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Art. 303. Na lavratura dos atos das serventias judiciais, serão utilizados papéis
com fundo inteiramente branco ou papel reciclado, salvo disposição expressa
em contrário. A escrituração dos atos será sempre em vernáculo e sem
abreviaturas, utilizando-se tinta indelével, de cor preta ou azul. Os algarismos
serão expressos também por extenso (Art. 169, CPC).
§ 1°. Na escrituração dos livros e dos autos não se admite entrelinhas, uso de
aspas ou outros sinais gráficos na repetição de dados ou palavras, assim como
deverão ser evitados erros datilográficos, omissões, emendas e rasuras. Caso
estes ocorram, será feita a respectiva ressalva antes do encerramento do ato e
da aposição das assinaturas, usando-se a expressão “digo”, salvo se
verificados posteriormente, ocasião em que será certificado.
§ 2°. É defeso o uso de raspagem por borracha ou outro meio mecânico ou
informatizado para alteração do ato, assim como a utilização de corretivo ou de
outro meio químico.
§ 3°. Deverão ser evitadas anotações nos livros, mesmo que a título provisório.
Certidões e Ofícios
Subseção I
Disposições gerais
Art. 349. No recinto da serventia, em lugar plenamente visível ao público e de
modo legível haverá um aviso de que o prazo máximo para a expedição de
certidão é de 05 (cinco) dias úteis, exceto para as certidões comprobatórias do
ajuizamento da execução (art. 615-A, do CPC), que deverão ser fornecidas no
ato de seu requerimento.
Art. 543. É defeso a prática de propaganda comercial por parte das serventias,
ressalvadas somente as de cunho meramente informativo, como a divulgação
da denominação da serventia e seu endereço.
Dos Deveres
Art. 544. As serventias deverão manter em suas dependências, à disposição
dos interessados para consultas relacionadas aos serviços prestados, edições
atualizadas da seguinte legislação:
I – Constituição da República Federativa do Brasil;
II – Constituição do Estado do Espírito Santo;
III – Lei de Registros Públicos (LRP) – Lei Federal n° 6.015/73;
IV – Lei dos Notários e Registradores (LNR) – Lei Federal n° 8.935/94;
V – Regimento de Custas e Emolumentos do Estado do Espírito Santo –
Lei Complementar Estadual n° 4.847/93;
VI – Código de Normas da Corregedoria Geral da Justiça –CNCGJ.
Art. 553. Qualquer pessoa pode requerer certidão do registro sem informar ao
oficial ou ao funcionário o motivo ou interesse do pedido.
Art. 574. Havendo a substituição dos livros tradicionais pelos livros do sistema
informatizado, os primeiros serão devidamente guardados pelos Serviços
Notariais e de Registro, contendo ao final do último registro efetuado, a
informação de que foram substituídos, possibilitando posterior consulta e
fiscalização, se necessária.
Art. 619. O cartão de sinal público não deve ser entregue diretamente às
partes nem deles deve o notário recebê-lo. A remessa e a consulta deve
ocorrer à Central de Serviços Eletrônicos Compartilhados – CENSEC, através
do módulo operacional Central Nacional de Sinal Público – CNSIP.
Art. 635. É livre às partes a escolha do tabelião de notas, qualquer que seja o
seu domicílio ou o lugar da situação dos bens, objeto do ato ou negócio.
Art. 638. Ao lavrar ato notarial em que figure como parte pessoa jurídica, a
serventia deve arquivar cópia do respectivo contrato social ou estatuto,
atualizado, bem como certidão simplificada da Junta Comercial, anotando o
livro e folhas em que foi utilizado.
Art. 642. O tabelião ou substituto que lavrar a escritura, bem como as demais
pessoas que comparecerem ao ato, rubricarão todas as folhas utilizadas.
Parágrafo único. Nas escrituras que utilizem mais de uma folha, as partes
assinarão na última e rubricarão ou assinarão nas demais. Nessa hipótese, as
assinaturas ou rubricas não serão colhidas na margem destinada à
encadernação.
Art. 651. As certidões fiscais referentes aos tributos que incidam sobre o
imóvel urbano poderão ser dispensadas pelo adquirente que, neste caso
responderá, nos termos da lei, pelo pagamento dos débitos fiscais existentes.
§ 1°. A dispensa será consignada no corpo da escritura, devendo o notário
orientar quanto às suas consequências.
§ 2°. A teor do art. 2° do Decreto n° 93.240/86, serão transcritos na escritura os
elementos necessários à identificação da referida certidão, anexando-se o
original ou cópia autenticada ao traslado a ser entregue ao outorgado.
Art. 667. As certidões fiscais referentes aos tributos que incidam sobre o
imóvel rural não poderão ser dispensadas pelo adquirente.
Art. 711. Nos casos de inventário e partilha, a gratuidade não isenta a parte do
recolhimento de impostos de transmissão cabíveis.
Art. 712. Para a realização dos atos previstos nesta Seção, faz-se necessário
que as partes estejam assistidas por advogado, devendo constar no respectivo
instrumento público a nomeação e a qualificação completa do advogado
assistente, com menção ao número de registro e Secção da Ordem dos
Advogados do Brasil.
§ 1°. Se as partes não dispuserem de condições econômicas para contratar
advogado, o notário deverá recomendar-lhes a Defensoria Pública, onde
houver, ou na sua falta, a Ordem dos Advogados do Brasil.
§ 2°. É vedado ao advogado acumular as funções de mandatário e de
assistente das partes.
Art. 713. Na lavratura da escritura nos casos de inventário e partilha, deverão
ser apresentados, dentre outros, os seguintes documentos, observando-se, no
que couber, o disposto no art. 79, inciso III, alínea “c”, deste Código de
Normas:
I – certidão de óbito do autor da herança;
II – RG e CPF das partes e do autor da herança;
III – certidões do registro civil comprobatórias do vínculo de parentesco dos
herdeiros;
IV – certidão de casamento do cônjuge sobrevivente e dos herdeiros casados,
e pacto antenupcial, se houver;
V – certidão do registro de imóveis de propriedade e ônus, atualizada;
§ 1°. É obrigatória a indicação na escritura pública, de um ou mais herdeiros
com os mesmos poderes de um inventariante, para representação do espólio
no cumprimento de obrigações ativas ou passivas pendentes.
§ 2°. O notário deverá observar os requisitos descritivos e de forma própria à
natureza dos bens imóveis urbanos e rurais, conforme consta da Seção de
Imóveis Rurais deste capítulo.
§ 3°. Caso haja um só herdeiro, maior e capaz, com direito à totalidade da
herança, lavrar-se-á escritura pública de inventário com adjudicação dos bens.
§ 4°. Caberá aos notários a análise dos regimes de bens das partes, devendo
exigir, conforme o caso, a intervenção do respectivo cônjuge.
§ 5°. O companheiro que tenha direito a participar da sucessão deve ser parte
no escrito público, observado o necessário consenso de todos os herdeiros e
dos meeiros.
§ 6°. É vedado constar da escritura pública de inventário e partilha disposições
relativas a bens localizados no estrangeiro.
§ 7°. Para a lavratura da escritura o notário deverá exigir das partes
declaração, por escrito, de que o autor da herança faleceu sem deixar
testamento (ab intestato).
Art. 1.072. Os Serviços de Registro de Imóveis não deverão exigir das partes
e/ou interessados certidões negativas de débitos expedidas pela SEAMA
(Secretaria de Estado para Assuntos do Meio Ambiente) e pelo ITCF (Instituto
de Terras, Cartografia e Floresta) para a lavratura dos atos de registro e
averbações translativos de domínio, seja “inter vivos” ou “causa mortis”, ou
quaisquer outros, vez que os óbices legais tão somente decorrerão de Lei
Federal regulamentadora da matéria.
Art. 1.098. O registro será feito pela simples exibição do título, sem
dependência de extratos.
Art. 1.101. Quando o ato registral (matrícula, registro e averbação) for oriundo
de instrumento particular, o registrador deverá exigir o original e arquivar uma
via, inclusive dos documentos com ele apresentados.
Art. 1.102. O documento público poderá ser registrado por cópia autenticada.
Art. 1.117. Não será também admitido o registro de instrumento particular sem
a anexação de cópia legível e autenticada da documentação de identificação
das partes e sem a anexação de certidão de ônus do imóvel, com o visto do
adquirente.
a matrícula
Art. 1.123. Todo imóvel objeto de título a ser registrado deve estar matriculado
no Livro Registro Geral.
Art. 1.124. A matrícula será efetuada por ocasião do primeiro registro,
mediante os elementos constantes do título apresentado e do registro anterior
nele mencionado.
Art. 1.125. Se o registro anterior tiver sido efetuado em outra circunscrição, a
nova matrícula será aberta com os elementos constantes do título apresentado
e da certidão atualizada daquele registro, a qual deverá ser arquivada na
serventia.
§ 1°. O prazo de validade da certidão, para fins de abertura de matrícula, será
de 30 (trinta) dias.
§ 2°. No caso previsto neste artigo, o oficial da nova circunscrição deverá
encaminhar, por meio de ofício, no prazo de 05 (cinco) dias, certidão da
abertura da matrícula ao oficial da circunscrição anterior, a fim de que este
proceda à respectiva averbação, acompanhado dos emolumentos e taxas
(FUNEPJ e FARPEN) devidos, que serão cobrados do interessado na abertura
da nova matrícula.
§ 3°. O ofício e a respectiva certidão serão arquivados em ambos os serviços
registrais, sendo que o receptor deverá arquivar os originais e o expedidor uma
cópia.
Art. 1.230. Os lotes terão área mínima de 125 m² (cento e vinte e cinco metros
quadrados) e frente mínima de 5 m (cinco metros), salvo quando a legislação
estadual ou municipal determinar de forma diversa, estabelecendo maiores
exigências, ou quando o loteamento se destinar à urbanização específica ou
edificação de conjuntos habitacionais de interesse social previamente
aprovados pelos órgãos públicos competentes.