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Exemplo prático NCRF 4 – Políticas Contabilísticas,

Alterações nas Estimativas


Alterações nas Políticas Contabilísticas Contabilísticas e Erros

Caso prático nº 1 – Alterações nas políticas contabilísticas:


• A empresa ABC, SA, que se dedica à venda de automóveis usados, aplicava o custo médio
ponderado como fórmula de custeio. Após análise da situação concluiu-se que esta política
não fazia sentido, dado que o valor de cada automóvel bem como as suas características
eram extremamente variáveis, pelo que decidiu, no período N, a alterar a fórmula de custeio
para o custo específico.
Estão em causa os seguintes automóveis:
Marca/modelo Custo de aquisição Data da venda
Fiat Punto € 9.500 Abril N-1
VW Golf € 15.000 Março N
Peugeot 206 € 11.000 Novembro N

O custo associado a cada uma destas viaturas foi de € 10.500.


9 Pede-se que à luz da NCRF 4, proceda aos registos contabilísticos decorrentes da alteração
da fórmula de custeio e quais os efeitos nas DFs de N e comparativas.

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Resolução caso prático nº 1 NCRF 4 – Políticas Contabilísticas,
Alterações nas Estimativas
Alterações nas Políticas Contabilísticas Contabilísticas e Erros

Caso prático nº 1 – Alterações nas políticas contabilísticas:


Resolução:
• Tratamento rectrospectivo: alterar as DFs de modo a estas se apresentarem como se
a nova política contabilística tivesse sido sempre aplicada.
• Cálculo dos itens relevantes, caso tivesse sempre aplicado o custo específico:
Viatura Ano C.Específico CMP Difª Custo Difª Inventários
Fiat Punto N-1 € 9.500 € 10.500 - € 1.000 € 1.000
VW Golf N € 15.000 € 10.500 + € 4.500 - € 4.500
Peugeot 206 N € 11.000 € 10.500 + € 500 - € 500

Descrição Conta Débito Valor Débito Conta Crédito Valor Crédito


Alteração P.Contab. N-1 32 1.000 59 1.000
Alteração P.Contab. N 61 5.000 32 5.000

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Resolução caso prático nº 1 NCRF 4 – Políticas Contabilísticas,
Alterações nas Estimativas
Alterações nas Políticas Contabilísticas Contabilísticas e Erros

Caso prático nº 1 – Alterações nas políticas contabilísticas:


Alterações nas DFs:
9 Em N-1:
• Balanço: Inventários e Resultado do período;
• DR: Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas e Resultado do
período
• DACP: Resultado do período
9 Em N:
• Balanço: Inventários, Resultados transitados e Resultado do período;
• DR: Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas e Resultado
do período;
• DACP: Resultados transitados e Resultado do período.

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Caso prático nº 2 NCRF 4 – Políticas Contabilísticas,
Alterações nas Estimativas
Alterações nas Estimativas Contabilísticas Contabilísticas e Erros

Caso prático nº 2 – Alteração de estimativas contabilísticas:


• A empresa DEF, SA, paga comissões aos seus vendedores em função das vendas
por si realizadas. Contudo, o pagamento dessas comissões (assim como a emissão
das facturas dos vendedores) está sujeito à liquidação da dívida por parte do
cliente.
• Em 31/12/N-1, a empresa estimou que, face às vendas de Dezembro, um gasto de
comissões de € 40.000.
• Em Março/N, o vendedor emitiu a factura correspondente às comissões
efectivamente devidas, no montante de € 32.500, uma vez que um dos clientes
entrou em processo de insolvência, não sendo a dívida cobrável.
9 Pede-se que, à luz da NCRF 4, proceda aos registos contabilísticos dos períodos N-
1 e N e diga quais os efeitos nas DFs de N e comparativas.

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Resolução caso prático nº 2 NCRF 4 – Políticas Contabilísticas,
Alterações nas Estimativas
Alterações nas Estimativas Contabilísticas Contabilísticas e Erros

Caso prático nº 2 – Alteração de estimativas contabilísticas:


Resolução:
• Tratamento prospectivo: incluir as alterações das estimativas contabilísticas nas DFs
do período:
• Em 31/12/N-1:
Descrição Conta Débito Valor Débito Conta Crédito Valor Crédito
Estimativa gasto 6225 € 40.000 2722 € 40.000

• Em Março/N:
Descrição Conta Débito Valor Débito Conta Crédito Valor Crédito
Alteração Est. Contab. 2722 € 40.000 221 € 32.500
6225 € 7.500

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Caso prático nº 2 NCRF 4 – Políticas Contabilísticas,
Alterações nas Estimativas
Erros Contabilísticas e Erros

Caso prático nº 3 – Erros:


• No ano N, a empresa GHI, SA, detectou que o valor expresso na conta depósitos à
ordem se encontrava sobrevalorizado em cerca de € 250.000.
• A auditoria efectuada apontava para o facto do responsável da tesouraria nunca ter
efectuado as reconciliações bancárias, tendo utilizado em proveito próprio parte
daquele montante o que levou ao seu despedimento com justa causa.
• Verificou-se que aquela diferença se reportava ao período N-1.
9 Pede-se que, à luz da NCRF 4, proceda aos registos contabilísticos do período N e
diga quais os efeitos nas DFs de N e comparativas.

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Resolução caso prático nº 3 NCRF 4 – Políticas Contabilísticas,
Alterações nas Estimativas
Erros Contabilísticas e Erros

Caso prático nº 3 – Erros:


Resolução:
• Tratamento rectrospectivo: alterar as DFs por forma a estas se apresentarem como
se o erro nunca tivesse existido:
• Em Dezembro/N:

Descrição Conta Débito Valor Débito Conta Crédito Valor Crédito


Erro 59 € 250.000 12 € 250.000

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Resolução caso prático nº 3 NCRF 4 – Políticas Contabilísticas,
Alterações nas Estimativas
Erros Contabilísticas e Erros

Caso prático nº 3 – Erros:


Alterações nas DFs:
9 Em N-1:
• Balanço: Depósitos à ordem e Resultado do período;
• DR: Outros gastos e perdas e Resultado do período
• DACP: Resultado do período.
9 Em N:
• Balanço: Resultados transitados e Depósitos à ordem;
• DACP: Resultados transitados.

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Resolução caso prático nº 4 NCRF 24 – Acontecimentos
Acontecimentos após a data do balanço Após a Data do Balanço

Caso prático nº 4:
• A empresa JKL, Lda, reconheceu à data de 31/12/N, uma dívida de € 40.000 do seu
cliente Lisboa, Lda, não tendo, naquela data, qualquer informação sobre a situação
financeira do cliente;
• Contudo, em Fevereiro de N+1, antes da data de autorização para emissão das DFs,
o cliente apresentou-se à insolvência.
• Pede-se que proceda aos registos contabilísticos que achar convenientes,
justificando adequadamente.
Resolução:
• Em Dez/N:

Descrição Conta Débito Valor Débito Conta Crédito Valor Crédito


Perda por imparidade 6511 € 40.000 219 € 40.000

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Caso prático nº 5 NCRF 19 – Contratos de
Contratos de construção Construção

Caso prático nº 5:
• A empresa Construtora de Leiria, SA assinou um contrato de preço fixado com a
Estradas de Portugal para a construção de uma estrada, pelo montante de €
600.000;
• O prazo inicial de execução da obra é de 3 anos, com início em A1 e a terminar em
A3;
• No final de A2 foi revisto o preço da obra para € 700.000;
• Na adjudicação da obra, a Estradas de Portugal, fez um adiantamento de 20% do
valor inicial da obra. O adiantamento será regularizado proporcionalmente às
facturas emitidas;
• O pagamento das facturas (após a regularização do adiantamento), será efectuado
no ano seguinte ao da sua emissão;
• Acresce IVA à taxa de 20%.

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Caso prático nº 5 NCRF 19 – Contratos de
Contratos de construção Construção

Caso prático nº 5:
• Os custos incorridos e os custos totais estimados para cada um dos anos do
contrato, são os seguintes:

Ano 1 Ano 2 Ano 3


Custos incorridos acumulados (Ci) 175.000 390.000 630.000
Custos totais estimados (Cte) 700.000 650.000 ----
Adiantamentos 120.000 ---- ----
Facturação ---- 450.000 250.000

• A facturação é recebida no início do ano seguinte a que respeita.


• Pede-se que calcule os rendimentos a reconhecer em cada um dos 3 anos e as
eventuais provisões a constituir e proceda aos registos contabilísticos respectivos.

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Resolução caso prático nº 5 NCRF 19 – Contratos de
Contratos de construção Construção

Resolução Ano 1:
• Cálculo do rédito em A1:
– Rédito A1 = Ci ÷ Cte x P
– Rédito A1 = 175.000 ÷ 700.000 x 600.000
– Rédito A1 = 150.000
• Cálculo Perdas Esperadas em A1:
– Rédito total do contrato 600.000
– Custos totais estimados 700.000 - 100.000
– Rédito em A1 150.000
– Custos incorridos em A1 175.000 - 25.000
– Perda Esperada - 75.000

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Resolução caso prático nº 5 NCRF 19 – Contratos de
Contratos de construção Construção

Registos contabilísticos em A1:


• Adiantamento de 120.000 u.m.:
12 – Depósitos à ordem 144.000
a 276 – Adiantamentos por conta de vendas 120.000
a 2433 – IVA Liquidado 24.000
• Reconhecimento do rédito do contrato:
2721 – Devedores por acréscimos de rendimentos 150.000
a 72 – Prestação de serviços 150.000
• Reconhecimento de perdas esperadas:
678 – Provisões do exercício – Outras provisões 75.000
a 298 – Outras provisões 75.000
Nota: os custos incorridos vão sendo reconhecidos à medida que vão ocorrendo

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Resolução caso prático nº 5 NCRF 19 – Contratos de
Contratos de construção Construção

Resolução Ano 2:
• Cálculo do rédito em A2:
– Rédito A2 = Rédito total A2 – Rédito total A1
– Rédito total A2 = 390.000 ÷ 650.000 x 700.000 = 420.000
– Rédito A2 = 420.000 – 150.000 = 270.000
• Cálculo Perdas Esperadas em A2:
– Rédito total do contrato 700.000
– Custos totais estimados 650.000 50.000
– Rédito total A2 420.000
– Custos incorridos em A2 390.000 30.000
– Lucro esperado 20.000

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Resolução caso prático nº 5 NCRF 19 – Contratos de
Contratos de construção Construção

Registos contabilísticos em A2:


• Reconhecimento do rédito do contrato:
2721 – Devedores por acréscimos de rendimentos 270.000
a 72 – Prestação de serviços 270.000
• Anulação de perdas esperadas:
298 – Outras provisões 75.000
a 7638 – Reversões – De outras provisões 75.000
Nota: os custos incorridos vão sendo reconhecidos à medida que vão ocorrendo

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Resolução caso prático nº 5 NCRF 19 – Contratos de
Contratos de construção Construção

Registos contabilísticos em A2:


• Facturação em A2:
211 – Clientes c/c 540.000
a 2721 – Devedores por acréscimos de rendimentos 420.000
a 282 – Rendimentos a reconhecer 30.000
a 2433 – IVA Liquidado 90.000
• Notas:
– a conta 2721 só será creditada até ao limite do seu saldo;
– sendo a facturação emitida € 450.000) superior ao rédito acumulado reconhecido €
420.000), o valor excedente (€ 30.000) deve ser reconhecido, no passivo, em:
• 282 – Rendimentos a reconhecer

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Resolução caso prático nº 5 NCRF 19 – Contratos de
Contratos de construção Construção

Registos contabilísticos em A2:


• Regularização do adiantamento
276 – Adiantamentos por conta de vendas 90.000
24341 – IVA Regularizações 18.000
a 211 – Clientes c/c 108.000

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Resolução caso prático nº 5 NCRF 19 – Contratos de
Contratos de construção Construção

Resolução Ano 3:
• Cálculo do rédito em A3:
– Rédito A3 = Rédito total A3 – Rédito total A2
– Rédito total A3 = 700.000
– Rédito A3 = 700.000 – 420.000 = 280.000
Nota: os custos incorridos vão sendo reconhecidos à medida que vão ocorrendo

Registos contabilísticos em A3:


• Recebimento factura de A2:
12 – Depósitos à ordem 432.000
a 211 – Clientes c/c 432.000

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Resolução caso prático nº 5 NCRF 19 – Contratos de
Contratos de construção Construção

Registos contabilísticos em A3:


• Reconhecimento do rédito do contrato:
282 – Rendimentos a reconhecer 30.000
2721 – Devedores por acréscimos de rendimentos 250.000
a 72 – Prestação de serviços 280.000
• Facturação:
211 – Clientes c/c 300.000
a 2721 – Devedores por acréscimos de rendimentos 250.000
a 2433 – IVA Liquidado 50.000

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Resolução caso prático nº 5 NCRF 19 – Contratos de
Contratos de construção Construção

Registos contabilísticos em A3:


• Regularização do adiantamento
276 – Adiantamentos por conta de vendas 30.000
24341 – IVA Regularizações 6.000
a 211 – Clientes c/c 36.000

Registos contabilísticos em A4:


• Recebimento da factura
12 – Depósitos à ordem 264.000
a 211 – Clientes c/c 264.000

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Caso prático nº 6 NCRF 22 – Contabilização dos
Subsídios do Governo e Divulgação
Contabilização dos subsídios do Governo de Apoios do Governo

Caso prático nº 6:
• A “Xinxim, SA” dedica-se à realização e divulgação de tratamentos de acunpuntura,
possuindo alguns centros em várias cidades de Portugal;
• No sentido de promover sinergias entre os vários centros e uniformizar
procedimentos, decidiu em Abril de N-2, abrir um centro de formação em Lisboa;
• Face ao elevado investimento em causa, a “Xinxim, SA” pediu auxílio à embaixada da
China em Portugal, sendo que em Março de N-1, o Governo da China decidiu apoiar a
“Xinxim, SA”, da seguinte forma:
• Cedência definitiva de um edifício em Lisboa, cujo justo valor se estima em € 250.000 e
a vida útil estimada de 50 anos;
• Concessão de um subsídio reembolsável sem juros para obras de € 60.000;
• Concessão de um subsídio para a formação de 60% dos custos de formação, nos
primeiros dois anos de existência do centro de formação.

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Caso prático nº 6 NCRF 22 – Contabilização dos
Subsídios do Governo e Divulgação
Contabilização dos subsídios do Governo de Apoios do Governo

Pede-se:
• Os registos contabilísticos respectivos, sabendo-se que o projecto entrou em vigor
em Janeiro/N e que os custos associados à formação foram de € 120.000 e €
130.000 respectivamente em N e N+1.

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Resolução caso prático nº 6 NCRF 22 – Contabilização dos
Subsídios do Governo e Divulgação
Contabilização dos subsídios do Governo de Apoios do Governo

Caso prático nº 6:
• A 1ª (edifício) e última (cursos de formação) situações são subsídios
governamentais dado que se tratam de transferências em troca do cumprimento de
certas condições relacionadas com as suas actividades operacionais;
• A 2ª situação não é um subsídio do Governo, uma vez que, à priori, o subsídio é
reembolsável.
• Registo contabilístico em Janeiro/N:

Débito Crédito
Conta Valor Conta Valor
Recebimento do Edifício 432 250.000 283 250.000

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Resolução caso prático nº 6 NCRF 22 – Contabilização dos
Subsídios do Governo e Divulgação
Contabilização dos subsídios do Governo de Apoios do Governo

Caso prático nº 6:
• Registo contabilístico em Dezembro/N:

Débito Crédito
Conta Valor Conta Valor
Depreciação do edifício 642 5.000 438 5.000
Reconhecimento subsídio edifício 283 5.000 7883 5.000
Custos com a formação 63 120.000 12 120.000
Reconhecimento subsídio da formação 12 72.000 752 72.000

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