) A inexistência de registos de segurança, a sua não 2 — As contraordenações previstas nas alíneas c),
atualização, ou a sua desconformidade com o disposto d), h), j), o), p), r), t), u), y), aa), ll), nn), oo) e rr) do
nas normas técnicas constantes do regulamento técnico número anterior são puníveis com coima de € 370 até
referido no artigo 15.º; € 3 700, no caso de pessoas singulares, ou até € 44 000,
cc) Equipa de segurança inexistente, incompleta, ou no caso de pessoas coletivas.
sem formação em segurança contra incêndio em edifí- 3 — As contraordenações previstas nas alíneas a),
cios, em infração ao disposto nas normas técnicas cons- b), e), f), g), i), k), q), s), v), x), z), bb), cc), ee), ff), hh),
tantes do regulamento técnico referido no artigo 15.º; ii), jj), kk), mm) e pp) do n.º 1 são puníveis com coima
dd) Plantas de emergência ou instruções de segu- de € 275 até € 2 750, no caso de pessoas singulares, ou
rança inexistentes, incompletas, ou não afixadas nos até € 27 500, no caso de pessoas coletivas.
locais previstos nos termos do presente decreto-lei, em 4 — As contraordenações previstas nas alíneas l),
infração ao disposto nas normas técnicas constantes do m), w), dd), gg) e qq) do n.º 1 são puníveis com coima
regulamento técnico referido no artigo 15.º; de € 180 até € 1 800, no caso de pessoas singulares, ou
ee) Não realização de ações de formação de segu- até € 11 000, no caso de pessoas coletivas.
rança contra incêndio, em infração ao disposto nas nor- 5 — [...].
mas técnicas constantes do regulamento técnico referido 6 — [...].
no artigo 15.º; 7 — [...].
ff) Não realização de simulacros nos prazos previstos 8 — [...].
no presente decreto-lei, em infração ao disposto nas Artigo 26.º
normas técnicas constantes do regulamento técnico re- [...]
ferido no artigo 15.º;
gg) A falta do registo referido no n.º 3 do artigo 16.º; 1 — [...]:
hh) O incumprimento, negligente ou doloso, dos de- a) Interdição do uso do edifício, recinto, ou de suas
veres específicos que as entidades credenciadas, previs- partes, por obras ou alteração de uso não aprovado, ou
tas no n.º 2 do artigo 5.º e no artigo 30.º, estão obrigadas por não funcionamento dos sistemas e equipamentos de
a assegurar no desempenho das suas funções; segurança contra incêndio;
ii) A falta de pedido de inspeção regular, em infração b) [...];
ao previsto no artigo 19.º; c) [...].
jj) A inexistência ou a deficiente instalação, funcio-
namento ou manutenção das instalações técnicas, em 2 — [...].
infração ao disposto nas normas técnicas constantes do
regulamento técnico referido no artigo 15.º; Artigo 27.º
kk) A inexistência ou a deficiente instalação, funcio-
[...]
namento ou manutenção das fontes centrais de energia
de emergência, em infração ao disposto nas normas A instrução e decisão dos processos por contraorde-
técnicas constantes do regulamento técnico referido nação prevista no presente decreto-lei compete, respe-
no artigo 15.º; tivamente, à ANPC e ao seu presidente.
8748 Diário da República, 1.ª série — N.º 198 — 9 de outubro de 2015

Artigo 29.º f) OET;


[...]
g) Associação Portuguesa de Segurança;
h) [...].
1 — Os serviços prestados pela ANPC, no âmbito
do presente decreto-lei, estão sujeitos a taxas cujo valor 2 — Os membros da comissão não recebem qual-
é fixado por portaria dos membros do Governo res- quer remuneração ou abono pelo exercício das suas
ponsáveis pelas áreas das finanças, da proteção civil funções.»
e da economia, a qual estabelece também o regime de
isenções aplicável. Artigo 3.º
2 — Para efeitos do disposto no número ante-
Alteração aos anexos I, II, III e IV ao Decreto-
rior, consideram-se serviços prestados pela ANPC, -Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro
nomeadamente:
Os anexos I, II, III e IV ao Decreto-Lei n.º 220/2008, de
a) A credenciação de pessoas singulares ou coletivas 12 de novembro, são alterados de acordo com a redação
para a emissão de pareceres e a realização de vistorias constante do anexo I ao presente diploma, do qual faz
e inspeções das condições de SCIE; parte integrante.
b) [...];
c) [...]; Artigo 4.º
d) [...];
e) A emissão de pareceres sobre medidas de auto- Aditamento ao Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro
proteção; É aditado ao Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de novem-
f) [Revogada]; bro, o artigo 14.º-A, com a seguinte redação:
g) O registo referido no n.º 3 do artigo 16.º;
h) O processo de registo de entidades que exerçam a «Artigo 14.º-A
atividade de comercialização de equipamentos e siste-
mas de SCIE, a sua instalação e manutenção; Edifícios e recintos existentes
i) O registo referido no n.º 2 do artigo 30.º 1 — Estão sujeitos ao disposto no presente decreto-
-lei, nos termos do regime jurídico da urbanização e
3 — [...]. edificação, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 555/99, de
16 de dezembro, as operações urbanísticas referentes a
Artigo 30.º edifícios, ou suas frações autónomas, e recintos existen-
[...] tes, construídos ao abrigo do direito anterior.
2 — Pode ser dispensada a aplicação de algumas
1 — [...]. disposições do regulamento técnico referido no ar-
2 — As entidades credenciadas no âmbito do presente tigo 15.º quando a sua aplicação seja manifestamente
decreto-lei e legislação complementar devem fazer o desproporcionada pelas suas características construtivas,
registo da emissão de pareceres e da realização de vis- arquitetónicas, ou de funcionamento e exploração dos
torias e de inspeções das condições de SCIE no sistema edifícios e recintos.
informático da ANPC. 3 — No caso referido no número anterior, devem ser
previstos pelo projetista meios de segurança compensa-
Artigo 31.º tórios, adequados para cada situação, desde que sejam
[...] integrados em soluções de segurança contra incêndio
que, cumulativamente:
A subscrição de fichas de segurança, projetos ou
medidas de autoproteção em SCIE é incompatível com a) Sejam compatíveis com a natureza da intervenção
a prática de atos ao abrigo da credenciação da ANPC no e com o grau de proteção que podem ter os edifícios
exercício das suas competências de emissão de parece- e recintos;
res, realização de vistorias e inspeções das condições b) Seja mencionado no termo de responsabilidade,
de SCIE. pelo autor do projeto, a proposta de dispensa de acordo
com o número anterior;
Artigo 35.º c) Sejam objeto de fundamentação adequada na me-
mória descritiva do projeto, a qual pode ser baseada em
[...] métodos de análise de risco que venham a ser reconhe-
1 — Por despacho dos membros do Governo res- cidos pela ANPC ou em métodos de ensaio ou modelos
ponsáveis pelas áreas da proteção civil e das obras pú- de cálculo ou seja baseada em novas tecnologias ou
blicas, é criada uma comissão de acompanhamento da em tecnologias não previstas no presente decreto-lei,
aplicação do presente decreto-lei, presidida pela ANPC cujo desempenho ao nível da SCIE seja devidamente
e constituída por um perito a designar por cada uma das justificado, no âmbito das disposições construtivas ou
seguintes entidades: dos sistemas e equipamentos de segurança;
d) Sejam aprovadas pela ANPC.»
a) Instituto dos Mercados Públicos, do Imobiliário e
da Construção, I. P.; Artigo 5.º
b) Laboratório Nacional de Engenharia Civil, I. P.;
Norma transitória
c) Associação Nacional de Municípios Portugueses;
d) Ordem dos Arquitetos; 1 — Os projetos de edifícios e recintos, cujo pedido
e) OE; de licenciamento ou apresentação de comunicação prévia
Diário da República, 1.ª série — N.º 198 — 9 de outubro de 2015 8749

tenham ocorrido até à data da entrada em vigor do presente tf — tempo de presença da chama ‘duração das cha-
diploma, regem-se pela legislação vigente à data da sua mas persistentes’ [s];
apresentação. PCS — poder calorífico superior [MJ kg-1, MJ kg-2
2 — Até à implementação do sistema informático pre- ou MJ m-2, consoante os casos];
visto no artigo 32.º do Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 FIGRA — taxa de propagação do fogo [W s-1];
de novembro, a tramitação dos procedimentos previstos THR600s — calor total libertado em 600 s [MJ];
no presente diploma é realizada em papel, nos termos do LFS — propagação lateral das chamas ‘comparado
Código do Procedimento Administrativo, devendo ser en- com o bordo da amostra’ [m];
tregue à Autoridade Nacional de Proteção Civil a seguinte SMOGRA — taxa de propagação do fumo [m2 s-2];
documentação: TSP600s — produção total de fumo em 600 s [m2];
a) Três exemplares em papel e um exemplar em suporte Fs — propagação das chamas [mm];
digital, no caso de projetos de SCIE; Libertação de gotas ou partículas inflamadas;
b) Dois exemplares em papel e um exemplar em suporte Fluxo crítico — fluxo radiante correspondente à ex-
digital, no caso de medidas de autoproteção. tensão máxima da chama ‘só para pavimentos’.
QUADRO I
Artigo 6.º
Norma revogatória Classes de reação ao fogo para produtos
de construção, excluindo pavimentos
São revogadas a alínea o) do n.º 3 do artigo 10.º, a alí-
nea b) do artigo 14.º, o n.º 4 do artigo 21.º, a alínea f) do
Classe Fatores de classificação Classificação complementar
n.º 2 do artigo 29.º, a «Aplicação: chaminés» do quadro IV
do anexo II e o anexo VI ao Decreto-Lei n.º 220/2008, de
12 de novembro. A1. . . . . . ∆T, ∆m, tf e PCS

Artigo 7.º A2. . . . . . ∆T, ∆m, tf , PCS, FIGRA, Produção de fumo ‘s1,
LFS e THR600s. s2 ou s3’ e gotas ou
Republicação partículas inflamadas
‘d0, d1 ou d2’.
É republicado no anexo II ao presente diploma, do qual
faz parte integrante, o Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de B. . . . . . . FIGRA, LFS, THR600s e Fs Produção de fumo ‘s1,
s2 ou s3’ e gotas ou
novembro, com a redação atual. partículas inflamadas
‘d0, d1 ou d2’.
Artigo 8.º
C. . . . . . . FIGRA, LFS, THR600s e Fs Produção de fumo ‘s1,
Entrada em vigor s2 ou s3’ e gotas ou
partículas inflamadas
1 — O presente diploma entra em vigor 45 dias após a ‘d0, d1 ou d2’.
data sua publicação.
2 — Para efeito de emissão de regulamentação, excetua- D. . . . . . . FIGRA e Fs . . . . . . . . . . . . Produção de fumo ‘s1,
s2 ou s3’ e gotas ou
-se do disposto no número anterior o artigo 32.º do Decreto- partículas inflamadas
-Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro, que entra em vigor ‘d0, d1 ou d2’.
24 meses após a entrada em vigor do presente diploma.
E. . . . . . . Fs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Gotas ou partículas in-
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 17 de flamadas ‘não classi-
setembro de 2015. — Pedro Passos Coelho — Maria Luís ficado ou d2’.
Casanova Morgado Dias de Albuquerque — Anabela Ma- F....... Desempenho não determinado.
ria Pinto de Miranda Rodrigues — Leonardo Bandeira
de Melo Mathias.
Promulgado em 1 de outubro de 2015. [...]
Publique-se. QUADRO III

O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.


Classes de reação ao fogo de produtos lineares
Referendado em 5 de outubro de 2015. para isolamento térmico de condutas

O Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho.


Classe Fatores de classificação Classificação complementar

ANEXO I
A1L . . . . ∆T, ∆m, tf e PCS.
(a que se refere o artigo 3.º)
A2L . . . . ∆T, ∆m, tf , PCS, FIGRA, LFS Produção de fumo ‘s1,
«ANEXO I e THR600s. s2 ou s3’ e gotas ou
partículas inflamadas
‘d0, d1 ou d2’.
[...]
BL . . . . . FIGRA, LFS, THR600s e Fs Produção de fumo ‘s1,
[...]: s2 ou s3’ e gotas ou
partículas inflamadas
ΔT — aumento de temperatura [ºC]; ‘d0, d1 ou d2’.
Δm — perda de massa [%];
8750 Diário da República, 1.ª série — N.º 198 — 9 de outubro de 2015

Aplicação: Pavimentos e coberturas


Classe Fatores de classificação Classificação complementar
Normas: EN 13501-2; EN 1365-2; EN 1992-1-2; EN 1993-1-2;
EN 1994-1-2; EN 1995-1-2; EN 1999-1-2
CL . . . . . FIGRA, LFS, THR600s e Fs Produção de fumo ‘s1,
s2 ou s3’ e gotas ou Classificação Duração ‘em minutos’
partículas inflamadas
‘d0, d1 ou d2’.

DL . . . . . FIGRA, THR600s e Fs . . . . . . Produção de fumo ‘s1, R. . . . . . . . - - 30 - - - - - - -


s2 ou s3’ e gotas ou RE . . . . . . - 20 30 - 60 90 120 180 240 360
partículas inflamadas REI . . . . . . 15 20 30 45 60 90 120 180 240 360
‘d0, d1 ou d2’. Notas . . . . -

EL . . . . . Fs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Gotas ou partículas in-


QUADRO III
flamadas ‘não classi-
ficado ou d2’.
Classificação para produtos e sistemas para proteção
FL . . . . . Desempenho não determinado. de elementos ou partes de obras
com funções de suporte de carga
[...]
ANEXO II Aplicação: Revestimentos, revestimentos exteriores,
painéis e placas de proteção contra o fogo

[...] Normas: EN 13501-2; EN 13381-2 a 7

[...]: Classificação — Expressa nos mesmos termos do


elemento que é protegido.
a) [...],
b) [...]; QUADRO IV

c) [...];
Classificação para elementos ou partes de obras
d) [...]; sem funções de suporte de carga
e) [...]; e produtos a eles destinados
f) [...];
g) [...]; Aplicação: Divisórias ‘incluindo divisórias
com porções não isoladas’
h) [...];
i) [...]; Normas: EN 13501-2; EN 1364-1; EN 1992-1-2;
j) [...]; EN 1993-1-2; EN 1994-1-2;
k) D — Duração da estabilidade a temperatura cons- EN 1995-1-2; EN 1996-1-2; EN 1999-1-2
tante;
Classificação Duração ‘em minutos’
l) DH — Duração da estabilidade na curva tipo tempo-
-temperatura;
m) F — Funcionalidade dos ventiladores elétricos; E. . . . . . . - 20 30 - 60 90 120 - - -
EI . . . . . . 15 20 30 45 60 90 120 180 240 -
n) B — Funcionalidade dos ventiladores naturais de EI-M. . . . - - 30 - 60 90 120 180 240 -
fumo e calor. EW . . . . . - 20 30 - 60 90 120 - - -
Notas . . . -
[...]
[...]

QUADRO II Aplicação: Portas e portadas corta-fogo e respetivos


dispositivos de fecho ‘incluindo
as que comportem envidraçados e ferragens’
Classificação para elementos com funções
de suporte de carga e com função
de compartimentação resistente ao fogo Normas: EN 13501-2; EN 1634-1

Aplicação: Paredes Classificação Duração ‘em minutos’

Normas: EN 13501-2; EN 1365-1; EN 1992-1-2; EN 1993-1-2; E. . . . . . . 15 20 30 45 60 90 120 180 240 -


EN 1994-1-2; EN 1995-1-2; EN 1996-1-2; EN 1999-1-2 EI . . . . . . 15 20 30 45 60 90 120 180 240 -
EW . . . . . - 20 30 - 60 - - - - -
Notas . . . . A classificação I é complementada pela adição dos
Classificação Duração ‘em minutos’
sufixos ‘1’ ou ‘2’, consoante a definição do iso-
lamento utilizada. A adição do símbolo ‘C’ indica
que o produto satisfaz também o critério de fecho
RE . . . . . - 20 30 - 60 90 120 180 240 360 automático ‘ensaio pass/fail’ (1)
REI . . . . . 15 20 30 45 60 90 120 180 240 360 (1)
A classificação ‘C’ deve ser complementada pelos
REI-M . . - - 30 - 60 90 120 180 240 360 dígitos 0 a 5, de acordo com a categoria utilizada.
REW. . . . - 20 30 - 60 90 120 180 240 360 Os pormenores devem ser incluídos na especifica-
Notas . . . - ção técnica relevante do produto.
Diário da República, 1.ª série — N.º 198 — 9 de outubro de 2015 8751

[...] QUADRO VII

Aplicação: Obturadores para sistemas de transporte contínuo Classificação para produtos destinados
por correias e carris
a sistemas de controlo de fumo
Normas: EN 13501-2; EN 1366-7
Aplicação: Condutas de controlo de fumos
Classificação Duração ‘em minutos’ de compartimento único

E. . . . . . . 15 - 30 45 60 90 120 180 240 - Normas: EN 13501-4; EN 1363-1, 2; ENV 1363-3;


EI . . . . . . 15 20 30 45 60 90 120 180 240 - EN 1366-9; EN 12101-7
EW . . . . . - 20 30 - 60 - - - - -
Notas . . . A classificação I é completada pela adição dos sufi-
xos ‘1’ ou ‘2’, consoante a definição de isolamento Classificação Duração ‘em minutos’
utilizada. Será gerada uma classificação I nos casos
em que a amostra de ensaio seja uma configuração
de tubo ou conduta sem avaliação da obturação E300 . . . . . - - 30 - 60 90 120 - - -
do sistema de transporte. A adição do símbolo ‘C’ E600 . . . . . - - 30 - 60 90 120 - - -
indica que o produto satisfaz também o critério de Notas . . . A classificação é completada pelo sufixo ‘único’, indi-
fecho automático ‘ensaio pass/fail’ (1) cando a compatibilidade com a utilização exclusiva
(1)
A classificação ‘C’ deve ser complementada pelos em compartimento único.
dígitos 0 a 5, de acordo com a categoria utilizada. Além disso, os símbolos ‘ve’ e ou ‘ho’ indicam a com-
Os pormenores devem ser incluídos na especifica- patibilidade com a utilização vertical e ou hori-
ção técnica relevante do produto. zontal.
O ‘S’ indica uma taxa de passagem inferior a
5 m3/hr/m2. (Todas as condutas desprovidas da
classificação ‘S’ devem ter uma taxa de passagem
[...] inferior a 10 m3/hr/m2.)
‘500’, ‘1 000’ e ‘1 500’ indicam a possibilidade de
utilização até estes valores de pressão, medidos em
Aplicação: chaminés
condições ambientes.
[Revogada]

Aplicação: Revestimentos para paredes e coberturas


Aplicação: Condutas de controlo de fumos resistentes ao fogo
Normas: EN 13501-2; EN 14135 multicompartimentadas

Classificação Duração ‘em minutos’


Normas: EN 13501-4; EN 1363-1, 2; ENV 1363-3;
EN 1366-8; EN 12101-7

K1 . . . . . . 10 - - - - - - - - - Classificação Duração ‘em minutos’


K2 . . . . . . 10 - 30 - 60 - - - - -
Notas . . . Os sufixos ‘1’ e ‘2’ indicam os substratos, os critérios
de comportamento do fogo e as regras de extensão EI . . . . . . - - 30 - 60 90 120 - - -
utilizados nesta classificação. Notas . . . A classificação é completada pelo sufixo ‘multi’,
indicando a compatibilidade com a utilização
em vários compartimentos. Além disso, os sím-
bolos ‘ve’ e ou ‘ho’ indicam a compatibilidade
com a utilização vertical e ou horizontal. O ‘S’
indica uma taxa de passagem inferior a 5 m3/hr/m2
[...] (todas as condutas desprovidas da classificação
‘S’ devem ter uma taxa de passagem inferior a
10 m3/hr/m2).
QUADRO VI ‘500’, ‘1 000’ e ‘1 500’ indicam a possibilidade de
utilização até estes valores de pressão, medidos em
Classificação para produtos incorporados condições ambientes.
em instalações

[...]

Aplicação: Cabos ou sistemas de energia ou sinal Aplicação: Registos de controlo de fumos


com pequeno diâmetro ‘menos de 20 mm de compartimento único
e com condutores de menos de 2,5 mm2’
Normas: EN 13501-4; EN 1363-1; ENV 1363-3;
Normas: EN 13501-3; EN 50200 EN 1366- 9, 10; EN 12101-8

Classificação Duração «em minutos»


Classificação Duração ‘em minutos’

E300 . . . . . - - 30 - 60 90 120 - - -
PH . . . . . 15 - 30 - 60 90 120 - - - E600 . . . . . - - 30 - 60 90 120 - - -
8752 Diário da República, 1.ª série — N.º 198 — 9 de outubro de 2015

Classificação Duração «em minutos» Classificação Duração ‘em minutos’

Notas . . . A classificação é completada pelo sufixo ‘único’, indi- ‘500’, ‘1 000’ e ‘1 500’ indicam a possibilidade de
cando a compatibilidade com a utilização exclusiva utilização até estes valores de pressão, medidos em
em compartimento único. condições ambientes.
A ‘HOT 400/30’ (High Operational Temperature) ‘AA’ ou ‘MA’ indicam ativação automática ou inter-
indica que o registo pode ser aberto ou fechado venção manual.
durante um período de 30 minutos em condições ‘i→o’, ‘i←o’ e ‘i↔o’ indicam que os critérios de de-
de temperatura inferior a 400°C (a utilizar apenas
com a classificação E600). ‘ved’, ‘vew’ e ‘vedw’ e ou sempenho são cumpridos de dentro para fora, de
‘hod’, ‘how’ e ‘hodw’ indicam a compatibilidade fora para dentro ou ambos, respetivamente.
com a utilização vertical e ou horizontal, junta- ‘C300’, ‘C10000’ e ‘Cmod’ indicam a compatibilidade dos
mente com a montagem numa conduta ou numa registos com a utilização em sistemas de controlo
parede, ou nas duas respetivamente. O ‘S’ indica exclusivo de fumos combinados com sistemas de
uma taxa de passagem inferior a 200 m3/hr/m2. controlo de fumos e ambientais ou com registos
Todos os registos desprovidos da classificação moldáveis utilizados em sistemas combinados de
‘S’ devem ter uma taxa de passagem inferior controlo de fumos e sistemas ambientais, respe-
a 360 m3/hr/m2. Todos os registos inferiores a tivamente.
200 m3/hr/m2 assumem este valor, todos aqueles
entre 200 m3/hr/m2 e 360 m3/hr/m2 assumem este
último valor. As taxas de passagem referem-se
tanto a condições ambientes como a temperaturas
elevadas.
‘500’, ‘1 000’ e ‘1 500’ indicam a possibilidade de Aplicação: Barreiras anti-fumo
utilização até estes valores de pressão, medidos em
condições ambientes.
‘AA’ ou ‘MA’ indicam ativação automática ou inter-
venção manual. Normas: EN 13501-4; EN 1363-1, 2; EN 12101-1
‘i→o’, ‘i←o’ e ‘i↔o’ indicam que os critérios de de-
sempenho são cumpridos de dentro para fora, de
fora para dentro ou ambos, respetivamente. Classificação: D Duração ‘em minutos’
‘C300’, ‘C10000’ e ‘Cmod’ indicam a compatibilidade dos
registos com a utilização em sistemas de controlo
exclusivo de fumos combinados com sistemas de D60 . . . . . . . . - - 30 - 60 90 120 - - A
controlo de fumos e ambientais ou com registos DH . . . . . . . . - - 30 - 60 90 120 - - A
moldáveis utilizados em sistemas combinados de Notas . . . . . . ‘A’ pode ser qualquer tempo superior a 120 mi-
controlo de fumos e sistemas ambientais, respe- nutos
tivamente.

Aplicação: Exaustores elétricos de fumo e de calor


Aplicação: Registos de controlo de fumos resistentes ao fogo (ventiladores), juntas de ligação
multicompartimentados
Normas: EN 13501-4; EN 1363-1; EN 12101-3; ISO 834-1
Normas: EN 13501-4; EN 1363-1, 2; ENV 1363-3;
EN 1366-2, 8, 10; EN 12101-8 Classificação: F Duração ‘em minutos’

Classificação Duração ‘em minutos’ F200 . . . . . . . . - - - - - - 120 - - -


F300 . . . . . . . . - - - - 60 - - - - -
F400 . . . . . . . . - - - - - 90 120 - - -
EI . . . . . . - - 30 - 60 90 120 - - - F600 . . . . . . . . - - - - 60 - - - - -
E. . . . . . . - - 30 - 60 90 120 - - - F842 . . . . . . . . - - 30 - - - - - - -
Notas . . . Nota: A classificação é completada pelo sufixo ‘multi’, Notas . . . . . . -
indicando a compatibilidade com a utilização em
vários compartimentos.
A ‘HOT 400/30’ (High Operational Temperature)
indica que o registo pode ser aberto ou fechado
durante um período de 30 minutos em condições
de temperatura inferior a 400°C. ‘ved’, ‘vew’ e ‘vedw’ Aplicação: Exaustores naturais de fumo e de calor
e ou ‘hod’, ‘how’ e ‘hodw’ indicam a compatibilidade
com a utilização vertical e ou horizontal, juntamente
com a montagem numa conduta ou numa parede, Normas: EN 13501-4; EN 1363-1; EN 12101-2
ou nas duas respetivamente.
O ‘S’ indica uma taxa de passagem inferior a 200 m3/
hr/m2. Todos os registos desprovidos da classifi- Classificação: Duração ‘em minutos’
cação ‘S’ devem ter uma taxa de passagem infe-
rior a 360 m3/hr/m2. Todos os registos inferiores
a 200 m3/hr/m2 assumem este valor, todos aqueles B300 . . . . . . . - - 30 - - - - - - -
entre 200 m3/hr/m2 e 360 m3/hr/m2 assumem este B600 . . . . . . . - - 30 - - - - - - -
último valor. As taxas de passagem referem-se Bϑ . . . . . . . . - - 30 - - - - - - -
tanto a condições ambientes como a temperaturas Notas . . . . . . ϑ indica as condições de exposição (temperatura).
elevadas.
Diário da República, 1.ª série — N.º 198 — 9 de outubro de 2015 8753

ANEXO III Valores máximos referentes às utilizações-


-tipo IV e V
[...] Locais de risco D com
Efetivo da UT IV ou V
saídas indepen-
Categoria Altura dentes diretas ao
QUADRO I exterior no plano
da UT IV Efetivo em
ou V locais de de referência.
Efetivo
Categorias de risco da utilização-tipo I ‘Habitacionais’ risco D
ou E.
Valores máximos referentes
à utilização-tipo I
Categoria 3.ª . . . . . . ≤ 28 m ≤ 1 500 (*) ≤ 400 Não aplicável.
Número de pisos ocupados
Altura
pela UT I abaixo 4.ª . . . . . . > 28 m > 1 500 > 400 Não aplicável.
da UT I
do plano de referência (*)
(*) Nas utilizações-tipo IV, onde não existam locais de risco D ou E, os limites má-
ximos do efetivo das 2.ª e 3.ª categorias de risco podem aumentar em 50 %.
1.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ≤9m ≤1
2.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ≤ 28 m ≤3 QUADRO V
3.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ≤ 50 m ≤5
4.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . > 50 m >5
Categorias de risco das utilizações-tipo VI ‘Espetáculos
(*) Não são contabilizados os pisos destinados exclusivamente a instalações e equi- e reuniões públicas’ e IX ‘Desportivos e de lazer’
pamentos técnicos que apenas impliquem a presença de pessoas para fins de manutenção
e reparação e ou que disponham de instalações sanitárias.
Valores máximos referentes às utilizações-tipo VI
Ao ar livre
e IX, quando integradas em edifício
QUADRO II Categoria Altura Número de pisos ocupados Efetivo Efetivo
da UT VI pela UT VI ou IX abaixo da UT VI da UT VI
ou IX do plano de referência (*) ou IX ou IX
Categorias de risco da utilização-tipo II
‘Estacionamentos’
1.ª . . . . . . - ≤ 1 000
Valores máximos referentes à utilização-tipo II,
quando integrada em edifício
≤9m 0 ≤ 100 -
Número de pisos Ao ar
Categoria ocupados pela
Altura Área bruta ocupada livre 2.ª . . . . . . - ≤ 15 000
UT II abaixo
da UT II pela UT II
do plano de
referência (*). ≤ 28 m ≤1 ≤ 1 000 -

3.ª . . . . . . - ≤ 40 000
1.ª . . . . . . . . . . . - Sim
≤9m ≤ 3 200 m2 ≤1 Não ≤ 28 m ≤2 ≤ 5 000 -

2.ª . . . . . . . . . . . ≤ 28 m ≤ 9 600 m2 ≤3 Não 4.ª . . . . . . - > 40 000

3.ª . . . . . . . . . . . ≤ 28 m ≤ 32 000 m2 ≤5 Não > 28 m >2 > 5 000 -


(*) Não são contabilizados os pisos destinados exclusivamente a instalações e equi-
4.ª . . . . . . . . . . . > 28 m > 32 000 m2 >5 Não pamentos técnicos que apenas impliquem a presença de pessoas para fins de manutenção
e reparação e ou que disponham de instalações sanitárias.
(*) Não são contabilizados os pisos destinados exclusivamente a instalações e equi-
pamentos técnicos que apenas impliquem a presença de pessoas para fins de manutenção
e reparação e ou que disponham de instalações sanitárias. QUADRO VI
QUADRO III
Categorias de risco da utilização-tipo VII
Categorias de risco da utilização-tipo III ‘Hoteleiros e restauração’
‘Administrativos’
Valores máximos referentes à utilização-
-tipo VII
Valores máximos referentes à utilização-tipo III
Categoria Efetivo da UT VII
Altura da UT III Efetivo da UT III Categoria Altura
da UT
VII Efetivo em locais
Efetivo
de risco E
1.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . ≤9m ≤ 100
2.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . ≤ 28 m ≤ 1000
3.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . ≤ 50 m ≤ 5000
4.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . > 50 m > 5000 1.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ≤9m ≤ 100 ≤ 50
2.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ≤ 28 m ≤ 500 ≤ 200
QUADRO IV
3.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ≤ 28 m ≤ 1 500 ≤ 800
4.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . > 28 m > 1 500 > 800
Categorias de risco da utilização-tipo IV ‘Escolares’
e V ‘Hospitalares e lares de idosos’
QUADRO VII
Valores máximos referentes às utilizações-
-tipo IV e V
Categorias de risco da utilização-tipo VIII
Locais de risco D com ‘Comerciais e gares de transportes’
Efetivo da UT IV ou V
saídas indepen-
Categoria Altura dentes diretas ao
da UT IV exterior no plano Valores máximos referentes à utilização-tipo VIII
Efetivo em
ou V locais de de referência.
Efetivo Categoria Número de pisos ocupados
risco D Altura Efetivo
pela UT VIII abaixo
ou E. da UT VIII da UT VIII
do plano de referência (*)

1.ª . . . . . . ≤9m ≤ 100 ≤ 25 Aplicável a todos. 1.ª . . . . . . . . . . ≤9m 0 ≤ 100


2.ª . . . . . . ≤9m ≤ 500 (*) ≤ 100 Não aplicável. 2.ª . . . . . . . . . . ≤ 28 m ≤1 ≤ 1 000
8754 Diário da República, 1.ª série — N.º 198 — 9 de outubro de 2015

ANEXO IV
Valores máximos referentes à utilização-tipo VIII
Categoria Número de pisos ocupados Elementos do projeto da especialidade de SCIE,
Altura Efetivo
pela UT VIII abaixo exigido para os edifícios e recintos,
da UT VIII da UT VIII
do plano de referência (*)
a que se refere o n.º 1 do artigo 17.º
3.ª . . . . . . . . . . ≤ 28 m ≤2 ≤ 5 000
4.ª . . . . . . . . . . > 28 m >2 > 5 000 Artigo 1.º
(*) Não são contabilizados os pisos destinados exclusivamente a instalações e [...]
equipamentos técnicos que apenas impliquem a presença de pessoas para fins de
manutenção e reparação e ou que disponham de instalações sanitárias. [...]:
a) [...];
QUADRO VIII b) [...];
c) Tratando-se de projetos de alteração, as peças de-
Categorias de risco da utilização-tipo X senhadas mencionadas na alínea anterior devem incluir
‘Museus e galerias de arte’
a representação das alterações de arquitetura com as
Valores máximos referentes à utilização-tipo X
cores convencionais (amarelos e vermelhos).
Categoria
Altura
Efetivo da UT X [...]»
da UT X

ANEXO II
1.ª . . . . . . . . . . . ≤9m ≤ 100
2.ª . . . . . . . . . . . ≤ 28 m ≤ 500 (a que se refere o artigo 7.º)
3.ª . . . . . . . . . . . ≤ 28 m ≤ 1500
4.ª . . . . . . . . . . . > 28 m > 1500
Republicação do Decreto-Lei n.º 220/2008,
de 12 de novembro

QUADRO IX
CAPÍTULO I
Categorias de risco da utilização-tipo XI
‘Bibliotecas e arquivos’ Disposições gerais

Valores máximos referentes à utilização-tipo XI Artigo 1.º


Categoria Número de pisos ocupados
Densidade de carga Objeto
Altura Efetivo de incêndio
pela UT XI abaixo
da UT XI
do plano de referência (*)
da UT XI modificada
da UT XI (**)
O presente decreto-lei estabelece o regime jurídico da
segurança contra incêndio em edifícios, abreviadamente
1.ª . . . ≤ 9 m 0 ≤ 100 ≤ 1 000 MJ/m2 designado por SCIE.
2.ª . . . ≤ 28 m ≤1 ≤ 500 ≤ 10 000 MJ/m2
3.ª . . . ≤ 28 m ≤2 ≤ 1 500 ≤ 30 000 MJ/m2 Artigo 2.º
4.ª . . . > 28 m >2 > 1 500 > 30 000 MJ/m2
Definições
(*) Não são contabilizados os pisos destinados exclusivamente a instalações e equi-
pamentos técnicos que apenas impliquem a presença de pessoas para fins de manutenção
e reparação e ou que disponham de instalações sanitárias.
Para efeitos do disposto no presente decreto-lei e legis-
(**) Nas utilizações-tipo XI, destinadas exclusivamente a arquivos, os limites má- lação complementar, entende-se por:
ximos da densidade de carga de incêndio modificada devem ser 10 vezes superiores aos
indicados neste quadro. a) «Altura da utilização-tipo» a diferença de cota entre
o plano de referência e o pavimento do último piso acima
do solo, suscetível de ocupação por essa utilização-tipo.
QUADRO X Quando o último piso coberto for exclusivamente destinado
a instalações e equipamentos que apenas impliquem a pre-
Categorias de risco da utilização-tipo XII ‘Industriais, sença de pessoas para fins de manutenção e reparação, tal
oficinas e armazéns’
piso não entra no cômputo da altura da utilização-tipo. O
Valores máximos referentes à utilização-tipo XII mesmo sucede se o piso for destinado a arrecadações cuja
utilização implique apenas visitas episódicas de pessoas.
Integrada em edifício Ao ar livre Se os dois últimos pisos forem ocupados por espaços em
Categoria duplex, pode considerar-se a cota altimétrica da entrada
Número de pisos
Densidade de carga
ocupados pela
Densidade de carga como o piso mais desfavorável. À mesma utilização-tipo,
de incêndio de incêndio
modificada da
UT XII abaixo
do plano de re-
modificada da num mesmo edifício, constituída por corpos de alturas
UT XII (**).
ferência (*).
UT XII (**). diferentes, são aplicáveis as disposições correspondentes
ao corpo de maior altura, excetuando-se os casos em que os
1.ª . . . . . . ≤ 500 MJ/m2 0 ≤ 1 000 MJ/m2 corpos de menor altura forem independentes dos restantes;
2.ª . . . . . . ≤ 5 000 MJ/m2 ≤1 ≤ 10 000 MJ/m2 b) «Área bruta de um piso ou fração» a superfície total
3.ª . . . . . . ≤ 15 000 MJ/m2 ≤1 ≤ 30 000 MJ/m2 de um dado piso ou fração, delimitada pelo perímetro
4.ª . . . . . . > 15 000 MJ/m2 >1 > 30 000 MJ/m2
exterior das paredes exteriores e pelo eixo das paredes inte-
(*) Não são contabilizados os pisos destinados exclusivamente a instalações e equi- riores separadoras dessa fração, relativamente às restantes;
pamentos técnicos que apenas impliquem a presença de pessoas para fins de manutenção
e reparação e ou que disponham de instalações sanitárias. c) «Área útil de um piso ou fração» a soma da área útil
(**) Nas utilizações-tipo XII, destinadas exclusivamente a armazéns, os limites
máximos da densidade de carga de incêndio modificada devem ser 10 vezes superiores
de todos os compartimentos interiores de um dado piso
aos indicados neste quadro. ou fração, excluindo-se vestíbulos, circulações interiores,
Diário da República, 1.ª série — N.º 198 — 9 de outubro de 2015 8755

escadas e rampas comuns, instalações sanitárias, roupeiros, risco de incêndio, em conformidade com o disposto no
arrumos, armários nas paredes e outros compartimentos artigo 10.º;
de função similar, e mede-se pelo perímetro interior das q) «Plano de referência» o plano de nível, à cota de
paredes que delimitam aqueles compartimentos, descon- pavimento do acesso destinado às viaturas de socorro,
tando encalços até 30 cm, paredes interiores, divisórias e medida na perpendicular a um vão de saída direta para o
condutas; exterior do edifício. No caso de existir mais de um plano
d) «Carga de incêndio» a energia calorífica suscetível de referência, é considerado o plano mais favorável para
de ser libertada pela combustão completa da totalidade de as operações dos bombeiros;
elementos contidos num espaço, incluindo o revestimento r) «Recintos» os espaços delimitados destinados a diver-
das paredes, divisórias, pavimentos e tetos; sos usos, desde os estacionamentos, aos estabelecimentos
e) «Carga de incêndio modificada» a carga de incêndio que recebem público, aos industriais, oficinas e armazéns,
afetada de coeficientes referentes ao grau de perigosidade podendo dispor de construções de carácter permanente,
e ao índice de ativação dos combustíveis, determinada com temporário ou itinerante;
base nos critérios referidos no n.º 5 do artigo 12.º; s) «Uso dominante de uma utilização-tipo» é aquele que
f) «Categorias de risco» a classificação em quatro níveis de entre os diversos usos dos seus espaços, define a fina-
de risco de incêndio de qualquer utilização-tipo de um lidade que permite atribuir a classificação de determinada
edifício e recinto, atendendo a diversos fatores de risco, utilização-tipo (UT I a UT XII);
como a sua altura, o efetivo, o efetivo em locais de risco, t) «Utilização-tipo» a classificação dada pelo uso domi-
a densidade de carga de incêndio modificada e a existência nante de qualquer edifício ou recinto, ou de cada uma das
de pisos abaixo do plano de referência, nos termos previs- suas partes, em conformidade com o disposto no artigo 8.º
tos no artigo 12.º;
g) «Densidade de carga de incêndio» a carga de incêndio Artigo 3.º
por unidade de área útil de um dado espaço; Âmbito
h) «Densidade de carga de incêndio modificada» a
densidade de carga de incêndio afetada de coeficientes 1 — Estão sujeitos ao regime de segurança contra in-
referentes ao grau de perigosidade e ao índice de ativação cêndio:
dos combustíveis, determinada com base nos critérios
a) Os edifícios, ou suas frações autónomas, qualquer
referidos no n.º 4 do artigo 12.º;
que seja a utilização e respetiva envolvente;
i) «Edifício» toda e qualquer edificação destinada à b) Os edifícios de apoio a instalações de armazenamento
utilização humana que disponha, na totalidade ou em parte, de produtos de petróleo e a instalações de postos de abas-
de um espaço interior utilizável, abrangendo as realidades tecimento de combustíveis, tais como estabelecimentos de
referidas no n.º 1 do artigo 8.º; restauração, comerciais e oficinas, reguladas pelo Decreto-
j) «Edifícios independentes» os edifícios dotados de -Lei n.º 267/2002, de 26 de novembro, e pelo Decreto-Lei
estruturas independentes, sem comunicação interior entre n.º 302/2001, de 23 de novembro;
eles ou, quando exista, a mesma seja efetuada exclusi- c) Os recintos permanentes;
vamente através de câmara corta-fogo, e que cumpram d) Os recintos provisórios ou itinerantes, de acordo com
as disposições de SCIE, relativamente à resistência ao as condições de SCIE previstas no anexo II ao regulamento
fogo dos elementos de construção que os isolam entre si. técnico referido no artigo 15.º;
Consideram-se ainda «edifícios independentes», as partes e) Os edifícios de apoio a instalações de armazenagem
de um mesmo edifício com estrutura comum, sem comu- e tratamento industrial de petróleos brutos, seus deriva-
nicação interior entre elas ou, quando exista, a mesma seja dos e resíduos, reguladas pelo Decreto n.º 36270, de 9 de
efetuada exclusivamente através de câmara corta-fogo e maio, de 1947;
cumpram as disposições de SCIE, relativamente à resis- f) Os edifícios de apoio a instalações de receção, ar-
tência ao fogo dos elementos de construção que as isolam mazenamento e regaseificação de gás natural liquefeito
entre si e nenhuma das partes dependa da outra para cum- (GNL) reguladas pelos Decretos-Leis n.os 30/2006, de 15
prir as condições regulamentares de evacuação; de fevereiro, e 140/2006, de 26 de julho;
k) «Efetivo» o número máximo estimado de pessoas g) Os edifícios de apoio a instalações afetas à indústria
que pode ocupar em simultâneo um dado espaço de um de pirotecnia e à indústria extrativa;
edifício ou recinto; h) Os edifícios de apoio a instalações dos estabeleci-
l) «Efetivo de público» o número máximo estimado de mentos que transformem ou armazenem substâncias e
pessoas que pode ocupar em simultâneo um dado espaço produtos explosivos ou radioativos.
de edifício ou recinto que recebe público, excluindo o
número de funcionários e quaisquer outras pessoas afetas 2 — Excetuam-se do disposto no número anterior:
ao seu funcionamento;
m) «Espaços» as áreas interiores e exteriores dos edi- a) Os estabelecimentos prisionais e os espaços classifi-
fícios ou recintos; cados de acesso restrito das instalações de forças armadas
n) «Imóveis classificados» os monumentos classificados ou de segurança;
nos termos da Lei n.º 107/2001, de 8 de setembro; b) Os paióis de munições ou de explosivos e as carreiras
o) «Inspeção» o ato de verificação da manutenção das de tiro.
condições de SCIE aplicáveis e da implementação das
medidas de autoproteção, a realizar pela Autoridade Na- 3 — Estão apenas sujeitas ao regime de segurança em
cional de Proteção Civil (ANPC) ou por entidade por esta matéria de acessibilidade dos meios de socorro e de dispo-
credenciada; nibilidade de água para combate a incêndio, aplicando-se
p) «Local de risco» a classificação de qualquer área nos demais aspetos os respetivos regimes específicos, as
de um edifício ou recinto, em função da natureza do instalações que não disponham de legislação específica
8756 Diário da República, 1.ª série — N.º 198 — 9 de outubro de 2015

ou que dispondo de legislação específica a mesma não b) A empresa responsável pela execução da obra;
contemple as referidas matérias. c) O diretor de obra e o diretor de fiscalização de obra,
4 — Nos edifícios de habitação, excetuam-se do dis- quanto à conformidade da execução da obra com o projeto
posto no n.º 1, os espaços interiores de cada habitação, aprovado.
onde se aplicam as condições de segurança das instala-
ções técnicas e demais exceções previstas no regulamento 2 — Os intervenientes referidos nas alíneas a) e c) do
técnico. número anterior subscrevem termos de responsabilidade,
5 — Quando o cumprimento das normas de segurança nos quais deve constar:
contra incêndio nos imóveis classificados ou em vias de a) No caso do termo de responsabilidade do autor do
classificação se revele lesivo dos mesmos ou sejam de projeto de SCIE, a referência ao cumprimento das dispo-
concretização manifestamente desproporcionada, são ado- sições de SCIE na elaboração do projeto;
tadas as medidas de autoproteção adequadas, após parecer b) No caso do termo de responsabilidade do coordena-
da ANPC. dor de projeto, a compatibilidade dos demais projetos de
6 — Às entidades responsáveis pelos edifícios e recintos especialidade com o projeto de SCIE;
referidos no n.º 2 incumbe promover a adoção das medidas c) No caso do termo de responsabilidade do diretor de
de segurança mais adequadas a cada caso, ouvida a ANPC, obra e do diretor de fiscalização de obra, a execução da
sempre que entendido conveniente. mesma em conformidade com o projeto de SCIE.
Artigo 4.º 3 — A manutenção das condições de segurança contra
Princípios gerais risco de incêndio e a implementação das medidas de auto-
proteção aplicáveis aos edifícios ou recintos destinados à
1 — O presente decreto-lei baseia-se nos princípios utilização-tipo I referida na alínea a) do n.º 1 do artigo 8.º,
gerais da preservação da vida humana, do ambiente e do durante todo o ciclo de vida dos mesmos, é da responsa-
património cultural. bilidade dos respetivos proprietários, com exceção das
2 — Tendo em vista o cumprimento dos referidos prin- suas partes comuns na propriedade horizontal, que são da
cípios, o presente decreto-lei é de aplicação geral a todas responsabilidade do condomínio.
as utilizações de edifícios e recintos, visando em cada 4 — Durante todo o ciclo de vida dos edifícios ou re-
uma delas: cintos que não se integrem na utilização-tipo referida no
a) Reduzir a probabilidade de ocorrência de incêndios; número anterior, a responsabilidade pela manutenção das
b) Limitar o desenvolvimento de eventuais incêndios, condições de segurança contra risco de incêndio e a im-
circunscrevendo e minimizando os seus efeitos, nomeada- plementação das medidas de autoproteção aplicáveis é das
mente a propagação do fumo e gases de combustão; seguintes entidades:
c) Facilitar a evacuação e o salvamento dos ocupantes a) Do proprietário, no caso do edifício ou recinto estar
em risco; na sua posse;
d) Permitir a intervenção eficaz e segura dos meios de b) De quem detiver a exploração do edifício ou do re-
socorro. cinto;
c) Das entidades gestoras no caso de edifícios ou recin-
3 — A resposta aos referidos princípios é estruturada tos que disponham de espaços comuns, espaços partilha-
com base na definição das utilizações-tipo, dos locais de dos ou serviços coletivos, sendo a sua responsabilidade
risco e das categorias de risco, que orientam as distintas limitada aos mesmos.
disposições de segurança constantes deste regime.
Artigo 7.º
Artigo 5.º Responsabilidade pelas condições exteriores de SCIE
Competência
Sem prejuízo das atribuições próprias das entidades
1 — A ANPC é a entidade competente para assegurar públicas, as entidades referidas nos n.os 3 e 4 do artigo
o cumprimento do regime de segurança contra incêndio anterior são responsáveis pela manutenção das condições
em edifícios. exteriores de SCIE, nomeadamente no que se refere às
2 — À ANPC incumbe a credenciação de entidades para redes de hidrantes exteriores e às vias de acesso ou estacio-
a emissão de pareceres e para a realização de vistorias e de namento dos veículos de socorro, nas condições previstas
inspeções das condições de SCIE, nos termos previstos no no presente decreto-lei e portarias complementares, quando
presente decreto-lei e nas suas portarias complementares. as mesmas se situem em domínio privado.

Artigo 6.º CAPÍTULO II


Responsabilidade no caso de edifícios ou recintos
Caracterização dos edifícios e recintos
1 — No caso de edifícios e recintos em fase de projeto
e construção são responsáveis pela aplicação e pela veri- Artigo 8.º
ficação das condições de SCIE:
Utilizações-tipo de edifícios e recintos
a) Os autores de projetos e os coordenadores dos proje-
1 — Aos edifícios e recintos correspondem as seguintes
tos de operações urbanísticas, no que respeita à respetiva
utilizações-tipo:
elaboração, bem como às intervenções acessórias ou com-
plementares a esta a que estejam obrigados, no decurso da a) Tipo I «habitacionais», corresponde a edifícios ou
execução da obra; partes de edifícios destinados a habitação unifamiliar ou
Diário da República, 1.ª série — N.º 198 — 9 de outubro de 2015 8757

multifamiliar, incluindo os espaços comuns de acessos e ou outros bens, destinados a ser consumidos no exterior
as áreas não residenciais reservadas ao uso exclusivo dos desse estabelecimento, ou ocupados por gares destinados
residentes; a aceder a meios de transporte rodoviário, ferroviário,
b) Tipo II «estacionamentos», corresponde a edifícios ou marítimo, fluvial ou aéreo, incluindo as gares intermodais,
partes de edifícios destinados exclusivamente à recolha de constituindo espaço de interligação entre a via pública e
veículos e seus reboques, fora da via pública, ou recintos esses meios de transporte, com exceção das plataformas
delimitados ao ar livre, para o mesmo fim; de embarque ao ar livre;
c) Tipo III «administrativos», corresponde a edifícios i) Tipo IX «desportivos e de lazer», corresponde a edi-
ou partes de edifícios onde se desenvolvem atividades fícios, partes de edifícios e recintos, recebendo ou não
administrativas, de atendimento ao público ou de serviços, público, destinados a atividades desportivas e de lazer,
nomeadamente escritórios, repartições públicas, tribunais, nomeadamente estádios, picadeiros, hipódromos, veló-
conservatórias, balcões de atendimento, notários, gabine- dromos, autódromos, motódromos, kartódromos, campos
tes de profissionais liberais, espaços de investigação não de jogos, parques de campismo e caravanismo, pavilhões
dedicados ao ensino, postos de forças de segurança e de desportivos, piscinas, parques aquáticos, pistas de patina-
socorro, excluindo as oficinas de reparação e manutenção; gem, ginásios e saunas;
d) Tipo IV «escolares», corresponde a edifícios ou partes j) Tipo X «museus e galerias de arte», corresponde a edi-
de edifícios recebendo público, onde se ministrem ações de fícios ou partes de edifícios, recebendo ou não público, des-
educação, ensino e formação ou exerçam atividades lúdi- tinados à exibição de peças do património histórico e cultu-
cas ou educativas para crianças e jovens, podendo ou não ral ou a atividades de exibição, demonstração e divulgação
incluir espaços de repouso ou de dormida afetos aos parti- de carácter científico, cultural ou técnico, nomeadamente
cipantes nessas ações e atividades, nomeadamente escolas museus, galerias de arte, oceanários, aquários, instalações
de todos os níveis de ensino, creches, jardins-de-infância, de parques zoológicos ou botânicos, espaços de exposição
centros de formação, centros de ocupação de tempos livres destinados à divulgação científica e técnica, desde que não
destinados a crianças e jovens e centros de juventude; se enquadrem nas utilizações-tipo VI e IX;
e) Tipo V «hospitalares e lares de idosos», corresponde k) Tipo XI «bibliotecas e arquivos», corresponde a edifí-
a edifícios ou partes de edifícios recebendo público, desti- cios ou partes de edifícios, recebendo ou não público, des-
nados à execução de ações de diagnóstico ou à prestação tinados a arquivo documental, podendo disponibilizar os
de cuidados na área da saúde, com ou sem internamento, documentos para consulta ou visualização no próprio local
ao apoio a pessoas idosas ou com condicionalismos decor- ou não, nomeadamente bibliotecas, mediatecas e arquivos;
rentes de fatores de natureza física ou psíquica, ou onde l) Tipo XII «industriais, oficinas e armazéns», corres-
se desenvolvam atividades dedicadas a essas pessoas, no- ponde a edifícios, partes de edifícios ou recintos ao ar
meadamente hospitais, clínicas, consultórios, policlínicas, livre, não recebendo habitualmente público, destinados ao
dispensários médicos, centros de saúde, de diagnóstico, exercício de atividades industriais ou ao armazenamento de
de enfermagem, de hemodiálise ou de fisioterapia, labo- materiais, substâncias, produtos ou equipamentos, oficinas
ratórios de análises clínicas, bem como lares, albergues, de reparação e todos os serviços auxiliares ou complemen-
residências, centros de abrigo e centros de dia com ativi- tares destas atividades.
dades destinadas à terceira idade;
f) Tipo VI «espetáculos e reuniões públicas», corres- 2 — Atendendo ao seu uso os edifícios e recintos podem
ponde a edifícios, partes de edifícios, recintos itinerantes ser de utilização exclusiva, quando integrem uma única
ou provisórios e ao ar livre que recebam público, destina- utilização-tipo, ou de utilização mista, quando integrem di-
dos a espetáculos, reuniões públicas, exibição de meios versas utilizações-tipo, e devem respeitar as condições téc-
audiovisuais, bailes, jogos, conferências, palestras, culto nicas gerais e específicas definidas para cada utilização-tipo.
religioso e exposições, podendo ser, ou não, polivalentes 3 — Aos espaços integrados numa dada utilização-tipo,
e desenvolver as atividades referidas em regime não per- nas condições a seguir indicadas, aplicam-se as disposições
manente, nomeadamente teatros, cineteatros, cinemas, gerais e as específicas da utilização-tipo onde se inserem,
coliseus, praças de touros, circos, salas de jogo, salões não sendo aplicáveis quaisquer outras:
de dança, discotecas, bares com música ao vivo, estúdios
a) Espaços onde se desenvolvam atividades adminis-
de gravação, auditórios, salas de conferências, templos
trativas, de arquivo documental e de armazenamento ne-
religiosos, pavilhões multiusos e locais de exposições não
cessários ao funcionamento das entidades que exploram
classificáveis na utilização-tipo X;
as utilizações-tipo III a XII, desde que sejam geridos sob a
g) Tipo VII «hoteleiros e restauração», corresponde a
sua responsabilidade, não estejam normalmente acessíveis
edifícios ou partes de edifícios, recebendo público, forne-
ao público e cada um desses espaços não possua uma área
cendo alojamento temporário ou exercendo atividades de
bruta superior a:
restauração e bebidas, em regime de ocupação exclusiva
ou não, nomeadamente os destinados a empreendimentos i) 10 % da área bruta afeta às utilizações-tipo III a VII,
turísticos, alojamento local, quando aplicável, estabeleci- IX e XI;
mentos de restauração ou de bebidas, dormitórios e, quando ii) 20 % da área bruta afeta às utilizações-tipo VIII, X
não inseridos num estabelecimento escolar, residências de e XII;
estudantes e colónias de férias, ficando excluídos deste tipo
os parques de campismo e caravanismo, que são conside- b) Espaços de reunião, culto religioso, conferências e
rados espaços da utilização-tipo IX; palestras, ou onde se possam ministrar ações de formação,
h) Tipo VIII «comerciais e gares de transportes», cor- desenvolver atividades desportivas ou de lazer e, ainda,
responde a edifícios ou partes de edifícios, recebendo pú- os estabelecimentos de restauração e bebidas, desde que
blico, ocupados por estabelecimentos comerciais onde se esses espaços sejam geridos sob a responsabilidade das
exponham e vendam materiais, produtos, equipamentos entidades exploradoras de utilizações-tipo III a XII e o
8758 Diário da República, 1.ª série — N.º 198 — 9 de outubro de 2015

seu efetivo não seja superior a 200 pessoas, em edifícios, iii) Mais de 90 % dos ocupantes não se encontrem li-
ou a 1000 pessoas, ao ar livre; mitados na mobilidade ou nas capacidades de perceção e
c) Espaços comerciais, oficinas, bibliotecas e espaços reação a um alarme;
de exposição, bem como postos médicos, de socorros e de iv) As atividades nele exercidas ou os produtos, ma-
enfermagem, desde que sejam geridos sob a responsabili- teriais e equipamentos que contém não envolvam riscos
dade das entidades exploradoras de utilizações-tipo III a agravados de incêndio;
XII e possuam uma área bruta não superior a 200 m2.
b) Local de risco B — local acessível ao público ou
Artigo 9.º ao pessoal afeto ao estabelecimento, com um efetivo su-
perior a 100 pessoas ou um efetivo de público superior
Produtos de construção
a 50 pessoas, no qual se verifiquem simultaneamente as
1 — Os produtos de construção são os produtos destina- seguintes condições:
dos a ser incorporados ou aplicados, de forma permanente, i) Mais de 90 % dos ocupantes não se encontrem li-
nos empreendimentos de construção. mitados na mobilidade ou nas capacidades de perceção e
2 — Os produtos de construção incluem os materiais de reação a um alarme;
construção, os elementos de construção e os componentes ii) As atividades nele exercidas ou os produtos, ma-
isolados ou em módulos de sistemas pré-fabricados ou teriais e equipamentos que contém não envolvam riscos
instalações. agravados de incêndio;
3 — A qualificação da reação ao fogo dos materiais de
construção e da resistência ao fogo padrão dos elementos c) Local de risco C — local que apresenta riscos par-
de construção é feita de acordo com as normas em vigor. ticulares agravados de eclosão e de desenvolvimento de
4 — As classes de desempenho de reação ao fogo dos incêndio devido, quer às atividades nele desenvolvidas,
materiais de construção e a classificação de desempenho quer às características dos produtos, materiais ou equipa-
de resistência ao fogo padrão constam respetivamente dos mentos nele existentes, designadamente à carga de incêndio
anexos I e II ao presente decreto-lei, do qual fazem parte modificada, à potência útil e à quantidade de líquidos infla-
integrante. máveis e, ainda, ao volume dos compartimentos. Sempre
5 — Constituem exceção ao disposto no número an- que o local de risco C se encontre numa das condições
terior, todos os materiais e produtos que são objeto de referidas no n.º 3 do artigo 11.º, designa-se como local de
classificação sem necessidade de ensaio prévio, publicada risco C agravado;
em Decisão, ou em Regulamento Delegado, da Comissão d) Local de risco D — local de um estabelecimento
Europeia. com permanência de pessoas acamadas ou destinado a
6 — Os elementos de construção para os quais o presente receber crianças com idade inferior a seis anos ou pessoas
decreto-lei impõe exigências de resistência ao fogo devem limitadas na mobilidade ou nas capacidades de perceção
possuir relatórios de classificação, emitidos por organismos e reação a um alarme;
notificados pelo Instituto Português da Qualidade, I. P., ou e) Local de risco E — local de um estabelecimento
por organismos de certificação acreditados pelo Instituto destinado a dormida, em que as pessoas não apresentem
Português de Acreditação, I. P., ou por organismo nacional as limitações indicadas nos locais de risco D;
de acreditação relevante na aceção do Regulamento (CE) f) Local de risco F — local que possua meios e sistemas
n.º 765/2008, do Parlamento Europeu e do Conselho, de essenciais à continuidade de atividades sociais relevantes,
9 de julho de 2008, ou ser objeto de verificação de re- nomeadamente os centros nevrálgicos de comunicação,
sistência ao fogo por métodos de cálculo constantes de comando e controlo.
códigos europeus.
7 — É também aceitável, para além do previsto no nú- 2 — Quando o efetivo de um conjunto de locais de
mero anterior, recorrer a tabelas constantes dos códigos risco A, inseridos no mesmo compartimento corta-fogo
europeus, ou publicadas pelas entidades referidas nesse ultrapassar os valores limite constantes da alínea b) do
mesmo número. número anterior, esse conjunto é considerado um local
8 — Relativamente às normas referidas no presente de risco B.
decreto-lei, são aplicáveis a sua última edição e ainda 3 — Os locais de risco C, referidos na alínea c) do n.º 1,
as posteriores erratas, emendas, revisões, integrações ou compreendem, designadamente:
consolidações.
a) Oficinas de manutenção e reparação onde se verifique
Artigo 10.º qualquer das seguintes condições:
Classificação dos locais de risco i) Sejam destinadas a carpintaria;
ii) Sejam utilizadas chamas nuas, aparelhos envolvendo
1 — Todos os locais dos edifícios e dos recintos, com projeção de faíscas ou elementos incandescentes em con-
exceção dos espaços interiores de cada fogo, das vias hori- tacto com o ar associados à presença de materiais facil-
zontais e verticais de evacuação e dos espaços ao ar livre, mente inflamáveis;
são classificados de acordo com a natureza do risco, do
seguinte modo: b) Farmácias, laboratórios, oficinas e outros locais onde
a) Local de risco A — local que não apresenta riscos sejam produzidos, depositados, armazenados ou manipu-
especiais, no qual se verifiquem simultaneamente as se- lados líquidos inflamáveis em quantidade superior a 10 l;
guintes condições: c) Cozinhas em que sejam instalados aparelhos, ou
grupos de aparelhos, para confeção de alimentos ou sua
i) O efetivo não exceda 100 pessoas; conservação, com potência útil total superior a 20 kW, com
ii) O efetivo de público não exceda 50 pessoas; exceção das incluídas no interior das habitações;
Diário da República, 1.ª série — N.º 198 — 9 de outubro de 2015 8759

d) Locais de confeção de alimentos que recorram a b) Centros de gestão, coordenação ou despacho de ser-
combustíveis sólidos; viços de emergência, tais como centrais 112, centros de
e) Lavandarias ou engomadorias em que sejam insta- operações de socorro e centros de orientação de doentes
lados aparelhos, ou grupos de aparelhos, para lavagem, urgentes;
secagem ou engomagem, com potência útil total superior c) Centros de comando e controlo de serviços públicos
a 20 kW; ou privados de distribuição de água, gás e energia elétrica;
f) Instalações de frio para conservação cujos aparelhos d) Centrais de comunicações das redes públicas;
possuam potência útil total superior a 70 kW; e) Centros de processamento e armazenamento de dados
g) Arquivos, depósitos, armazéns e arrecadações de pro- informáticos de serviços públicos com interesse social
dutos ou material diverso, com volume de compartimento relevante;
superior a 100 m3; f) Postos de segurança, definidos no presente decreto-lei
h) Reprografias com área superior a 50 m2; e portarias complementares;
i) Locais de recolha de contentores ou de compactadores g) Centrais de bombagem para serviço de incêndio.
de lixo com capacidade total superior a 10 m3;
j) Locais afetos a serviços técnicos em que sejam insta- Artigo 11.º
lados equipamentos elétricos, eletromecânicos ou térmicos
Restrições do uso em locais de risco
com potência útil total superior a 70 kW;
k) Locais de pintura e aplicação de vernizes em que 1 — A afetação dos espaços interiores de um edifício
sejam utilizados produtos inflamáveis; a locais de risco B acessíveis a público deve respeitar as
l) Centrais de incineração; regras seguintes:
m) Locais cobertos de estacionamento de veículos com
a) Situar-se, sempre que possível, próximo do piso de
área bruta compreendida entre 50 m2 e 200 m2, com exceção
saída para o exterior ou com saída direta para o exterior;
dos estacionamentos individuais, em edifícios destinados à
b) Caso se situe abaixo das saídas para o exterior, a dife-
utilização-tipo referida na alínea a) do n.º 1 do artigo 8.º;
rença entre a cota de nível dessas saídas e a do pavimento
n) Outros locais que possuam uma carga de incêndio
do local não deve ser superior a 6 m.
modificada superior a 10 000 MJ, associada à presença de
materiais facilmente inflamáveis e, ainda, os que compor-
tem riscos de explosão; 2 — Constituem exceção ao disposto no número ante-
o) [Revogada]. rior, os seguintes locais de risco B:
a) Espaços em anfiteatro, onde a diferença de cotas
4 — Os locais de risco D, referidos na alínea d) do n.º 1, pode corresponder à média ponderada das cotas de nível
compreendem, designadamente: das saídas do anfiteatro, tomando como pesos as unidades
de passagem de cada uma delas;
a) Quartos nos locais afetos à utilização-tipo V ou gru-
b) Plataformas de embarque afetas à utilização-tipo VIII.
pos desses quartos e respetivas circulações horizontais
exclusivas;
b) Enfermarias ou grupos de enfermarias e respetivas 3 — A afetação dos espaços interiores de um edifício a
circulações horizontais exclusivas; locais de risco C, desde que os mesmos possuam volume
c) Salas de estar, de refeições e de outras atividades ou superior a 600 m3, ou carga de incêndio modificada supe-
grupos dessas salas e respetivas circulações horizontais rior a 20 000 MJ, ou potência instalada dos seus equipa-
exclusivas, destinadas a pessoas idosas ou doentes em mentos elétricos e eletromecânicos superior a 250 kW, ou
locais afetos à utilização-tipo V; alimentados a gás superior a 70 kW, ou serem locais de
d) Salas de dormida, de refeições e de outras atividades pintura ou aplicação de vernizes em oficinas, ou constituí-
destinadas a crianças com idade inferior a 6 anos ou grupos rem locais de produção, depósito, armazenagem ou mani-
dessas salas e respetivas circulações horizontais exclusivas, pulação de líquidos inflamáveis em quantidade superior a
em locais afetos à utilização-tipo IV; 100 l, atribui a esses espaços a classificação de locais de
e) Locais destinados ao ensino especial de deficientes. risco C agravado, devendo respeitar as seguintes regras:
a) Situar-se, sempre que possível, ao nível do plano de
5 — Os locais de risco E, referidos na alínea e) do n.º 1, referência e na periferia do edifício;
compreendem, designadamente: b) Não comunicar diretamente com locais de risco D,
E ou F, nem com vias verticais de evacuação que sirvam
a) Quartos nos locais afetos à utilização-tipo IV não con-
outros espaços do edifício.
siderados na alínea d) do número anterior ou grupos desses
quartos e respetivas circulações horizontais exclusivas;
b) Quartos e suítes em espaços afetos à utilização-tipo VII 4 — A afetação dos espaços interiores de um edifício
ou grupos desses espaços e respetivas circulações horizon- a locais de risco D e E deve assegurar que os mesmos
tais exclusivas; se situem ao nível ou acima do piso de saída para local
c) Espaços turísticos destinados a alojamento, incluindo seguro no exterior.
os afetos a turismo do espaço rural e de habitação;
d) Camaratas ou grupos de camaratas e respetivas cir- Artigo 12.º
culações horizontais exclusivas. Categorias e fatores do risco
1 — As utilizações-tipo dos edifícios e recintos em
6 — Os locais de risco F, referidos na alínea f) do n.º 1,
matéria de risco de incêndio podem ser da 1.ª, 2.ª, 3.ª e
compreendem, nomeadamente:
4.ª categorias, nos termos dos quadros I a X do anexo III
a) Centros de controlo de tráfego rodoviário, ferroviário, e são consideradas respetivamente de risco reduzido, risco
marítimo ou aéreo; moderado, risco elevado e risco muito elevado.
8760 Diário da República, 1.ª série — N.º 198 — 9 de outubro de 2015

2 — São fatores de risco: fogo dos elementos estruturais comuns, às condições de


resistência ao fogo dos elementos de compartimentação
a) Utilização-tipo I — altura da utilização-tipo e número
comuns, entre si e das vias de evacuação comuns, e às
de pisos abaixo do plano de referência, a que se refere o
condições de controlo de fumos em vias de evacuação
quadro I;
comuns, podendo partilhar os sistemas e equipamentos de
b) Utilização-tipo II — espaço coberto ou ao ar livre,
altura da utilização-tipo, número de pisos abaixo do plano segurança contra risco de incêndio do edifício.
de referência e a área bruta, a que se refere o quadro II;
c) Utilizações-tipo III e X — altura da utilização-tipo Artigo 14.º
e efetivo, a que se referem os quadros III e VIII, respeti- Perigosidade atípica
vamente;
d) Utilizações-tipo IV e V — altura da utilização-tipo, No caso de edifícios e recintos novos, quando, compro-
efetivo, efetivo em locais de risco D ou E e, apenas para vadamente, as disposições do regulamento técnico referido
a 1.ª categoria, saída independente direta ao exterior de no artigo 15.º sejam desadequadas face às grandes dimen-
locais de risco D, ao nível do plano de referência, a que sões em altimetria ou planimetria ou às suas características
se refere o quadro IV; de funcionamento, ou de exploração ou construtivas, tais
e) Utilizações-tipo VI e IX — espaço coberto ou ao ar edifícios e recintos ou as suas frações são classificados de
livre, altura da utilização-tipo, número de pisos abaixo do perigosidade atípica e ficam sujeitos a soluções de SCIE
plano de referência e efetivo, a que se refere o quadro V; que, cumulativamente:
f) Utilização-tipo VII — altura da utilização-tipo, efetivo a) Sejam objeto de fundamentação adequada baseada
e efetivo em locais de risco E, a que se refere o quadro VI; em métodos de análise de risco que venham a ser reconhe-
g) Utilização-tipo VIII — altura da utilização-tipo, nú- cidos pela ANPC ou em métodos de ensaio ou modelos
mero de pisos abaixo do plano de referência e efetivo, a de cálculo ou seja baseada em novas tecnologias ou em
que se refere o quadro VII; tecnologias não previstas no presente decreto-lei, cujo de-
h) Utilização-tipo XI — altura da utilização-tipo, nú- sempenho ao nível da SCIE seja devidamente justificado,
mero de pisos abaixo do plano de referência, efetivo e a no âmbito das disposições construtivas ou dos sistemas e
densidade de carga de incêndio modificada, a que se refere equipamentos de segurança;
o quadro IX; b) [Revogada];
i) Utilização-tipo XII — espaço coberto ou ao ar livre, c) Sejam explicitamente referidas como não conformes
número de pisos abaixo do plano de referência e densi- no termo de responsabilidade do autor do projeto;
dade de carga de incêndio modificada, a que se refere o d) Sejam aprovadas pela ANPC.
quadro X.
Artigo 14.º-A
3 — O efetivo dos edifícios e recintos corresponde ao
somatório dos efetivos de todos os seus espaços suscetíveis Edifícios e recintos existentes
de ocupação, determinados de acordo com os critérios de- 1 — Estão sujeitos ao disposto no presente decreto-lei,
finidos no regulamento técnico mencionado no artigo 15.º nos termos do regime jurídico da urbanização e edificação,
4 — A densidade de carga de incêndio modificada a aprovado pelo Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro,
que se referem as alíneas g) e h) do n.º 2 é determinada as operações urbanísticas referentes a edifícios, ou suas
com base nos critérios técnicos definidos em despacho do frações autónomas, e recintos existentes, construídos ao
presidente da ANPC. abrigo do direito anterior.
5 — A carga de incêndio modificada a que se referem a 2 — Pode ser dispensada a aplicação de algumas dis-
alínea n) do n.º 3 do artigo 10.º e o n.º 3 do artigo anterior posições do regulamento técnico referido no artigo 15.º
é determinada com base nos critérios técnicos definidos quando a sua aplicação seja manifestamente despropor-
em despacho do presidente da ANPC. cionada pelas suas características construtivas, arquite-
tónicas, ou de funcionamento e exploração dos edifícios
Artigo 13.º e recintos.
Classificação do risco 3 — No caso referido no número anterior, devem ser
previstos pelo projetista meios de segurança compensa-
1 — A categoria de risco de cada uma das utilizações- tórios, adequados para cada situação, desde que sejam
-tipo é a mais baixa que satisfaça integralmente os critérios integrados em soluções de segurança contra incêndio que,
indicados nos quadros constantes do anexo III ao presente cumulativamente:
decreto-lei.
2 — É atribuída a categoria de risco superior a uma dada a) Sejam compatíveis com a natureza da intervenção
utilização-tipo, sempre que for excedido um dos valores e com o grau de proteção que podem ter os edifícios e
da classificação na categoria de risco. recintos;
3 — Nas utilizações de tipo IV, onde não existam locais b) Seja mencionado no termo de responsabilidade, pelo
de risco D ou E, os limites máximos do efetivo das 2.ª e autor do projeto, a proposta de dispensa de acordo com o
3.ª categorias de risco podem aumentar em 50 %. número anterior;
4 — No caso de estabelecimentos distribuídos por vá- c) Sejam objeto de fundamentação adequada na memória
rios edifícios independentes, a categoria de risco é atribuída descritiva do projeto, a qual pode ser baseada em métodos
a cada edifício e não ao seu conjunto. de análise de risco que venham a ser reconhecidos pela
5 — Aos edifícios e recintos de utilização mista aplicam- ANPC ou em métodos de ensaio ou modelos de cálculo
-se as exigências mais gravosas de entre as diversas ou seja baseada em novas tecnologias ou em tecnologias
utilizações-tipo no que respeita às condições de autopro- não previstas no presente decreto-lei, cujo desempenho ao
teção dos espaços comuns, às condições de resistência ao nível da SCIE seja devidamente justificado, no âmbito das
Diário da República, 1.ª série — N.º 198 — 9 de outubro de 2015 8761

disposições construtivas ou dos sistemas e equipamentos com certificação de especialização declarada para o efeito
de segurança; nos seguintes termos:
d) Sejam aprovadas pela ANPC.
a) Os associados das OA, OE e OET que não tenham
sido reconhecidos para a elaboração de medidas de au-
CAPÍTULO III toproteção das 3.ª e 4.ª categorias de risco e que, com-
provadamente, possuam experiência na elaboração de
Condições de SCIE medidas de autoproteção da 1.ª categoria de risco, para
as utilizações-tipo IV e V, e da 2.ª categoria de risco, po-
Artigo 15.º dem solicitar à respetiva Ordem o reconhecimento para a
Condições técnicas de SCIE elaboração de medidas de autoproteção relativas apenas
a essas categorias de risco;
Por portaria do membro do Governo responsável pela b) O reconhecimento dos associados das OA, OE e OET,
área da proteção civil, é aprovado um regulamento técnico propostos pelas respetivas associações profissionais, que
que estabelece as seguintes condições técnicas gerais e tenham concluído com aproveitamento as necessárias ações
específicas da SCIE: de formação na área específica de SCIE, cujos requisitos
a) As condições exteriores comuns; tenham sido objeto de protocolo entre a ANPC e cada uma
b) As condições de comportamento ao fogo, isolamento daquelas associações profissionais.
e proteção;
c) As condições de evacuação; 3 — A ANPC deve proceder ao registo atualizado dos
d) As condições das instalações técnicas; autores de projeto e medidas de autoproteção referidos nos
e) As condições dos equipamentos e sistemas de se- números anteriores e publicitar a listagem dos mesmos no
gurança; sítio da ANPC.
f) As condições de autoproteção.
Artigo 17.º
Artigo 16.º Operações urbanísticas
Projetos de SCIE e medidas de autoproteção 1 — Os procedimentos administrativos respeitantes a
1 — A responsabilidade pela elaboração dos projetos operações urbanísticas são instruídos com um projeto de es-
de SCIE referentes a edifícios e recintos classificados na pecialidade de SCIE, com o conteúdo descrito no anexo IV
1.ª categoria de risco, para as utilizações-tipo IV e V e nas ao presente decreto-lei, que dele faz parte integrante.
2.ª, 3.ª e 4.ª categorias de risco, decorrentes da aplicação do 2 — As operações urbanísticas das utilizações-tipo I, II,
presente decreto-lei e portarias complementares, tem de ser III, VI, VII, VIII, IX, X, XI e XII da 1.ª categoria de risco,
assumida exclusivamente por um arquiteto, reconhecido são dispensadas da apresentação de projeto de especialidade
pela Ordem dos Arquitetos (OA) ou por um engenheiro, de SCIE, o qual é substituído por uma ficha de segurança
reconhecido pela Ordem dos Engenheiros (OE), ou por por cada utilização-tipo, conforme modelos aprovados pela
um engenheiro técnico, reconhecido pela Ordem dos En- ANPC, com o conteúdo descrito no anexo V ao presente
genheiros Técnicos (OET), com certificação de especiali- decreto-lei, que dele faz parte integrante.
zação declarada para o efeito nos seguintes termos: 3 — Nas operações urbanísticas promovidas pela Admi-
nistração Pública, nomeadamente as referidas no artigo 7.º
a) O reconhecimento direto dos associados das OA, OE do regime jurídico da urbanização e edificação, aprovado
e OET propostos pelas respetivas associações profissionais, pelo Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, devem
desde que, comprovadamente, possuam um mínimo de ser cumpridas as condições de SCIE.
cinco anos de experiência profissional em SCIE, adquirida 4 — As operações urbanísticas cujo projeto careça de
até à data de 15 de julho de 2011; aprovação pela administração central e que nos termos
b) O reconhecimento dos associados das OA, OE e OET da legislação especial aplicável tenham exigências mais
propostos pelas respetivas associações profissionais, que gravosas de SCIE, seguem o regime nelas previsto.
tenham concluído com aproveitamento as necessárias ações
de formação na área específica de SCIE, cujos requisitos Artigo 18.º
tenham sido objeto de protocolo entre a ANPC e cada uma
Utilização dos edifícios
daquelas associações profissionais;
c) Os associados das OA, OE e OET que não tenham 1 — O pedido de autorização de utilização de edifícios
sido reconhecidos para a elaboração de projetos de SCIE ou suas frações autónomas e recintos, referido no artigo 63.º
das 3.ª e 4.ª categorias de risco e que, comprovadamente, do regime jurídico da urbanização e edificação, aprovado
possuam experiência na elaboração de projetos de SCIE da pelo Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, deve ser
1.ª categoria de risco, para as utilizações-tipo IV e V, e da instruído com termo de responsabilidade subscrito pelos
2.ª categoria de risco, podem solicitar à respetiva Ordem autores de projeto de obra e do diretor de fiscalização de
o reconhecimento para a elaboração de projetos de SCIE obra, no qual devem declarar que se encontram cumpridas
relativos apenas a essas categorias de risco. as condições de SCIE.
2 — Quando haja lugar a vistorias, nos termos dos ar-
2 — A responsabilidade pela elaboração das medidas de tigos 64.º e 65.º do regime jurídico da urbanização e edi-
autoproteção referentes a edifícios e recintos classificados ficação, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de
na 1.ª categoria de risco, para as utilizações-tipo IV e V, e dezembro, ou em virtude de legislação especial em matéria
nas 2.ª, 3.ª e 4.ª categorias de risco, tem de ser assumida de autorização de funcionamento, nas mesmas deve ser
exclusivamente por técnicos associados das OA, OE e apreciado o cumprimento das condições de SCIE e dos
OET propostos pelas respetivas associações profissionais respetivos projetos ou fichas de segurança, sem prejuízo
8762 Diário da República, 1.ª série — N.º 198 — 9 de outubro de 2015

de outras situações previstas na legislação específica que c) Registo de segurança onde devem constar os relató-
preveja ou determine a realização de vistoria. rios de vistoria ou inspeção, e relação de todas as ações
3 — As vistorias referidas no número anterior, referentes de manutenção e ocorrências direta ou indiretamente re-
à 1.ª categoria de risco para utilizações-tipo IV e V e à 2.ª, lacionadas com a SCIE;
3.ª e 4.ª categorias de risco, integram um representante da d) Formação em SCIE, sob a forma de ações destinadas
ANPC ou de uma entidade por ela credenciada. a todos os funcionários e colaboradores das entidades
exploradoras, ou de formação específica, destinada aos
Artigo 19.º delegados de segurança e outros elementos que lidam com
Inspeções situações de maior risco de incêndio;
e) Simulacros para teste das medidas de autoproteção
1 — Todos os edifícios ou recintos e suas frações estão e treino dos ocupantes com vista à criação de rotinas de
sujeitos a inspeções a realizar pela ANPC ou por entidade comportamento e aperfeiçoamento de procedimentos.
por ela credenciada.
2 — As inspeções classificam-se em regulares e extraor- 2 — As medidas de autoproteção respeitantes a cada
dinárias. utilização-tipo, de acordo com a respetiva categoria
3 — As inspeções regulares são obrigatórias e devem de risco, são as definidas no regulamento técnico re-
ser realizadas no prazo máximo de seis anos no caso da ferido no artigo 15.º, sujeitas a parecer obrigatório da
1.ª categoria de risco, cinco anos no caso da 2.ª categoria ANPC.
de risco, quatro anos no caso da 3.ª categoria de risco 3 — Sem prejuízo do disposto no n.º 2 do artigo 34.º,
e três anos no caso da 4.ª categoria de risco, a pedido para efeitos de parecer sobre as medidas de autoproteção
das entidades responsáveis referidas nos n.os 3 e 4 do a implementar de acordo com o regulamento técnico
artigo 6.º referido no artigo 15.º o processo é entregue na ANPC,
4 — Excetuam-se do disposto no número anterior os pelas entidades referidas no artigo 6.º, até 30 dias antes
edifícios ou recintos e suas frações das utilizações-tipo I, II, da entrada em funcionamento do edifício, no caso de
III, VI, VII, VIII, IX, X, XI e XII da 1.ª categoria de risco obras de construção nova, de alteração, ampliação ou
e os edifícios de utilização exclusiva da utilização-tipo I mudança de uso.
da 2.ª categoria de risco. 4 — [Revogado].
5 — As inspeções extraordinárias são realizadas por
iniciativa da ANPC ou de outra entidade com competência Artigo 22.º
fiscalizadora. Implementação das medidas de autoproteção
6 — Compete às entidades referidas nos n.os 3 e 4 do
artigo 6.º, independentemente da instauração de pro- 1 — As medidas de autoproteção aplicam-se a todos
cesso contraordenacional, assegurar a regularização os edifícios e recintos, incluindo os existentes à data da
das condições que não estejam em conformidade com entrada em vigor do presente decreto-lei, com exceção dos
a legislação de SCIE aplicável, dentro dos prazos fixa- edifícios e recintos da utilização-tipo I, da 1.ª e 2.ª cate-
dos nos relatórios das inspeções referidas no presente gorias de risco.
artigo. 2 — As modificações às medidas de autoproteção apro-
vadas devem ser apresentadas na ANPC, para parecer,
Artigo 20.º sempre que se verifique a alteração da categoria de risco
Delegado de segurança
ou da utilização-tipo.
3 — As modificações das medidas de autoproteção não
1 — A entidade responsável nos termos dos n.os 3 e 4 do mencionadas no número anterior devem ser aprovadas
artigo 6.º designa um delegado de segurança para executar pelo responsável de segurança, constar dos registos de
as medidas de autoproteção. segurança e ser implementadas.
2 — O delegado de segurança age em representação da 4 — A mudança da entidade responsável pela manu-
entidade responsável, ficando esta integralmente obrigada tenção das condições de SCIE da utilização-tipo deve ser
ao cumprimento das condições de SCIE, previstas no pre- comunicada à ANPC.
sente decreto-lei e demais legislação aplicável. 5 — Os simulacros de incêndio são realizados obser-
vando os períodos máximos entre exercícios, definidos no
Artigo 21.º regulamento técnico referido no artigo 15.º
Medidas de autoproteção
1 — A autoproteção e a gestão de segurança contra Artigo 23.º
incêndio em edifícios e recintos, durante a exploração ou Comércio, instalação e manutenção
utilização dos mesmos, para efeitos de aplicação do pre- de equipamentos e sistemas de SCIE
sente decreto-lei e legislação complementar, baseiam-se 1 — As entidades que tenham por objeto a atividade de
nas seguintes medidas: comercialização, instalação e ou manutenção de equipa-
a) Medidas preventivas, que tomam a forma de proce- mentos e sistemas de SCIE encontram-se sujeitas a registo
dimentos de prevenção ou planos de prevenção, conforme na ANPC, sem prejuízo de outras licenças, autorizações
a categoria de risco; ou habilitações previstas na lei para o exercício de deter-
b) Medidas de intervenção em caso de incêndio, que minada atividade.
tomam a forma de procedimentos de emergência ou de 2 — O procedimento de registo é definido por portaria
planos de emergência interno, conforme a categoria de dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da
risco; proteção civil, das obras públicas e da economia.
Diário da República, 1.ª série — N.º 198 — 9 de outubro de 2015 8763

Artigo 24.º em infração ao disposto nas normas técnicas constantes do


Competência de fiscalização regulamento técnico referido no artigo 15.º;
h) O agravamento da respetiva categoria de risco, em
1 — São competentes para fiscalizar o cumprimento infração ao disposto nas normas técnicas constantes do
das condições de SCIE: regulamento técnico referido no artigo 15.º;
a) A Autoridade Nacional de Proteção Civil; i) A alteração do uso total ou parcial dos edifícios ou
b) Os municípios, na sua área territorial, quanto às recintos, em incumprimento das exigências legais de SCIE;
utilizações-tipo I, II, III, VI, VII, VIII, IX, X, XI e XII da j) A ocupação ou o uso das zonas de refúgio, em infração
1.ª categoria de risco; ao disposto nas normas técnicas constantes do regulamento
c) A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, técnico referido no artigo 15.º;
no que respeita à colocação no mercado dos equipamentos k) O armazenamento de líquidos e de gases combustí-
referidos no regulamento técnico referido no artigo 15.º veis, em violação dos requisitos determinados para a sua
localização ou quantidades permitidas, em infração ao
2 — No exercício das ações de fiscalização pode ser disposto nas normas técnicas constantes do regulamento
solicitada a colaboração das autoridades administrativas técnico referido no artigo 15.º;
e policiais para impor o cumprimento de normas e deter- l) A comercialização de equipamentos e sistemas de
minações que por razões de segurança devam ter execução SCIE, a sua instalação e manutenção, sem registo na
imediata no âmbito de atos de gestão pública. ANPC, em infração ao disposto no artigo 23.º;
m) A inexistência ou a utilização de sinais de segurança
não obedecendo às dimensões, formatos, materiais espe-
CAPÍTULO IV cificados e a sua incorreta instalação ou localização, em
infração ao disposto nas normas técnicas constantes do
Processo contraordenacional
regulamento técnico referido no artigo 15.º;
n) A inexistência ou a deficiente instalação, funcio-
Artigo 25.º namento ou manutenção dos equipamentos de ilumina-
Contraordenações e coimas ção de emergência, em infração ao disposto nas normas
técnicas constantes do regulamento técnico referido no
1 — Sem prejuízo da responsabilidade civil, criminal
artigo 15.º;
ou disciplinar, constitui contraordenação:
o) A inexistência ou a deficiente instalação, funciona-
a) A subscrição dos termos de responsabilidade pre- mento ou manutenção dos equipamentos ou sistemas de
vistos no n.º 2 do artigo 6.º, verificando-se a execução deteção, alarme e alerta, em infração ao disposto nas nor-
das operações urbanísticas em desconformidade com os mas técnicas constantes do regulamento técnico referido
projetos aprovados; no artigo 15.º;
b) A subscrição de projetos de SCIE, medidas de auto- p) A inexistência ou a deficiente instalação, funciona-
proteção, emissão de pareceres, relatórios de vistoria ou mento ou manutenção dos equipamentos ou sistemas de
relatórios de inspeção, relativos a condições de segurança controlo de fumos, a obstrução das tomadas de ar ou das
contra risco de incêndio em edifícios, por quem não preen- bocas de ventilação, em infração ao disposto nas normas
cha os requisitos legais; técnicas constantes do regulamento técnico referido no
c) A obstrução, redução ou anulação das portas resisten- artigo 15.º;
tes ao fogo que façam parte dos caminhos de evacuação, q) A inexistência ou a deficiente instalação, funcio-
das câmaras corta-fogo, das vias verticais ou horizontais namento ou manutenção dos extintores de incêndio, em
de evacuação, ou das saídas de evacuação, em infração ao infração ao disposto nas normas técnicas constantes do
disposto nas normas técnicas constantes do regulamento regulamento técnico referido no artigo 15.º;
técnico referido no artigo 15.º; r) A inexistência ou a deficiente instalação, funcio-
d) A obstrução, redução, ocultação ou anulação dos namento ou manutenção dos equipamentos da rede de
meios de intervenção, sinalética, iluminação e sistemas au- incêndio armada, do tipo carretel ou do tipo teatro, em
tomáticos de deteção de incêndio, em infração ao disposto infração ao disposto nas normas técnicas constantes do
nas normas técnicas constantes do regulamento técnico regulamento técnico referido no artigo 15.º;
referido no artigo 15.º; s) A inexistência ou a deficiente instalação, funcio-
e) A alteração dos meios de compartimentação ao fogo, namento ou manutenção dos equipamentos da rede de
isolamento e proteção, através da abertura de vãos de pas- incêndio seca ou húmida, em infração ao disposto nas
sagem ou de novas comunicações entre espaços, que agrave normas técnicas constantes do regulamento técnico referido
o risco de incêndio, em infração ao disposto nas normas no artigo 15.º;
técnicas constantes do regulamento técnico referido no t) A inexistência ou deficiente instalação, funciona-
artigo 15.º; mento ou manutenção do depósito da rede de incêndio ou
f) A alteração dos elementos com capacidade de suporte respetiva central de bombagem, em infração ao disposto
de carga, estanquidade e isolamento térmico, para classes nas normas técnicas constantes do regulamento técnico
de resistência ao fogo com desempenho inferior ao exigido, referido no artigo 15.º;
que agrave o risco de incêndio, em infração ao disposto u) A inexistência ou a deficiente instalação, funcio-
nas normas técnicas constantes do regulamento técnico namento ou manutenção dos hidratantes, em infração ao
referido no artigo 15.º; disposto nas normas técnicas constantes do regulamento
g) A alteração dos materiais de revestimento e acaba- técnico referido no artigo 15.º;
mento das paredes e tetos interiores, para classes de reação v) A inexistência ou a deficiente instalação, funciona-
ao fogo com desempenho inferior ao exigido no que se mento ou manutenção dos equipamentos ou sistemas de
refere à produção de fumo, gotas ou partículas inflamadas, controlo de monóxido de carbono, em infração ao disposto
8764 Diário da República, 1.ª série — N.º 198 — 9 de outubro de 2015

nas normas técnicas constantes do regulamento técnico artigo 33.º do anexo II ao regulamento técnico referido
referido no artigo 15.º; no artigo 15.º;
w) A existência de extintores ou outros equipamentos nn) A inexistência de projeto de SCIE ou da ficha de
de SCIE com os prazos de validade ou de manutenção segurança, quando exigível, em infração ao disposto nos
ultrapassados, em infração ao disposto nas normas técnicas n.os 1 e 2 do artigo 17.º;
constantes do regulamento técnico referido no artigo 15.º; oo) O incumprimento das condições de SCIE, em in-
x) A inexistência ou a deficiente instalação, funciona- fração ao disposto no n.º 3 do artigo 17.º;
mento ou manutenção dos equipamentos ou sistemas de pp) O incumprimento da obrigação de notificação da
deteção automática de gás combustível, em infração ao ANPC das alterações que respeitem ao registo, previsto
disposto nas normas técnicas constantes do regulamento no artigo 32.º e no artigo 3.º da Portaria n.º 773/2009, de
técnico referido no artigo 15.º; 21 de julho, em infração ao disposto no artigo 8.º desta
y) A inexistência ou a deficiente instalação, funcio- portaria;
namento ou manutenção dos equipamentos ou sistemas qq) A realização da manutenção de extintores por en-
fixos de extinção automática de incêndio, em infração ao tidades com o serviço não certificado de acordo com a
disposto nas normas técnicas constantes do regulamento NP 4413, em infração ao disposto no n.º 9 do artigo 8.º
técnico referido no artigo 15.º; do anexo I ao regulamento técnico referido no artigo 15.º;
z) O uso do posto de segurança para um fim diverso do rr) A inexistência ou a deficiente instalação, funciona-
permitido, em infração ao disposto nas normas técnicas mento ou manutenção de portas e divisórias resistentes ao
constantes do regulamento técnico referido no artigo 15.º; fogo, em infração ao disposto nas normas técnicas cons-
aa) A inexistência de medidas de autoproteção atualiza- tantes do regulamento técnico referido no artigo 15.º
das e adequadas à utilização-tipo e categoria de risco, ou a
sua desconformidade nos termos do disposto nas normas 2 — As contraordenações previstas nas alíneas c), d),
técnicas constantes do regulamento técnico referido no h), j), o), p), r), t), u), y), aa), ll), nn), oo) e rr) do número
artigo 15.º; anterior são puníveis com coima de € 370 até € 3 700, no
bb) A inexistência de registos de segurança, a sua não caso de pessoas singulares, ou até € 44 000, no caso de
atualização, ou a sua desconformidade com o disposto pessoas coletivas.
nas normas técnicas constantes do regulamento técnico 3 — As contraordenações previstas nas alíneas a), b),
referido no artigo 15.º; e), f), g), i), k), q), s), v), x), z), bb), cc), ee), ff), hh), ii), jj),
cc) Equipa de segurança inexistente, incompleta, ou sem kk), mm) e pp) do n.º 1 são puníveis com coima de € 275
formação em segurança contra incêndio em edifícios, em até € 2 750, no caso de pessoas singulares, ou até € 27 500,
infração ao disposto nas normas técnicas constantes do no caso de pessoas coletivas.
regulamento técnico referido no artigo 15.º; 4 — As contraordenações previstas nas alíneas l), m),
dd) Plantas de emergência ou instruções de segurança w), dd), gg) e qq) do n.º 1 são puníveis com coima de € 180
inexistentes, incompletas, ou não afixadas nos locais pre- até € 1 800, no caso de pessoas singulares, ou até € 11 000,
vistos nos termos do presente decreto-lei, em infração ao no caso de pessoas coletivas.
disposto nas normas técnicas constantes do regulamento 5 — A tentativa e a negligência são puníveis, sendo os
técnico referido no artigo 15.º; limites referidos nos números anteriores reduzidos para
ee) Não realização de ações de formação de segurança metade.
contra incêndio, em infração ao disposto nas normas téc- 6 — O pagamento das coimas referidas nos números
nicas constantes do regulamento técnico referido no ar- anteriores não dispensa a observância das disposições cons-
tigo 15.º; tantes do presente decreto-lei e legislação complementar,
ff) Não realização de simulacros nos prazos previstos no cuja violação determinou a sua aplicação.
presente decreto-lei, em infração ao disposto nas normas 7 — A decisão condenatória é comunicada às asso-
técnicas constantes do regulamento técnico referido no ciações públicas profissionais e a outras entidades com
artigo 15.º; inscrição obrigatória, a que os arguidos pertençam.
gg) A falta do registo referido no n.º 3 do artigo 16.º; 8 — Fica ressalvada a punição prevista em qualquer
hh) O incumprimento, negligente ou doloso, dos deve- outra legislação, que sancione com coima mais grave ou
res específicos que as entidades credenciadas, previstas preveja a aplicação de sanção acessória mais grave, qual-
no n.º 2 do artigo 5.º e no artigo 30.º, estão obrigadas a quer dos ilícitos previstos no presente decreto-lei.
assegurar no desempenho das suas funções;
ii) A falta de pedido de inspeção regular, em infração Artigo 26.º
ao previsto no artigo 19.º; Sanções acessórias
jj) A inexistência ou a deficiente instalação, funciona-
mento ou manutenção das instalações técnicas, em infração 1 — Em função da gravidade da infração e da culpa do
ao disposto nas normas técnicas constantes do regulamento agente, simultaneamente com a coima, podem ser aplicadas
técnico referido no artigo 15.º; as seguintes sanções acessórias:
kk) A inexistência ou a deficiente instalação, funciona- a) Interdição do uso do edifício, recinto, ou de suas
mento ou manutenção das fontes centrais de energia de partes, por obras ou alteração de uso não aprovado, ou
emergência, em infração ao disposto nas normas técnicas por não funcionamento dos sistemas e equipamentos de
constantes do regulamento técnico referido no artigo 15.º; segurança contra incêndio;
ll) A inexistência de medidas de autoproteção, em in- b) Interdição do exercício da atividade profissional, no
fração ao disposto no n.º 1 do artigo 21.º; âmbito da certificação a que se refere o artigo 16.º;
mm) A existência de medidas de autoproteção, não en- c) Interdição do exercício das atividades, no âmbito
tregues na ANPC, para parecer, em infração aos n.os 2 e 3 da credenciação a que se referem o n.º 2 do artigo 5.º e
do artigo 21.º e ao n.º 2 do artigo 34.º, ou em infração ao o artigo 30.º
Diário da República, 1.ª série — N.º 198 — 9 de outubro de 2015 8765

2 — As sanções referidas no número anterior têm a gisto da emissão de pareceres e da realização de vistorias
duração máxima de dois anos, contados a partir da decisão e de inspeções das condições de SCIE no sistema infor-
condenatória definitiva. mático da ANPC.

Artigo 27.º Artigo 31.º


Instrução e decisão dos processos sancionatórios Incompatibilidades
A instrução e decisão dos processos por contraordenação A subscrição de fichas de segurança, projetos ou medi-
prevista no presente decreto-lei compete, respetivamente, das de autoproteção em SCIE é incompatível com a prática
à ANPC e ao seu presidente. de atos ao abrigo da credenciação da ANPC no exercício
das suas competências de emissão de pareceres, realização
Artigo 28.º de vistorias e inspeções das condições de SCIE.
Destino do produto das coimas
Artigo 32.º
O produto das coimas é repartido da seguinte forma:
Sistema informático
a) 10 % para a entidade fiscalizadora;
1 — A tramitação dos procedimentos previstos no pre-
b) 30 % para a ANPC;
sente decreto-lei é realizada informaticamente, com re-
c) 60 % para o Estado.
curso a sistema informático próprio, o qual, entre outras
funcionalidades, permite:
CAPÍTULO V a) A entrega de requerimentos e comunicações e do-
Disposições finais e transitórias cumentos;
b) A consulta pelos interessados do estado dos proce-
Artigo 29.º dimentos;
c) O envio de pareceres, relatórios de vistorias e de
Taxas
inspeções de SCIE, quando solicitados à ANPC;
1 — Os serviços prestados pela ANPC, no âmbito do d) A decisão.
presente decreto-lei, estão sujeitos a taxas cujo valor é
fixado por portaria dos membros do Governo responsáveis 2 — O sistema informático previsto neste artigo é objeto
pelas áreas das finanças, da proteção civil e da economia, de portaria dos membros do Governo responsáveis pela
a qual estabelece também o regime de isenções aplicável. proteção civil e pela administração local.
2 — Para efeitos do disposto no número anterior, 3 — As comunicações são realizadas por via eletró-
consideram-se serviços prestados pela ANPC, nomea- nica, nas quais deve ser aposta assinatura eletrónica,
damente: que pelo menos, satisfaça as exigências de segurança e
fiabilidade mínimas definidas para a assinatura eletró-
a) A credenciação de pessoas singulares ou coletivas nica avançada.
para a emissão de pareceres e a realização de vistorias e 4 — O fornecimento de informação por parte das dife-
inspeções das condições de SCIE; rentes entidades com competência no âmbito do presente
b) A emissão de pareceres sobre as condições de SCIE; decreto-lei e legislação complementar será concretizado
c) A realização de vistorias sobre as condições de SCIE; de forma desmaterializada, por meio de disponibilização
d) A realização de inspeções regulares sobre as condi-
de acesso aos respetivos sistemas de informação.
ções de SCIE;
e) A emissão de pareceres sobre medidas de autopro-
Artigo 33.º
teção;
f) [Revogada]; Publicidade
g) O registo referido no n.º 3 do artigo 16.º;
As normas técnicas e regulamentares do presente regime
h) O processo de registo de entidades que exerçam a
também são publicitadas no sítio da ANPC.
atividade de comercialização de equipamentos e sistemas
de SCIE, a sua instalação e manutenção;
Artigo 34.º
i) O registo referido no n.º 2 do artigo 30.º
Norma transitória
3 — As taxas correspondem ao custo efetivo dos ser- 1 — Os projetos de edifícios e recintos, cujo licencia-
viços prestados. mento ou comunicação prévia tenha sido requerida até
à data da entrada em vigor do presente decreto-lei são
Artigo 30.º apreciados e decididos de acordo com a legislação vigente
Credenciação à data da sua apresentação.
2 — Para efeitos de apreciação das medidas de autopro-
1 — O regime de credenciação de entidades para a emis- teção a implementar de acordo com o regulamento técnico
são de pareceres, realização de vistorias e de inspeções das
referido no artigo 15.º, o processo é enviado à ANPC pelas
condições de SCIE pela ANPC, nos termos previstos no
entidades referidas no artigo 6.º, por via eletrónica, nos
presente decreto-lei e nas suas portarias complementares é
seguintes prazos:
definido por portaria do membro do Governo responsável
pela área da proteção civil. a) Até aos 30 dias anteriores à entrada em utilização, no
2 — As entidades credenciadas no âmbito do presente caso de obras de construção nova, de alteração, ampliação
decreto-lei e legislação complementar devem fazer o re- ou mudança de uso;
8766 Diário da República, 1.ª série — N.º 198 — 9 de outubro de 2015

b) No prazo máximo de um ano, após a data de entrada q) A Portaria n.º 1276/2002, de 19 de setembro;
em vigor do presente decreto-lei, para o caso de edifícios r) A Portaria n.º 1444/2002, de 7 de novembro;
e recintos existentes àquela data. s) O artigo 6.º da Portaria n.º 586/2004, de 2 de ju-
nho.
Artigo 35.º
Artigo 37.º
Comissão de acompanhamento
Regiões Autónomas
1 — Por despacho dos membros do Governo responsá-
veis pelas áreas da proteção civil e das obras públicas, é O presente decreto-lei aplica-se a todo o território na-
criada uma comissão de acompanhamento da aplicação do cional, sem prejuízo de diploma regional que proceda às
presente decreto-lei, presidida pela ANPC e constituída por necessárias adaptações nas Regiões Autónomas dos Açores
um perito a designar por cada uma das seguintes entidades: e da Madeira.
a) Instituto dos Mercados Públicos, do Imobiliário e da Artigo 38.º
Construção, I. P.;
b) Laboratório Nacional de Engenharia Civil, I. P.; Entrada em vigor
c) Associação Nacional de Municípios Portugueses; 1 — O presente decreto-lei entra em vigor no dia 1 de
d) Ordem dos Arquitetos; janeiro de 2009.
e) OE; 2 — Para efeito de emissão de regulamentação, excetua-
f) OET; -se do disposto no número anterior o artigo 32.º, que entra
g) Associação Portuguesa de Segurança; em vigor 180 dias após a entrada em vigor do presente
h) Um representante de cada um dos Governos Regio- decreto-lei.
nais das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.
ANEXO I
2 — Os membros da comissão não recebem qualquer
remuneração ou abono pelo exercício das suas funções. Classes de reação ao fogo para produtos de construção,
a que se refere o n.º 3 do artigo 9.º
Artigo 36.º A classificação de desempenho de reação ao fogo para
Norma revogatória produtos de construção é a constante dos quadros seguintes
e atende aos seguintes fatores, dependendo do produto
São revogados: em questão:
a) O capítulo III do título V do Regulamento Geral ΔT — aumento de temperatura [ºC];
das Edificações Urbanas, aprovado pelo Decreto-Lei Δm — perda de massa [%];
n.º 38 382, de 7 de agosto de 1951; tf — tempo de presença da chama «duração das chamas
b) A Resolução do Conselho de Ministros n.º 31/89, de persistentes» [s];
15 de setembro; PCS — poder calorífico superior [MJ kg-1, MJ kg-2 ou
c) O Decreto-Lei n.º 426/89, de 6 de dezembro; MJ m-2, consoante os casos];
d) O Decreto-Lei n.º 64/90, de 21 de fevereiro; FIGRA — taxa de propagação do fogo [W s-1];
e) O Decreto-Lei n.º 66/95, de 8 de abril; THR600s — calor total libertado em 600 s [MJ];
f) O Regulamento das Condições Técnicas e de Segu- LFS — propagação lateral das chamas «comparado com
rança dos Recintos de Espetáculos e Divertimentos Públi- o bordo da amostra» [m];
cos, anexo ao Decreto Regulamentar n.º 34/95, de 16 de SMOGRA — taxa de propagação do fumo [m2 s-2];
dezembro, com exceção dos artigos 1.º a 4.º, dos n.os 1 e TSP600s — produção total de fumo em 600 s [m2];
2 do artigo 6.º, do artigo 13.º, do artigo 15.º, dos n.os 1, 2 Fs — propagação das chamas [mm];
e 4 do artigo 24.º, dos artigos 53.º a 60.º, dos artigos 64.º Libertação de gotas ou partículas inflamadas;
a 66.º, dos n.os 1, 3 e 4 do artigo 84.º, do artigo 85.º, dos Fluxo crítico — fluxo radiante correspondente à exten-
n.os 1 e 4 do artigo 86.º, do artigo 87.º, dos artigos 89.º e são máxima da chama «só para pavimentos».
90.º, das alíneas b) e d) do n.º 6 do artigo 91.º, do n.º 1
do artigo 92.º, dos artigos 93.º a 98.º, do artigo 100.º, do QUADRO I
artigo 102.º, do artigo 105.º, dos artigos 107.º a 109.º, dos
artigos 111.º a 114.º, do artigo 118.º, dos artigos 154.º a Classes de reação ao fogo para produtos de construção,
157.º, do artigo 173.º, do artigo 180.º, do artigo 257.º, do excluindo pavimentos
n.º 1 do artigo 259.º, do artigo 260.º, das alíneas e), p) e
v) do artigo 261.º e do artigo 264.º; Classe Fatores de classificação Classificação complementar

g) O n.º 3 do artigo 10.º do Decreto-Lei n.º 167/97, de


4 de julho; A1. . . . . . . ∆T, ∆m, tf e PCS.
h) A Portaria n.º 1063/97, de 21 de outubro;
i) O Decreto-Lei n.º 409/98, de 23 de dezembro; A2. . . . . . . ∆T, ∆m, tf , PCS, FIGRA, Produção de fumo «s1, s2
j) O Decreto-Lei n.º 410/98, de 23 de dezembro; LFS e THR600s. ou s3» e gotas ou partí-
culas inflamadas «d0, d1
l) O Decreto-Lei n.º 414/98, de 31 de dezembro; ou d2».
m) O Decreto-Lei n.º 368/99, de 18 de setembro;
n) As alíneas g) e h) do n.º 2 e o n.º 3 do artigo 3.º da B. . . . . . . . FIGRA, LFS, THR600s e Fs Produção de fumo «s1, s2
Portaria n.º 1064/97, de 21 de outubro; ou s3» e gotas ou partí-
culas inflamadas «d0, d1
o) A Portaria n.º 1299/2001, de 21 de novembro; ou d2».
p) A Portaria n.º 1275/2002, de 19 de setembro;
Diário da República, 1.ª série — N.º 198 — 9 de outubro de 2015 8767

ANEXO II
Classe Fatores de classificação Classificação complementar

Classes de resistência ao fogo padrão para produtos


de construção, a que se refere o n.º 3 do artigo 9.º
C. . . . . . . . FIGRA, LFS, THR600s e Fs Produção de fumo «s1, s2
ou s3» e gotas ou partí- A classificação de desempenho de resistência ao fogo
culas inflamadas «d0, d1
ou d2». padrão para produtos de construção é a constante dos qua-
dros seguintes e atende aos seguintes parâmetros, depen-
D. . . . . . . . FIGRA e Fs . . . . . . . . . . . . Produção de fumo «s1, s2 dendo do elemento de construção em questão:
ou s3» e gotas ou partí-
culas inflamadas «d0, d1 a) R — capacidade de suporte de carga;
ou d2».
b) E — estanquidade a chamas e gases quentes;
E . . . . . . . . Fs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Gotas ou partículas infla- c) I — isolamento térmico;
madas «não classificado d) W — radiação;
ou d2».
e) M — ação mecânica;
F . . . . . . . . Desempenho não determinado. f) C — fecho automático;
g) S — passagem de fumo;
QUADRO II h) P ou PH — continuidade de fornecimento de energia
e ou de sinal;
Classes de reação ao fogo para produtos de construção
de pavimentos, incluindo os seus revestimentos i) G — resistência ao fogo;
j) K — capacidade de proteção contra o fogo;
Classe Fatores de classificação Classificação complementar
k) D — Duração da estabilidade a temperatura constante;
l) DH — Duração da estabilidade na curva tipo tempo-
-temperatura;
A1fl . . . . . . . . . ∆T, ∆m, tf e PCS m) F — Funcionalidade dos ventiladores elétricos;
A2fl . . . . . . . . . ∆T, ∆m, tf , PCS e Produção de fumo «s1 ou s2». n) B — Funcionalidade dos ventiladores naturais de
fluxo crítico. fumo e calor.
Bfl . . . . . . . . . . Fluxo crítico e Fs Produção de fumo «s1 ou s2».
QUADRO I
Cfl . . . . . . . . . . Fluxo crítico e Fs Produção de fumo «s1 ou s2».
Classificação para elementos com funções
Dfl . . . . . . . . . . Fluxo crítico e Fs Produção de fumo «s1 ou s2». de suporte de carga e sem função
de compartimentação resistente ao fogo
Efl . . . . . . . . . . Fs.

Ffl . . . . . . . . . . Desempenho não determinado. Aplicação: Paredes, pavimentos, cobertura, vigas, pilares,
varandas, escadas, passagens
QUADRO III

Normas: EN 13501-2; EN 1365-1, 2, 3, 4, 5, 6;


Classes de reação ao fogo de produtos lineares EN 1992-1.2; EN 1993-1.2; EN 1994-1.2;
para isolamento térmico de condutas EN 1995-1.2; EN 1996-1.2; EN 1999-1.2

Classe Fatores de classificação Classificação complementar Classificação Duração «em minutos»

A1L . . . . . . . . . . . ∆T, ∆m, tf e PCS. R. . . . . . . . . . 15 20 30 45 60 90 120 180 240 360


A2L . . . . . . . . . . . ∆T, ∆m, tf , PCS, FIGRA, Produção de fumo «s1,
LFS e THR600s. s2 ou s3» e gotas ou
partículas inflamadas
«d0, d1 ou d2». QUADRO II

BL . . . . . . . . . . . . FIGRA, LFS, THR600s e Fs Produção de fumo «s1,


s2 ou s3» e gotas ou Classificação para elementos com funções de suporte
partículas inflamadas de carga e com função
«d0, d1 ou d2». de compartimentação resistente ao fogo

CL . . . . . . . . . . . . FIGRA, LFS, THR600s e Fs Produção de fumo «s1, Aplicação: Paredes


s2 ou s3» e gotas ou
partículas inflamadas
«d0, d1 ou d2». Normas: EN 13501-2; EN 1365-1; EN 1992-1.2; EN 1993-1.2;
EN 1994-1.2; EN 1995-1.2; EN 1996-1.2; EN 1999-1.2
DL . . . . . . . . . . . . FIGRA, THR600s e Fs Produção de fumo «s1,
s2 ou s3» e gotas ou Classificação Duração «em minutos»
partículas inflamadas
«d0, d1 ou d2».
RE . . . . . . . . - 20 30 - 60 90 120 180 240 360
EL . . . . . . . . . . . . Fs . . . . . . . . . . . . . . . . Gotas ou partículas in-
REI . . . . . . . . 15 20 30 45 60 90 120 180 240 360
flamadas «não classi-
REI-M . . . . . - - 30 - 60 90 120 180 240 360
ficado ou d2».
REW. . . . . . . - 20 30 - 60 90 120 180 240 360
FL . . . . . . . . . . . . Desempenho não determinado. Notas . . . . . . -
8768 Diário da República, 1.ª série — N.º 198 — 9 de outubro de 2015

Aplicação: Pavimentos e coberturas Aplicação: Fachadas e paredes exteriores «incluindo elementos


envidraçados»
Normas: EN 13501-2; EN 1365-2; EN 1992-1.2; EN 1993-1.2;
EN 1994-1.2; EN 1995-1.2; EN 1999-1.2 Normas: EN 13501-2; EN 1364-3, 4, 5, 6; EN 1992-1.2;
EN 1993-1.2; EN 1995-1.2; EN 1996-1.2; EN 1999-1.2
Classificação Duração «em minutos»
Classificação Duração «em minutos»

R. . . . . . . . . . - - 30 - - - - - - -
RE . . . . . . . . - 20 30 - 60 90 120 180 240 360 E . . . . . . . . . . 15 - 30 - 60 90 120 - - -
REI . . . . . . . . 15 20 30 45 60 90 120 180 240 360 EI . . . . . . . . . 15 - 30 - 60 90 120 - - -
Notas . . . . . . - EW . . . . . . . . - 20 30 - 60 - - - - -
Notas . . . . . . A classificação é complementada por «i→o, o→i ou
QUADRO III i↔o» consoante cumpram os critérios para o fogo
interior, exterior ou para ambos.
Onde aplicável, estabilidade mecânica significa que
Classificação para produtos e sistemas para proteção não há partes em colapso passíveis de causar danos
de elementos ou partes de obras pessoais durante o período da classificação E ou EI.
com funções de suporte de carga
Aplicação: Pisos falsos
Aplicação: Tetos sem resistência independente ao fogo
Normas: EN 13501-2; EN 1366-6
Normas: EN 13501-2; EN 13381-1
Classificação — Expressa nos mesmos termos do ele- Classificação Duração «em minutos»
mento que é protegido.

Notas. — Se também cumprir os critérios relativamente R. . . . . . . . . . 15 - 30 - - - - - - -


RE . . . . . . . . - - 30 - - - - - - -
ao fogo «seminatural», o símbolo «sn» é acrescentado à REI . . . . . . . . - - 30 - - - - - - -
classificação. REW. . . . . . . - - 30 - - - - - - -
Notas . . . . . . A classificação é complementada pela adição do sufixo
Aplicação: Revestimentos, revestimentos exteriores, «f», indicando resistência total ao fogo, ou do sufixo
painéis e placas de proteção contra o fogo «r», indicando exposição apenas à temperatura cons-
tante reduzida.
Normas: EN 13501-2; EN 13381-2 a 7
Aplicação: Vedações de aberturas de passagem
Classificação — Expressa nos mesmos termos do ele- de cabos e tubagens
mento que é protegido.
Normas: EN 13501-2; EN 1366-3, 4
QUADRO IV

Classificação Duração «em minutos»


Classificação para elementos ou partes de obras
sem funções de suporte
de carga e produtos a eles destinados
E. . . . . . . . . . 15 - 30 45 60 90 120 180 240 -
EI . . . . . . . . . 15 20 30 45 60 90 120 180 240 -
Aplicação: Divisórias «incluindo divisórias
com porções não isoladas» Aplicação: Portas e portadas corta-fogo e respetivos dispositivos
de fecho «incluindo as que comportem envidraçados e ferragens»
Normas: EN 13501-2; EN 1364-1; EN 1992-1.2; EN 1993-1.2;
EN 1994-1.2; EN 1995-1.2; EN 1996-1.2; EN 1999-1.2 Normas: EN 13501-2; EN 1634-1

Classificação Duração «em minutos»


Classificação Duração «em minutos»

E. . . . . . . . . . - 20 30 - 60 90 120 - - -
EI . . . . . . . . . 15 20 30 45 60 90 120 180 240 - E . . . . . . . . . . 15 20 30 45 60 90 120 180 240 -
EI-M. . . . . . . - - 30 - 60 90 120 180 240 - EI . . . . . . . . . 15 20 30 45 60 90 120 180 240 -
EW . . . . . . . . - 20 30 - 60 90 120 - - - EW . . . . . . . . - 20 30 - 60 - - - - -
Notas . . . . . . - Notas . . . . . . A classificação I é complementada pela adição dos sufi-
xos «1» ou «2» consoante a definição do isolamento
utilizada. A adição do símbolo «C» indica que o pro-
Aplicação: Tetos com resistência independente ao fogo duto satisfaz também o critério de fecho automático
«ensaio pass/fail» (1)
1
Normas: EN 13501-2; EN 1364-2 ( ) A classificação «C» deve ser complementada pelos
dígitos 0 a 5, de acordo com a categoria utilizada.
Os pormenores devem ser incluídos na especificação
Classificação Duração «em minutos» técnica relevante do produto.

Aplicação: Portas de controlo do fumo


EI . . . . . . . . . 15 - 30 45 60 90 120 180 240 -
Notas . . . . . . A classificação é complementada por «a→b, b→a ou Normas: EN 13501-2; EN 1634-3
a↔b», indicando se o elemento foi ensaiado e cum-
pre os critérios para o fogo de cima, de baixo ou Classificação — S200 ou Sa (consoante as condições de
para ambos.
ensaio cumpridas).
Diário da República, 1.ª série — N.º 198 — 9 de outubro de 2015 8769

Notas. — A adição do símbolo «C» indica que o produto QUADRO V

satisfaz também o critério de fecho automático «ensaio


pass/fail» (1) Classificação para produtos destinados a sistemas
de ventilação «excluindo exaustores de fumo e de calor»
(1) A classificação «C» deve ser complementada pelos dígitos 0 a 5,
de acordo com a categoria utilizada; os pormenores devem ser incluídos Aplicação: Condutas de ventilação
na especificação técnica relevante do produto.
Normas: EN 13501-3; EN 1366-1
Aplicação: Obturadores para sistemas de transporte
contínuo por correias e carris
Classificação Duração «em minutos»
Normas: EN 13501-2; EN 1366-7
E. . . . . . . . . . - - 30 - 60 - - - - -
Classificação Duração «em minutos» EI . . . . . . . . . 15 20 30 45 60 90 120 180 240 -
Notas . . . . . . A classificação é complementada por «i→o, o→i ou
i↔o» consoante cumpram os critérios para o fogo
E . . . . . . . . . . 15 - 30 45 60 90 120 180 240 - interior, exterior ou para ambos, respetivamente. Os
EI . . . . . . . . . 15 20 30 45 60 90 120 180 240 - símbolos «ve» e ou «ho» indicam, além disso, a ade-
EW . . . . . . . . - 20 30 - 60 - - - - - quação a uma utilização vertical e ou horizontal. A
Notas . . . . . . A classificação I é completada pela adição dos su- adição do símbolo «S» indica o cumprimento de uma
fixos «1» ou «2», conforme a definição de isola- restrição suplementar às fugas.
mento utilizada. Será gerada uma classificação I
nos casos em que a amostra de ensaio seja uma
configuração de tubo ou conduta sem avaliação
da obturação do sistema de transporte. A adição
do símbolo «C» indica que o produto satisfaz Aplicação: Registos corta-fogo
também o critério de fecho automático «ensaio
pass/fail» ( 1) Normas: EN 13501-3; EN 1366-2
1
( ) A classificação «C» deve ser complementada pelos
dígitos 0 a 5, de acordo com a categoria utilizada.
Os pormenores devem ser incluídos na especificação Classificação Duração «em minutos»
técnica relevante do produto.
E. . . . . . . . . . - - 30 - 60 90 120 - - -
EI . . . . . . . . . 15 20 30 45 60 90 120 180 240 -
Notas . . . . . . A classificação é complementada por «i→o, o→i ou
i↔o» consoante cumpram os critérios para o fogo
Aplicação: Condutas e ductos interior, exterior ou para ambos, respetivamente. Os
símbolos «ve» e ou «ho» indicam, além disso, a ade-
Normas: EN 13501-2; EN 1366-5 quação a uma utilização vertical e ou horizontal. A
adição do símbolo «S» indica o cumprimento de uma
restrição suplementar às fugas.
Classificação Duração «em minutos»

E . . . . . . . . . . 15 20 30 45 60 90 120 180 240 -


EI . . . . . . . . . 15 20 30 45 60 90 120 180 240 - QUADRO VI
Notas . . . . . . A classificação é complementada por «i→o, o→i ou
i↔o» consoante cumpram os critérios para o fogo Classificação para produtos incorporados em instalações
interior, exterior ou para ambos. Os símbolos «ve»
e ou «ho» indicam, além disso, a adequação a uma
Aplicação: Cabos elétricos e de fibra ótica e acessórios; tubos
utilização vertical e ou horizontal.
e sistemas de proteção de cabos elétricos contra o fogo

Norma: EN 13501-3

Classificação Duração «em minutos»

Aplicação: chaminés
P.......... 15 - 30 - 60 90 120 - - -
[Revogada]

Aplicação: Revestimentos para paredes e coberturas

Normas: EN 13501-2; EN 14135 Aplicação: Cabos ou sistemas de energia ou sinal


com pequeno diâmetro «menos de 20 mm
e com condutores de menos de 2,5 mm2»
Classificação Duração «em minutos»

Normas: EN 13501-3; EN 50200


K1 . . . . . . . . . 10 - - - - - - - - -
K2 . . . . . . . . . 10 - 30 - 60 - - - - - Classificação Duração «em minutos»
Notas . . . . . . Os sufixos «1» e «2» indicam os substratos, os critérios
de comportamento do fogo e as regras de extensão
utilizados nesta classificação. PH . . . . . . . . 15 - 30 - 60 90 120 - - -
8770 Diário da República, 1.ª série — N.º 198 — 9 de outubro de 2015

QUADRO VII
Classificação Duração «em minutos»
Classificação para produtos destinados a sistemas
de controlo de fumo
respetivamente. O «S» indica uma taxa de passagem
Aplicação: Condutas de controlo de fumos inferior a 200 m3/hr/m2. Todos os registos despro-
de compartimento único vidos da classificação «S» devem ter uma taxa de
passagem inferior a 360 m3/hr/m2. Todos os registos
inferiores a 200 m3/hr/m2 assumem este valor, todos
Normas: EN 13501-4; EN 1363-1, 2; ENV 1363-3; aqueles entre 200 m3/hr/m2 e 360 m3/hr/m2 assumem
EN 1366-9; EN 12101-7 este último valor. As taxas de passagem referem-se
tanto a condições ambientes como a temperaturas
elevadas.
Classificação Duração «em minutos» «500», «1 000» e «1 500» indicam a possibilidade de
utilização até estes valores de pressão, medidos em
condições ambientes.
E300 . . . . . . . . - - 30 - 60 90 120 - - - «AA» ou «MA» indicam ativação automática ou inter-
E600 . . . . . . . . - - 30 - 60 90 120 - - - venção manual.
Notas . . . . . . A classificação é completada pelo sufixo «único», indi- «i→o», «i←o» e «i↔o» indicam que os critérios de
cando a compatibilidade com a utilização exclusiva desempenho são cumpridos de dentro para fora, de
em compartimento único. fora para dentro ou ambos, respetivamente.
Além disso, os símbolos «ve» e/ou «ho» indicam a com- «C300», «C10000» e «Cmod» indicam a compatibilidade
patibilidade com a utilização vertical e/ou horizontal. dos registos com a utilização em sistemas de con-
O «S» indica uma taxa de passagem inferior a 5 m3/ trolo exclusivo de fumos combinados com sistemas
hr/m2. (Todas as condutas desprovidas da classifica- de controlo de fumos e ambientais ou com registos
ção «S» devem ter uma taxa de passagem inferior a moldáveis utilizados em sistemas combinados de
10 m3/hr/m2.) controlo de fumos e sistemas ambientais, respeti-
«500», «1 000» e «1 500» indicam a possibilidade de vamente.
utilização até estes valores de pressão, medidos em
condições ambientes.

Aplicação: Registos de controlo de fumos resistentes


Aplicação: Condutas de controlo de fumos ao fogo multicompartimentados
resistentes ao fogo multicompartimentadas
Normas: EN 13501-4; EN 1363-1, 2; ENV 1363-3;
Normas: EN 13501-4; EN 1363-1, 2; ENV 1363-3; EN 1366-2, 8, 10; EN 12101-8
EN 1366-8; EN 12101-7

Classificação Duração «em minutos»


Classificação Duração «em minutos»

EI . . . . . . . . . - - 30 - 60 90 120 - - -
EI . . . . . . . . . - - 30 - 60 90 120 - - - E. . . . . . . . . . - - 30 - 60 90 120 - - -
Notas . . . . . . A classificação é completada pelo sufixo «multi», indi- Notas . . . . . . Nota: A classificação é completada pelo sufixo «multi»,
cando a compatibilidade com a utilização em vários indicando a compatibilidade com a utilização em
compartimentos. Além disso, os símbolos «ve» e/ou vários compartimentos.
«ho» indicam a compatibilidade com a utilização A «HOT 400/30» (High Operational Temperature) in-
vertical e/ou horizontal. O «S» indica uma taxa de dica que o registo pode ser aberto ou fechado durante
passagem inferior a 5 m3/hr/m2 (todas as condutas um período de 30 minutos em condições de tempe-
desprovidas da classificação «S» devem ter uma taxa ratura inferior a 400°C. «ved», «vew» e «vedw» e/ou
de passagem inferior a 10 m3/hr/m2). «hod», «how» e «hodw» indicam a compatibilidade com
«500», «1 000» e «1 500» indicam a possibilidade de a utilização vertical e/ou horizontal, juntamente com
utilização até estes valores de pressão, medidos em a montagem numa conduta ou numa parede, ou nas
condições ambientes duas respetivamente.
O «S» indica uma taxa de passagem inferior a 200 m3/
hr/m2. Todos os registos desprovidos da classifi-
Aplicação: Registos de controlo de fumos de compartimento único cação «S» devem ter uma taxa de passagem infe-
rior a 360 m3/hr/m2. Todos os registos inferiores a
Normas: EN 13501-4; EN 1363-1; ENV 1363-3; 200 m3/hr/m2 assumem este valor, todos aqueles
EN 1366- 9, 10; EN 12101-8 entre 200 m3/hr/m2 e 360 m3/hr/m2 assumem este
último valor. As taxas de passagem referem-se
tanto a condições ambientes como a temperaturas
Classificação Duração «em minutos» elevadas.
«500», «1 000» e «1 500» indicam a possibilidade de
utilização até estes valores de pressão, medidos em
E300 . . . . . . . . - - 30 - 60 90 120 - - - condições ambientes.
E600 . . . . . . . . - - 30 - 60 90 120 - - - «AA» ou «MA» indicam ativação automática ou inter-
Notas . . . . . . A classificação é completada pelo sufixo «único», indi- venção manual.
cando a compatibilidade com a utilização exclusiva «i→o», «i←o» e «i↔o» indicam que os critérios de
em compartimento único. desempenho são cumpridos de dentro para fora, de
A «HOT 400/30» (High Operational Temperature) fora para dentro ou ambos, respetivamente.
indica que o registo pode ser aberto ou fechado du- «C300», «C10000» e «Cmod» indicam a compatibilidade
rante um período de 30 minutos em condições de dos registos com a utilização em sistemas de con-
temperatura inferior a 400°C (a utilizar apenas com trolo exclusivo de fumos combinados com sistemas
a classificação E600). «ved», «vew» e «vedw» e/ou «hod», de controlo de fumos e ambientais ou com registos
«how» e «hodw» indicam a compatibilidade com a uti- moldáveis utilizados em sistemas combinados de
lização vertical e/ou horizontal, juntamente com a controlo de fumos e sistemas ambientais, respeti-
montagem numa conduta ou numa parede, ou nas duas vamente.
Diário da República, 1.ª série — N.º 198 — 9 de outubro de 2015 8771

Aplicação: Barreiras anti-fumo


Valores máximos referentes à utilização-tipo II, quando
integrada em edifício
Ao ar
Normas: EN 13501-4; EN 1363-1, 2; EN 12101-1 Categoria Número de pisos ocupados livre
Altura Área bruta ocupada
pela UT II abaixo
da UT II pela UT II
do plano de referência (*)
Classificação: D Duração «em minutos»
2.ª . . . . . . . . . . ≤ 28 m ≤ 9 600 m2 ≤3 Não
2
D60 . . . . . . . . - - 30 - 60 90 120 - - A 3.ª . . . . . . . . . . ≤ 28 m ≤ 32 000 m ≤5 Não
DH . . . . . . . . - - 30 - 60 90 120 - - A 4.ª . . . . . . . . . . > 28 m > 32 000 m 2
>5 Não
Notas . . . . . . «A» pode ser qualquer tempo superior a 120 minutos.
(*) Não são contabilizados os pisos destinados exclusivamente a instalações e equipamen-
tos técnicos que apenas impliquem a presença de pessoas para fins de manutenção e reparação,
Aplicação: Exaustores elétricos de fumo e de calor (ventiladores), e/ou que disponham de instalações sanitárias.
juntas de ligação
QUADRO III
Normas: EN 13501-4; EN 1363-1; EN 12101-3; ISO 834-1
Categorias de risco da utilização-tipo III «Administrativos»
Classificação: F Duração «em minutos»
Valores máximos referentes à utilização-tipo III

F200 . . . . . . . . - - - - - - 120 - - - Categoria


F300 . . . . . . . . - - - - 60 - - - - - Altura da UT III Efetivo da UT III
F400 . . . . . . . . - - - - - 90 120 - - -
F600 . . . . . . . . - - - - 60 - - - - -
F842 . . . . . . . . - - 30 - - - - - - - 1.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ≤9m ≤ 100
Notas . . . . . . - 2.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ≤ 28 m ≤ 1000
3.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ≤ 50 m ≤ 5000
4.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . > 50 m > 5000
Aplicação: Exaustores naturais de fumo e de calor

Normas: EN 13501-4; EN 1363-1; EN 12101-2 QUADRO IV

Classificação: B Duração «em minutos» Categorias de risco da utilização-tipo IV «Escolares»


e V «Hospitalares e lares de idosos»

Valores máximos referentes


B300 . . . . . . . . - - 30 - - - - - - - às utilizações-tipo IV e V
B600 . . . . . . . . - - 30 - - - - - - - Locais de risco D com
B ϑ........ - - 30 - - - - - - - Categoria
Efetivo da UT IV ou V saídas independentes
Altura diretas ao exterior no
Notas . . . . . . ϑ indica as condições de exposição (temperatura). da UT IV plano de referência.
ou V Efetivo em locais
Efetivo
de risco D ou E

ANEXO III
1.ª . . . . . . . . ≤ 9 m ≤ 100 ≤ 25 Aplicável a todos.
2.ª . . . . . . . . ≤ 9 m ≤ 500 (*) ≤ 100 Não aplicável.
(quadros referidos no n.º 1 do artigo 12.º) 3.ª . . . . . . . . ≤ 28 m ≤ 1 500 (*) ≤ 400 Não aplicável.
4.ª . . . . . . . . > 28 m > 1 500 > 400 Não aplicável.
QUADRO I
(*) Nas utilizações-tipo IV, onde não existam locais de risco D ou E, os limites máximos
do efetivo das 2.ª e 3.ª categorias de risco podem aumentar em 50 %.
Categorias de risco da utilização-tipo I «Habitacionais»

Valores máximos referentes à utilização-tipo I QUADRO V

Categoria
Altura Número de pisos ocupados pela UT I
da UT I abaixo do plano de referência (*)
Categorias de risco das utilizações-tipo VI «Espetáculos
e reuniões públicas» e IX «Desportivos e de lazer»

1.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ≤9m ≤1 Valores máximos referentes às utilizações-tipo VI


Ao ar livre
2.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ≤ 28 m ≤3 e IX, quando integradas em edifício
3.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ≤ 50 m ≤5 Categoria Altura Número de pisos ocupados Efetivo
Efetivo
4.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . > 50 m >5 da UT VI pela UT VI ou IX abaixo da UT VI
da UT VI ou IX
ou IX do plano de referência (*) ou IX
(*) Não são contabilizados os pisos destinados exclusivamente a instalações e equipamen-
tos técnicos que apenas impliquem a presença de pessoas para fins de manutenção e reparação, 1.ª . . . . . . . . . . - ≤ 1 000
e/ou que disponham de instalações sanitárias.
≤9m 0 ≤ 100 -
QUADRO II
2.ª . . . . . . . . . . - ≤ 15 000
Categorias de risco da utilização-tipo II
«Estacionamentos» ≤ 28 m ≤1 ≤ 1 000 -

Valores máximos referentes à utilização-tipo II, quando


3.ª . . . . . . . . . . - ≤ 40 000
integrada em edifício
Ao ar ≤ 28 m ≤2 ≤ 5 000 -
Categoria Número de pisos ocupados
Altura Área bruta ocupada livre
da UT II pela UT II
pela UT II abaixo 4.ª . . . . . . . . . . - > 40 000
do plano de referência (*)
> 28 m >2 > 5 000 -
1.ª . . . . . . . . . . - Sim (*) Não são contabilizados os pisos destinados exclusivamente a instalações e equipamen-
≤9m ≤ 3 200 m2 ≤1 Não tos técnicos que apenas impliquem a presença de pessoas para fins de manutenção e reparação,
e/ou que disponham de instalações sanitárias.
8772 Diário da República, 1.ª série — N.º 198 — 9 de outubro de 2015

QUADRO VI QUADRO X

Categorias de risco da utilização-tipo VII Categorias de risco da utilização-tipo XII


«Hoteleiros e restauração» «Industriais, oficinas e armazéns»

Valores máximos referentes à utilização-tipo VII Valores máximos referentes à utilização-tipo XII

Efetivo da UT VII Integrada em edifício Ao ar livre


Categoria Categoria
Altura
da UT VII Efetivo em locais Densidade de carga Número de pisos ocupados Densidade de carga
Efetivo de incêndio modificada pela UT XII abaixo de incêndio modificada
de risco E
da UT XII (**) do plano de referência (*) da UT XII (**)

1.ª . . . . . . . . . . . . . . . . ≤9m ≤ 100 ≤ 50 1.ª . . . . . . ≤ 500 MJ/m2 0 ≤ 1 000 MJ/m2


2.ª . . . . . . . . . . . . . . . . ≤ 28 m ≤ 500 ≤ 200 2.ª . . . . . . ≤ 5 000 MJ/m2 ≤1 ≤ 10 000 MJ/m2
3.ª . . . . . . . . . . . . . . . . ≤ 28 m ≤ 1 500 ≤ 800 3.ª . . . . . . ≤ 15 000 MJ/m2 ≤1 ≤ 30 000 MJ/m2
4.ª . . . . . . . . . . . . . . . . > 28 m > 1 500 > 800 4.ª . . . . . . > 15 000 MJ/m2 >1 > 30 000 MJ/m2
(*) Não são contabilizados os pisos destinados exclusivamente a instalações e equipamen-
tos técnicos que apenas impliquem a presença de pessoas para fins de manutenção e reparação,
e/ou que disponham de instalações sanitárias.
QUADRO VII (**) Nas utilizações-tipo XII, destinadas exclusivamente a armazéns, os limites máximos
da densidade de carga de incêndio modificada devem ser 10 vezes superiores aos indicados
neste quadro.
Categorias de risco da utilização-tipo VIII
«Comerciais e gares de transportes»

Valores máximos referentes à utilização-tipo VIII


ANEXO IV
Categoria Número de pisos ocupados
Altura Efetivo
da UT VIII
pela UT VIII abaixo
da UT VIII Elementos do projeto da especialidade de SCIE, exigido
do plano de referência (*) para os edifícios e recintos, a que se refere
o n.º 1 do artigo 17.º do presente decreto-lei
1.ª . . . . . . . . . . . . ≤9m 0 ≤ 100
2.ª . . . . . . . . . . . . ≤ 28 m ≤1 ≤ 1 000
3.ª . . . . . . . . . . . . ≤ 28 m ≤2 ≤ 5 000 Artigo 1.º
4.ª . . . . . . . . . . . . > 28 m >2 > 5 000 Projeto da especialidade de SCIE
(*) Não são contabilizados os pisos destinados exclusivamente a instalações e equipamen-
tos técnicos que apenas impliquem a presença de pessoas para fins de manutenção e reparação, O projeto de especialidade é o documento que define
e/ou que disponham de instalações sanitárias.
as características do edifício ou recinto no que se refere à
especialidade de segurança contra incêndio, do qual devem
constar as seguintes peças escritas e desenhadas:
QUADRO VIII
a) Memória descritiva e justificativa, a elaborar em
Categorias de risco da utilização-tipo X conformidade com o artigo 2.º deste anexo IV, na qual o
«Museus e galerias de arte» autor do projeto deve definir de forma clara quais os obje-
tivos pretendidos e as principais estratégias para os atingir
Valores máximos referentes à utilização-tipo X
e identificar as exigências de segurança contra incêndio
Categoria que devem ser contempladas no projeto de arquitetura e
Altura da UT X Efetivo da UT X
das restantes especialidades a concretizar em obra, em
conformidade com o presente decreto-lei;
1.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ≤9m ≤ 100 b) Peças desenhadas a escalas convenientes e outros
2.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ≤ 28 m ≤ 500 elementos gráficos que explicitem a acessibilidade para
3.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ≤ 28 m ≤ 1500
4.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . > 28 m > 1500 veículos de socorro dos bombeiros, a disponibilidade de
hidrantes exteriores e o posicionamento do edifício ou
recinto relativamente aos edifícios ou recintos vizinhos,
a planimetria e altimetria dos espaços em apreciação,
QUADRO IX a classificação dos locais de risco, os efetivos totais e
parciais, as características de resistência ao fogo que
Categorias de risco da utilização-tipo XI devem possuir os elementos de construção, as vias
«Bibliotecas e arquivos» de evacuação e as saídas e, finalmente, a posição em
planta de todos os dispositivos, equipamentos e siste-
Valores máximos referentes à utilização-tipo XI mas de segurança contra incêndio previstos para esses
Categoria Número de pisos ocupados Densidade de carga
espaços;
Altura Efetivo
da UT XI
pela UT XI abaixo
da UT XI
de incêndio modificada c) Tratando-se de projetos de alteração, as peças dese-
do plano de referência (*) da UT XI (**)
nhadas mencionadas na alínea anterior deverão incluir a
1.ª . . . . . . ≤9m 0 ≤ 100 ≤ 1 000 MJ/m2 representação das alterações de arquitetura com as cores
2.ª . . . . . . ≤ 28 m ≤1 ≤ 500 ≤ 10 000 MJ/m2 convencionais (amarelos e vermelhos).
3.ª . . . . . . ≤ 28 m ≤2 ≤ 1 500 ≤ 30 000 MJ/m2
4.ª . . . . . . > 28 m >2 > 1 500 > 30 000 MJ/m2
Artigo 2.º
(*) Não são contabilizados os pisos destinados exclusivamente a instalações e equipamen-
tos técnicos que apenas impliquem a presença de pessoas para fins de manutenção e reparação, Conteúdo da memória descritiva e justificativa de SCIE
e/ou que disponham de instalações sanitárias.
(**) Nas utilizações-tipo XI, destinadas exclusivamente a arquivos, os limites máximos
da densidade de carga de incêndio modificada devem ser 10 vezes superiores aos indicados A memória descritiva e justificativa do projeto da es-
neste quadro. pecialidade de SCIE deve, quando aplicáveis, conter re-
Diário da República, 1.ª série — N.º 198 — 9 de outubro de 2015 8773

ferência aos seguintes aspetos, pela ordem considerada c) Condições de segurança de grupos electrogéneos e
mais conveniente: unidades de alimentação ininterrupta;
d) Cortes geral e parciais de energia;
I — Introdução:
1 — Objetivo; 2 — Instalações de aquecimento:
2 — Localização; a) Condições de segurança de centrais térmicas;
3 — Caracterização e descrição: b) Condições de segurança da aparelhagem de aque-
a) Utilizações-tipo; cimento;
b) Descrição funcional e respetivas áreas, piso a piso;
3 — Instalações de confeção e de conservação de ali-
4 — Classificação e identificação do risco: mentos:
a) Locais de risco; a) Instalação de aparelhos;
b) Fatores de classificação de risco aplicáveis; b) Ventilação e extração de fumo e vapores;
c) Categorias de risco. c) Dispositivos de corte e comando de emergência;

II — Condições exteriores: 4 — Evacuação de efluentes de combustão;


5 — Ventilação e condicionamento de ar;
1 — Vias de acesso; 6 — Ascensores:
2 — Acessibilidade às fachadas;
3 — Limitações à propagação do incêndio pelo exterior; a) Condições gerais de segurança;
4 — Disponibilidade de água para os meios de socorro. b) Ascensor para uso dos bombeiros em caso de in-
cêndio;
III — Resistência ao fogo de elementos de construção:
7 — Instalações de armazenamento e utilização de lí-
1 — Resistência ao fogo de elementos estruturais e quidos e gases combustíveis:
incorporados em instalações;
2 — Isolamento entre utilizações-tipo distintas; a) Condições gerais de segurança;
3 — Compartimentação geral corta-fogo; b) Dispositivos de corte e comando de emergência.
4 — Isolamento e proteção de locais de risco;
5 — Isolamento e proteção de meios de circulação: VII — Equipamentos e sistemas de segurança:
a) Proteção das vias horizontais de evacuação; 1 — Sinalização;
b) Proteção das vias verticais de evacuação; 2 — Iluminação de emergência;
c) Isolamento de outras circulações verticais; 3 — Sistema de deteção, alarme e alerta:
d) Isolamento e proteção das caixas dos elevadores; a) Conceção do sistema e espaços protegidos;
e) Isolamento e proteção de canalizações e condutas. b) Configuração de alarme;
c) Características técnicas dos elementos constituintes
IV — Reação ao fogo de materiais: do sistema;
1 — Revestimentos em vias de evacuação: d) Funcionamento genérico do sistema (alarmes e co-
mandos);
a) Vias horizontais;
b) Vias verticais; 4 — Sistema de controlo de fumo:
c) Câmaras corta-fogo;
a) Espaços protegidos pelo sistema;
2 — Revestimentos em locais de risco; b) Caracterização de cada instalação de controlo de fumo;
3 — Outras situações.
5 — Meios de intervenção:
V — Evacuação: a) Critérios de dimensionamento e de localização;
1 — Evacuação dos locais: b) Meios portáteis e móveis de extinção;
c) Conceção da rede de incêndios e localização das
a) Dimensionamento dos caminhos de evacuação e bocas-de-incêndio;
das saídas; d) Caracterização do depósito privativo do serviço de
b) Distribuição e localização das saídas; incêndios e conceção da central de bombagem;
e) Caracterização e localização das alimentações da
2 — Caracterização das vias horizontais de evacuação; rede de incêndios;
3 — Caracterização das vias verticais de evacuação;
4 — Localização e caracterização das zonas de refúgio. 6 — Sistemas fixos de extinção automática de incêndios:

VI — Instalações técnicas: a) Espaços protegidos por sistemas fixos de extinção


automática;
1 — Instalações de energia eléctrica: b) Critérios de dimensionamento de cada sistema;
a) Fontes centrais de energia de emergência e equipa-
7 — Sistemas de cortina de água:
mentos que alimentam;
b) Fontes locais de energia de emergência e equipamen- a) Utilização dos sistemas;
tos que alimentam; b) Conceção de cada sistema;
8774 Diário da República, 1.ª série — N.º 198 — 9 de outubro de 2015

8 — Controlo de poluição de ar: Artigo 2.º


a) Espaços protegidos por sistemas de controlo de po- Elementos técnicos
luição; As fichas de segurança devem desenvolver os seguintes
b) Conceção e funcionalidade de cada sistema; elementos técnicos:

9 — Deteção automática de gás combustível: a) Identificação;


b) Caracterização dos edifícios e das utilizações-tipo;
a) Espaços protegidos por sistemas de deteção de gás c) Condições exteriores aos edifícios;
combustível; d) Resistência ao fogo dos elementos de construção;
b) Conceção e funcionalidade de cada sistema; e) Reação ao fogo dos materiais de construção;
f) Condições de evacuação dos edifícios;
10 — Drenagem de águas residuais da extinção de in- g) Instalações técnicas dos edifícios;
cêndios; h) Equipamentos e sistemas de segurança dos edifícios;
11 — Posto de segurança: i) Observações;
j) Notas explicativas do preenchimento das fichas de
a) Localização e proteção; segurança.
b) Meios disponíveis;
ANEXO VI
12 — Outros meios de proteção dos edifícios. [Revogado]
Artigo 3.º
Conteúdo das peças desenhadas de SCIE MINISTÉRIO DA ECONOMIA
O projeto da especialidade de SCIE deve incluir as
seguintes peças desenhadas: Decreto-Lei n.º 225/2015
a) Planta de localização à escala de 1:2000 ou de 1:5000; de 9 de outubro
b) Cortes e alçados, à escala de 1:100 ou de 1:200, A capitalização das pequenas e médias empresas (PME)
evidenciando a envolvente até 5 m; e da economia constitui um objetivo tanto estratégico como
c) Planta de implantação à escala de 1:200 ou de 1:500, operacional do XIX Governo Constitucional. Neste con-
evidenciando a acessibilidade para veículos de socorro dos texto, foi constituída a IFD — Instituição Financeira de
bombeiros, a disponibilidade de hidrantes exteriores e o Desenvolvimento, S. A. (IFD), que tem por objeto a rea-
posicionamento do edifício ou recinto relativamente aos lização de operações que visem colmatar as insuficiências
edifícios ou recintos vizinhos; de mercado no financiamento de PME.
d) Plantas de todos os pisos, à escala de 1:100 ou de A atividade da IFD prevê, entre outras, a gestão de
1:200, representando, para os espaços em apreciação, fundos europeus estruturais e de investimento (FEEI), no
a classificação dos locais de risco, os efetivos totais e âmbito do «Portugal 2020», mas também de reembolsos
parciais, as características de resistência ao fogo que de programas europeus, que as respetivas autoridades de
devem possuir os elementos de construção, as vias gestão considerem alocar à gestão da referida entidade,
de evacuação e as saídas e, finalmente, a posição em respeitando o previsto no Acordo de Parceria entre Portugal
planta de todos os dispositivos, equipamentos e siste- e a Comissão Europeia.
mas de segurança contra incêndio previstos para esses Entre os FEEI a gerir pela IFD inclui-se, enquadrado
espaços. no disposto no Regulamento n.º 1303/2013, do Parla-
mento Europeu e do Conselho, de 17 de dezembro de
ANEXO V 2013, o fundo grossista a constituir pelo presente decreto-
-lei que está destinado a ser aplicado em instrumentos
Fichas de segurança, financeiros de capital e quase capital, a distribuir pelos
a que se refere o n.º 2 do artigo 17.º intermediários financeiros que venham a ser selecionados
nos concursos a abrir por aquela instituição, que obte-
Artigo 1.º rão o cofinanciamento através de veículos especiais a
Elaboração das fichas de segurança constituir para o efeito, pese embora, pela sua natureza
grossista, não esteja habilitado a colocar instrumentos
1 — As fichas de segurança referidas no n.º 2 do ar- financeiros junto dos investidores não qualificados ou
tigo 17.º do presente decreto-lei, aplicáveis às utilizações- beneficiários finais.
-tipo dos edifícios e recintos da 1.ª categoria de risco, Tendo sido identificadas, no estudo levado a cabo pe-
devem ser elaboradas com base em modelos a definir las autoridades nacionais, falhas de mercado relativas a
exclusivamente pelos serviços centrais da ANPC. instrumentos de capital e quase capital, importa consti-
2 — Compete à ANPC proceder a todas as atuali- tuir um fundo de fundos, a gerir pela IFD, que tem como
zações das fichas de segurança referidas no número função principal cofinanciar as soluções de capitalização
anterior que venham eventualmente a ser consideradas das empresas, na vertente dos capitais permanentes, com
necessárias. o objetivo de reforçar as suas capacidades competitivas,
3 — As câmaras municipais devem ser notificadas, nomeadamente através da intervenção de capital de risco
oportunamente, quer das versões iniciais quer das futuras e ou business angels. Estes instrumentos atuam na capita-
atualizações das fichas de segurança. lização das empresas através do reforço dos seus capitais

Você também pode gostar