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SABER DIREITO AULA Ana Claudia Lucas
SABER DIREITO AULA Ana Claudia Lucas
1. Conceito
Por isso mesmo não se costuma dar uma definição de Direito Penal
Econômico, mas, ao contrário, busca-se conceituá-lo, a partir da necessidade
da proteção da atividade econômica, da tutela à ordem pública econômica.
O bem jurídico protegido por esse setor do Direito Penal tem um caráter
supraindividual, tem um conteúdo econômico-empresarial e, somente em
certos casos, aparecem alguns componentes de índole individual (ainda que
com estreita relação com os interesses econômicos genericamente
considerados).
- Lei 8137, de 1990: Delitos contra a ordem econômica (arts. 4º a 6º): BEM
JURÍDICO: livre concorrência e livre iniciativa, fundamentos basilares da
ordem econômica.
- Lei 8137, de 1990: Delitos contra as relações de consumo (art. 7º): BEM
JURIDICO: nos incisos I a IX, os interesses econômicos ou sociais do
consumidor (indiretamente, a vida, a saúde, o patrimônio e o mercado);
- Lei 8137, de 1990: Delitos contra a ordem tributária (arts. 1º a 3º): BEM
JURIDICO: erário público, como bem supraindividual, de cunho
institucional; proteção da política socioeconômica do Estado.
- Lei 8078, de 1990: Trata dos crimes contra as relações de consumo – Código
de Defesa do Consumidor; BEM JURÍDICO: relações de consumo, relação
jurídica de consumo.
- Lei 7492, de 1986: Trata dos crimes contra o sistema financeiro nacional;
BEM JURÍDICO: proteção pública aos valores mobiliários (públicos e das
empresas privadas que atuam nesse setor) e o patrimônio de terceiros
(investidores); a higidez da gestão das instituições financeiras; a fé
pública; fé pública de documentos; veracidade dos demonstrativos
contábeis das instituições; regular funcionamento do sistema financeiro;
reservas cambiais;
- Código Penal Brasileiro, de 1940: nos artigos 359-A a 359-H, trata dos crimes
contra as finanças públicas; BEM JURIDICO: finanças públicas;
- Código Penal Brasileiro, de 1940: nos artigos 168-A e 337-A, trata dos crimes
contra o sistema previdenciário; BEM JURÍDICO: interesse patrimonial da
previdência social;
AULA 2 – TIPICIDADE
1. Fato típico
1.1 Conduta
1.2 Resultado
1.4 Tipicidade
Tudo assim considerado tem-se que o tipo penal cumpre três funções
relevantes no âmbito do Direito Penal: a função selecionadora, a função de
garantia e a função motivadora geral.
TIPICIDADE OMISSIVA:
CRIMES DE PERIGO:
C) A tipicidade para os crimes de perigo é outra questão enfrentada pelo
Direito Penal Econômico. São vastíssimas as previsões legais em matéria de
criminalidade econômica de perigo meramente abstrato. E qual é o problema
entorno desses delitos?
Saliente-se, outra vez, que não raro o crime econômico é uma violação
da confiança no sistema econômico, que não pode ser aferido, dimensionado,
senão através do perigo prognóstico.
CRIMES FORMAIS :
D) Outro aspecto bastante comum, na criminalidade econômica, é a da
prevalência de crimes formais. Veja-se, por exemplo, que a Lei 8137, ao
prever os crimes contra a ordem econômica, estatuiu, em seu artigo 5º, inciso
IV, o comportamento delitivo de quem se recusa a prestar informação, sem
justa causa, sobre o custo de produção ou preço de venda da mercadoria ou
serviço. Nessa hipótese, estamos diante de um crime formal, ou de mera
atividade, eis que não se exige, nele, nenhum resultado material, sendo
suficiente, para a responsabilização, apenas a sua prática, ou seja, a recusa.
Para a caracterização deste crime, como se vê, faz-se mister que o aumento
seja feito mediante a exigência de comissão ilegal. Trata-se, pois, de norma
penal em branco, pois necessita de um complemento – lei, decreto, portaria –
estabelecendo quando a comissão é legal (lícita) na venda ou prestação do
serviço.
RESUMO AULA II
1. Fato Típico
2. Conduta
3. Resultado
4. Nexo de Causalidade
5. Tipicidade
6. Crimes de dano e crimes de perigo
7. Tipos penais abertos e fechados
8. Implicações destes conceitos no D. Penal Econômico:
a) Tipos penais abertos: Lei 8137 – artigo 4º, inciso I
b) Tipos penais abertos: Lei 8176/91, inciso II
c) Tipos penais abertos: Lei 7492/86: artigo 4º, parágrafo único
d) Tipos penais abertos: Lei 7492/86: artigo 11.
h) Normas penais em branco: Lei 8137, artigo 6º; Lei 8176/91, artigo 1º,
inciso II; Lei 8137/90, artigo 7º, inciso V; Lei 7492/86, artigo 10.
1. ATIPICIDADE
Nem todo o fato que causa repugnância social é tido como típico. Há
situações que não estão contempladas pela legislação penal e, assim, em
razão da inexistência de norma incriminadora, esse fatos, muito embora
repulsivos, são considerados atípicos.
Nesta hipótese existe uma atipicidade por ausência de previsão
normativa.
a) CRIME DE BAGATELA
b) ADEQUAÇÃO SOCIAL
As decisões dos tribunais – pelo menos nos superiores - não têm sido
muito tolerantes com a argüição de atipicidade pela adequação social. Mas se
observa, em alguns momentos, por parte de alguns desembargadores ou
ministros, certa compreensão de que em alguns casos, a adequação social da
conduta supera o desvalor formal da ação, como em casos de pirataria,
descaminho, casas de prostituição, manutenção de rádios comunitárias
clandestinas etc.
c) CONSENTIMENTO DO OFENDIDO
d) DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA
e) ARREPENDIMENTO EFICAZ
Nesta excludente, o agente realiza uma conduta e não atinge seu objeto,
ou porque ele não existe (absoluta impropriedade material), ou porque o meio
escolhido para atacá-lo é ineficaz (absoluta ineficácia do meio).
g) ERRO DE TIPO
1. Atipicidade
2.3 – Consentimento do ofendido: Lei 8137, artigo 7º, inciso IX; Lei
8176/90, artigo 2º, parágrafo primeiro.
2.7 – Erro de tipo: Exs. Lei 8137/90, artigo 7°, inciso IX; crimes
previdenciários, dificuldades financeiras da empresa, desconto da
parcela sem recolhimento, ausência de dolo.
AULA 4 – ILICITUDE
1. Conceito
Dito de outro modo, não será pelo exame específico e particular das
condições impostas pela ordem jurídico penal que se entenderá excluída a
ilicitude de um comportamento, senão, pela avaliação do contexto mais
abrangente onde se inserem as responsabilidades pelo criminalidade
econômica.
Pois bem, não é desconhecida a enorme carga tributária que recai sobre
todos, especialmente para a sociedade empresária. Sabe-se, por outro lado,
que muitas vezes os esforços do empresário são inúmeros no sentido de
viabilizar e manter o prosseguimento da sua atividade empresarial.
RESUMO AULA IV
1. Conceito
f) Risco permitido.
AULA 5 – CULPABILIDADE
1. Conceito
2. Elementos de Culpabilidade
1. Conceito de Culpabilidade
2. Elementos da Culpabilidade