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mos pisos forem ocupados por espaços em duplex, de referência, é considerado o plano mais favorável para
pode considerar-se a cota altimétrica da entrada como o as operações dos bombeiros;
piso mais desfavorável. À mesma utilização-tipo, num r) ‘Recintos’ os espaços delimitados destinados a
mesmo edifício, constituída por corpos de alturas dife- diversos usos, desde os estacionamentos, aos estabele-
rentes, são aplicáveis as disposições correspondentes cimentos que recebem público, aos industriais, oficinas
ao corpo de maior altura, excetuando-se os casos em e armazéns, podendo dispor de construções de carácter
que os corpos de menor altura forem independentes permanente, temporário ou itinerante;
dos restantes; s) ‘Uso dominante de uma utilização-tipo’ é aquele
b) [...]; que de entre os diversos usos dos seus espaços, define
c) [...]; a finalidade que permite atribuir a classificação de de-
d) ‘Carga de incêndio’ a energia calorífica suscetível terminada utilização-tipo (UT I a UT XII);
de ser libertada pela combustão completa da totalidade t) ‘Utilização-tipo’ a classificação dada pelo uso do-
de elementos contidos num espaço, incluindo o reves- minante de qualquer edifício ou recinto, ou de cada
timento das paredes, divisórias, pavimentos e tetos; uma das suas partes, em conformidade com o disposto
e) ‘Carga de incêndio modificada’ a carga de in- no artigo 8.º
cêndio afetada de coeficientes referentes ao grau de Artigo 3.º
perigosidade e ao índice de ativação dos combustíveis,
[...]
determinada com base nos critérios referidos no n.º 5
do artigo 12.º; 1 — Estão sujeitos ao regime de segurança contra
f) ‘Categorias de risco’ a classificação em quatro incêndio:
níveis de risco de incêndio de qualquer utilização-tipo
a) [...];
de um edifício e recinto, atendendo a diversos fatores de
b) Os edifícios de apoio a instalações de armazena-
risco, como a sua altura, o efetivo, o efetivo em locais
mento de produtos de petróleo e a instalações de postos
de risco, a densidade de carga de incêndio modificada de abastecimento de combustíveis, tais como estabeleci-
e a existência de pisos abaixo do plano de referência, mentos de restauração, comerciais e oficinas, reguladas
nos termos previstos no artigo 12.º; pelo Decreto-Lei n.º 267/2002, de 26 de novembro, e
g) ‘Densidade de carga de incêndio’ a carga de incên- pelo Decreto-Lei n.º 302/2001, de 23 de novembro;
dio por unidade de área útil de um dado espaço; c) Os recintos permanentes;
h) [Anterior alínea g)]; d) Os recintos provisórios ou itinerantes, de acordo
i) [Anterior alínea h)]; com as condições de SCIE previstas no anexo II ao
j) ‘Edifícios independentes’ os edifícios dotados de regulamento técnico referido no artigo 15.º;
estruturas independentes, sem comunicação interior en- e) Os edifícios de apoio a instalações de armazena-
tre eles ou, quando exista, a mesma seja efetuada exclu- gem e tratamento industrial de petróleos brutos, seus
sivamente através de câmara corta-fogo, e que cumpram derivados e resíduos, reguladas pelo Decreto n.º 36270,
as disposições de SCIE, relativamente à resistência ao de 9 de maio, de 1947;
fogo dos elementos de construção que os isolam entre si. f) Os edifícios de apoio a instalações de receção, ar-
Consideram-se ainda ‘edifícios independentes’, as partes mazenamento e regaseificação de gás natural liquefeito
de um mesmo edifício com estrutura comum, sem comu- (GNL) reguladas pelos Decretos-Leis n.os 30/2006, de
nicação interior entre elas ou, quando exista, a mesma 15 de fevereiro, e 140/2006, de 26 de julho;
seja efetuada exclusivamente através de câmara corta- g) Os edifícios de apoio a instalações afetas à indús-
-fogo e cumpram as disposições de SCIE, relativamente tria de pirotecnia e à indústria extrativa;
à resistência ao fogo dos elementos de construção que as h) Os edifícios de apoio a instalações dos estabele-
isolam entre si e nenhuma das partes dependa da outra cimentos que transformem ou armazenem substâncias
para cumprir as condições regulamentares de evacuação; e produtos explosivos ou radioativos.
k) [Anterior alínea j)];
l) ‘Efetivo de público’ o número máximo estimado de 2 — [...].
pessoas que pode ocupar em simultâneo um dado espaço 3 — Estão apenas sujeitas ao regime de segurança
de edifício ou recinto que recebe público, excluindo em matéria de acessibilidade dos meios de socorro e
o número de funcionários e quaisquer outras pessoas de disponibilidade de água para combate a incêndio,
afetas ao seu funcionamento; aplicando-se nos demais aspetos os respetivos regimes
m) [...]; específicos, as instalações que não disponham de legis-
n) [...]; lação específica ou que dispondo de legislação especí-
o) ‘Inspeção’ o ato de verificação da manutenção das fica a mesma não contemple as referidas matérias.
condições de SCIE aplicáveis e da implementação das 4 — Nos edifícios de habitação, excetuam-se do
medidas de autoproteção, a realizar pela Autoridade disposto no n.º 1, os espaços interiores de cada habi-
Nacional de Proteção Civil (ANPC) ou por entidade tação, onde se aplicam as condições de segurança das
por esta credenciada; instalações técnicas e demais exceções previstas no
p) ‘Local de risco’ a classificação de qualquer área regulamento técnico.
de um edifício ou recinto, em função da natureza do 5 — Quando o cumprimento das normas de segurança
risco de incêndio, em conformidade com o disposto contra incêndio nos imóveis classificados ou em vias de
no artigo 10.º; classificação se revele lesivo dos mesmos ou sejam de
q) ‘Plano de referência’ o plano de nível, à cota de concretização manifestamente desproporcionada, são
pavimento do acesso destinado às viaturas de socorro, adotadas as medidas de autoproteção adequadas, após
medida na perpendicular a um vão de saída direta para o parecer da ANPC.
exterior do edifício. No caso de existir mais de um plano 6 — [...].
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códigos europeus, ou publicadas pelas entidades refe- destinados à utilização-tipo referida na alínea a) do
ridas nesse mesmo número. n.º 1 do artigo 8.º;
8 — Relativamente às normas referidas no presente n) Outros locais que possuam uma carga de incêndio
decreto-lei, são aplicáveis a sua última edição e ainda modificada superior a 10 000 MJ, associada à presença
as posteriores erratas, emendas, revisões, integrações de materiais facilmente inflamáveis e, ainda, os que
ou consolidações. comportem riscos de explosão.
o) [Revogada].
Artigo 10.º
4 — [...].
[...]
5 — [...]:
1 — Todos os locais dos edifícios e dos recintos, com a) [...];
exceção dos espaços interiores de cada fogo, das vias b) [...];
horizontais e verticais de evacuação e dos espaços ao c) Espaços turísticos destinados a alojamento, in-
ar livre, são classificados de acordo com a natureza do cluindo os afetos a turismo do espaço rural e de habi-
risco, do seguinte modo: tação;
a) [...]; d) [...].
b) [...];
c) Local de risco C — local que apresenta riscos 6 — [...]:
particulares agravados de eclosão e de desenvolvimento a) [...];
de incêndio devido, quer às atividades nele desenvolvi- b) [...];
das, quer às características dos produtos, materiais ou c) [...];
equipamentos nele existentes, designadamente à carga d) [...];
de incêndio modificada, à potência útil e à quantidade e) [...];
de líquidos inflamáveis e, ainda, ao volume dos com- f) [...];
partimentos. Sempre que o local de risco C se encontre g) Centrais de bombagem para serviço de incêndio.
numa das condições referidas no n.º 3 do artigo 11.º,
designa-se como local de risco C agravado; Artigo 11.º
d) Local de risco D — local de um estabelecimento
com permanência de pessoas acamadas ou destinado [...]
a receber crianças com idade inferior a seis anos ou 1 — [...]:
pessoas limitadas na mobilidade ou nas capacidades de
perceção e reação a um alarme; a) Situar-se, sempre que possível, próximo do piso de
e) [...]; saída para o exterior ou com saída direta para o exterior;
f) [...]. b) [...].
cujos requisitos tenham sido objeto de protocolo entre a risco e os edifícios de utilização exclusiva da utilização-
ANPC e cada uma daquelas associações profissionais. -tipo I da 2.ª categoria de risco.
5 — As inspeções extraordinárias são realizadas por
3 — A ANPC deve proceder ao registo atualizado iniciativa da ANPC ou de outra entidade com compe-
dos autores de projeto e medidas de autoproteção re- tência fiscalizadora.
feridos nos números anteriores e publicitar a listagem 6 — Compete às entidades referidas nos n.os 3 e 4 do
dos mesmos no sítio da ANPC. artigo 6.º, independentemente da instauração de pro-
cesso contraordenacional, assegurar a regularização
Artigo 17.º das condições que não estejam em conformidade com a
legislação de SCIE aplicável, dentro dos prazos fixados
[...]
nos relatórios das inspeções referidas no presente artigo.
1 — [...].
2 — [...]. Artigo 21.º
3 — Nas operações urbanísticas promovidas pela [...]
Administração Pública, nomeadamente as referidas no
artigo 7.º do regime jurídico da urbanização e edifica- 1 — A autoproteção e a gestão de segurança contra
ção, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de incêndio em edifícios e recintos, durante a exploração
dezembro, devem ser cumpridas as condições de SCIE. ou utilização dos mesmos, para efeitos de aplicação do
4 — [...]. presente decreto-lei e legislação complementar, baseiam-
-se nas seguintes medidas:
Artigo 18.º a) [...];
[...] b) [...];
c) [...];
1 — O pedido de autorização de utilização de edifí- d) [...];
cios ou suas frações autónomas e recintos, referido no e) Simulacros para teste das medidas de autoproteção
artigo 63.º do regime jurídico da urbanização e edifi- e treino dos ocupantes com vista à criação de rotinas de
cação, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de comportamento e aperfeiçoamento de procedimentos.
dezembro, deve ser instruído com termo de responsa-
bilidade subscrito pelos autores de projeto de obra e do 2 — As medidas de autoproteção respeitantes a cada
diretor de fiscalização de obra, no qual devem declarar utilização-tipo, de acordo com a respetiva categoria de
que se encontram cumpridas as condições de SCIE. risco, são as definidas no regulamento técnico referido
2 — Quando haja lugar a vistorias, nos termos dos ar- no artigo 15.º, sujeitas a parecer obrigatório da ANPC.
tigos 64.º e 65.º do regime jurídico da urbanização e edi- 3 — Sem prejuízo do disposto no n.º 2 do artigo 34.º,
ficação, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de para efeitos de parecer sobre as medidas de autoproteção
dezembro, ou em virtude de legislação especial em ma- a implementar de acordo com o regulamento técnico
téria de autorização de funcionamento, nas mesmas deve referido no artigo 15.º o processo é entregue na ANPC,
ser apreciado o cumprimento das condições de SCIE pelas entidades referidas no artigo 6.º, até 30 dias antes
e dos respetivos projetos ou fichas de segurança, sem da entrada em funcionamento do edifício, no caso de
prejuízo de outras situações previstas na legislação espe- obras de construção nova, de alteração, ampliação ou
cífica que preveja ou determine a realização de vistoria. mudança de uso.
3 — As vistorias referidas no número anterior, refe- 4 — [Revogado].
rentes à 1.ª categoria de risco para utilizações-tipo IV
e V e à 2.ª, 3.ª e 4.ª categorias de risco, integram um Artigo 22.º
representante da ANPC ou de uma entidade por ela
credenciada. [...]
1 — As medidas de autoproteção aplicam-se a todos
Artigo 19.º os edifícios e recintos, incluindo os existentes à data da
[...] entrada em vigor do presente decreto-lei, com exceção
dos edifícios e recintos da utilização-tipo I, da 1.ª e
1 — Todos os edifícios ou recintos e suas frações 2.ª categorias de risco.
estão sujeitos a inspeções a realizar pela ANPC ou por 2 — As modificações às medidas de autoproteção
entidade por ela credenciada. aprovadas devem ser apresentadas na ANPC, para pa-
2 — As inspeções classificam-se em regulares e ex- recer, sempre que se verifique a alteração da categoria
traordinárias. de risco ou da utilização-tipo.
3 — As inspeções regulares são obrigatórias e devem 3 — As modificações das medidas de autoproteção
ser realizadas no prazo máximo de seis anos no caso da não mencionadas no número anterior devem ser aprova-
1.ª categoria de risco, cinco anos no caso da 2.ª categoria das pelo responsável de segurança, constar dos registos
de risco, quatro anos no caso da 3.ª categoria de risco de segurança e ser implementadas.
e três anos no caso da 4.ª categoria de risco, a pedido 4 — A mudança da entidade responsável pela manu-
das entidades responsáveis referidas nos n.os 3 e 4 do tenção das condições de SCIE da utilização-tipo deve
artigo 6.º ser comunicada à ANPC.
4 — Excetuam-se do disposto no número anterior os 5 — Os simulacros de incêndio são realizados obser-
edifícios ou recintos e suas frações das utilizações-tipo I, vando os períodos máximos entre exercícios, definidos
II, III, VI, VII, VIII, IX, X, XI e XII da 1.ª categoria de no regulamento técnico referido no artigo 15.º
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tenham ocorrido até à data da entrada em vigor do presente tf — tempo de presença da chama ‘duração das cha-
diploma, regem-se pela legislação vigente à data da sua mas persistentes’ [s];
apresentação. PCS — poder calorífico superior [MJ kg-1, MJ kg-2
2 — Até à implementação do sistema informático pre- ou MJ m-2, consoante os casos];
visto no artigo 32.º do Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 FIGRA — taxa de propagação do fogo [W s-1];
de novembro, a tramitação dos procedimentos previstos THR600s — calor total libertado em 600 s [MJ];
no presente diploma é realizada em papel, nos termos do LFS — propagação lateral das chamas ‘comparado
Código do Procedimento Administrativo, devendo ser en- com o bordo da amostra’ [m];
tregue à Autoridade Nacional de Proteção Civil a seguinte SMOGRA — taxa de propagação do fumo [m2 s-2];
documentação: TSP600s — produção total de fumo em 600 s [m2];
a) Três exemplares em papel e um exemplar em suporte Fs — propagação das chamas [mm];
digital, no caso de projetos de SCIE; Libertação de gotas ou partículas inflamadas;
b) Dois exemplares em papel e um exemplar em suporte Fluxo crítico — fluxo radiante correspondente à ex-
digital, no caso de medidas de autoproteção. tensão máxima da chama ‘só para pavimentos’.
QUADRO I
Artigo 6.º
Norma revogatória Classes de reação ao fogo para produtos
de construção, excluindo pavimentos
São revogadas a alínea o) do n.º 3 do artigo 10.º, a alí-
nea b) do artigo 14.º, o n.º 4 do artigo 21.º, a alínea f) do
Classe Fatores de classificação Classificação complementar
n.º 2 do artigo 29.º, a «Aplicação: chaminés» do quadro IV
do anexo II e o anexo VI ao Decreto-Lei n.º 220/2008, de
12 de novembro. A1. . . . . . ∆T, ∆m, tf e PCS
Artigo 7.º A2. . . . . . ∆T, ∆m, tf , PCS, FIGRA, Produção de fumo ‘s1,
LFS e THR600s. s2 ou s3’ e gotas ou
Republicação partículas inflamadas
‘d0, d1 ou d2’.
É republicado no anexo II ao presente diploma, do qual
faz parte integrante, o Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de B. . . . . . . FIGRA, LFS, THR600s e Fs Produção de fumo ‘s1,
s2 ou s3’ e gotas ou
novembro, com a redação atual. partículas inflamadas
‘d0, d1 ou d2’.
Artigo 8.º
C. . . . . . . FIGRA, LFS, THR600s e Fs Produção de fumo ‘s1,
Entrada em vigor s2 ou s3’ e gotas ou
partículas inflamadas
1 — O presente diploma entra em vigor 45 dias após a ‘d0, d1 ou d2’.
data sua publicação.
2 — Para efeito de emissão de regulamentação, excetua- D. . . . . . . FIGRA e Fs . . . . . . . . . . . . Produção de fumo ‘s1,
s2 ou s3’ e gotas ou
-se do disposto no número anterior o artigo 32.º do Decreto- partículas inflamadas
-Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro, que entra em vigor ‘d0, d1 ou d2’.
24 meses após a entrada em vigor do presente diploma.
E. . . . . . . Fs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Gotas ou partículas in-
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 17 de flamadas ‘não classi-
setembro de 2015. — Pedro Passos Coelho — Maria Luís ficado ou d2’.
Casanova Morgado Dias de Albuquerque — Anabela Ma- F....... Desempenho não determinado.
ria Pinto de Miranda Rodrigues — Leonardo Bandeira
de Melo Mathias.
Promulgado em 1 de outubro de 2015. [...]
Publique-se. QUADRO III
ANEXO I
A1L . . . . ∆T, ∆m, tf e PCS.
(a que se refere o artigo 3.º)
A2L . . . . ∆T, ∆m, tf , PCS, FIGRA, LFS Produção de fumo ‘s1,
«ANEXO I e THR600s. s2 ou s3’ e gotas ou
partículas inflamadas
‘d0, d1 ou d2’.
[...]
BL . . . . . FIGRA, LFS, THR600s e Fs Produção de fumo ‘s1,
[...]: s2 ou s3’ e gotas ou
partículas inflamadas
ΔT — aumento de temperatura [ºC]; ‘d0, d1 ou d2’.
Δm — perda de massa [%];
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c) [...];
Classificação para elementos ou partes de obras
d) [...]; sem funções de suporte de carga
e) [...]; e produtos a eles destinados
f) [...];
g) [...]; Aplicação: Divisórias ‘incluindo divisórias
com porções não isoladas’
h) [...];
i) [...]; Normas: EN 13501-2; EN 1364-1; EN 1992-1-2;
j) [...]; EN 1993-1-2; EN 1994-1-2;
k) D — Duração da estabilidade a temperatura cons- EN 1995-1-2; EN 1996-1-2; EN 1999-1-2
tante;
Classificação Duração ‘em minutos’
l) DH — Duração da estabilidade na curva tipo tempo-
-temperatura;
m) F — Funcionalidade dos ventiladores elétricos; E. . . . . . . - 20 30 - 60 90 120 - - -
EI . . . . . . 15 20 30 45 60 90 120 180 240 -
n) B — Funcionalidade dos ventiladores naturais de EI-M. . . . - - 30 - 60 90 120 180 240 -
fumo e calor. EW . . . . . - 20 30 - 60 90 120 - - -
Notas . . . -
[...]
[...]
Aplicação: Obturadores para sistemas de transporte contínuo Classificação para produtos destinados
por correias e carris
a sistemas de controlo de fumo
Normas: EN 13501-2; EN 1366-7
Aplicação: Condutas de controlo de fumos
Classificação Duração ‘em minutos’ de compartimento único
[...]
E300 . . . . . - - 30 - 60 90 120 - - -
PH . . . . . 15 - 30 - 60 90 120 - - - E600 . . . . . - - 30 - 60 90 120 - - -
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Notas . . . A classificação é completada pelo sufixo ‘único’, indi- ‘500’, ‘1 000’ e ‘1 500’ indicam a possibilidade de
cando a compatibilidade com a utilização exclusiva utilização até estes valores de pressão, medidos em
em compartimento único. condições ambientes.
A ‘HOT 400/30’ (High Operational Temperature) ‘AA’ ou ‘MA’ indicam ativação automática ou inter-
indica que o registo pode ser aberto ou fechado venção manual.
durante um período de 30 minutos em condições ‘i→o’, ‘i←o’ e ‘i↔o’ indicam que os critérios de de-
de temperatura inferior a 400°C (a utilizar apenas
com a classificação E600). ‘ved’, ‘vew’ e ‘vedw’ e ou sempenho são cumpridos de dentro para fora, de
‘hod’, ‘how’ e ‘hodw’ indicam a compatibilidade fora para dentro ou ambos, respetivamente.
com a utilização vertical e ou horizontal, junta- ‘C300’, ‘C10000’ e ‘Cmod’ indicam a compatibilidade dos
mente com a montagem numa conduta ou numa registos com a utilização em sistemas de controlo
parede, ou nas duas respetivamente. O ‘S’ indica exclusivo de fumos combinados com sistemas de
uma taxa de passagem inferior a 200 m3/hr/m2. controlo de fumos e ambientais ou com registos
Todos os registos desprovidos da classificação moldáveis utilizados em sistemas combinados de
‘S’ devem ter uma taxa de passagem inferior controlo de fumos e sistemas ambientais, respe-
a 360 m3/hr/m2. Todos os registos inferiores a tivamente.
200 m3/hr/m2 assumem este valor, todos aqueles
entre 200 m3/hr/m2 e 360 m3/hr/m2 assumem este
último valor. As taxas de passagem referem-se
tanto a condições ambientes como a temperaturas
elevadas.
‘500’, ‘1 000’ e ‘1 500’ indicam a possibilidade de Aplicação: Barreiras anti-fumo
utilização até estes valores de pressão, medidos em
condições ambientes.
‘AA’ ou ‘MA’ indicam ativação automática ou inter-
venção manual. Normas: EN 13501-4; EN 1363-1, 2; EN 12101-1
‘i→o’, ‘i←o’ e ‘i↔o’ indicam que os critérios de de-
sempenho são cumpridos de dentro para fora, de
fora para dentro ou ambos, respetivamente. Classificação: D Duração ‘em minutos’
‘C300’, ‘C10000’ e ‘Cmod’ indicam a compatibilidade dos
registos com a utilização em sistemas de controlo
exclusivo de fumos combinados com sistemas de D60 . . . . . . . . - - 30 - 60 90 120 - - A
controlo de fumos e ambientais ou com registos DH . . . . . . . . - - 30 - 60 90 120 - - A
moldáveis utilizados em sistemas combinados de Notas . . . . . . ‘A’ pode ser qualquer tempo superior a 120 mi-
controlo de fumos e sistemas ambientais, respe- nutos
tivamente.
3.ª . . . . . . - ≤ 40 000
1.ª . . . . . . . . . . . - Sim
≤9m ≤ 3 200 m2 ≤1 Não ≤ 28 m ≤2 ≤ 5 000 -
ANEXO IV
Valores máximos referentes à utilização-tipo VIII
Categoria Número de pisos ocupados Elementos do projeto da especialidade de SCIE,
Altura Efetivo
pela UT VIII abaixo exigido para os edifícios e recintos,
da UT VIII da UT VIII
do plano de referência (*)
a que se refere o n.º 1 do artigo 17.º
3.ª . . . . . . . . . . ≤ 28 m ≤2 ≤ 5 000
4.ª . . . . . . . . . . > 28 m >2 > 5 000 Artigo 1.º
(*) Não são contabilizados os pisos destinados exclusivamente a instalações e [...]
equipamentos técnicos que apenas impliquem a presença de pessoas para fins de
manutenção e reparação e ou que disponham de instalações sanitárias. [...]:
a) [...];
QUADRO VIII b) [...];
c) Tratando-se de projetos de alteração, as peças de-
Categorias de risco da utilização-tipo X senhadas mencionadas na alínea anterior devem incluir
‘Museus e galerias de arte’
a representação das alterações de arquitetura com as
Valores máximos referentes à utilização-tipo X
cores convencionais (amarelos e vermelhos).
Categoria
Altura
Efetivo da UT X [...]»
da UT X
ANEXO II
1.ª . . . . . . . . . . . ≤9m ≤ 100
2.ª . . . . . . . . . . . ≤ 28 m ≤ 500 (a que se refere o artigo 7.º)
3.ª . . . . . . . . . . . ≤ 28 m ≤ 1500
4.ª . . . . . . . . . . . > 28 m > 1500
Republicação do Decreto-Lei n.º 220/2008,
de 12 de novembro
QUADRO IX
CAPÍTULO I
Categorias de risco da utilização-tipo XI
‘Bibliotecas e arquivos’ Disposições gerais
escadas e rampas comuns, instalações sanitárias, roupeiros, risco de incêndio, em conformidade com o disposto no
arrumos, armários nas paredes e outros compartimentos artigo 10.º;
de função similar, e mede-se pelo perímetro interior das q) «Plano de referência» o plano de nível, à cota de
paredes que delimitam aqueles compartimentos, descon- pavimento do acesso destinado às viaturas de socorro,
tando encalços até 30 cm, paredes interiores, divisórias e medida na perpendicular a um vão de saída direta para o
condutas; exterior do edifício. No caso de existir mais de um plano
d) «Carga de incêndio» a energia calorífica suscetível de referência, é considerado o plano mais favorável para
de ser libertada pela combustão completa da totalidade de as operações dos bombeiros;
elementos contidos num espaço, incluindo o revestimento r) «Recintos» os espaços delimitados destinados a diver-
das paredes, divisórias, pavimentos e tetos; sos usos, desde os estacionamentos, aos estabelecimentos
e) «Carga de incêndio modificada» a carga de incêndio que recebem público, aos industriais, oficinas e armazéns,
afetada de coeficientes referentes ao grau de perigosidade podendo dispor de construções de carácter permanente,
e ao índice de ativação dos combustíveis, determinada com temporário ou itinerante;
base nos critérios referidos no n.º 5 do artigo 12.º; s) «Uso dominante de uma utilização-tipo» é aquele que
f) «Categorias de risco» a classificação em quatro níveis de entre os diversos usos dos seus espaços, define a fina-
de risco de incêndio de qualquer utilização-tipo de um lidade que permite atribuir a classificação de determinada
edifício e recinto, atendendo a diversos fatores de risco, utilização-tipo (UT I a UT XII);
como a sua altura, o efetivo, o efetivo em locais de risco, t) «Utilização-tipo» a classificação dada pelo uso domi-
a densidade de carga de incêndio modificada e a existência nante de qualquer edifício ou recinto, ou de cada uma das
de pisos abaixo do plano de referência, nos termos previs- suas partes, em conformidade com o disposto no artigo 8.º
tos no artigo 12.º;
g) «Densidade de carga de incêndio» a carga de incêndio Artigo 3.º
por unidade de área útil de um dado espaço; Âmbito
h) «Densidade de carga de incêndio modificada» a
densidade de carga de incêndio afetada de coeficientes 1 — Estão sujeitos ao regime de segurança contra in-
referentes ao grau de perigosidade e ao índice de ativação cêndio:
dos combustíveis, determinada com base nos critérios
a) Os edifícios, ou suas frações autónomas, qualquer
referidos no n.º 4 do artigo 12.º;
que seja a utilização e respetiva envolvente;
i) «Edifício» toda e qualquer edificação destinada à b) Os edifícios de apoio a instalações de armazenamento
utilização humana que disponha, na totalidade ou em parte, de produtos de petróleo e a instalações de postos de abas-
de um espaço interior utilizável, abrangendo as realidades tecimento de combustíveis, tais como estabelecimentos de
referidas no n.º 1 do artigo 8.º; restauração, comerciais e oficinas, reguladas pelo Decreto-
j) «Edifícios independentes» os edifícios dotados de -Lei n.º 267/2002, de 26 de novembro, e pelo Decreto-Lei
estruturas independentes, sem comunicação interior entre n.º 302/2001, de 23 de novembro;
eles ou, quando exista, a mesma seja efetuada exclusi- c) Os recintos permanentes;
vamente através de câmara corta-fogo, e que cumpram d) Os recintos provisórios ou itinerantes, de acordo com
as disposições de SCIE, relativamente à resistência ao as condições de SCIE previstas no anexo II ao regulamento
fogo dos elementos de construção que os isolam entre si. técnico referido no artigo 15.º;
Consideram-se ainda «edifícios independentes», as partes e) Os edifícios de apoio a instalações de armazenagem
de um mesmo edifício com estrutura comum, sem comu- e tratamento industrial de petróleos brutos, seus deriva-
nicação interior entre elas ou, quando exista, a mesma seja dos e resíduos, reguladas pelo Decreto n.º 36270, de 9 de
efetuada exclusivamente através de câmara corta-fogo e maio, de 1947;
cumpram as disposições de SCIE, relativamente à resis- f) Os edifícios de apoio a instalações de receção, ar-
tência ao fogo dos elementos de construção que as isolam mazenamento e regaseificação de gás natural liquefeito
entre si e nenhuma das partes dependa da outra para cum- (GNL) reguladas pelos Decretos-Leis n.os 30/2006, de 15
prir as condições regulamentares de evacuação; de fevereiro, e 140/2006, de 26 de julho;
k) «Efetivo» o número máximo estimado de pessoas g) Os edifícios de apoio a instalações afetas à indústria
que pode ocupar em simultâneo um dado espaço de um de pirotecnia e à indústria extrativa;
edifício ou recinto; h) Os edifícios de apoio a instalações dos estabeleci-
l) «Efetivo de público» o número máximo estimado de mentos que transformem ou armazenem substâncias e
pessoas que pode ocupar em simultâneo um dado espaço produtos explosivos ou radioativos.
de edifício ou recinto que recebe público, excluindo o
número de funcionários e quaisquer outras pessoas afetas 2 — Excetuam-se do disposto no número anterior:
ao seu funcionamento;
m) «Espaços» as áreas interiores e exteriores dos edi- a) Os estabelecimentos prisionais e os espaços classifi-
fícios ou recintos; cados de acesso restrito das instalações de forças armadas
n) «Imóveis classificados» os monumentos classificados ou de segurança;
nos termos da Lei n.º 107/2001, de 8 de setembro; b) Os paióis de munições ou de explosivos e as carreiras
o) «Inspeção» o ato de verificação da manutenção das de tiro.
condições de SCIE aplicáveis e da implementação das
medidas de autoproteção, a realizar pela Autoridade Na- 3 — Estão apenas sujeitas ao regime de segurança em
cional de Proteção Civil (ANPC) ou por entidade por esta matéria de acessibilidade dos meios de socorro e de dispo-
credenciada; nibilidade de água para combate a incêndio, aplicando-se
p) «Local de risco» a classificação de qualquer área nos demais aspetos os respetivos regimes específicos, as
de um edifício ou recinto, em função da natureza do instalações que não disponham de legislação específica
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ou que dispondo de legislação específica a mesma não b) A empresa responsável pela execução da obra;
contemple as referidas matérias. c) O diretor de obra e o diretor de fiscalização de obra,
4 — Nos edifícios de habitação, excetuam-se do dis- quanto à conformidade da execução da obra com o projeto
posto no n.º 1, os espaços interiores de cada habitação, aprovado.
onde se aplicam as condições de segurança das instala-
ções técnicas e demais exceções previstas no regulamento 2 — Os intervenientes referidos nas alíneas a) e c) do
técnico. número anterior subscrevem termos de responsabilidade,
5 — Quando o cumprimento das normas de segurança nos quais deve constar:
contra incêndio nos imóveis classificados ou em vias de a) No caso do termo de responsabilidade do autor do
classificação se revele lesivo dos mesmos ou sejam de projeto de SCIE, a referência ao cumprimento das dispo-
concretização manifestamente desproporcionada, são ado- sições de SCIE na elaboração do projeto;
tadas as medidas de autoproteção adequadas, após parecer b) No caso do termo de responsabilidade do coordena-
da ANPC. dor de projeto, a compatibilidade dos demais projetos de
6 — Às entidades responsáveis pelos edifícios e recintos especialidade com o projeto de SCIE;
referidos no n.º 2 incumbe promover a adoção das medidas c) No caso do termo de responsabilidade do diretor de
de segurança mais adequadas a cada caso, ouvida a ANPC, obra e do diretor de fiscalização de obra, a execução da
sempre que entendido conveniente. mesma em conformidade com o projeto de SCIE.
Artigo 4.º 3 — A manutenção das condições de segurança contra
Princípios gerais risco de incêndio e a implementação das medidas de auto-
proteção aplicáveis aos edifícios ou recintos destinados à
1 — O presente decreto-lei baseia-se nos princípios utilização-tipo I referida na alínea a) do n.º 1 do artigo 8.º,
gerais da preservação da vida humana, do ambiente e do durante todo o ciclo de vida dos mesmos, é da responsa-
património cultural. bilidade dos respetivos proprietários, com exceção das
2 — Tendo em vista o cumprimento dos referidos prin- suas partes comuns na propriedade horizontal, que são da
cípios, o presente decreto-lei é de aplicação geral a todas responsabilidade do condomínio.
as utilizações de edifícios e recintos, visando em cada 4 — Durante todo o ciclo de vida dos edifícios ou re-
uma delas: cintos que não se integrem na utilização-tipo referida no
a) Reduzir a probabilidade de ocorrência de incêndios; número anterior, a responsabilidade pela manutenção das
b) Limitar o desenvolvimento de eventuais incêndios, condições de segurança contra risco de incêndio e a im-
circunscrevendo e minimizando os seus efeitos, nomeada- plementação das medidas de autoproteção aplicáveis é das
mente a propagação do fumo e gases de combustão; seguintes entidades:
c) Facilitar a evacuação e o salvamento dos ocupantes a) Do proprietário, no caso do edifício ou recinto estar
em risco; na sua posse;
d) Permitir a intervenção eficaz e segura dos meios de b) De quem detiver a exploração do edifício ou do re-
socorro. cinto;
c) Das entidades gestoras no caso de edifícios ou recin-
3 — A resposta aos referidos princípios é estruturada tos que disponham de espaços comuns, espaços partilha-
com base na definição das utilizações-tipo, dos locais de dos ou serviços coletivos, sendo a sua responsabilidade
risco e das categorias de risco, que orientam as distintas limitada aos mesmos.
disposições de segurança constantes deste regime.
Artigo 7.º
Artigo 5.º Responsabilidade pelas condições exteriores de SCIE
Competência
Sem prejuízo das atribuições próprias das entidades
1 — A ANPC é a entidade competente para assegurar públicas, as entidades referidas nos n.os 3 e 4 do artigo
o cumprimento do regime de segurança contra incêndio anterior são responsáveis pela manutenção das condições
em edifícios. exteriores de SCIE, nomeadamente no que se refere às
2 — À ANPC incumbe a credenciação de entidades para redes de hidrantes exteriores e às vias de acesso ou estacio-
a emissão de pareceres e para a realização de vistorias e de namento dos veículos de socorro, nas condições previstas
inspeções das condições de SCIE, nos termos previstos no no presente decreto-lei e portarias complementares, quando
presente decreto-lei e nas suas portarias complementares. as mesmas se situem em domínio privado.
multifamiliar, incluindo os espaços comuns de acessos e ou outros bens, destinados a ser consumidos no exterior
as áreas não residenciais reservadas ao uso exclusivo dos desse estabelecimento, ou ocupados por gares destinados
residentes; a aceder a meios de transporte rodoviário, ferroviário,
b) Tipo II «estacionamentos», corresponde a edifícios ou marítimo, fluvial ou aéreo, incluindo as gares intermodais,
partes de edifícios destinados exclusivamente à recolha de constituindo espaço de interligação entre a via pública e
veículos e seus reboques, fora da via pública, ou recintos esses meios de transporte, com exceção das plataformas
delimitados ao ar livre, para o mesmo fim; de embarque ao ar livre;
c) Tipo III «administrativos», corresponde a edifícios i) Tipo IX «desportivos e de lazer», corresponde a edi-
ou partes de edifícios onde se desenvolvem atividades fícios, partes de edifícios e recintos, recebendo ou não
administrativas, de atendimento ao público ou de serviços, público, destinados a atividades desportivas e de lazer,
nomeadamente escritórios, repartições públicas, tribunais, nomeadamente estádios, picadeiros, hipódromos, veló-
conservatórias, balcões de atendimento, notários, gabine- dromos, autódromos, motódromos, kartódromos, campos
tes de profissionais liberais, espaços de investigação não de jogos, parques de campismo e caravanismo, pavilhões
dedicados ao ensino, postos de forças de segurança e de desportivos, piscinas, parques aquáticos, pistas de patina-
socorro, excluindo as oficinas de reparação e manutenção; gem, ginásios e saunas;
d) Tipo IV «escolares», corresponde a edifícios ou partes j) Tipo X «museus e galerias de arte», corresponde a edi-
de edifícios recebendo público, onde se ministrem ações de fícios ou partes de edifícios, recebendo ou não público, des-
educação, ensino e formação ou exerçam atividades lúdi- tinados à exibição de peças do património histórico e cultu-
cas ou educativas para crianças e jovens, podendo ou não ral ou a atividades de exibição, demonstração e divulgação
incluir espaços de repouso ou de dormida afetos aos parti- de carácter científico, cultural ou técnico, nomeadamente
cipantes nessas ações e atividades, nomeadamente escolas museus, galerias de arte, oceanários, aquários, instalações
de todos os níveis de ensino, creches, jardins-de-infância, de parques zoológicos ou botânicos, espaços de exposição
centros de formação, centros de ocupação de tempos livres destinados à divulgação científica e técnica, desde que não
destinados a crianças e jovens e centros de juventude; se enquadrem nas utilizações-tipo VI e IX;
e) Tipo V «hospitalares e lares de idosos», corresponde k) Tipo XI «bibliotecas e arquivos», corresponde a edifí-
a edifícios ou partes de edifícios recebendo público, desti- cios ou partes de edifícios, recebendo ou não público, des-
nados à execução de ações de diagnóstico ou à prestação tinados a arquivo documental, podendo disponibilizar os
de cuidados na área da saúde, com ou sem internamento, documentos para consulta ou visualização no próprio local
ao apoio a pessoas idosas ou com condicionalismos decor- ou não, nomeadamente bibliotecas, mediatecas e arquivos;
rentes de fatores de natureza física ou psíquica, ou onde l) Tipo XII «industriais, oficinas e armazéns», corres-
se desenvolvam atividades dedicadas a essas pessoas, no- ponde a edifícios, partes de edifícios ou recintos ao ar
meadamente hospitais, clínicas, consultórios, policlínicas, livre, não recebendo habitualmente público, destinados ao
dispensários médicos, centros de saúde, de diagnóstico, exercício de atividades industriais ou ao armazenamento de
de enfermagem, de hemodiálise ou de fisioterapia, labo- materiais, substâncias, produtos ou equipamentos, oficinas
ratórios de análises clínicas, bem como lares, albergues, de reparação e todos os serviços auxiliares ou complemen-
residências, centros de abrigo e centros de dia com ativi- tares destas atividades.
dades destinadas à terceira idade;
f) Tipo VI «espetáculos e reuniões públicas», corres- 2 — Atendendo ao seu uso os edifícios e recintos podem
ponde a edifícios, partes de edifícios, recintos itinerantes ser de utilização exclusiva, quando integrem uma única
ou provisórios e ao ar livre que recebam público, destina- utilização-tipo, ou de utilização mista, quando integrem di-
dos a espetáculos, reuniões públicas, exibição de meios versas utilizações-tipo, e devem respeitar as condições téc-
audiovisuais, bailes, jogos, conferências, palestras, culto nicas gerais e específicas definidas para cada utilização-tipo.
religioso e exposições, podendo ser, ou não, polivalentes 3 — Aos espaços integrados numa dada utilização-tipo,
e desenvolver as atividades referidas em regime não per- nas condições a seguir indicadas, aplicam-se as disposições
manente, nomeadamente teatros, cineteatros, cinemas, gerais e as específicas da utilização-tipo onde se inserem,
coliseus, praças de touros, circos, salas de jogo, salões não sendo aplicáveis quaisquer outras:
de dança, discotecas, bares com música ao vivo, estúdios
a) Espaços onde se desenvolvam atividades adminis-
de gravação, auditórios, salas de conferências, templos
trativas, de arquivo documental e de armazenamento ne-
religiosos, pavilhões multiusos e locais de exposições não
cessários ao funcionamento das entidades que exploram
classificáveis na utilização-tipo X;
as utilizações-tipo III a XII, desde que sejam geridos sob a
g) Tipo VII «hoteleiros e restauração», corresponde a
sua responsabilidade, não estejam normalmente acessíveis
edifícios ou partes de edifícios, recebendo público, forne-
ao público e cada um desses espaços não possua uma área
cendo alojamento temporário ou exercendo atividades de
bruta superior a:
restauração e bebidas, em regime de ocupação exclusiva
ou não, nomeadamente os destinados a empreendimentos i) 10 % da área bruta afeta às utilizações-tipo III a VII,
turísticos, alojamento local, quando aplicável, estabeleci- IX e XI;
mentos de restauração ou de bebidas, dormitórios e, quando ii) 20 % da área bruta afeta às utilizações-tipo VIII, X
não inseridos num estabelecimento escolar, residências de e XII;
estudantes e colónias de férias, ficando excluídos deste tipo
os parques de campismo e caravanismo, que são conside- b) Espaços de reunião, culto religioso, conferências e
rados espaços da utilização-tipo IX; palestras, ou onde se possam ministrar ações de formação,
h) Tipo VIII «comerciais e gares de transportes», cor- desenvolver atividades desportivas ou de lazer e, ainda,
responde a edifícios ou partes de edifícios, recebendo pú- os estabelecimentos de restauração e bebidas, desde que
blico, ocupados por estabelecimentos comerciais onde se esses espaços sejam geridos sob a responsabilidade das
exponham e vendam materiais, produtos, equipamentos entidades exploradoras de utilizações-tipo III a XII e o
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seu efetivo não seja superior a 200 pessoas, em edifícios, iii) Mais de 90 % dos ocupantes não se encontrem li-
ou a 1000 pessoas, ao ar livre; mitados na mobilidade ou nas capacidades de perceção e
c) Espaços comerciais, oficinas, bibliotecas e espaços reação a um alarme;
de exposição, bem como postos médicos, de socorros e de iv) As atividades nele exercidas ou os produtos, ma-
enfermagem, desde que sejam geridos sob a responsabili- teriais e equipamentos que contém não envolvam riscos
dade das entidades exploradoras de utilizações-tipo III a agravados de incêndio;
XII e possuam uma área bruta não superior a 200 m2.
b) Local de risco B — local acessível ao público ou
Artigo 9.º ao pessoal afeto ao estabelecimento, com um efetivo su-
perior a 100 pessoas ou um efetivo de público superior
Produtos de construção
a 50 pessoas, no qual se verifiquem simultaneamente as
1 — Os produtos de construção são os produtos destina- seguintes condições:
dos a ser incorporados ou aplicados, de forma permanente, i) Mais de 90 % dos ocupantes não se encontrem li-
nos empreendimentos de construção. mitados na mobilidade ou nas capacidades de perceção e
2 — Os produtos de construção incluem os materiais de reação a um alarme;
construção, os elementos de construção e os componentes ii) As atividades nele exercidas ou os produtos, ma-
isolados ou em módulos de sistemas pré-fabricados ou teriais e equipamentos que contém não envolvam riscos
instalações. agravados de incêndio;
3 — A qualificação da reação ao fogo dos materiais de
construção e da resistência ao fogo padrão dos elementos c) Local de risco C — local que apresenta riscos par-
de construção é feita de acordo com as normas em vigor. ticulares agravados de eclosão e de desenvolvimento de
4 — As classes de desempenho de reação ao fogo dos incêndio devido, quer às atividades nele desenvolvidas,
materiais de construção e a classificação de desempenho quer às características dos produtos, materiais ou equipa-
de resistência ao fogo padrão constam respetivamente dos mentos nele existentes, designadamente à carga de incêndio
anexos I e II ao presente decreto-lei, do qual fazem parte modificada, à potência útil e à quantidade de líquidos infla-
integrante. máveis e, ainda, ao volume dos compartimentos. Sempre
5 — Constituem exceção ao disposto no número an- que o local de risco C se encontre numa das condições
terior, todos os materiais e produtos que são objeto de referidas no n.º 3 do artigo 11.º, designa-se como local de
classificação sem necessidade de ensaio prévio, publicada risco C agravado;
em Decisão, ou em Regulamento Delegado, da Comissão d) Local de risco D — local de um estabelecimento
Europeia. com permanência de pessoas acamadas ou destinado a
6 — Os elementos de construção para os quais o presente receber crianças com idade inferior a seis anos ou pessoas
decreto-lei impõe exigências de resistência ao fogo devem limitadas na mobilidade ou nas capacidades de perceção
possuir relatórios de classificação, emitidos por organismos e reação a um alarme;
notificados pelo Instituto Português da Qualidade, I. P., ou e) Local de risco E — local de um estabelecimento
por organismos de certificação acreditados pelo Instituto destinado a dormida, em que as pessoas não apresentem
Português de Acreditação, I. P., ou por organismo nacional as limitações indicadas nos locais de risco D;
de acreditação relevante na aceção do Regulamento (CE) f) Local de risco F — local que possua meios e sistemas
n.º 765/2008, do Parlamento Europeu e do Conselho, de essenciais à continuidade de atividades sociais relevantes,
9 de julho de 2008, ou ser objeto de verificação de re- nomeadamente os centros nevrálgicos de comunicação,
sistência ao fogo por métodos de cálculo constantes de comando e controlo.
códigos europeus.
7 — É também aceitável, para além do previsto no nú- 2 — Quando o efetivo de um conjunto de locais de
mero anterior, recorrer a tabelas constantes dos códigos risco A, inseridos no mesmo compartimento corta-fogo
europeus, ou publicadas pelas entidades referidas nesse ultrapassar os valores limite constantes da alínea b) do
mesmo número. número anterior, esse conjunto é considerado um local
8 — Relativamente às normas referidas no presente de risco B.
decreto-lei, são aplicáveis a sua última edição e ainda 3 — Os locais de risco C, referidos na alínea c) do n.º 1,
as posteriores erratas, emendas, revisões, integrações ou compreendem, designadamente:
consolidações.
a) Oficinas de manutenção e reparação onde se verifique
Artigo 10.º qualquer das seguintes condições:
Classificação dos locais de risco i) Sejam destinadas a carpintaria;
ii) Sejam utilizadas chamas nuas, aparelhos envolvendo
1 — Todos os locais dos edifícios e dos recintos, com projeção de faíscas ou elementos incandescentes em con-
exceção dos espaços interiores de cada fogo, das vias hori- tacto com o ar associados à presença de materiais facil-
zontais e verticais de evacuação e dos espaços ao ar livre, mente inflamáveis;
são classificados de acordo com a natureza do risco, do
seguinte modo: b) Farmácias, laboratórios, oficinas e outros locais onde
a) Local de risco A — local que não apresenta riscos sejam produzidos, depositados, armazenados ou manipu-
especiais, no qual se verifiquem simultaneamente as se- lados líquidos inflamáveis em quantidade superior a 10 l;
guintes condições: c) Cozinhas em que sejam instalados aparelhos, ou
grupos de aparelhos, para confeção de alimentos ou sua
i) O efetivo não exceda 100 pessoas; conservação, com potência útil total superior a 20 kW, com
ii) O efetivo de público não exceda 50 pessoas; exceção das incluídas no interior das habitações;
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d) Locais de confeção de alimentos que recorram a b) Centros de gestão, coordenação ou despacho de ser-
combustíveis sólidos; viços de emergência, tais como centrais 112, centros de
e) Lavandarias ou engomadorias em que sejam insta- operações de socorro e centros de orientação de doentes
lados aparelhos, ou grupos de aparelhos, para lavagem, urgentes;
secagem ou engomagem, com potência útil total superior c) Centros de comando e controlo de serviços públicos
a 20 kW; ou privados de distribuição de água, gás e energia elétrica;
f) Instalações de frio para conservação cujos aparelhos d) Centrais de comunicações das redes públicas;
possuam potência útil total superior a 70 kW; e) Centros de processamento e armazenamento de dados
g) Arquivos, depósitos, armazéns e arrecadações de pro- informáticos de serviços públicos com interesse social
dutos ou material diverso, com volume de compartimento relevante;
superior a 100 m3; f) Postos de segurança, definidos no presente decreto-lei
h) Reprografias com área superior a 50 m2; e portarias complementares;
i) Locais de recolha de contentores ou de compactadores g) Centrais de bombagem para serviço de incêndio.
de lixo com capacidade total superior a 10 m3;
j) Locais afetos a serviços técnicos em que sejam insta- Artigo 11.º
lados equipamentos elétricos, eletromecânicos ou térmicos
Restrições do uso em locais de risco
com potência útil total superior a 70 kW;
k) Locais de pintura e aplicação de vernizes em que 1 — A afetação dos espaços interiores de um edifício
sejam utilizados produtos inflamáveis; a locais de risco B acessíveis a público deve respeitar as
l) Centrais de incineração; regras seguintes:
m) Locais cobertos de estacionamento de veículos com
a) Situar-se, sempre que possível, próximo do piso de
área bruta compreendida entre 50 m2 e 200 m2, com exceção
saída para o exterior ou com saída direta para o exterior;
dos estacionamentos individuais, em edifícios destinados à
b) Caso se situe abaixo das saídas para o exterior, a dife-
utilização-tipo referida na alínea a) do n.º 1 do artigo 8.º;
rença entre a cota de nível dessas saídas e a do pavimento
n) Outros locais que possuam uma carga de incêndio
do local não deve ser superior a 6 m.
modificada superior a 10 000 MJ, associada à presença de
materiais facilmente inflamáveis e, ainda, os que compor-
tem riscos de explosão; 2 — Constituem exceção ao disposto no número ante-
o) [Revogada]. rior, os seguintes locais de risco B:
a) Espaços em anfiteatro, onde a diferença de cotas
4 — Os locais de risco D, referidos na alínea d) do n.º 1, pode corresponder à média ponderada das cotas de nível
compreendem, designadamente: das saídas do anfiteatro, tomando como pesos as unidades
de passagem de cada uma delas;
a) Quartos nos locais afetos à utilização-tipo V ou gru-
b) Plataformas de embarque afetas à utilização-tipo VIII.
pos desses quartos e respetivas circulações horizontais
exclusivas;
b) Enfermarias ou grupos de enfermarias e respetivas 3 — A afetação dos espaços interiores de um edifício a
circulações horizontais exclusivas; locais de risco C, desde que os mesmos possuam volume
c) Salas de estar, de refeições e de outras atividades ou superior a 600 m3, ou carga de incêndio modificada supe-
grupos dessas salas e respetivas circulações horizontais rior a 20 000 MJ, ou potência instalada dos seus equipa-
exclusivas, destinadas a pessoas idosas ou doentes em mentos elétricos e eletromecânicos superior a 250 kW, ou
locais afetos à utilização-tipo V; alimentados a gás superior a 70 kW, ou serem locais de
d) Salas de dormida, de refeições e de outras atividades pintura ou aplicação de vernizes em oficinas, ou constituí-
destinadas a crianças com idade inferior a 6 anos ou grupos rem locais de produção, depósito, armazenagem ou mani-
dessas salas e respetivas circulações horizontais exclusivas, pulação de líquidos inflamáveis em quantidade superior a
em locais afetos à utilização-tipo IV; 100 l, atribui a esses espaços a classificação de locais de
e) Locais destinados ao ensino especial de deficientes. risco C agravado, devendo respeitar as seguintes regras:
a) Situar-se, sempre que possível, ao nível do plano de
5 — Os locais de risco E, referidos na alínea e) do n.º 1, referência e na periferia do edifício;
compreendem, designadamente: b) Não comunicar diretamente com locais de risco D,
E ou F, nem com vias verticais de evacuação que sirvam
a) Quartos nos locais afetos à utilização-tipo IV não con-
outros espaços do edifício.
siderados na alínea d) do número anterior ou grupos desses
quartos e respetivas circulações horizontais exclusivas;
b) Quartos e suítes em espaços afetos à utilização-tipo VII 4 — A afetação dos espaços interiores de um edifício
ou grupos desses espaços e respetivas circulações horizon- a locais de risco D e E deve assegurar que os mesmos
tais exclusivas; se situem ao nível ou acima do piso de saída para local
c) Espaços turísticos destinados a alojamento, incluindo seguro no exterior.
os afetos a turismo do espaço rural e de habitação;
d) Camaratas ou grupos de camaratas e respetivas cir- Artigo 12.º
culações horizontais exclusivas. Categorias e fatores do risco
1 — As utilizações-tipo dos edifícios e recintos em
6 — Os locais de risco F, referidos na alínea f) do n.º 1,
matéria de risco de incêndio podem ser da 1.ª, 2.ª, 3.ª e
compreendem, nomeadamente:
4.ª categorias, nos termos dos quadros I a X do anexo III
a) Centros de controlo de tráfego rodoviário, ferroviário, e são consideradas respetivamente de risco reduzido, risco
marítimo ou aéreo; moderado, risco elevado e risco muito elevado.
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disposições construtivas ou dos sistemas e equipamentos com certificação de especialização declarada para o efeito
de segurança; nos seguintes termos:
d) Sejam aprovadas pela ANPC.
a) Os associados das OA, OE e OET que não tenham
sido reconhecidos para a elaboração de medidas de au-
CAPÍTULO III toproteção das 3.ª e 4.ª categorias de risco e que, com-
provadamente, possuam experiência na elaboração de
Condições de SCIE medidas de autoproteção da 1.ª categoria de risco, para
as utilizações-tipo IV e V, e da 2.ª categoria de risco, po-
Artigo 15.º dem solicitar à respetiva Ordem o reconhecimento para a
Condições técnicas de SCIE elaboração de medidas de autoproteção relativas apenas
a essas categorias de risco;
Por portaria do membro do Governo responsável pela b) O reconhecimento dos associados das OA, OE e OET,
área da proteção civil, é aprovado um regulamento técnico propostos pelas respetivas associações profissionais, que
que estabelece as seguintes condições técnicas gerais e tenham concluído com aproveitamento as necessárias ações
específicas da SCIE: de formação na área específica de SCIE, cujos requisitos
a) As condições exteriores comuns; tenham sido objeto de protocolo entre a ANPC e cada uma
b) As condições de comportamento ao fogo, isolamento daquelas associações profissionais.
e proteção;
c) As condições de evacuação; 3 — A ANPC deve proceder ao registo atualizado dos
d) As condições das instalações técnicas; autores de projeto e medidas de autoproteção referidos nos
e) As condições dos equipamentos e sistemas de se- números anteriores e publicitar a listagem dos mesmos no
gurança; sítio da ANPC.
f) As condições de autoproteção.
Artigo 17.º
Artigo 16.º Operações urbanísticas
Projetos de SCIE e medidas de autoproteção 1 — Os procedimentos administrativos respeitantes a
1 — A responsabilidade pela elaboração dos projetos operações urbanísticas são instruídos com um projeto de es-
de SCIE referentes a edifícios e recintos classificados na pecialidade de SCIE, com o conteúdo descrito no anexo IV
1.ª categoria de risco, para as utilizações-tipo IV e V e nas ao presente decreto-lei, que dele faz parte integrante.
2.ª, 3.ª e 4.ª categorias de risco, decorrentes da aplicação do 2 — As operações urbanísticas das utilizações-tipo I, II,
presente decreto-lei e portarias complementares, tem de ser III, VI, VII, VIII, IX, X, XI e XII da 1.ª categoria de risco,
assumida exclusivamente por um arquiteto, reconhecido são dispensadas da apresentação de projeto de especialidade
pela Ordem dos Arquitetos (OA) ou por um engenheiro, de SCIE, o qual é substituído por uma ficha de segurança
reconhecido pela Ordem dos Engenheiros (OE), ou por por cada utilização-tipo, conforme modelos aprovados pela
um engenheiro técnico, reconhecido pela Ordem dos En- ANPC, com o conteúdo descrito no anexo V ao presente
genheiros Técnicos (OET), com certificação de especiali- decreto-lei, que dele faz parte integrante.
zação declarada para o efeito nos seguintes termos: 3 — Nas operações urbanísticas promovidas pela Admi-
nistração Pública, nomeadamente as referidas no artigo 7.º
a) O reconhecimento direto dos associados das OA, OE do regime jurídico da urbanização e edificação, aprovado
e OET propostos pelas respetivas associações profissionais, pelo Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, devem
desde que, comprovadamente, possuam um mínimo de ser cumpridas as condições de SCIE.
cinco anos de experiência profissional em SCIE, adquirida 4 — As operações urbanísticas cujo projeto careça de
até à data de 15 de julho de 2011; aprovação pela administração central e que nos termos
b) O reconhecimento dos associados das OA, OE e OET da legislação especial aplicável tenham exigências mais
propostos pelas respetivas associações profissionais, que gravosas de SCIE, seguem o regime nelas previsto.
tenham concluído com aproveitamento as necessárias ações
de formação na área específica de SCIE, cujos requisitos Artigo 18.º
tenham sido objeto de protocolo entre a ANPC e cada uma
Utilização dos edifícios
daquelas associações profissionais;
c) Os associados das OA, OE e OET que não tenham 1 — O pedido de autorização de utilização de edifícios
sido reconhecidos para a elaboração de projetos de SCIE ou suas frações autónomas e recintos, referido no artigo 63.º
das 3.ª e 4.ª categorias de risco e que, comprovadamente, do regime jurídico da urbanização e edificação, aprovado
possuam experiência na elaboração de projetos de SCIE da pelo Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, deve ser
1.ª categoria de risco, para as utilizações-tipo IV e V, e da instruído com termo de responsabilidade subscrito pelos
2.ª categoria de risco, podem solicitar à respetiva Ordem autores de projeto de obra e do diretor de fiscalização de
o reconhecimento para a elaboração de projetos de SCIE obra, no qual devem declarar que se encontram cumpridas
relativos apenas a essas categorias de risco. as condições de SCIE.
2 — Quando haja lugar a vistorias, nos termos dos ar-
2 — A responsabilidade pela elaboração das medidas de tigos 64.º e 65.º do regime jurídico da urbanização e edi-
autoproteção referentes a edifícios e recintos classificados ficação, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de
na 1.ª categoria de risco, para as utilizações-tipo IV e V, e dezembro, ou em virtude de legislação especial em matéria
nas 2.ª, 3.ª e 4.ª categorias de risco, tem de ser assumida de autorização de funcionamento, nas mesmas deve ser
exclusivamente por técnicos associados das OA, OE e apreciado o cumprimento das condições de SCIE e dos
OET propostos pelas respetivas associações profissionais respetivos projetos ou fichas de segurança, sem prejuízo
8762 Diário da República, 1.ª série — N.º 198 — 9 de outubro de 2015
de outras situações previstas na legislação específica que c) Registo de segurança onde devem constar os relató-
preveja ou determine a realização de vistoria. rios de vistoria ou inspeção, e relação de todas as ações
3 — As vistorias referidas no número anterior, referentes de manutenção e ocorrências direta ou indiretamente re-
à 1.ª categoria de risco para utilizações-tipo IV e V e à 2.ª, lacionadas com a SCIE;
3.ª e 4.ª categorias de risco, integram um representante da d) Formação em SCIE, sob a forma de ações destinadas
ANPC ou de uma entidade por ela credenciada. a todos os funcionários e colaboradores das entidades
exploradoras, ou de formação específica, destinada aos
Artigo 19.º delegados de segurança e outros elementos que lidam com
Inspeções situações de maior risco de incêndio;
e) Simulacros para teste das medidas de autoproteção
1 — Todos os edifícios ou recintos e suas frações estão e treino dos ocupantes com vista à criação de rotinas de
sujeitos a inspeções a realizar pela ANPC ou por entidade comportamento e aperfeiçoamento de procedimentos.
por ela credenciada.
2 — As inspeções classificam-se em regulares e extraor- 2 — As medidas de autoproteção respeitantes a cada
dinárias. utilização-tipo, de acordo com a respetiva categoria
3 — As inspeções regulares são obrigatórias e devem de risco, são as definidas no regulamento técnico re-
ser realizadas no prazo máximo de seis anos no caso da ferido no artigo 15.º, sujeitas a parecer obrigatório da
1.ª categoria de risco, cinco anos no caso da 2.ª categoria ANPC.
de risco, quatro anos no caso da 3.ª categoria de risco 3 — Sem prejuízo do disposto no n.º 2 do artigo 34.º,
e três anos no caso da 4.ª categoria de risco, a pedido para efeitos de parecer sobre as medidas de autoproteção
das entidades responsáveis referidas nos n.os 3 e 4 do a implementar de acordo com o regulamento técnico
artigo 6.º referido no artigo 15.º o processo é entregue na ANPC,
4 — Excetuam-se do disposto no número anterior os pelas entidades referidas no artigo 6.º, até 30 dias antes
edifícios ou recintos e suas frações das utilizações-tipo I, II, da entrada em funcionamento do edifício, no caso de
III, VI, VII, VIII, IX, X, XI e XII da 1.ª categoria de risco obras de construção nova, de alteração, ampliação ou
e os edifícios de utilização exclusiva da utilização-tipo I mudança de uso.
da 2.ª categoria de risco. 4 — [Revogado].
5 — As inspeções extraordinárias são realizadas por
iniciativa da ANPC ou de outra entidade com competência Artigo 22.º
fiscalizadora. Implementação das medidas de autoproteção
6 — Compete às entidades referidas nos n.os 3 e 4 do
artigo 6.º, independentemente da instauração de pro- 1 — As medidas de autoproteção aplicam-se a todos
cesso contraordenacional, assegurar a regularização os edifícios e recintos, incluindo os existentes à data da
das condições que não estejam em conformidade com entrada em vigor do presente decreto-lei, com exceção dos
a legislação de SCIE aplicável, dentro dos prazos fixa- edifícios e recintos da utilização-tipo I, da 1.ª e 2.ª cate-
dos nos relatórios das inspeções referidas no presente gorias de risco.
artigo. 2 — As modificações às medidas de autoproteção apro-
vadas devem ser apresentadas na ANPC, para parecer,
Artigo 20.º sempre que se verifique a alteração da categoria de risco
Delegado de segurança
ou da utilização-tipo.
3 — As modificações das medidas de autoproteção não
1 — A entidade responsável nos termos dos n.os 3 e 4 do mencionadas no número anterior devem ser aprovadas
artigo 6.º designa um delegado de segurança para executar pelo responsável de segurança, constar dos registos de
as medidas de autoproteção. segurança e ser implementadas.
2 — O delegado de segurança age em representação da 4 — A mudança da entidade responsável pela manu-
entidade responsável, ficando esta integralmente obrigada tenção das condições de SCIE da utilização-tipo deve ser
ao cumprimento das condições de SCIE, previstas no pre- comunicada à ANPC.
sente decreto-lei e demais legislação aplicável. 5 — Os simulacros de incêndio são realizados obser-
vando os períodos máximos entre exercícios, definidos no
Artigo 21.º regulamento técnico referido no artigo 15.º
Medidas de autoproteção
1 — A autoproteção e a gestão de segurança contra Artigo 23.º
incêndio em edifícios e recintos, durante a exploração ou Comércio, instalação e manutenção
utilização dos mesmos, para efeitos de aplicação do pre- de equipamentos e sistemas de SCIE
sente decreto-lei e legislação complementar, baseiam-se 1 — As entidades que tenham por objeto a atividade de
nas seguintes medidas: comercialização, instalação e ou manutenção de equipa-
a) Medidas preventivas, que tomam a forma de proce- mentos e sistemas de SCIE encontram-se sujeitas a registo
dimentos de prevenção ou planos de prevenção, conforme na ANPC, sem prejuízo de outras licenças, autorizações
a categoria de risco; ou habilitações previstas na lei para o exercício de deter-
b) Medidas de intervenção em caso de incêndio, que minada atividade.
tomam a forma de procedimentos de emergência ou de 2 — O procedimento de registo é definido por portaria
planos de emergência interno, conforme a categoria de dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da
risco; proteção civil, das obras públicas e da economia.
Diário da República, 1.ª série — N.º 198 — 9 de outubro de 2015 8763
nas normas técnicas constantes do regulamento técnico artigo 33.º do anexo II ao regulamento técnico referido
referido no artigo 15.º; no artigo 15.º;
w) A existência de extintores ou outros equipamentos nn) A inexistência de projeto de SCIE ou da ficha de
de SCIE com os prazos de validade ou de manutenção segurança, quando exigível, em infração ao disposto nos
ultrapassados, em infração ao disposto nas normas técnicas n.os 1 e 2 do artigo 17.º;
constantes do regulamento técnico referido no artigo 15.º; oo) O incumprimento das condições de SCIE, em in-
x) A inexistência ou a deficiente instalação, funciona- fração ao disposto no n.º 3 do artigo 17.º;
mento ou manutenção dos equipamentos ou sistemas de pp) O incumprimento da obrigação de notificação da
deteção automática de gás combustível, em infração ao ANPC das alterações que respeitem ao registo, previsto
disposto nas normas técnicas constantes do regulamento no artigo 32.º e no artigo 3.º da Portaria n.º 773/2009, de
técnico referido no artigo 15.º; 21 de julho, em infração ao disposto no artigo 8.º desta
y) A inexistência ou a deficiente instalação, funcio- portaria;
namento ou manutenção dos equipamentos ou sistemas qq) A realização da manutenção de extintores por en-
fixos de extinção automática de incêndio, em infração ao tidades com o serviço não certificado de acordo com a
disposto nas normas técnicas constantes do regulamento NP 4413, em infração ao disposto no n.º 9 do artigo 8.º
técnico referido no artigo 15.º; do anexo I ao regulamento técnico referido no artigo 15.º;
z) O uso do posto de segurança para um fim diverso do rr) A inexistência ou a deficiente instalação, funciona-
permitido, em infração ao disposto nas normas técnicas mento ou manutenção de portas e divisórias resistentes ao
constantes do regulamento técnico referido no artigo 15.º; fogo, em infração ao disposto nas normas técnicas cons-
aa) A inexistência de medidas de autoproteção atualiza- tantes do regulamento técnico referido no artigo 15.º
das e adequadas à utilização-tipo e categoria de risco, ou a
sua desconformidade nos termos do disposto nas normas 2 — As contraordenações previstas nas alíneas c), d),
técnicas constantes do regulamento técnico referido no h), j), o), p), r), t), u), y), aa), ll), nn), oo) e rr) do número
artigo 15.º; anterior são puníveis com coima de € 370 até € 3 700, no
bb) A inexistência de registos de segurança, a sua não caso de pessoas singulares, ou até € 44 000, no caso de
atualização, ou a sua desconformidade com o disposto pessoas coletivas.
nas normas técnicas constantes do regulamento técnico 3 — As contraordenações previstas nas alíneas a), b),
referido no artigo 15.º; e), f), g), i), k), q), s), v), x), z), bb), cc), ee), ff), hh), ii), jj),
cc) Equipa de segurança inexistente, incompleta, ou sem kk), mm) e pp) do n.º 1 são puníveis com coima de € 275
formação em segurança contra incêndio em edifícios, em até € 2 750, no caso de pessoas singulares, ou até € 27 500,
infração ao disposto nas normas técnicas constantes do no caso de pessoas coletivas.
regulamento técnico referido no artigo 15.º; 4 — As contraordenações previstas nas alíneas l), m),
dd) Plantas de emergência ou instruções de segurança w), dd), gg) e qq) do n.º 1 são puníveis com coima de € 180
inexistentes, incompletas, ou não afixadas nos locais pre- até € 1 800, no caso de pessoas singulares, ou até € 11 000,
vistos nos termos do presente decreto-lei, em infração ao no caso de pessoas coletivas.
disposto nas normas técnicas constantes do regulamento 5 — A tentativa e a negligência são puníveis, sendo os
técnico referido no artigo 15.º; limites referidos nos números anteriores reduzidos para
ee) Não realização de ações de formação de segurança metade.
contra incêndio, em infração ao disposto nas normas téc- 6 — O pagamento das coimas referidas nos números
nicas constantes do regulamento técnico referido no ar- anteriores não dispensa a observância das disposições cons-
tigo 15.º; tantes do presente decreto-lei e legislação complementar,
ff) Não realização de simulacros nos prazos previstos no cuja violação determinou a sua aplicação.
presente decreto-lei, em infração ao disposto nas normas 7 — A decisão condenatória é comunicada às asso-
técnicas constantes do regulamento técnico referido no ciações públicas profissionais e a outras entidades com
artigo 15.º; inscrição obrigatória, a que os arguidos pertençam.
gg) A falta do registo referido no n.º 3 do artigo 16.º; 8 — Fica ressalvada a punição prevista em qualquer
hh) O incumprimento, negligente ou doloso, dos deve- outra legislação, que sancione com coima mais grave ou
res específicos que as entidades credenciadas, previstas preveja a aplicação de sanção acessória mais grave, qual-
no n.º 2 do artigo 5.º e no artigo 30.º, estão obrigadas a quer dos ilícitos previstos no presente decreto-lei.
assegurar no desempenho das suas funções;
ii) A falta de pedido de inspeção regular, em infração Artigo 26.º
ao previsto no artigo 19.º; Sanções acessórias
jj) A inexistência ou a deficiente instalação, funciona-
mento ou manutenção das instalações técnicas, em infração 1 — Em função da gravidade da infração e da culpa do
ao disposto nas normas técnicas constantes do regulamento agente, simultaneamente com a coima, podem ser aplicadas
técnico referido no artigo 15.º; as seguintes sanções acessórias:
kk) A inexistência ou a deficiente instalação, funciona- a) Interdição do uso do edifício, recinto, ou de suas
mento ou manutenção das fontes centrais de energia de partes, por obras ou alteração de uso não aprovado, ou
emergência, em infração ao disposto nas normas técnicas por não funcionamento dos sistemas e equipamentos de
constantes do regulamento técnico referido no artigo 15.º; segurança contra incêndio;
ll) A inexistência de medidas de autoproteção, em in- b) Interdição do exercício da atividade profissional, no
fração ao disposto no n.º 1 do artigo 21.º; âmbito da certificação a que se refere o artigo 16.º;
mm) A existência de medidas de autoproteção, não en- c) Interdição do exercício das atividades, no âmbito
tregues na ANPC, para parecer, em infração aos n.os 2 e 3 da credenciação a que se referem o n.º 2 do artigo 5.º e
do artigo 21.º e ao n.º 2 do artigo 34.º, ou em infração ao o artigo 30.º
Diário da República, 1.ª série — N.º 198 — 9 de outubro de 2015 8765
2 — As sanções referidas no número anterior têm a gisto da emissão de pareceres e da realização de vistorias
duração máxima de dois anos, contados a partir da decisão e de inspeções das condições de SCIE no sistema infor-
condenatória definitiva. mático da ANPC.
b) No prazo máximo de um ano, após a data de entrada q) A Portaria n.º 1276/2002, de 19 de setembro;
em vigor do presente decreto-lei, para o caso de edifícios r) A Portaria n.º 1444/2002, de 7 de novembro;
e recintos existentes àquela data. s) O artigo 6.º da Portaria n.º 586/2004, de 2 de ju-
nho.
Artigo 35.º
Artigo 37.º
Comissão de acompanhamento
Regiões Autónomas
1 — Por despacho dos membros do Governo responsá-
veis pelas áreas da proteção civil e das obras públicas, é O presente decreto-lei aplica-se a todo o território na-
criada uma comissão de acompanhamento da aplicação do cional, sem prejuízo de diploma regional que proceda às
presente decreto-lei, presidida pela ANPC e constituída por necessárias adaptações nas Regiões Autónomas dos Açores
um perito a designar por cada uma das seguintes entidades: e da Madeira.
a) Instituto dos Mercados Públicos, do Imobiliário e da Artigo 38.º
Construção, I. P.;
b) Laboratório Nacional de Engenharia Civil, I. P.; Entrada em vigor
c) Associação Nacional de Municípios Portugueses; 1 — O presente decreto-lei entra em vigor no dia 1 de
d) Ordem dos Arquitetos; janeiro de 2009.
e) OE; 2 — Para efeito de emissão de regulamentação, excetua-
f) OET; -se do disposto no número anterior o artigo 32.º, que entra
g) Associação Portuguesa de Segurança; em vigor 180 dias após a entrada em vigor do presente
h) Um representante de cada um dos Governos Regio- decreto-lei.
nais das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.
ANEXO I
2 — Os membros da comissão não recebem qualquer
remuneração ou abono pelo exercício das suas funções. Classes de reação ao fogo para produtos de construção,
a que se refere o n.º 3 do artigo 9.º
Artigo 36.º A classificação de desempenho de reação ao fogo para
Norma revogatória produtos de construção é a constante dos quadros seguintes
e atende aos seguintes fatores, dependendo do produto
São revogados: em questão:
a) O capítulo III do título V do Regulamento Geral ΔT — aumento de temperatura [ºC];
das Edificações Urbanas, aprovado pelo Decreto-Lei Δm — perda de massa [%];
n.º 38 382, de 7 de agosto de 1951; tf — tempo de presença da chama «duração das chamas
b) A Resolução do Conselho de Ministros n.º 31/89, de persistentes» [s];
15 de setembro; PCS — poder calorífico superior [MJ kg-1, MJ kg-2 ou
c) O Decreto-Lei n.º 426/89, de 6 de dezembro; MJ m-2, consoante os casos];
d) O Decreto-Lei n.º 64/90, de 21 de fevereiro; FIGRA — taxa de propagação do fogo [W s-1];
e) O Decreto-Lei n.º 66/95, de 8 de abril; THR600s — calor total libertado em 600 s [MJ];
f) O Regulamento das Condições Técnicas e de Segu- LFS — propagação lateral das chamas «comparado com
rança dos Recintos de Espetáculos e Divertimentos Públi- o bordo da amostra» [m];
cos, anexo ao Decreto Regulamentar n.º 34/95, de 16 de SMOGRA — taxa de propagação do fumo [m2 s-2];
dezembro, com exceção dos artigos 1.º a 4.º, dos n.os 1 e TSP600s — produção total de fumo em 600 s [m2];
2 do artigo 6.º, do artigo 13.º, do artigo 15.º, dos n.os 1, 2 Fs — propagação das chamas [mm];
e 4 do artigo 24.º, dos artigos 53.º a 60.º, dos artigos 64.º Libertação de gotas ou partículas inflamadas;
a 66.º, dos n.os 1, 3 e 4 do artigo 84.º, do artigo 85.º, dos Fluxo crítico — fluxo radiante correspondente à exten-
n.os 1 e 4 do artigo 86.º, do artigo 87.º, dos artigos 89.º e são máxima da chama «só para pavimentos».
90.º, das alíneas b) e d) do n.º 6 do artigo 91.º, do n.º 1
do artigo 92.º, dos artigos 93.º a 98.º, do artigo 100.º, do QUADRO I
artigo 102.º, do artigo 105.º, dos artigos 107.º a 109.º, dos
artigos 111.º a 114.º, do artigo 118.º, dos artigos 154.º a Classes de reação ao fogo para produtos de construção,
157.º, do artigo 173.º, do artigo 180.º, do artigo 257.º, do excluindo pavimentos
n.º 1 do artigo 259.º, do artigo 260.º, das alíneas e), p) e
v) do artigo 261.º e do artigo 264.º; Classe Fatores de classificação Classificação complementar
ANEXO II
Classe Fatores de classificação Classificação complementar
Ffl . . . . . . . . . . Desempenho não determinado. Aplicação: Paredes, pavimentos, cobertura, vigas, pilares,
varandas, escadas, passagens
QUADRO III
R. . . . . . . . . . - - 30 - - - - - - -
RE . . . . . . . . - 20 30 - 60 90 120 180 240 360 E . . . . . . . . . . 15 - 30 - 60 90 120 - - -
REI . . . . . . . . 15 20 30 45 60 90 120 180 240 360 EI . . . . . . . . . 15 - 30 - 60 90 120 - - -
Notas . . . . . . - EW . . . . . . . . - 20 30 - 60 - - - - -
Notas . . . . . . A classificação é complementada por «i→o, o→i ou
QUADRO III i↔o» consoante cumpram os critérios para o fogo
interior, exterior ou para ambos.
Onde aplicável, estabilidade mecânica significa que
Classificação para produtos e sistemas para proteção não há partes em colapso passíveis de causar danos
de elementos ou partes de obras pessoais durante o período da classificação E ou EI.
com funções de suporte de carga
Aplicação: Pisos falsos
Aplicação: Tetos sem resistência independente ao fogo
Normas: EN 13501-2; EN 1366-6
Normas: EN 13501-2; EN 13381-1
Classificação — Expressa nos mesmos termos do ele- Classificação Duração «em minutos»
mento que é protegido.
E. . . . . . . . . . - 20 30 - 60 90 120 - - -
EI . . . . . . . . . 15 20 30 45 60 90 120 180 240 - E . . . . . . . . . . 15 20 30 45 60 90 120 180 240 -
EI-M. . . . . . . - - 30 - 60 90 120 180 240 - EI . . . . . . . . . 15 20 30 45 60 90 120 180 240 -
EW . . . . . . . . - 20 30 - 60 90 120 - - - EW . . . . . . . . - 20 30 - 60 - - - - -
Notas . . . . . . - Notas . . . . . . A classificação I é complementada pela adição dos sufi-
xos «1» ou «2» consoante a definição do isolamento
utilizada. A adição do símbolo «C» indica que o pro-
Aplicação: Tetos com resistência independente ao fogo duto satisfaz também o critério de fecho automático
«ensaio pass/fail» (1)
1
Normas: EN 13501-2; EN 1364-2 ( ) A classificação «C» deve ser complementada pelos
dígitos 0 a 5, de acordo com a categoria utilizada.
Os pormenores devem ser incluídos na especificação
Classificação Duração «em minutos» técnica relevante do produto.
Norma: EN 13501-3
Aplicação: chaminés
P.......... 15 - 30 - 60 90 120 - - -
[Revogada]
QUADRO VII
Classificação Duração «em minutos»
Classificação para produtos destinados a sistemas
de controlo de fumo
respetivamente. O «S» indica uma taxa de passagem
Aplicação: Condutas de controlo de fumos inferior a 200 m3/hr/m2. Todos os registos despro-
de compartimento único vidos da classificação «S» devem ter uma taxa de
passagem inferior a 360 m3/hr/m2. Todos os registos
inferiores a 200 m3/hr/m2 assumem este valor, todos
Normas: EN 13501-4; EN 1363-1, 2; ENV 1363-3; aqueles entre 200 m3/hr/m2 e 360 m3/hr/m2 assumem
EN 1366-9; EN 12101-7 este último valor. As taxas de passagem referem-se
tanto a condições ambientes como a temperaturas
elevadas.
Classificação Duração «em minutos» «500», «1 000» e «1 500» indicam a possibilidade de
utilização até estes valores de pressão, medidos em
condições ambientes.
E300 . . . . . . . . - - 30 - 60 90 120 - - - «AA» ou «MA» indicam ativação automática ou inter-
E600 . . . . . . . . - - 30 - 60 90 120 - - - venção manual.
Notas . . . . . . A classificação é completada pelo sufixo «único», indi- «i→o», «i←o» e «i↔o» indicam que os critérios de
cando a compatibilidade com a utilização exclusiva desempenho são cumpridos de dentro para fora, de
em compartimento único. fora para dentro ou ambos, respetivamente.
Além disso, os símbolos «ve» e/ou «ho» indicam a com- «C300», «C10000» e «Cmod» indicam a compatibilidade
patibilidade com a utilização vertical e/ou horizontal. dos registos com a utilização em sistemas de con-
O «S» indica uma taxa de passagem inferior a 5 m3/ trolo exclusivo de fumos combinados com sistemas
hr/m2. (Todas as condutas desprovidas da classifica- de controlo de fumos e ambientais ou com registos
ção «S» devem ter uma taxa de passagem inferior a moldáveis utilizados em sistemas combinados de
10 m3/hr/m2.) controlo de fumos e sistemas ambientais, respeti-
«500», «1 000» e «1 500» indicam a possibilidade de vamente.
utilização até estes valores de pressão, medidos em
condições ambientes.
EI . . . . . . . . . - - 30 - 60 90 120 - - -
EI . . . . . . . . . - - 30 - 60 90 120 - - - E. . . . . . . . . . - - 30 - 60 90 120 - - -
Notas . . . . . . A classificação é completada pelo sufixo «multi», indi- Notas . . . . . . Nota: A classificação é completada pelo sufixo «multi»,
cando a compatibilidade com a utilização em vários indicando a compatibilidade com a utilização em
compartimentos. Além disso, os símbolos «ve» e/ou vários compartimentos.
«ho» indicam a compatibilidade com a utilização A «HOT 400/30» (High Operational Temperature) in-
vertical e/ou horizontal. O «S» indica uma taxa de dica que o registo pode ser aberto ou fechado durante
passagem inferior a 5 m3/hr/m2 (todas as condutas um período de 30 minutos em condições de tempe-
desprovidas da classificação «S» devem ter uma taxa ratura inferior a 400°C. «ved», «vew» e «vedw» e/ou
de passagem inferior a 10 m3/hr/m2). «hod», «how» e «hodw» indicam a compatibilidade com
«500», «1 000» e «1 500» indicam a possibilidade de a utilização vertical e/ou horizontal, juntamente com
utilização até estes valores de pressão, medidos em a montagem numa conduta ou numa parede, ou nas
condições ambientes duas respetivamente.
O «S» indica uma taxa de passagem inferior a 200 m3/
hr/m2. Todos os registos desprovidos da classifi-
Aplicação: Registos de controlo de fumos de compartimento único cação «S» devem ter uma taxa de passagem infe-
rior a 360 m3/hr/m2. Todos os registos inferiores a
Normas: EN 13501-4; EN 1363-1; ENV 1363-3; 200 m3/hr/m2 assumem este valor, todos aqueles
EN 1366- 9, 10; EN 12101-8 entre 200 m3/hr/m2 e 360 m3/hr/m2 assumem este
último valor. As taxas de passagem referem-se
tanto a condições ambientes como a temperaturas
Classificação Duração «em minutos» elevadas.
«500», «1 000» e «1 500» indicam a possibilidade de
utilização até estes valores de pressão, medidos em
E300 . . . . . . . . - - 30 - 60 90 120 - - - condições ambientes.
E600 . . . . . . . . - - 30 - 60 90 120 - - - «AA» ou «MA» indicam ativação automática ou inter-
Notas . . . . . . A classificação é completada pelo sufixo «único», indi- venção manual.
cando a compatibilidade com a utilização exclusiva «i→o», «i←o» e «i↔o» indicam que os critérios de
em compartimento único. desempenho são cumpridos de dentro para fora, de
A «HOT 400/30» (High Operational Temperature) fora para dentro ou ambos, respetivamente.
indica que o registo pode ser aberto ou fechado du- «C300», «C10000» e «Cmod» indicam a compatibilidade
rante um período de 30 minutos em condições de dos registos com a utilização em sistemas de con-
temperatura inferior a 400°C (a utilizar apenas com trolo exclusivo de fumos combinados com sistemas
a classificação E600). «ved», «vew» e «vedw» e/ou «hod», de controlo de fumos e ambientais ou com registos
«how» e «hodw» indicam a compatibilidade com a uti- moldáveis utilizados em sistemas combinados de
lização vertical e/ou horizontal, juntamente com a controlo de fumos e sistemas ambientais, respeti-
montagem numa conduta ou numa parede, ou nas duas vamente.
Diário da República, 1.ª série — N.º 198 — 9 de outubro de 2015 8771
ANEXO III
1.ª . . . . . . . . ≤ 9 m ≤ 100 ≤ 25 Aplicável a todos.
2.ª . . . . . . . . ≤ 9 m ≤ 500 (*) ≤ 100 Não aplicável.
(quadros referidos no n.º 1 do artigo 12.º) 3.ª . . . . . . . . ≤ 28 m ≤ 1 500 (*) ≤ 400 Não aplicável.
4.ª . . . . . . . . > 28 m > 1 500 > 400 Não aplicável.
QUADRO I
(*) Nas utilizações-tipo IV, onde não existam locais de risco D ou E, os limites máximos
do efetivo das 2.ª e 3.ª categorias de risco podem aumentar em 50 %.
Categorias de risco da utilização-tipo I «Habitacionais»
Categoria
Altura Número de pisos ocupados pela UT I
da UT I abaixo do plano de referência (*)
Categorias de risco das utilizações-tipo VI «Espetáculos
e reuniões públicas» e IX «Desportivos e de lazer»
QUADRO VI QUADRO X
Valores máximos referentes à utilização-tipo VII Valores máximos referentes à utilização-tipo XII
ferência aos seguintes aspetos, pela ordem considerada c) Condições de segurança de grupos electrogéneos e
mais conveniente: unidades de alimentação ininterrupta;
d) Cortes geral e parciais de energia;
I — Introdução:
1 — Objetivo; 2 — Instalações de aquecimento:
2 — Localização; a) Condições de segurança de centrais térmicas;
3 — Caracterização e descrição: b) Condições de segurança da aparelhagem de aque-
a) Utilizações-tipo; cimento;
b) Descrição funcional e respetivas áreas, piso a piso;
3 — Instalações de confeção e de conservação de ali-
4 — Classificação e identificação do risco: mentos:
a) Locais de risco; a) Instalação de aparelhos;
b) Fatores de classificação de risco aplicáveis; b) Ventilação e extração de fumo e vapores;
c) Categorias de risco. c) Dispositivos de corte e comando de emergência;