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COOPERATIVAS
Um expressivo avanço aos anseios cooperativistas.
Introdução
Serviços
associados Especializados associados
Melhores Melhores
Resultados Resultados
Mercado
clientes fornecedores
Compra/Venda
fonte: elaborado pelo autor
Devem também identificar e registrar as operações por atividade (negócio), que, aliás,
se torna muito mais rica em informações para a sociedade que em outros modelos.
Além disso, a nova norma veio dar solução definitiva sobre os atos da sociedade
apurado em cada exercício social conforme trata no item 10.8.1.8 da NBC T, inovando
sensivelmente para o campo da ciência contábil.
Essa inovação não transfere eventuais problemas do passado para futuros novos
associados, se tornando uma forma adequada de ajustar as contas com a sociedade
existente que causou aquela situação no período, como também possibilitar o justo
acesso aos demais interessados em ingressar sociedade.
A complexa tarefa de segregar as operações do ato cooperativo e não
cooperativo
O item 10.8.1.2 caracteriza Entidades Cooperativas com sendo aqueles que exercem
as atividades na forma da lei específica, por meio de atos cooperativos, que se
traduzem na prestação de serviços diretos aos seus associados, sem objetivo de lucro,
para obterem em comum melhores resultados para cada um deles em particular.
Pressupõe assim, que a estrutura patrimonial contábil deve sempre que possível
destacar as operações do ato cooperativo daqueles não cooperativos.
Estoques:
• da entrega da produção de associados;
• da entrega da produção de não associados.
Créditos de Operações:
• com associados;
• com não associados;
• das vendas para clientes compradores.
Obrigações a Liquidar:
• da produção de associados;
• da produção de não associados;
• das compras de fornecedores.
Vendas em Comum:
• da entrega da produção ou da prestação de serviços de associados;
• da entrega da produção ou da prestação de serviços de não associados.
Por outro lado, as relações da entre a cooperativa e outros agentes, que completam as
variações patrimoniais serão por conseqüência registrados em títulos contábeis que
possibilitem a identificação da natureza dessas relações. Por exemplo:
Operações Bancárias:
• movimento em conta bancária;
• aplicações financeiras.
Outros Estoques:
• de bens de fornecimento ou de consumo;
• de matérias-primas, produção em processo, produção acabada.
Gastos em Comum:
• com funcionários;
• administrativas;
• de manutenções, reparos, etc.
Embora a IT 01 da NBC T 10.8 tenha esclarecido que se a reserva legal não for
suficiente para absorver o resultado negativo do ato não cooperativo, este pode ser
deduzido das sobras do ato cooperativo após as destinações para reservas, a NBC T
10.21 em seu item 2.6 não especifica se o resultado negativo decorrente do ato não
cooperativo deve ser absorvido pelas sobras do ato cooperativo antes ou depois das
destinações para reservas.
Também a IT 01 da NBC T 10.8 em seu item 11, deixa muito claro que debitar o
resultado negativo em conta de Perdas Não Cobertas pelos Cooperados, no Patrimônio
Líquido é meramente temporária, considerando que tal condição não exime a
responsabilidade legal de a Assembléia Geral deliberar sobre a reposição das perdas
apuradas no exercício. Por outro lado, a NBC T 10.21 em seu item 2.7 não esclarece
se após a deliberação da Assembléia Geral as perdas rateadas entre os associados
devem ser debitadas em conta do ativo. Neste caso, é de bom senso pressupor igual
tratamento da norma 10.8, ou seja, após deliberação da Assembléia Geral, as perdas
rateadas entre os associados devem ser debitadas em contas próprias e
individualizadas do ativo.
Modelos e Sugestões
Neste modelo misto é importante esclarecer através das notas explicativas o seguinte:
De fato é uma tarefa complexa, mas necessária para evidenciar de forma clara e justa
os resultados para a sociedade, cabendo-lhes a responsabilidade da decisão.
Outro aspecto peculiar está no enunciado do item 10.8.1.10 que traz o seguinte: A
responsabilidade do associado, para fins de rateio dos dispêndios, perdura para os
demitidos, eliminados ou excluídos, até quando aprovadas as contas do exercício
social em que se deu o desligamento. Em caso de sobras ou perdas, aplicam-se as
mesmas condições.
Nota-se que a responsabilidade da pessoa associada vai até que as contas sejam
apresentadas, analisadas e aprovadas pela sociedade reunida em Assembléia Geral,
tornando-se irrelevante a data de saída da sociedade, ainda que não tenha terminado o
exercício social. Contudo, é prerrogativa da assembléia geral decidir e estabelecer em
seu estatuto social condição diferente do citado no item 10.8.1.10.
Art. 189. Do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer participação, os prejuízos
acumulados e a provisão para o Imposto sobre a Renda.
Parágrafo único. o prejuízo do exercício será obrigatoriamente absorvido pelos lucros acumulados, pelas
reservas de lucros e pela reserva legal, nessa ordem.
Conforme se nota, do ponto de vista societário, tanto a condição de ter que deliberar
sobre os resultados “sobras” ou “perdas” como a responsabilidade da pessoa
associada pelo resultado ocorrido é uma inovação sob o princípio da continuidade da
sociedade. Antes desta norma, era comum em caso de perdas, que estas
permanecessem no patrimônio líquido até que houvesse apuração de sobras suficiente
para suportar tais perdas, prejudicando muitas vezes, pessoas que em nada tinham
contribuído para aquele resultado.
Conclusão
Cabe ressaltar que são sugestões de modelos e isso não implica adoção obrigatória,
nem exime a cooperativa de criar seu próprio modelo. O propósito é sempre
demonstrar com clareza e objetividade as informações necessárias à compreensão das
operações da sociedade.
20X2 20X1
Contas
Ato Cooperativo Não Cooperativo TOTAL TOTAL
INGRESSOS E RECEITAS BRUTAS 1000000000
Ingressos e Receitas de Vendas
Ingressos e Receitas de Prestação de Serviços
(-) DEDUÇÕES
Devoluções de Ingressos e Receitas de Vendas
Devoluções de Ingressos e Receitas de Serviços
(-) IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES
ICMS
IPI
PIS
COFINS
ISS
INGRESSOS E RECEITAS LÍQUIDAS
(-) DISPÊNDIOS E CUSTOS
Dos Ingressos e Receitas de Vendas
Dos Ingressos e Receitas de Prestação de Serviços
SOBRA E LUCRO BRUTO
DISPÊNDIOS E DESPESAS OPERACIONAIS
Dispêndios e Despesas com Vendas
Dispêndios e Despesas com Vendas e Serviços
Dispêndios e Despesas com Pessoal
Dispêndios e Despesas Administrativas
Dispêndios e Despesas Tributárias
Dispêndios e Despesas Técnicas
RESULTADO DE OPERAÇÕES FINANCEIRAS
Ingressos e Receitas Financeiras
(-) Dispêndios e Despesas Financeiras
RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS
Ingressos e Receitas Não Operacionais
(-) Dispêndios e Despesas Não Operacionais
SOBRA E LUCRO DO EXERCÍCIO
(-) Provisão IRPJ
(-) Provisão CSSL
SOBRA E LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
(-) DESTINAÇÕES LEGAIS E ESTATUTÁRIAS
Reserva Legal
Reserva p/ Assistência Técnica Educacional e Social
Outras Reservas
SOBRAS OU PERDAS A DISPOSIÇÃO DA AGO
fonte: elaborado pelo autor
Este modelo também pode ser aplicado para divulgação do resultado por
atividade/produto, principalmente quando há pouca diversidade de itens. Na edição
anterior publicamos sugestões de modelos mais sintéticos, considerando que há um
custo dos espaços em jornais e/ou revistas.
Modelo 3 - Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido em 31 de Dezembro de 20X2 e 20X1
20X2 20X1
Grupos/Contas
CURTO PRAZO LONGO PRAZO TOTAL TOTAL
TOTAL
20X2 20X1
Grupos/Contas
CURTO PRAZO LONGO PRAZO TOTAL TOTAL
TOTAL
NOTA 00 - ESTOQUES DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
20X2 20X1
PRODUTOS ATO OUTROS TOTAL TOTAL
COOPERATIVO
TOTAL
TOTAL
SOMA
MATÉRIA-PRIMA 20X2 20X1
SOMA
MATERIAIS SECUNDÁRIOS 20X2 20X1
SOMA
TOTAL
NOTA 00 - INVESTIMENTOS
TOTAL
TOTAL
NOTA 00 - IMOBILIZADO
20X2 20X1
BENS TAXA CUSTO DEPR/AMORT/EXAUS VALOR VALOR
DEPREC AQUISIÇÃO ACUMULADAS LÍQUIDO LÍQUIDO
TOTAL
20X2 20X1
CONTAS TAXA CUSTO AMORTIZAÇÕES VALOR VALOR
AMORTIZ. AQUISIÇÃO ACUMULADAS LÍQUIDO LÍQUIDO
TOTAL
20X2 20X1
Grupos/Contas
CURTO PRAZO LONGO PRAZO TOTAL TOTAL
TOTAL
20X2 20X1
Grupos/Contas
CURTO PRAZO LONGO PRAZO TOTAL TOTAL
TOTAL
NOTA 00 - ENCARGOS SOCIAIS E TRIBUTÁRIOS
20X2 20X1
Grupos/Contas
CURTO PRAZO LONGO PRAZO TOTAL TOTAL
TOTAL
TOTAL
Período 20X2
OPERAÇÕES COM ASSOCIADOS
Competência INGRESSOS DISPÊNDIOS RESULTADO
SOMA
OUTRAS OPERAÇÕES RECEITAS CUSTOS RESULTADO
SOMA
TOTAL
NOTA 00 – CONTINGÊNCIAS
20X2 20X1
NATUREZA
POSSÍVEL DESFECHO VLR ESTIMADO VLR ESTIMADO
TOTAL
É recomendável detalhar:
Notificações e auto de infração e riscos de incidência;
Contingências por descumprimento da legislação tributária;
Contingências de processos judiciais (civis/trabalhistas);
Provisões técnicas, de risco para garantia de obrigações contratuais;
TOTAL
A cooperativa deve Inserir tantas quantas outras notas que considerar relevantes e que
visem informar e/ou esclarecer as operações, as variações patrimoniais, os riscos e
incertezas para sociedade, mudanças de critérios, provisões e previsões consideradas,
etc.
Autor: Devair Antonio Mem
É Pós Graduado em Consultoria Contábil em Custos e em Contabilidade Gerencial e
Auditoria Contábil e Analista Econômico Financeiro do Sescoop Pr.