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Disciplina: Políticas da Educação Tarefa: Atividade do ciclo 2

Nome: Isabela Amaral Bolzan Ribeiro RA: 8089421 Turma: DGEFL1901PALA40

Tutor: Luiz Ricardo Meneghelli Fernandes Curso: Educação Física Licenciatura

As principais características das políticas educacionais em cada período da


histórica republicana do Brasil.

Como a ampliação e aprofundamento da democracia, as responsabilidades do


representante popular se diversificaram. As políticas educacionais atingem a todos os
cidadãos, de todas as escolaridades, independente de quem seja. É comum dizer que seu
trabalho é trazer um aperfeiçoamento na educação e bem estar, visando as leis e
decretos criados, ao longo do tempo.

A primeira Constituição do Brasil e a única no período monárquico foi criada em


1824 pelo Imperador Pedro I que escreveu a Carta Magna constituindo-se formalmente
com a 1ª Constituição. Foi determinado pela constituição do Brasil em 1891 que, a
responsabilidade do ensino superior e secundário seria da União e o ensino elementar e
profissional a cargo dos Estados, repetindo o antigo modelo monárquico.

O estado faria parte do setor educacional, cuidando dos assuntos relacionados à


educação do país, isso se deu com a criação do Ministério da Educação em 1930. Em
1931 foi decretada uma forma efetiva do ensino secundário e superior no Brasil através
da reforma de Francisco Campos.

Com o início do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova (1932), propôs-se


uma melhoria na Educação do País, incluindo em si, um diagnostico sobre o andamento
do mesmo, tornando-se então, uma das principais ações desse período.

Através do Plano Nacional de Educação, foi determinada a União uma


fiscalização e coordenação de todo o ensino, em todos os graus e ramos, comuns e
especializados. Isso aconteceu devido a uma nova constituição federal que foi criada em
1934 incumbindo competências maiores a União e os demais indivíduos da federação.

Algumas medidas em relação à organização escolar que a constituição destacou, são


elas:
a) O ensino primário passou obrigatoriamente a ser gratuito;
b) Estabeleceu que os percentuais mínimos do orçamento da União e dos Estados
serão investidos obrigatoriamente em educação;
c) A fiscalização dos estabelecimentos de Ensino Público e Privado é competência
atribuída aos Estados;
d) A contratação de professores iria ser a partir de Concurso Publico.

Após um golpe de Estado, uma nova Constituição do Brasil foi concebida, chamada
de Estado Novo, aprovada por Vargas em 1937. Entre os anos de 1937 – 45 a Reforma
Capanema foi criada, para dar assistência na educação por meios de decretos e leis.
Algumas citadas a baixo:
 Reestruturação do ensino secundário, dividindo-o em ginásio (quatro anos) e
colegial (três anos), este subdividido em clássico e científico;
 Criação de um método oficial de educação técnico-profissional, tendo ênfase
em seus diversos ramos: industrial, comercial, normal e agrícola;
 O ensino profissionalizante ganhou incentivo ao surgimento do SENAI e do
SENAC por meio de mudanças em áreas educacionais.

Em 1946, após a queda de Vargas, iniciou-se uma nova constituição,


erguendo-se uma estrutura de educação no país, composta de princípios liberais e
democráticos. As mudanças repentinas aprovam que:
a) O principio da Educação é um direito de todos;
b) O Ensino Primário oficial passaria a ser obrigatório e gratuito, incluindo
programas de assistência aos estudantes carentes;
c) A liberdade de oferta de Ensino Escolar à iniciativa privada;
d) A manutenção do Ensino Religioso imprescindível nas instituições de ensino.

A Constituição Federal em 1946 anunciou a preparação de uma legislação


própria, desenvolvendo possibilidades para a tomada de uma Lei de Diretrizes e Bases
da Educação (LDB). O mesmo só foi determinado em 20 de dezembro de 1961 (Lei nº
4.024), aprovado pelo Poder Executivo.
Em 1964 iniciou-se o Golpe Militar que sucedeu até o ano de 1985. Nesse
período da ditadura (Regime Militar), aconteceram mudanças nas políticas de Educação
Básica. A primeira foi em 1968, (Lei nº 5.540/68) marcada pela Reforma Universitária e
a segunda em 1971 atingindo o Ensino Básico, tornando-se mais ampla por meio da Lei
de Diretrizes e Bases nº 5.692/71, que revogou a lei LDB de 61, dividindo então o
ensino em 3 níveis:
 1º Grau, tento ênfase no primário e o ginásio, com duração de 8 anos;
 2º Grau, sendo profissionalizante, podendo ser feito em 3 ou 4 anos conforme
a especialização preterida;
 3º Grau, que se referia ao ensino superior (Graduação e Pós-graduação).
Em relação às matérias curriculares, as disciplinas foram substituídas, percebe-se então
uma manipulação ideológica.

A Lei nº 7.044 foi aprovada, possuindo novamente o Ensino Secundário como formador
para o Ensino Superior, colocando fim á obrigatoriedade do Ensino de 2º Grau ser
profissionalizante.

Com o término da ditadura militar (1964-85), haveria mudanças e a Educação


Escolar seria prioridade das autoridades que comandavam o Brasil. O primeiro passo, a
essas novas mudanças seria a promulgação da Constituição em 1988. Nessa nova
constituição, ficam estabelecidos os princípios gerais da Educação Nacional:
a) A educação como direito de todos é dever do Estado e da família.
b) Estabelece os princípios da Educação Nacional inspirados no liberalismo, na
democracia e no respeito aos direitos humanos;
c) Atribui ao Estado competências, não só na oferta, mas também no
atendimento aos estudantes a fim de manter frequência obrigatória no ensino
fundamental;
d) Determina percentuais mínimos à União, aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios, como forma de garantir financiamento à educação.
A educação no Brasil ganhou novo ardor, com a LDB (1996), todo o sistema
Educacional Brasileiro foi reorganizado novamente.
As concepções de educação expressas na Constituição Federal de 1988, dos artigos
205 a 214.

O Art. 205. Cita que a sociedade devera colaborar e incentivar, pois educação é um
direito de todo e dever do Estado, é também da família.

No Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I. Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;


II. Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o
saber;
III. Pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições
públicas e privadas de ensino;
IV. Gratuidade do Ensino Público em estabelecimentos oficiais;
V. Valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei,
planos de carreira, com ingresso exclusivamente por Concurso Público de
provas e títulos, aos das redes públicas;
VI. Gestão democrática do Ensino Público, na forma da lei;
VII. Garantia de padrão de qualidade;
VIII. Piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar
pública, nos termos de lei federal.
A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores considerados profissionais da
Educação Básica e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação de seus
planos de carreira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios

O Art. 207. As Universidades têm autonomia, sendo, didático - científica


administrativa e de gestão financeira e patrimonial e obedecerão ao princípio que não
pode ser separado entre ensino, pesquisa e extensão. Na forma da lei, é permitido às
universidades admitir professores, técnicos e cientistas estrangeiros. O mesmo é
aplicável às Instituições de Pesquisa Científica e Tecnológica.

Art. 208. Quanto ao dever do Estado, será efetivado mediante a garantia de:
I. Dos quatro aos dezessete anos de idade, a Educação Básica é obrigatória e
gratuita, certificada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não
tiveram acesso na idade própria;
II. Progressiva universalização do Ensino Médio gratuito;
III. Aos portadores de deficiência, atendimento educacional especializado
preferencialmente na Rede Regular de Ensino;
IV. As crianças até cinco anos de idade terão Educação Infantil, em Creche e Pré -
escola;
V. Segundo a capacidade de cada um, terão acesso aos níveis mais elevados do
ensino, da pesquisa e da criação artística;
VI. Oferta de Ensino Noturno Regular, adequado às condições do educando;
VII. Em todas as e tapas da Educação Básica o atendimento ao educando, irá se por
meio de programas suplementares de material didático- escolar, transporte,
alimentação e assistência à saúde.

Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições:

I. Cumprimento das normas gerais da educação nacional;


II. Autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público.

Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a
assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais
e regionais.

1º O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários


normais das escolas públicas de ensino fundamental.
2º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada
às comunidades indígenas também a utilização de suas línguas maternas e
processos próprios de aprendizagem.

Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em


regime de colaboração seus sistemas de ensino.
1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, financiará as
instituições de ensino públicas federais e exercerá, em matéria educacional,
função redistributiva e supletiva, de forma a garantir equalização de
oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante
assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios.
2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação
infantil.
3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental
e médio.
4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a
universalização do ensino obrigatório.
5º A educação básica pública atenderá prioritariamente ao ensino regular.

Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o


Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita
resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e
desenvolvimento do ensino.

1º A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao


Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios,
não é considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo, receita do
governo que a transferir.
2º Para efeito do cumprimento do disposto no "caput" deste artigo, serão
considerados os sistemas de ensino federal, estadual e municipal e os recursos
aplicados na forma do art. 213.
3º A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das
necessidades do ensino obrigatório, no que se refere a universalização, garantia
de padrão de qualidade e equidade, nos termos do plano nacional de educação.
4º Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde previstos no
art. 208, VII, serão financiados com recursos provenientes de contribuições
sociais e outros recursos orçamentários.
5º A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a
contribuição social do salário educação, recolhida pelas empresas na forma da
lei.
6º As cotas estaduais e municipais da arrecadação da contribuição social do salário
educação serão distribuídas proporcionalmente ao número de alunos
matriculados na educação básica nas respectivas redes públicas de ensino.

Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser
dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que:

I. Comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em


educação;
II. Assegure à destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica
ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas
atividades.
1º Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas de estudo
para o ensino fundamental e médio, na forma da lei, para os que demonstrarem
insuficiência de recursos, quando houver falta de vagas e cursos regulares da
rede pública na localidade da residência do educando, ficando o Poder Público
obrigado a investir prioritariamente na expansão de sua rede na localidade.
2º As atividades universitárias de pesquisa e extensão poderão receber apoio
financeiro do Poder Público.

Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal, com o
objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir
diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para assegurar a manutenção
e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de
ações integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam
a:
I. Erradicação do analfabetismo;
II. Universalização do atendimento escolar;
III. Melhoria da qualidade do ensino;
IV. Formação para o trabalho;
V. Promoção humanística, científica e tecnológica do País;
VI. Estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como
proporção do produto interno bruto

Crítica Pessoal.
Estou convicta que a Constituição Cidadã, promulgada em 1988, tornou-se o principal
símbolo do processo de redemocratização nacional. Colocou a Educação como dever do
Estado, inclusive para quem não teve acesso ao ensino na idade certa. Foi ampliada a
educação rural e enfatizados os esforços para incluir as crianças com deficiência e a
população indígena. Foi também a que melhor expressou em suas letras o sentido de
fortalecimento da educação no Brasil. Os princípios norteadores para o sistema
educacional brasileiro ficam melhor visíveis nos artigos. 205 a 214, tratando-se
especificamente do direito à educação.

Os principais pontos presentes na LDBEN nº 9.394/96.

No governo do presidente Fernando Henrique Cardoso no ano de 1996 foi


sancionado a lei federal nº. 9394, que designa as Diretrizes e Bases da Educação
Nacional. Isso se deu em meio a avanços e recursos no Congresso Nacional. É
entendida como a mais importante lei brasileira a tratar de educação, logo após a
Constituição de 1988.

Por tratar dos mais diferenciados assuntos relacionados ao sistema de ensino


brasileiro em seus vários níveis, a LDBEN tem em sua totalidade 92 artigos.

É direito básico do cidadão o ensino fundamental gratuito, sendo essa


prerrogativa extensiva também ao curso médio sendo este o novo marco legal
estabelecido.

Com a LBDEN os entes federativos recebem funções especificas no que tange


aos mecanismos de ensino. Outras prerrogativas trazidas foram às obrigações das
entidades de ensino, a carga horária mínima para cada nível de ensino e diretrizes
curriculares básicas.

A LDBEN reforça a afirmação da Constituição no que se refere à educação


como um dever do Estado e da família. As etapas educacionais são divididas em:
Ensino Infantil e Fundamental de responsabilidade dos municípios; e nos anos finais do
estado; curso médio, responsabilidade do estado; curso superior, ficando a encargo da
União.

A LBDEN lança um caminho inovador para a educação brasileira e consagra


outros níveis de ensino: Educação Especial, Educação a Distância, educação
profissional, EJA (Educação para Jovens e Adultos) e Educação Indígena. As funções e
obrigações específicas para os profissionais da educação são determinadas pela nova
legislação, exigindo formação superior para os professores da educação básica. Uma
legislação que fosse plenamente efetivada na vida da sociedade, gerando uma educação
inclusiva era a proposta inicial do Congresso Nacional. Com a finalidade de
regulamentar a educação no Brasil surge então a LDBEN.

Mesmo com o surgimento da LDBEN são necessárias ainda hoje, muitas ações e
reflexões que possibilitem uma educação de qualidade em todos os níveis e que atinja
todas as pessoas.

Critica Pessoal.

A educação no Brasil, por conta de diversos golpes de estado e leis que eram mal
sucedidas, teve dificuldade para um avanço que fosse realmente produtivo e bem
sucedido.

Com a criação da LDBEN 9394/96 foi possível reorganizar todo o sistema educacional
brasileiro, trazendo avanços, qualidade e igualdade a todos os cidadãos.

Apesar disso, os desafios da educação no país ainda são enormes. Os professores devem
ser mais valorizados em sua profissão, todos os alunos independentes de raça, cor e
condição financeira devem ter direito ao mesmo ensino sem distinção entre o Ensino
Publico e Privado, e que todos os indivíduos consigam exercer a cidadania.
REFERENCIAS

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF.


Senado Federal. Cap. III da Educação, da Cultura e do Desporto. Seção I da Educação.
Art. 205 a 214. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. Acesso
em: 20 Abr. 2019.

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20/12/96. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação


Nacional. Brasília, DF: Presidência da República. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm. Acesso em: 20 Abr. 2019.

CORRÊA, R. A.; SERRAZES, K. E. Políticas da Educação Básica. Batatais:


Claretiano, 2013.

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