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CURSO DE FORMAÇÃO ESPECÍFICA SCIE

ELABORAÇÃO E CERTIFICAÇÃO DE PROJETOS E


PLANOS
Curso de Técnicos AutoresDE SEGURANÇA
de Projetos e Planos deCO
Segurança
Contra Incêndio de 2ª, 3ª e 4ª categorias de Risco

NTRA INCÊNDIOS EM EDIFÍCIOS DE 3ª E 4ª


CATEGORIAS DE RISCO
Módulo 1
Regime Jurídico SCIE
(4 horas)
Rui Oliveira
S1-REGIME JURÍDICO DA SEGURANÇA
CONTRA INCÊNDIO EM EDIFÍCIOS
RJSCIE

• Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de Novembro


• Decreto-Lei n.º 224/2015, de 09 de Outubro
• Lei n.º 123/2019, de 18 de Outubro

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ALTERAÇÕES DECRETO-LEI Nº 220 / 2008 – LEI n.º 123/2019

Principais alterações introduzidas pela Lei n.º 123/2019

Alterações de definições:
• Altura da Utilização-Tipo
• Área bruta de um piso ou fração
• Carga de incêndio
• Edifícios independentes
• Inspeção
• Plano de referência
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Principais alterações introduzidas pela Lei n.º 123/2019

Alterações de competências:
• A competência pela fiscalização do cumprimento
das condições de segurança contra incêndio em
edifícios e recintos da 1ª Categoria de Risco passa
para os Municípios, na sua área territorial,
nomeadamente:
• Emissão de pareceres
• Vistorias
• Aprovação das medidas de segurança a aplicar em
edifícios e recintos classificados perigosidade atípica
• Realização das inspeções regulares/ extraordinárias
• Pareceres relativos às medidas de autoproteção
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Principais alterações introduzidas pela Lei n.º 123/2019

Alterações de Locais de Risco:


• Passam a ser considerados Locais de Risco D os locais onde
permaneçam crianças com idade não superior a 3 anos (o DL
224/2015 considerava como locais de risco D os que
recebessem crianças com idade inferior a 6 anos);

• Deixam de ser considerados Locais de Risco C Agravado os


locais de pintura ou aplicação de vernizes em oficina.
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Principais alterações introduzidas pela Lei n.º 123/2019

Alterações aos Fatores de Risco:


• Passam a constituir fatores de risco, para efeitos da atribuição
da categoria de risco dos edifícios e recintos das UT IV, V e VII,
o efetivo em locais de risco D ou E e, para a 1ª categoria de
risco, a existência de saída independente direta ao exterior de
locais de risco D, ao nível do plano de referência
• São alterados os Quadros VI e IX do Anexo III do Decreto-Lei
nº220/2008, relativos, respetivamente, às categorias de risco
da utilização-tipo VII “Hoteleiros e Restauração” e XI
“Bibliotecas e Arquivos”.
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Principais alterações introduzidas pela Lei n.º 123/2019

Alterações aos Edifícios e Recintos Existentes :


• A aplicação de algumas das disposições do Regulamento
Técnico de Segurança contra Incêndio em Edifícios pode ser
dispensada, no caso de edifícios existentes, desde que as
referidas disposições sejam manifestamente
desproporcionadas, face ao Regime Aplicável à Reabilitação de
Edifícios ou Frações Autónomas, estabelecido pelo Decreto-Lei
nº 95/2019, de 18 de julho
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Alterações às Operações Urbanísticas :


• As operações urbanísticas dos edifícios e recintos das UT IV e V
da 1ª categoria de risco passam a ser dispensadas da
apresentação de projeto de especialidade de segurança contra
incêndio em edifícios, passando a ser instruídas com ficha de
segurança, conforme modelo aprovado pela ANEPC
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Principais alterações introduzidas pela Lei n.º 123/2019

Alterações às Pedido de Autorização de Utilização de


Edifícios :
• A instrução dos pedidos de utilização dos edifícios ou suas
frações autónomas e recintos, passa a ser efetuada mediante
termo de responsabilidade subscrito pelo diretor de obra ou
pelo diretor de fiscalização de obra (o DL 220/2008 estabelecia
que o termo de responsabilidade devia ser subscrito pelo autor
de projeto de obra e pelo diretor de fiscalização de obra)
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Alterações às Contraordenações:
• Com o novo diploma passa a constituir contraordenação a
inexistência de Posto de Segurança
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Alterações às Sanções Acessórias:


Passam a poder ser aplicadas as seguintes sanções acessórias:
• A interdição do uso do edifício, recinto, ou suas partes, por
inexistência dos sistemas e equipamentos de segurança contra
incêndio legalmente exigidos
• A interdição do exercício da atividade profissional, para os autores
de projetos de SCIE e medidas de autoproteção de edifícios e
recintos das 2ª, 3ª e 4ª Categorias de Risco que não cumpram os
requisitos de qualificação exigidos pela Lei nº 123/2019
• A interdição do exercício das atividades para as entidades de
comércio, instalação e manutenção de equipamentos e sistemas
de segurança contra incêndio em edifícios que exerçam a
atividade sem o respetivo registo na ANEPC
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Principais alterações introduzidas pela Lei n.º 123/2019

Alterações às qualificações:
• Apenas pode elaborar projetos de SCIE e medidas de
autoproteção referentes a edifícios e recintos classificados nas
2ª, 3ª e 4ª categorias de risco os arquitetos, engenheiros e
engenheiros técnicos reconhecidos pelas respetivas ordens
profissionais.
• No entanto, o diploma considera um período transitório de 180
dias para os autores de projetos de SCIE e medidas de
autoproteção que não cumpram os referidos requisitos, mas
que sejam associados das referidas associações profissionais.
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OBJECTO – Art.º 1
Estabelece o RJSCIE
DEFINIÇÕES – Art.º 2
Edifício toda e qualquer edificação destinada à utilização humana
que disponha, na totalidade ou em parte, de um espaço interior
utilizável
Recintos os espaços delimitados destinados a diversos usos, desde
os estacionamentos, aos estabelecimentos que recebem público,
aos industriais, oficinas e armazéns, podendo dispor de
construções de carácter permanente, temporário ou itinerante,
As restantes definições veremos ao longo da matéria.

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RJSCIE
ÂMBITO – Art.º 3
Estão sujeitos ao regime de segurança contra incêndios:
- Os edifícios, ou suas fracções autónomas, qualquer que seja a
utilização e respectiva envolvente
- Os recintos permanentes
- Os recintos provisórios
Os edifícios de apoio a instalações de armazenamento de
produtos de petróleo e a instalações de postos de
abastecimento de combustíveis, tais como estabelecimentos
de restauração, comerciais e oficinas
Os edifícios de apoio a instalações de armazenagem e
tratamento industrial de petróleos brutos, seus derivados e
resíduos
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ÂMBITO – Art.º 3
Estão sujeitos ao regime de segurança contra incêndios:
- Os edifícios de apoio a instalações de receção, armazenamento e
regaseificação de gás natural liquefeito (GNL);
- Os edifícios de apoio a instalações afetas à indústria de pirotecnia
e à indústria extrativa;
- Os edifícios de apoio a instalações dos estabelecimentos que
transformem ou armazenem substâncias e produtos explosivos
ou radioativos

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ÂMBITO – Art.º 3.º
Não estão abrangidos:
– Estabelecimentos prisionais*;
– Espaços classificados de acesso restrito das instalações de forças armadas
ou de segurança*;
– Paióis de munições ou de explosivos*;
– Carreiras de tiro*;
– Espaços interiores de cada habitação (excepto para as condições de
segurança das instalações técnicas).
* Incumbe às entidades responsáveis promover a adopção das medidas de segurança
adequadas ouvida a ANPC, quando entendido conveniente

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PRINCÍPIOS GERAIS – Art.º 4.º

O presente regulamento visa a preservação da vida humana, do


ambiente e do património cultural.
As disposições constantes do presente regulamento visam:
• Reduzir a probabilidade de ocorrência de incêndios;

• Limitar o desenvolvimento de eventuais incêndios;

• Facilitar a evacuação e o salvamento dos ocupantes;


• Permitir a intervenção eficaz e segura dos meios de
socorro;

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Caraterização dos edifícios e recintos

Os edifícios e recintos correspondem às seguintes utilizações-tipo:

 Utilizações-tipo I “ Habitacionais”
 Utilizações-tipo II “ Estacionamentos”
 Utilizações-tipo III “ Administrativos”
 Utilizações-tipo IV “ Escolares”
 Utilizações-tipo V “ Hospitalares e Lares de idosos”
 Utilizações-tipo VI “ Espetáculos e reuniões públicas”
 Utilizações-tipo VII “ Hoteleiros e Restauração”
 Utilizações-tipo VIII “ Comerciais e Gares de Transporte”
 Utilizações-tipo IX “ Desportivos e Lazer”
 Utilizações-tipo X “ Museus e Galerias de Arte”
 Utilizações-tipo XI “ Bibliotecas e Arquivos”
 Utilizações-tipo XII “ Industriais, Oficinas e Armazéns”
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Classificação dos locais de risco


Quadro resumo
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Categoria de risco Fatores de atribuição
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alterações introduzidas por: Portaria n.º 208/2020

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Portaria n.º 773/2009, de 21 de julho Com as
alterações introduzidas por: Portaria n.º 208/2020

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Portaria n.º 773/2009, de 21 de julho Com as
alterações introduzidas por: Portaria n.º 208/2020

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Portaria n.º 773/2009, de 21 de julho Com as
alterações introduzidas por: Portaria n.º 208/2020

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Portaria n.º 773/2009, de 21 de julho Com as
alterações introduzidas por: Portaria n.º 208/2020

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Portaria n.º 773/2009, de 21 de julho Com as
alterações introduzidas por: Portaria n.º 208/2020

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