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O alerta sobre o aparecimento de uma superbactéria resistente a quase todos os

antibióticos e capaz de se espalhar pelos países do globo suscitou o medo do surgimento


de uma nova pandemia – poucos dias após o anúncio da OMS sobre o fim da pandemia
de gripe A (H1N1). Especialistas consultados por VEJA.com acreditam que a situação
merece atenção, mas não há necessidade de alarmismo e mudanças no cotidiano das
pessoas. “É preciso esclarecer para a população que o conceito de ‘super’ bactéria não
quer dizer que é uma bactéria capaz de destruir tudo e deixar todos doentes. É um termo
que utilizamos para explicar que é uma bactéria resistente a antibióticos”, explica Luiz
Fernando Aranha Camargo, infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein.

Em artigo publicado pela revista científica Lancet na quarta-feira, um grupo de


cientistas chamou a atenção para o isolamento de um gene (NDM-1) em dois tipos
comuns de bactérias - Klebsiella pneumoniae e Escherichia coli (E.coli). Essa mutação
é responsável por tornar as duas bactérias resistentes aos principais grupos de
antibióticos, os carbapenens – normalmente utilizados como última tentativa em
tratamentos de emergência em pacientes em que os antibióticos não fazem mais efeito.

De acordo com os cientistas britânicos, as bactérias foram levadas ao Reino Unido por
pacientes que viajaram à Índia e ao Paquistão para a realização de cirurgias eletivas
(cirurgias que podem ser agendadas), inclusive estéticas. “É uma bactéria que pode
viajar por causa da globalização, mas ela é transmitida dentro de um ambiente
hospitalar”, explica Camargo.

Segundo Ana Gales, professora de infectologia da Universidade Federal de São Paulo


(Unifesp), o grande problema de infecções causadas por bactérias como essas é que
geralmente “restam pouquíssimas opções terapêuticas”. Há uma disponibilidade
bastante restrita de drogas para o tratamento de infecções por bactérias resistentes e
faltam estudos na área para saber sobre a eficácia delas.

“A necessidade por novas opções terapêuticas para o tratamento de infecções por


bactérias multirresistentes é reconhecida pela comunidade científica. Tanto que existe
uma iniciativa da Sociedade Americana de Doenças Infecciosas, que resumidamente
sugere que os governos americano e europeus se comprometam no desenvolvimento de
pelo menos novas dez drogas antimicrobianas até 2020”, explica Gales.

Prevenção – Em tese, o controle da resistência bacteriana é simples: pode ser feito a


partir do o uso de luvas e aventais, até a simples higienização das mãos. A dificuldade é
que nem sempre as orientações são seguidas. “A resistência bacteriana é um problema
de saúde pública. Qualquer pessoa pode ser vítima de um acidente, ou ter câncer,
necessitar de internação hospitalar e acabar adquirindo uma bactéria multirresistente”,
diz Gales.

Para Camargo, os hospitais precisam ficar atentos ao alerta emitido pela Lancet. “Os
hospitais precisam atualizar seus mecanismos para que estejam prevenidos quando essas
bactérias chegarem ao país”, afirma.

Entenda a resistência a antibióticos:


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Inscrito por: Tadeu Ribeiro (Administrador) |


comentários

De acordo com o líder da Renascer, a superbactéria que está assolando alguns hospitais
do Brasil é o sinal do “cavalo amarelo” que o livro de apocalipse cita:

E, havendo aberto o quarto selo, ouvi a voz do quarto animal, que dizia: Vem, e vê. E
olhei, e eis um cavalo amarelo, e o que estava assentado sobre ele tinha por nome
Morte; e o inferno o seguia; e foi-lhes dado poder para matar a quarta parte da terra,
com espada, e com fome, e com peste, e com as feras da terra. (Apocalipse 6:7-8)

Estevam disse: “Não existem remédios para essa superbactéria. Novas enfermidades
virão sobre a terra… isso é o sinal do cavalo amarelo que está no livro de apocalipse.
Temos que ficar em aliança com Deus.”

A doença:

De janeiro a outubro deste ano, o Ceará já identificou 150 suspeitas de casos de pessoas
contaminadas pela superbactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC),
confirmou a assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde do Estado.

Desses 150 casos suspeitos, 27 aguardam o resultado do teste de biologia molecular,


que confirma, ou não, a infecção. A maioria das pessoas que podem estar contaminadas
pela bactéria estava internada em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI).

Segundo informações da assessoria ainda não há previsão de data para divulgação dos
exames. Até lá, os suspeitos de contaminação permanecem isolados e recebendo os
medicamentos adequados.

A Superbactéria:

A Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC) é um mecanismo de resistência de


bactérias a um grupo de antibióticos. Ao adquirir uma enzima, a bactéria se tornou
resistente a um grupo de antibióticos, incluindo os mais potentes contra infecções.

Apesar de sua presença ser mais comum na espécie que lhe rendeu a nomenclatura, o
KPC pode ser identificado em outras bactérias. Por ter seu campo de atuação restrito a
hospitais, os micro-organismos com KPC não oferecem riscos à comunidade, desde que
a pessoa não esteja hospitalizada.

Um dos mais festejados autores cristãos da atualidade, o escritor Max


Lucado (foto) faz de sua obra um instrumento do amor de Deus.

Já se disse – e é verdade – que a unanimidade é perigosa. Por isso mesmo,


dizer que todo mundo gosta do escritor americano Max Lucado pode ser
arriscado. Mas, com certeza, é algo bem próximo da realidade. Autor
consagrado por mais de 60 livros que venderam algo perto de 50 milhões
de exemplares em todo o mundo, ele é um fenômeno das letras cristãs. A
abrangência de sua obra pode ser avaliada pela diversidade dos temas que
aborda.Derrubando Golias, Ele escolheu os cravos, Seguro nos braços do
Pai, Nas garras da graça e Simplesmente como Jesus são alguns títulos que
demonstram seu ecletismo. Lucado, mestre dos textos devocionais e
inspirativos, começou a escrever em 1985, quando morava no Rio de
Janeiro. Aliás, o período em que viveu no país é descrito por ele como um
tempo de carinhosas lembranças. “Tenho um amor especial pelo Brasil”,
derrete-se. “O brasileiro é o melhor povo do mundo.”

Pastor por chamado divino e escritor por uma vocação que garante ter
recebido também de Deus, Max Lucado é tido nos Estados Unidos como
uma referência cristã que transcende os muros da Igreja. Seu trabalho é
enaltecido por publicações seculares como oNew York Times e o USA Today.
Mesmo assim, ele não é condescendente com a atual situação de seu país.
“Os Estados Unidos não são mais uma nação cristã, porque o cristianismo
não influencia mais suas decisões”, critica. Casado com Denalyn e pai de
três filhas, Lucado vive em San Antonio, no Texas, onde até recentemente
pastoreava a Oak Hills Church. Afastou-se do púlpito para dedicar-se mais à
carreira de escritor – embora, evidentemente, as duas funções lhe caibam
como uma luva. Por telefone, Max Lucado concedeu a seguinte entrevista
exclusiva a esta primeira edição de CRISTIANISMO HOJE:

A passagem de João 3.16, também chamado de “texto áureo” da


Bíblia, é certamente a mais lida e pregada da Escritura. Por que o
senhor o escolheu como base do seu novo livro?

Sou pastor, e todos os meus livros são para a Igreja – ou seja, eu os faço
pensando na Igreja, e ela necessita saber que estamos numa época em que
precisamos estudar um Evangelho simples. E como fazer isso? Explicando
tudo numa frase bem simples, expressando opiniões mais simples ainda.
Então, considero o texto de João 3.16 como uma passagem ideal. O curioso
é que a primeira vez em que pensei neste livro foi em 1998, quando ouvi
uma música da cantora Jacy Velasquez baseada justamente na passagem
de João 3.16. Aí, uma pessoa me deu a idéia de escrever um livro baseado
também naquele texto. Bem, passados estes anos, aí está o livro.

Por que o dia 11 de setembro, data tão emblemática para a


humanidade, foi escolhida para o lançamento mundial de um livro
que fala justamente da antítese do ódio?

Há uma maneira de comparar 9/11 com João 3.16 – e é precisamente a


contraposição do medo contra a esperança.

Na sua opinião, o que mudou na Igreja após aquele episódio? Ela


também perdeu um pouco da sua esperança? E agora, passados
seis anos dos atentados, como os cristãos americanos lidam com a
questão?

Infelizmente, nada mudou desde então. Eu me lembro de que nos primeiros


dias após o atentado, todas as igrejas estavam lotadas. Só que o tempo
passou e as pessoas não permaneceram naquela busca pelo Senhor. Agora,
está tudo normal. Infelizmente, o cristianismo não influencia os Estados
Unidos. Aliás, os Estados Unidos não são um país cristão, mas um país que
tem cristãos. Um país cristão glorifica a Cristo em suas decisões e os
Estados Unidos não estão fazendo isso. Eu acho que os Estados Unidos não
estão crendo no Senhor como a Coréia do Sul, o Brasil ou a China.

Qual sua expectativa quanto ao efeito de João 3.16 sobre os


leitores?

Eu tenho duas expectativas. Uma delas é a de alcançar as pessoas que não


são discípulos de Cristo – para isso, quis apresentar-lhes um livro que
explicasse o Evangelho de forma simples. A outra é edificar os cristãos,
fazendo-os entender o Evangelho. Eu quis descomplicar as coisas
importantes da Palavra de Deus.

Mas o livro tem alguns capítulos que abordam temas bem


complicados, como a existência do céu e do inferno. Algumas
modernas interpretações da Bíblia têm procurado relativizar essa
doutrina, sugerindo que um Deus tão amoroso jamais lançaria
pessoas no inferno, e que este termo, na realidade, significaria
apenas “sepultura”. O senhor considera que as referências ao céu e
ao inferno, na Palavra, são literais e referem-se mesmo a estados
eternos a que serão destinadas todas as pessoas?

Eu procurei achar todas as possibilidades e caminhos para concordar com


as pessoas que dizem que não existe literalmente o inferno. Mas,
simplesmente, não concordo com isso. As Escrituras descrevem uma
punição eterna com a mesma convicção que falam sobre a existência do
céu. Eu estou convencido de que o inferno existe de fato – e é o destino
eterno das pessoas que passam a vida inteira dizendo para Deus as
deixarem a sós. Pois no final, é exatamente isso que Ele irá fazer.

Desde o lançamento de O maior vendedor do mundo, de Og


Mandino, os temas motivacionais e princípios da auto-ajuda
ensejaram o surgimento de um dos principais gêneros literários da
atualidade. Qual a sua opinião acerca deste tipo de literatura?

A auto ajuda é uma boa idéia – mas uma mão limpa não pode ajudar a
limpar uma suja. Logo, os princípios da auto-ajuda não são suficientes para
o ser humano. Por isso, temos que buscar ajuda de outro lugar. Precisamos
ter ajuda de Deus. É por isso que eu prefiro a Cristo-ajuda...

Mas esses temas também têm influenciado fortemente a literatura


evangélica. Como conciliar, então, os princípios da auto-ajuda, que
visam ensinar as pessoas a resolver seus problemas, com a fé
cristã, que enfatiza a dependência irrestrita de Deus?

Bem, todo mundo precisa de encorajamento – e, por isso, todo mundo


precisa atualmente da mensagem de Cristo sobre a cruz e a ressurreição.
No entanto, não podemos sacrificar o Evangelho. Só encorajar não é
suficiente. Temos que tratar o pecado, explicando sua natureza e
mostrando o Salvador, mas não abrindo mão do Evangelho.

O que sabe da aceitação de seus livros no Brasil?


Fico feliz porque sempre recebo muitas cartas de brasileiros, que fazem
questão de me encorajar e incentivar.

Que lembranças o senhor guarda do período em que viveu no


Brasil?

Tenho um amor especial pelo Brasil! É o melhor povo do mundo. Os


brasileiros me ensinaram muito sobre relacionamento. Na juventude, eu
passei um verão no Brasil como estudante universitário. Então, acabei me
apaixonando pelo país, e desde então sabia que o seu país era onde eu
queria morar. Eu tenho três filhas, sendo duas nascidas no Brasil; logo, eu e
minha família temos raízes profundas com esse país. Eu ainda tenho muito
amigos no Brasil, especialmente nas cidades do Rio de Janeiro, Natal, Recife
e São Paulo. Eu também tenho lembranças de Porto Alegre e Curitiba. Foi
um privilégio viver aqueles anos em seu país.

E pensa em voltar a residir no Brasil?

Não. Mas adoraria uma nova estada prolongada.

A publicação do documento Respostas a questões relativas a


alguns aspectos da doutrina sobre a Igreja, no qual o Vaticano
arvora para o catolicismo a condição de “única Igreja de Cristo”, foi
um duro golpe no processo de aproximação da Igreja Católica das
demais correntes cristãs. Como escritor que também é
maciçamente lido por católicos, o que o senhor pensa acerca deste
enfrentamento?

Eu acho que ser cristão é ser uma pessoa cujo Deus é o Senhor e que tem a
Jesus Cristo como único salvador. Ora, não podemos ser salvos sem Cristo!
Eu não acho que todos os caminhos levam a Deus. O que faz uma pessoa
cristã não é a igreja que ela freqüenta; por isso, acho que há verdadeiros
cristãos tanto na Igreja Católica quanto nas igrejas protestantes. Todavia,
há muitos católicos que não são cristãos, como também há muitas pessoas
que pertencem a igrejas evangélicas que não o são.

Em seu livro Dias melhores virão, o senhor defende a crença no fato


de que o Senhor sempre está no controle da situação – mesmo em
casos de extremo infortúnio, como a doença e a morte, tema
também presente em Aliviando a bagagem, Ele ainda remove
pedras e diversas outras obras suas. Mesmo para o cristão, manter
a fé diante do mundo de hoje não está cada vez mais difícil?

Sim, está. Eu acho que é muito difícil ser cristão. Principalmente, nos
Estados Unidos, onde o secularismo é uma religião – ou seja, só se acredita
vendo. Por causa disso, as pessoas não oram, pois só acreditam no que
vêem. O que eu gosto no Brasil é que os brasileiros acreditam que existe
um mundo espiritual, crêem na existência de anjos etc.

Na sua opinião, o cristão tem uma percepção correta do sofrimento


e do seu significado?

É muito necessário a gente entender o propósito do sofrimento. Ele é a


ferramenta usada por Deus para tratar o caráter humano. A Bíblia diz que o
sofrimento nos prepara para sermos fortes; ele nos prepara para a vida
eterna. E é fundamental ressaltar que a Palavra de Deus não nos revela que
não teríamos sofrimentos – mas afirma que Cristo nos fortaleceria nestes
momentos.

A teologia da prosperidade, de matriz americana, influenciou


fortemente a Igreja Evangélica brasileira. Um de seus pressupostos
básicos é justamente a eliminação do sofrimento nesta vida. Mas
percebe-se que hoje tem havido um certo “cansaço”, sobretudo em
relação a promessas dos líderes que não se concretizam na vida
dos fiéis. O que o senhor pensa da confissão positiva?

Eu não acho bom dizer às pessoas que, quando elas se tornarem cristãs,
vão ter coisas materiais. E tenho problemas com aqueles que dizem que,
quando o indivíduo se converte, vai ganhar dinheiro, não vai ter doenças...
Mas a promessa de Cristo é a de nos fortalecer no meio dos problemas, e
não, que a gente não vai tê-los.

O que mudou no Max Lucado escritor desde o lançamento de seu


primeiro livro?

O que mudou (risos)? Hoje em dia, eu tenho mais dead line (Da redação:
Trata-se de expressão utilizada no segmento editorial e se refere aos prazos
para fechamento de textos e entrega de originais). Agora, eu trabalho muito
mais no computador do que antes. Eu escrevi meus primeiros livros na
época em que morava no Rio de Janeiro. Naquele tempo, eu os escrevia
entre dez e meia da noite e meia-noite... Só que agora, uso o meu tempo
integral para escrever.

Agora, uma pergunta inevitável: qual o segredo do sucesso dos


seus livros?

Olha, eu não sei o porquê de os meus livros serem bem recebidos.


Simplesmente, não tenho explicação para isso. Eu apenas gosto de escrever
para pessoas que não gostam de ler, pois sou uma pessoa bem simples.

Por que o senhor resolveu aposentar-se do pastorado da Oak Hills


Church, congregação onde exerceu o ministério desde 1987?
Na verdade, não estou me aposentando. Só estou mudando de cargo, já que
vou ficar trabalhando como professor da Bíblia. Acontece que conciliar o
ofício de escritor com o cargo de pastor principal é demais. Só estou
simplificando as coisas...

Em João 3.16, Deus apresenta seu amor infinito ao homem. Como o


senhor tem vivenciado este amor na sua vida?

O amor de Deus é a coisa mais importante da minha vida. Eu lutei muito


com o Senhor nos primeiros dias da minha conversão. Era alcoólatra e achei
que Deus poderia me perdoar; e aí, finalmente, comecei a acreditar nesse
amor divino e efetivamente cri que Deus pode nos perdoar.

Em recente entrevista a uma revista americana, o senhor abordou


essa sua relação com o álcool – tema considerado tabu no
segmento evangélico, que consideram seu consumo como pecado.
Por que o senhor resolveu tocar no assunto?

O abuso do álcool é parte da minha história, pois me envolvi cedo com a


bebida. Mas, graças a Deus, beber excessivamente não é mais uma
tentação para mim.

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